Cerea se ajoelhou e fechou os olhos. Podia sentir a almas das pessoas que havia morrido na guerra. Não fazia muito tempo, apenas alguns milênios. Ela se surpreendeu quando sentiu a alma de crianças. “Um massacre!”. Crianças e guerreiros. Podia sentir tantas almas que um arrepio percorreu sua espinha. “Por que tantas mortes?”. Ela se levantou, segurou a saia do vestido e correu na direção do enorme prédio. A Universidade.

Chegando na universidade, ela foi direto para a biblioteca e abriu um livro. Ela tinha que achar que guerra havia ocorrido lá. Então ela encontrou. Os nomes dos guerreiros, reinos e capitães. “Kilaki? Miguel? Nunca ouvi falar deles antes... Arthemis, Juliet e Jéssica. Quem são essas pessoas? Todos morreram há mais de mil anos. Algum professor mais velho deve conhecer eles”. Cerea se levantou e foi até a sala do professor de história mais velho de toda a Universidade.

– Professor.

– Sim?

– Gostaria de saber quem foram essas pessoas. – Cerea apontou para a lista de nomes.

– Essa é uma guerra muito antiga. Estou surpreso que você saiba que ela aconteceu. – O professor alisou a barba enquanto pensava. – Aconteceu a tantos anos... Não me lembro muito bem dessa guerra. Ninguém sabe ao certo o que ocorreu, mas parece que essa tal de Kilaki matou o Rei Miguel durante a madrugada.

– Isso causou a guerra?

– Não, não. O assassinato ocorreu após a guerra. Um ou dois dias depois da guerra. Relatos dizem que Kilaki não era a assassina. Mas ninguém nunca descobriu. Histórias assim deviam ser mais investigadas.

– Obrigado professor.

Cerea fechou o livro e voltou para a biblioteca onde voltou a pesquisar sobre o assassinato do rei. “Se eles morreram aqui, devem estar enterrados em algum cemitério aqui do reino. Assim poderia sentir suas almas”. Cerea levou várias semanas até encontrar o tumulo deles.

Ela parou em frente ao tumulo de Kilaki e se ajoelhou. Fechou os olhos e se concentrou. Apesar de se concentrar muito, ela não conseguia sentir a alma dela. O mesmo aconteceu com Miguel, Arthemis, Juliet e Jéssica. Quanto mais tentava, mais fraca e confusa ela ficava.

– Onde estão as suas almas? – Ela perguntou para o tumulo de Lílian, outra pessoas relativamente importante que estava na lista. – Onde elas estão?