Domadores de Dragões escrita por AKAdragon
Notas iniciais do capítulo
Em uma cidade pouco tecnologica...
CLARA LICHU – 18 ANOS
Clara levantou os olhos do enorme mapa que estava na sua frente e encarou o horizonte. A cidade acabava depois de alguns kilometros ao norte, mas a floresta ficava ao sul. Ela estava muito longe do portão do sul e era muito tarde para ela tentar atravessar a cidade ao redor do muro. Suspirou e fechou o mapa. “Vou sair amanhã”. Foi quando ela escutou tiros na rua de trás de sua casa. Ela olhou pela janela e segurou um grito. Robôs vermelhos estavam andando em patrulha pelas ruas da cidade. Um deles olhou para ela e virou sua metralhadora em sua direção. Clara se abaixou, os tiros acertaram o vidro da janela, espalhando cacos de vidro por toda a sala. Ela pegou rapidamente suas poucas coisas e foi para a passagem subterrânea. Lá, ela podia ouvir os gritos e os tiros. Ela seguiu pelo caminho por algumas horas até chegar em uma escada de aço. Ela subiu a escada e correu – sem olhar para trás – pela estrada de cimento que ia à direção do reino de Kuhaima, o rei mais “gentil” que se conhecia na região tecnológica do mundo.
Quando ela chegou nos portões do reino, foi abordada por vários homens vestidos com roupas medievais e armados com lanças. Ela apontou sua espingarda para um dos guardas, que apenas apertou os olhos para ela e gritou algo em uma língua desconhecida para o homem que cuidava do portão.
– O que estão fazendo? – Ela perguntou ao guarda.
– Abaixe essa arma. – Ele respondeu. Sua pronuncia era horrível o que fez Clara ficar confusa. Ela não sabia se ele queria que ela abaixasse a arma ou queria que ela mostrasse sua arma para ela. – Abaixe essa arma!
– Desculpe... Não entendo o que diz.
O guarda bufou. Ele pegou a arma e a apontou para o chão.
– Menina burra. – Ele resmungou em outra língua.
– Não aceitamos armas aqui. – Disse um velho. Ele tinha cabelo e barba brancos e vestia uma capa azul. Seu sotaque era perfeito e Clara se sentiu aliviada por entender alguém. – E muito menos... Pessoas de outras cidades.
– Desculpe. Eu preciso ir para o sul.
– Então por que está aqui?
– Eu estava fugindo. – Ela olhou para a pequena luz atrás dela. A noite havia caído rápido. – Os robôs vermelhos estavam matando as pessoas... – Ela segurou as lágrimas ao se lembrar. – A única coisa que pensei foi em vir para este reino.
– Você pode comprar um cavalo, mas não ganhará mais nada além disto.
– Obrigada. Não vou ter problemas durante a noite. Tenho meus truques. Ela tocou sua lanterna e encarou os portões da cidade. O velho levantou uma sobrancelha e encarou Clara com um olhar interrogativo.
– Creio que você não conhece a lenda dos guerreiros das sombras.
– A lenda do quê?
– Guerreiros das sombras. – Ele olhou em volta. – São guerreiros negros que matam as pessoas usando magia negra durante a lua sangrenta.
– Mas é apenas uma lenda e...
Sinos começaram a tocar. Os guardas começaram a se recolher e em meio a toda confusão, Clara viu. Na fronteira entre o vale e a floresta, um enorme exército se guerreiros negros. Eles montavam cavalos pretos e suas lanças eram pretas assim como a noite. Uma flecha caiu na frente de Clara. Ela pulou para trás e correu na direção do velho. “O que é isso?” Ela pegou sua câmera e tirou uma foto dos guerreiros. O álbum apenas começou.
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Um pouco da história:
Clara vive em uma das duas únicas cidades que têm tecnologia. Por ela ter nascido e crescido em uma cidade tecnológica, ela nunca viu um ser mágico. Por isso, ela saiu em busca de seres mágicos para poder fotografá-los.