Darling Escobar. escrita por Divergente de Zeus


Capítulo 1
Prólogo.




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Em um ano desses, andei brincando com a morte d'alma do mancebo que os escreve. Na época em que vivia minha amada Capitu e meu querido amigo Escobar, não gostava nem de lembrar a concupiscência que meu coração tramara contra mim, mas agora, quando Capitu e Escobar me deixaram para viver com alguém melhor que eu, não vejo o por quê de não contar-lhes um sentimento oculto que pairava sobre mim, como uma nuvem negra.

– BENTINHO! Gritou Escobar ao me ver no banco da praça, sentou-se ao meu lado e contou-me sobre a filha que nascera de sua mulher, deixando escapar algumas vezes que amava a menina, porém da mulher não fazia questão dos batimentos cardíacos.

– Não lhe agrada muito sua mulher, não é? Eu disse, acordando de meus devaneios.

– Por que lhe parece isso, Bentinho? Desconfiaste de algo, amigo meu? Murmurou ele.

Tenho a impressão que meu querido Escobar viu minha feição ao escutar as palavras: "amigo meu" saindo de seus lábios. Não me parecia o por que, porém essas palavras machucavam-me de forma exagerada. Apenas lhe respondi negativamente com a cabeça.

– Que saudades me dá do seminário, Bentinho... Ele disse, suspirando.

– De certa forma. Eu falei, revirando os olhos.

– A ti não? Me olhou curioso.

Minha resposta foi um sorriso de canto estampado nos lábios. Mas que saudades pesavam sobre meu coração, ah! Acordar na cama ao lado de Escobar e admirá-lo até que acordasse. Não tenham más impressões desse homem que vos escreve... Admirava-o por achá-lo belo, alvo, puro. Digo-lhes, que de certa forma, esse sorriso não foi de confirmação á pergunta feita a mim, mas sim de admiração. Que olhos maravilhosos aquele garoto tinha... Tão azuis em dia de sol que dava a impressão de refletirem o próprio azul do céu. É admiração, apenas. Pensei, sacudindo os pensamentos que andavam em minha mente inconsciente.

– E Capitu, como vai? Ele perguntou-me, olhando-me nos meus olhos negros.

– Deve de passar bem, tem tudo o que deseja... Respondi, rispidamente.

– Tão ríspido ao falares de sua mulher, Bento! A amava tanto segundo o que me dizia no seminário e agora te aborreces quando falo dela, e á tempos não vejo demonstrações de afetos de ti para com ela...

– O seminário nos muda, Escobar! Tu bem sabes disso. Não deixei de amá-la, mas sinto como se metade do amor perfeito se rebaixara a obsessão, ou talvez um sentimento de posse.

– Corrigindo: O seminário nos aproximara, querido Bentinho! Ele falou quase que em um sussurro, enquanto passava uma de suas mãos por cima de meus ombros. E isso não é algo que possa ter causado sua mudança de sentimento por sua mulher, ou pode?

– Logicamente não, Escobar querido... Logicamente não. Falei olhando-o nos olhos.


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Notas finais do capítulo

Ficou pequeno, gente! Mas é apenas um prólogo.



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