Pov. Narradora

Pedro e Karina agora estavam deitados um no andar de cima e o outro no andar de baixo, depois do beijo eles voltaram para casa, Karina andando rápido na frente e nem ousava olhar para trás onde Pedro vinha, entrou em casa e já se direcionou para o andar de cima e trancou a porta.

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Durante a madrugada Karina sentira sede, mas não desceu já que da última vez levara um tapa e bateu até doer as mãos. Estava com a cabeça a mil e precisava conversar, mas seria difícil achar alguem disponível aquela hora da madrugada começou a olhar sua lista de contatos mas todos tinham uma impossibilidades pelo qual ela não poderia ligar, mas além de Pedro apenas uma pessoa poderia ajuda-la naquele momento e então ela se perguntou " por que não" e assim de imediato discou o número.

*Ligação On*

– Alo?- Perguntou uma voz sonolenta do outro lado da linha.

– Oi ė a Karina, eu queria pedir...- receou.- Será que a gente pode se encontrar agora?Eu estou precisando conversar.-Falou rápido.

– K cê ta doida, olha a hora.

– Olha eu sou uma boba, não deveria ter ligado tchau Zé.- estava a ponto de desligar.

– Calma K, aonde você está.- Foi mais rápido.

– Em casa, mas queria que me encontrasse na frente da academia.- Disse já se levantando.

– Ok, já estou saindo.- Ele disse e desligou.

*Ligação Off*

Karina colocou uma roupa e foi saindo, passou pela sala na ponta do pé e quando estava saindo fez de tudo para não bater a porta, e rumou até a academia, quando chegou lá Zé já a esperava.

– Oi maluca- ele disse a abraçando. - E ai cara. - O que a madame deseja.- Ele falou divertido.

– Eu quero conversar. - Ela falou simples.

– O moleque sabe que você está aqui?- Ele arqueou a sobrancelha.

– Não.- Abaixou a cabeça.- Ė sobre ele que eu quero falar. - Suspirou.-Vamos ficar em outro lugar.-

Foi o levando e quando ele viu já estavam na Ribalta, entraram por onde Pedro ensinou Karina a entrar e eles fugiam para lá quando queriam namorar em paz.

– Agora pode fala. - Ele se sentou ao lado dela.

– Eu estou confiando em você para contar tudo que ninguém além de mim e do Pedro sabem.- Ela enrolou.

– E eu não teria vindo se não quisesse que você confie em mim.-Deu um sorriso de canto.

– Bom nós estamos nos divorciando.- foi direta.

– Como assim? Por que?- Ele realmente não entendia como isso poderia acontecer.

– Na verdade foi eu quem pedi, porque a gente brigou feio e eu não confio mais nele.- Ela falava devagar.

– Ele fez uma coisa tão ruim assim?- Ele tentava entender mas não queria se intrometer.

– Ele ficou muito ciumento, tem ciúmes de tudo quanto ė menino.- Ela e explicou tudo que havia acontecido na noite desde a briga até ela espancando o roqueiro depois do tapa que ele dera nela.

– Nossa K que barra em.- Ele disse pegando na mão dela.

– E agora eu não sei o que se passa na minha própria cabeça, e nem o que eu sinto.- Ela falou se desesperando.

– Olha K você sabe que os dois tem culpa, você provocou e muito, ele não deveria ter feito o que fez, mas você acha mesmo que precisa da separação? Não seria melhor vocês sentarem e conversar?- Ele tentava esclarecer tudo na mente dela.

– Eu fiquei muito magoada e na hora não pensei mas agora já era eu já assinei agora só depende dele.- abaixou a cabeça.

– Você ainda o ama?- Ele perguntou o óbvio.

– Mais até do que deveria, mas o que adianta se toda vez que olho para ele tenho vontade de voar no pescoço dele e não confio nele.-levantou os olhos.

– Olha não querendo defende-lo mas eu acho que entendo o lado dele, afinal caramba K eu me impressionei com esse menino, ele passou parte do tempo dele tenta do te conquistar fez de tudo, apanhou, e no fim quando ele finalmente teve você pra ele acho que ele temeu te perder e por isso o ciúmes foi inevitável, e com todo respeito, você ė linda ele só ė inseguro.- Usou palavras forte que com certeza a faria pensar.

– Mas eu nunca dei motivo para ele desconfiar de mim.-Achou outro problema para que Zé a ajudasse encontrar a solução.

– E ele já deu para que você sempre quisesse bater nele ou em qualquer garota que olhava para ele?- E assim ficaram em silêncio.

Os dois conversaram por mais um tempo mas Zé alertou Karina que eles teriam que acordar cedo no outro dia. Então ele foi com ela até a porta da casa da mesma e se despediu alertando-a que sempre que precisasse ele estaria alí. Já era pouco mais de 2:00H quando Karina passou pela sala e foi subindo as escada.

– Na rua essa hora?- Ela se assustou com a voz de Pedro que se sentara no sofá.

– Estava esfriando a cabeça.- gaguejou.

–, Com outro?- Foi irônico.

– Com que estava não interessa.- Foi grossa.

– A gente mau separou e você já está com outro, como sua fila anda rápido né?- se mostrou amargurado.

– Ah vai se catar moleque.-

Ela não estava afim de brigar então foi logo subindo e se jogando em sua cama, apesar de ela não admitir sempre que ia dormir agarrava o travesseiro de Pedro e ficava sentindo o cheiro do menino e assim fez. Ficou grilada com o que Zé havia falado sobre Pedro ser inseguro, mas não daria pra trás agora, ele fez o que fez porque quis e agora era só esperar o dia de ele assinar o divórcio.

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Os três dias passaram rápido e durante esse período de tempo os dois faziam de tudo para se ignorarem e apenas disfarçavam por causa de Samuca, e Pedro ficara no pé de Karina para saber com quem a menina havia saido tão tarde da noite. Mas nesse momento os dois permaneciam em silêncio no carro que Pedro dirigia Karina avisara seu pai que precisava resolver um negócio sério com Pedro já que agora ela recebia por ajudar o pai na academia e Pedro avisou aos professores da Ribalta já que agora dava aulas de violão na escola,.deixaram Samuel com TomTom que apesar de estar com seus 12 anos nas costas adorava quando alguém deixava criança com ela, e claro a garota esperta como sempre percebeu algo estranho quanto o estado do casal.

Chegaram no endereço indicado e foram até a sala de espera e nesse tempo permaneceram calados, apenas olhando-se de conto do olho. Quando os chamaram ele entraram e os advogados de ambos já estavam na grande mesa, sentaram- se frente a frente e então começou um pequeno discurso e algumas leis fora citadas, no fim entregaram um papel em que Pedro teria que assinar,ou seja,quando ele assinasse não estaria mais casado com Karina, rodou a caneta nos dedos e leu o papel umas 10 vezes antes de posicionar a caneta e escrever entre garranchos o nome dele, olhou para Karina que segurava a respiração sem reação e assim que ele assinou respirou pesado. Mas ainda não havia acabado era hora de resolver quem ficaria com o que, já estavam em uma discussão.

– Eu fico com a casa - Dizia Karina.

– Então se ė assim eu fico com o Samuca.- Rebateu.

– Não ele vai ficar comigo.- Falou em um tom alto.

– Nada disso eu quero ele e a casa.- Pedro também gritava.

Foram cortados pelo promotor que propôs um acordo, no qual os dois ficariam com a casa e Samuel ficaria sobre a guarda dos dois e assim eles aceitaram. Puderam finamente sair daquela sala abafada e seguiram para fora do local Karina pensou em ir de taxi mas antes mesmo que ela pudesse pensar Pedro já estava dentro do carro a espera dela que entrou, passaram para pegar Samuca e combinaram com TomTom de ela ir almoçar qualquer quer sia na casa dele.

– Eu não saio da casa.- Foi a primeira coisa que Pedro disse quando entraram em casa.

– A gente poderia conversar sobre isso depois.- Ela disse abatida.

E foi levando Samuel consigo, estava quase na hora do menino ir para cama, ela ficou conversando com ele um pouco até o pequeno pegar no sono, ela ficou o olhando, mesmo ele não sendo filho dela e de Pedro tinha traços parecidos com os de ambos, os cabelos do garoto lembrava os de Pedro mas era mais arrumado assim como o de Karina. A Loira desceu e foi até a cozinha onde Pedro se encontrava para ter uma conversa seria com ele.

– Agora podemos falar.-ela foi ríspida.

–Como eu estava dizendo, não vou sair da casa.- falou balançando a cabeça.

– Que pena, porque eu também não.- foi irônica.- Eu quero você fora daqui.- foi grossa.

– Hahaha vai sonhando. - debochou.- Eu não saio daqui nem amarrado.- fechou a cara.

– Você não se toca? Se eu quis me separar, ė porque não quero mais você perto de mim e nem na minha vida.-ela falou palavras pesadas.

– Sabe o que ė pior nisso tudo? Ė que eu não sei viver sem você e parece que está usando isso pra me deixar pra baixo e quer saber...- pausou- Está conseguindo.- Ela saiu rápido com os olhos marejando.

Karina não falava aquelas coisas de verdade, na realidade ele era a pessoa que ela mais queria por perto, mas não queria se sentir desolada sempre que olhava para ele. Sabia que o dia seguinte seria pior mas nem pensou estava tão cansada que caiu na cama e dormiu.

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De madrugada Karina acordara suando respiração ofegante e lágrimas nos olhos, havia sonhado com Pedro não se lembrava do sonho mas nele a mesma chorava e se desesperava, assim que a lutadora se recompôs sentiu uma pontada no peito e uma vontade urgente de descer até onde Pedro estava e assim fez, mas quando chegou lá não esperou ver o que viu, o roqueiro não estava por lá e os lençóis que ele dormia estavam intactos então ela se lembrou que quando eles brigaram o garoto saiu e ela não esperou para ver quando ele voltava se preocupou então correu ate seu quarto e tirou o pijama vestindo uma roupa e em todo momento se culpava por algo que poderia ter acontecido com ele, saiu pela porta e esperou que o que encontrasse do lado de fora não fosse tão aterrorizante quanto ela pensava.

Continuaaa...