Pov. Narradora.

Pedro e Karina dançaram a noite toda mas foram embora quando a loira comentou que estava com um incômodo perto da virilha e assim ele a levou de volta. Quando chegaram o bairro estava silencioso, Pedro esperou K entrar para depois ir guardar o carro e em seguida entrar em casa, estranhou em véu Karina sentada no sofá.

– Ainda esta aqui? Esta sentindo alguma coisa?- Se preocupou.

– Não, esta tudo bem, eu só estava esperando para te agradecer pela noite, ei adorei.- Ela disse indo até a ele e lhe dando um beijo no rosto.

Não esperou que ele respondesse e já foi logo subindo as escadas rapidamente, já o guitarrista ficou com uma cara de bobo apaixonado vendo sua amada subindo, ainda nas nuvens Pedro se foi até a cozinha pegar um copo de água e voltou para o sofá onde dorme.

====== Na Madrugada ======

Pedro não tinha o sono leve, por isso demorou a perceber os sons que vinham do andar de cima, mas quando percebeu tratou logo de ver o que acontecia, subiu as escadas na ponta do pé e quando passou pela porta do quarto de Karina percebeu que os sons saiam dali, entrou e viu uma cena que fez sua mente para de funcionar. Karina se contorcia na cama com as mãos na barriga gemendo de dor, o roqueiro foi correndo a pegando no colo e colocando-a no sofá enquanto ia pegar o carro, quando ele voltou a mesma estava com um copo de água na mão.

– Você levantou?- Ele arregalou os olhos. Antes de ela responder o copo caiu de sua mão e a mesma voltou a se contorcer.

Pedro parecia cego em tiroteio, totalmente perdido... Durante o caminho ele ia rápido quase a ponto de perder o controle.

– Vai...Devagar.-Disse ela em meio ao ranger de dentes.

– Eu não vou deixar nada de mal acontecer com vocês.- A expressão dele era de puro medo.

Disfarçadamente ele secava algumas lágrimas que teimavam em cair, chegando na porta do hospital ele nem se submeteu a levar o carro para o estacionamento já foi logo levando Karina para dentro e gritando para que algum medico a atendesse. E assim umas enfermeiras a levaram para uma das salas, Pedro estava apreensivo querendo entrar lá e ficar com sua esquentadinha, quando sua ficha caiu, começou a ligar para os amigos e os parentes, que ficaram tão preocupados quanto ele. E em menos se uma hora a sala de espera estava lotada, os amigos tentavam acalmar Pedro e Gael que estavam inconsoláveis esperando noticias da lutadora, e para acabar com a apreensão de todos o medico chegou perguntados dos familiares de Karina.

– Ela estava no começo de uma aborto espontâneo, se tivesse demorado mais um pouco ela teria perdido o bebê e até ela corria riscos, agora ela tem que ficar de repouso e não pode fazer coisas pesadas apenas as mais básicas possíveis.- Comunicou o doutor.

Todos ficaram com as expressões faciais mais aliviadas mas mesmo assim o pai e o marido da loira só sossegariam quando a visse e assim que a enfermeira deu a ordem eles foram os primeiros a entrarem na sala onde ela estava

. - Ah minha filha como você me deixa nesse estado?- Gael disse enquanto abraçava-a.

– Ah pai.- Ela disse com a voz fraca sorrindo para o pai.

– O Pedro coitado parecia que a qualquer momento iria saltar na sala só pra brigar com os médicos que estavam te fazendo sofrer com aquelas agulhas todas.-O mestre falou sorridente deixando o roqueiro envergonhado.

– Como você esta?- Pedro encostou maca.

– Bem melhor, muito obrigada.- Segurou na mão dele.

– Não sabe como estou aliviado por saber que está bem.- Beijou o topo da cabeça dela.

Ficaram mais um tempo jogando conversa fora mas tiveram que sair para que os outros entrassem. Quando o horário de visitas acabou todos foram embora ficando apenas Pedro que insistiu em ficar com Karina, e assim foi para o quarto como já se passavam da 3:00 a lutadora estava dormindo, Pedro se sentou no pequeno sofá que lá estava e como foi vencido pelo sono acabou dormindo com a cabeça caída para trás a boca aberta e os braços largados.

====== Na manhã ======

Mesmo depois de todos os acontecimentos Karina acordou cedo e quando despertou por completo se assustou ao ver Pedro mas logo em seguida se preocupou com a dor nas costas que o garoto acordaria então tratou de chama-lo para deitar na maca que apesar de tudo era mais macia que o minúsculo sofá que mau cabia-o.

– Pedro- Chamou uma vez mas sem resposta.- Pedro.- Outra vez sem resposta.- Ô moleque- Gritou fazendo ele acordar atordoado.

– Esta sentindo alguma coisa?- Desesperou-se.

– Não, eu estava te chamando para ir pra cama, dorme uma pouco mais.- Foi o levantando.

– Mas e você?- Parou. - Eu não durmo mais não.-Disse despreocupada. - Eu estou é com fome.- Fez bico.

– Eu vou buscar alguma coisa pra você comer.- Disse se levantando.

– Nada disso, você vai dormir.- Interrompeu-o.

– Mas é teimosa em, eu vou e ponto final.- Saiu antes que ela o impedisse.

Quando ele voltou Karina estava com o bico maior do mundo, mas não deixou de agradecer, o guitarrista ria do jeito alvoroçado da menina comer que não deixou de olhar feio para ele. Pedro ainda cochilou um pouco mas logo acordou e foram abordados pelo médico que disse que podiam voltar para casa, e assim seguiram. Assim que entraram Pedro mandou Karina ir deitar enquanto ele ligava para os amigos avisando que já estava tudo bem, quando desligou o celular o roqueiro ouviu passos rápidos no andar de cima, subiu pulando alguns degraus e adentrou o quarto que estava vazio foi em direção ao banheiro e encontrou Karina ajoelhada de frente para o vaso sanitário, se ajoelhou junto a ela e começou a passar a mão nas costas dela como um apoio.

– Ta se sentindo bem?- Foi delicado.

– Muito enjoada.- Suspirou franzindo o cenho.

– É só respirar fundo.- Ainda estava com mão mas costas dela.

– Por que esta me ajudando?-Sentou na tampa do vaso.

– Você esta passando mau.- Foi óbvio.

– Eu quero dizer de tudo, desde madrugada.- Queria falar especificamente mas não indo direto ao assunto.

– Karina, eu me preocupo e muito com você.- Se virou para ela.

– Mas você pareceu até que se importava na hora em que me levou para o hospital.- Deu de ombros.

– Quando eu vi você ali foi como se tivesse vendo meu coração se despedaçando, eu queria poder trocar de ligar com você e estar sentindo aquelas dores.- Realmente ele se preocupava.

– Para! Para de fugir que se importa, para de tentar me fazer de besta, PARA.-,Seus olhos marejavam.- Me esquece.- Já gritava.

– Eu preferia sentir as dores que você sentiu 10 vezes pior do que ouvir-la me dizer essas coisas.-Ele saiu rapidamente secando os olhos.

Continuaaa...