"Eu sou uma mistura. Uma mistura de amor e ódio, de riso e de choro, de gentileza e ignorância, de sabedoria e idiotice."

Kimberly Salazar

Férias, doces férias de verão que separam a escola de mais dias infernais na escola. Joguei minha mochila para cima – que caiu como um tijolo no chão do segundo andar – e logo em seguida me joguei na minha cama macia e deliciosamente aconchegante como o trono do capeta, apagando logo em seguida.

Eu acordei com um barulho estranho na janela do meu quarto, então relutante e pensando em como matar quem atrapalha meu lindo e divo sono, fui ver o que era e quando eu abri uma coruja entrou no quarto e largou uma carta saindo logo em seguida.

Sra. K. Salazar

O menor quarto da casa.

Rua Laurindo Rabelo, 62.

A carta era pra mim, eu ia abrir mas aquela vaca – que eu sou obrigada a dizer que me botou no mundo – entrou no quarto e pegou a carta da minha mão, sabe-se lá da onde ela surgiu, e começou a gritar comigo falando pra não abrir as cartas – essa vaca acha que eu quero ler as cartas dela e das amigas comentando quanto e divertido trair os maridos ou sobre a maquiagem, que não esconde o quanto elas são feias? MAIS A CARTA ESTÁ NO MEU QUARTO E COM MEU LINDO NOME, ENTÃO É MINHA CAPETA – nesse momento o carinha que doou o espermatozoide, já tinha se levantado e até minha doce e legal – cara eu tenho que parar de mentir – irmã que estava na porta do meu quarto rindo de mim.

A vaca tinha cabelos loiros e olhos azuis, o outro idiota tinha cabelos preto e olhos mel e a idiota que tem o mesmo sobrenome e idade que eu tinha cabelos pretos e olhos azuis. AI VEM EU, cabelos ruivos e olhos verdes esmeraldas.

LÓGICA, CADÊ VOCÊ?

— A carta é pra mim — Tentei argumentar.

— Até parece, quem mandaria uma carta pra você? Pelo que eu saiba você não tem amigos — Debochou, eu vou bater nela — Está dentro da minha casa garotinha e eu abro as cartas.

— E você está dentro do meu quarto queridinha, então você não tem autoridade aqui — Puxei a carta da sua mão, ela me olhou irritada e puxou de novo a carta.

Ela começou a olhar a carta um pouco intrigada pois viu que realmente a carta estava endereçada para mim, quando abriu a carta e leu, ela estava de olhos arregalados e seu rosto estava muito pálido.

— Disseram que você vai morrer daqui a algumas horas? — Perguntei alegre e uma grande poça de sarcasmo, mais parece que a burra da minha irmã não entendeu isso.

— Mamãe — Gritou e entrou no meu quarto contaminando tudo.

NÃO, MEU QUARTO NÃO SUA VACA.

— SAI DO MEU QUARTO FILHOTE DE CRUZ CREDO — Gritei empurrando a garota.

— NÃO ME TOCA ABERAÇÃO — Gritou.

— A VOCÊ NÃO FALOU ISSO — Gritei e pulei em cima dela.

Antes que eu pudesse arrancar os olhos azuis daquele ser insignificante com minhas unhas, o idiota do Drake — ou o idiota do espermatozoide se preferir — me tirou de cima dela.

— PAREM AGORA — Gritou ele.

— Você. Não. Manda. Em. Mim — falei pausadamente e a janela atrás de mim se partiu em mil pedaços de mero vidro, assustando os babacas no quarto — SUMAM DO MEU QUARTO AGORA — Gritei — mais a carta fica.

A vaca deixou a carta cair no chão e saiu junto com os outros dois do meu quarto, batendo a porta.

— Quem bate porta aqui sou eu — Falei alto o suficiente pra eles ouvirem.

Peguei a carta no chão e li o que estava escrito, Hogwarts? Escola de Magia? Isso existe? EU VOU SAIR DAQUI?

VIVA A ESSE DIRETOR QUE EU NEM SEI QUEM É.

É, Merlim me ama mesmo, de todo o coração.