Como 'isso' foi acontecer?! escrita por Maria Gabriella


Capítulo 2
Seria o único propósito da aliança, o de casar?


Notas iniciais do capítulo

Oie gente! Capítulo grandinho! (Eu acho, sei lá...) Próximo já pronto em nossos corações! Boa leitura Noxianos, Demacianos, yordles, Ioianos, Rengar's e outros...



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"Ainda naquele dia cheguei em Demacia...".

Estava no finalzinho da tarde. Do lado de fora da cidade era possível ouvir uma música alta e irritante, pelo menos para mim (bom, tinha perdido o humor depois do meu dia).
Fiquei em frente a uma placa "Bem-Vindo A Demacia! A Cidade Dos Justos!". Fiquei pensando se a pessoa que escreveu aquilo tinha algum problema com letras maiúsculas.
Vi o sol desaparecer no horizonte e resolvi entrar em Demacia, alias, já era noite e podia ser perigoso ficar na floresta.
Logo que entrei vi pessoas com roupa de Jarvan IV e de Fiora. A principio achei estranho, mas depois entendi. Bastou ver dois dos balões. Um escrito "J ♥ F" e o outro escrito " Parabéns J ♥ F".
Segundo minha conclusões, J era Jarvan e F, Fiora. Coração pode representar amor. Ou seja, Jarvan e Fiora...?
Inicialmente fiquei surpreso mas, era inegável: Fiora estava casando com Jarvan.
Entrei em uma loja de presentes e comprei uma caixinha de bailarina, seria meu presente para o casal. (O que tem de mal curtir um pouco o casamento de um cara que você nem conhece, enquanto seu melhor amigo está em um hospital com uma mulher morrendo, em uma cidade onde você foi exilado?).
Cheguei para o vendedor, comprei o "item" e perguntei discretamente:
–Vai para frente?
–O quê?
–O casamento.
–Lógico! Jarvan ama ela.
–E ela?
–Hum, claro. Acho que a Fiora não...-Interrompi-o pois já tinha as informações necessárias.
–Ei! Desculpa, meu amigo está me chamando, até. E feliz... "Jarvan Fiora"! -Saí apressado.
–Feliz "Jarvan Fiora"...-Consegui ouvi que ele respondeu assustado e copiou essa idiotice de "Jarvan Fiora".
Corri em direção ao castelo, mas passei por dificuldades: Multidões, vendedores ambulantes, crianças mimadas, guardas, filas, caminhos "errados" (não conhecia aquela cidade...), bicicletas descontroladas, músicas de ensurdecer as pessoas, danças nas calçadas e até mulheres jogando charme...
Quando finalmente cheguei no portão do castelo, um homem me empurrou:
–Desculpa mas, já vai fechar as visitas.
–Hey! Por favor! Vai ser uma grande festa!
–Eu sei, mas já vai fechar, desculpa.
–Mas... Meu presente...?
–O que tem ele?
–Foi caríssimo! -Menti, para variar.
–Que pena. Usa você mesmo. -Sua voz era sínica como quem já tivesse ouvido isso inúmeras vezes. Mas, não! A minha farsa seria melhor, eu entraria naquele castelo! (Nem queria tanto assim, mas em consideração a todo o trabalho que tive, entraria!).
–Não, eu não preciso disso.
–Ok.
–Tenho muitos outros no meu palácio.
–Palácio?
–É. Palácio. Será mesmo uma pena, eu queria ter uma conversa com o velho Jarvan mas entendo. Regras são regras. -Falava tudo como se fosse um rei amigo do Jarvan.
–Você conhece o príncipe?
–Mas é lógico! Insolente. Eu fui um grande amigo dele.
–Sério?
–Claro, sou o rei Jy... Jyr... Ujyrvan.
–Rei... Ujyrvan? -Ele parou de aceditar?-Está bem, olha cara, saí daqui.
–Adeus. E é majestade Ujyrvan VI para você. Fale para Jarvan que... Seu amigo de infância saiu lá de... Ionia para lhe dar um "olá", mas foi barrado por um estupido qualquer!
O guarda me olhou com a cara mais feia do mundo (depois da cara do Warwick e de uma mulher que tinha visto no caminho). Fungou o catarro e pigarrou a garganta. Então mencionou com a voz mais grossa que conseguiu e quase se curvando por inteiro diante de mim:
–Pode entrar vossa majestade Ujyrvan VI, desculpe a insolência.
Ele simplesmente abriu a porta e eu entrei super... surpreso!
O castelo era simplesmente o lugar mais lindo que você imaginar, só que... Melhor! Não vou dar muitos detalhes para você não ficar com vontade de visitar, mas, era quase que perfeito.
O tapete vermelho ficava estirado na escada maior. O corrimão era todo de cristão e brilhava a luz artificial vinda da parede. O teto era de vidro. Essa escada majestosa dava para uma única porta. Essa porta era enorme caberia uns dois Yasuos de altura (quem passava por ali?) e de madeira. No centro da porta tinha um circulo de vidro que, por incrível que seja, não mostrava o outro lado. E perto da maçaneta uma pedrinha de safira transparente e afiada. As outras duas escadas menores ficavam uma de cada lado da maior. A do lado esquerdo tinha um tapete roxo escuro e a do lado de direito quase lilás. Do lado esquerdo dava para um monte de cinco portas. Cada uma de madeira, de tamanho normal e sem coisas complicadas ou sei lá, safiras. Do lado direito dava para mais cinco portas iguais as cinco do lado esquerdo. Abaixo das escadas havia mais quase doze portas. Cada uma com um simbolo entalhado, onze delas de madeira e comunal e uma de vidro. Cinco dos símbolos de ouro (como o de um livro, que eu acho que levava a uma biblioteca). Outros quatro de prata (como o de um chapéu de cozinheiro que provavelmente levava para a cozinha). Dois de bronze (como o de uma banheira que devia levar a um box). Por último tinha um simbolo de esmeralda, todo verde, não dava nem para ver o desenho, era justo a de vidro, levava a um jardim, aparentemente lindo.
No centro disso, debaixo dos tapetes (que aliás começavam no portão e terminavam no fim da escada ou na porta majestosa) estava um outro tapete, todo de veludo e com bordados de algodão. Devia ser muito macio rolar, deitar e dormi ali. Abri a boca só de pensar nisso, de ver isso, de estar nisso. E as janelas? A nem me fale das janelas! Vidro com um pequeno local para apoiar, lindas! Em cada janela tinha um papel enrolado. Caminhei até a mais próxima e li: "Seja forte ou sempre será fraco". Sério eu ri dessa, fui para a próxima: "Egoísmo não salva ninguém". "Amor em tudo, calor no mundo". "Governe ou serás governado". "Não basta tentar deve fazer". E outras mensagens desse tipo.
O guarda me olhou e debochou:
–Achei que tivesse um palácio?
–Tenho. Mas, faz tanto tempo que não visito ele que senti saudade desse lugar.
–Sei.
–Onde está a Fiora?
O guarda aponto para uma das portas que a escada da esquerda levava, o que foi realmente triste, estava louco para passar a mão pelo corrimão da "Grande Escada".
Caminhei ainda boquiaberto e entrei na porta indicada.
Imaginava algo tão brilhante como a entrada do castelo. Mas nada disso.
Tinha dezenas de cortinas brancas. E uma cama no fundo. Uma mesinha encostada junto a um espelho e um banquinho. O piso branco de poliéster ou algo assim, pois só de pisar já dava sensação de leveza. Em cima da cama uma única janela fechada com a cortinha roxa.
Mas o que mais me impressionou não foi nada disso. Na verdade, o que mais impressionou a mim (e a qualquer um teria impressionado, na certa) foi o choro que ouvia.
Caminhei entre as cortinhas e vi, Fiora chorando litros! Olhei e perguntei:
–Vo...cê está... bem?
–N-não vi você aí. -Ela levantou o rosto- Ya-Yasuo?
–Sim, acho. A menos se isso for um sonho onde sou o príncipe Ujyrvan VI, igual aquele cara acredita que eu seja.
Ela deu uma risadinha e perguntou:
–O que faz aqui?
–Hum, sou um andarilho. E você?
–V-vou... C-casar.
–Não parece alguém prestes a casar...
–Bem. Estou... Eu não queria isso sabe?
–Então por que não diz para ele?
–Ele é o princípe... Se eu não aceitar todos ficarão muito bravos e... Teria que sair desse reino e... Nem sei o que aconteceria se eu magoasse ele. Todos o amam, sabe?
–Hum. Não, você não vai casar com ele. Prometo.
Antes que ela pudesse responder isso, Jayce entrou no quarto chamando:
–Futura princesa Fiora! Yasuo?!
–Sim, Jayce?
–Oi...
–Na verdade é tchau.
Disse e saí, mas antes percebi a porta que tinha no quarto, escrito "Banheiro".
Caminhei até a escada majestosa e... Inevitavelmente e compulsivamente entrei na "Porta Mestra". Vi então algo incrível.
No fundo de tudo (era um quarto) estavam Jarvan e seu pai, em uma varanda. E sim! A aliança em cima do criado-mudo do lado da cama. Sem janelas. Chão todo de lã. Paredes também com cortinas brancas. E outras coisas que nem reparei.
Abaixei perto da cama e pude ver uma outra porta escrita "banheiro" também. Ouvi Jarvan dizer:
–Obrigado, foi muita gentileza me dar sua aliança.
–De nada. Mas não perca! Sem ela, sem casamento!
Na hora, perdi o sentido da precaução, roubei a aliança do pai e do próprio Jarvan no dia de seu casamento.
Saí cauteloso do quarto e me deparei com Jayce na entrada. Ele me olhou feio e questionou:
–Você?!
–Dando os parabéns agora, para o noivo.
–Ah, claro.
Minhas mãos estavam atrás das costas. Peguei uma caixinha no bolso, aliás, a caixinha de bailarina e arranquei a dançarina do local, colando a aliança.
–O que tem aí na sua mão?
–Isso. -Mostrei a bailarina-Entregue para Fiora e diga que acabei de cumprir uma promessa.
–Como assim? -Ele perguntou recolhendo a dançarina.
–Ela vai entender...


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem se quiserem! (Jarvan e Fiora ? )