A Little Nightmare Of Mine escrita por Nati Galdino


Capítulo 5
Ódio


Notas iniciais do capítulo

King And Lionheart - Of Monster And Men

"But you're a king and I'm a lionheart."



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“O medo é o caminho para o lado negro. O medo leva a raiva, a raiva leva ao ódio, o ódio leva ao sofrimento.” Yoda

Minhas mãos suando frio, estou tremendo, a raiva que estou de Eduardo é algo imensurável, se o visse agora ele seria um homem-morto. Ainda não consigo acreditar no que ele está fazendo com Kate. Ela não merece isso. Ódio de Eduardo.

Estou descendo as escadas, faltavam mais ou menos uns quatro andares para poder chegar ao andar onde trabalhava o silêncio era quase absoluto exceto por um barulho, vou em direção ao barulho para saber o que é, porque minha curiosidade não tem limites.

“Não, eu já te falei que está tudo certo, vamos nos encontrar no lugar de sempre, tá tudo certo. Tô morrendo de saudade de você gostosa, desse teu corpo delicia, do teu gosto, do teu cheiro, te prepara hoje vou fazer você gritar a noite inteira… Não delicia, não se preocupa com isso, eu digo que vou ter reunião da empresa hoje e que vou passar a noite inteira fora, ela não vai desconfiar, ela é uma besta.” Ouço Eduardo conversando com alguém no telefone, e, com certeza, não era com Kate. Aquilo fez meu estômago revirar, meu sangue fervia em minhas veias podia sentir meus olhos queimarem de raiva, a raiva era tanta que não pude me conter.

“Ora, ora seu Eduardo. Então quer dizer estás traindo Kate? Sim eu sei que vocês estão namorando Kate acabou de me contar.” Digo, Eduardo se assusta, no mesmo instante ele fica branco feito papel e duro feito uma pedra. A visão é linda.

“O que faz aqui? Sabia que este não é o seu andar? E ainda ouvindo a conversa dos outros, terás sérios problemas com isso.” Diz Eduardo, tentando desviar o rumo da conversa. Mas estava disposta a tirar aquilo a limpo, saber realmente se ele estava ou não traindo Kate.

“Por favor Eduardo, não me venha com essa, e eu não ouvi sua conversa porque quis, estava passando e ouvi um barulho vim ver o que era, e por coincidência era você. Eu tenho mais o que fazer do que está ouvindo a conversa dos outros. E não me venha com desculpas eu te fiz uma pergunta, responde.” Digo extremamente alterada.

“Minha vida não diz respeito a ninguém, muito menos a você sua bisbilhoteira.”

“Verdade, sua vida inútil não me diz respeito. Mas você está brincando com alguém a quem me importo muito, e isso eu não permito.”

“HAHAHAHAHA … Você? Se importando com alguém? Você não se importa com ninguém, você é a pessoa mais fria e sem coração que eu conheço Diana. Faça me o favor.”

O som do tapa na cara ecoou por alguns segundos. As marcas dos cinco dedos eram visíveis. Minha mão ardia devido o contato brusco com a face de Eduardo. A sensação que tinha era a melhor de todas, esperava por esse momento a anos. Sorria de felicidade.

“O que é isso garota? Ficou mais louca ainda?” Eduardo grita as palavras

“Quem é você para falar de mim? Não me conheces, não sabe nada da minha vida, não sabes o que eu sinto. NADA. Sim, se eu era louca, agora fiquei pirada e você vai se arrepender pelas suas palavras seu idiota, Kate vai ficar sabendo do que você está fazendo com ela. Ela vai te dar um pé na bunda, e eu vou rir da sua cara de trouxa”.

“Vá em frente, faça isso só vais me poupar tempo, não gosto de Kate, nunca gostei. Só fiquei com ela porque queria “comer” aquele corpo delicia, Kate pra mim só servia pra isso, só para sexo. Eu só queria comer aquela vadia.”

“Ah, Eduardo ...você vai se arrepender amargamente do que fez com Kate.” Suas palavras entraram rasgando meu ouvido, o que era raiva se tornou ódio, já não podia mais conter. Eduardo ia morrer, e pelas minhas mãos.

“E o que pensa que vais fazer?” Diz Eduardo ironizando a situação

“HAHAH' agora é minha fez de rir. Ora Eduardo você acha mesmo que o golpe que você deu na empresa não seria notado? Além de um idiota filho da puta, ainda é burro. Você realmente pensou que eu não descobriria?”

Eduardo que antes tinha uma feição de deboche, agora mostrava uma face assustada.

“Do que você está falando sua louca?”

“Não se faça de desentendido, se tem uma coisa que você não é, é desentendido. Você acha que eu não notaria? Ora Eduardo eu cuido das finanças dessa empresa a anos. Quando os números começaram a cair eu soube instintivamente que você tinha algo haver com isso. Nunca confiei em você, desde o momento que coloquei meus olhos em você sabia que não era uma pessoa de confiança."

Os olhos de Eduardo ficaram vermelhos de puro ódio, se pudesse ler pensamentos apostaria com todas minhas fichas que Eduardo estaria pensando: "filha da puta desgraçada". Sim, eu sou uma "filha da puta desgraçada", mexa comigo ou com alguém que gosto e verás.

Em um rápido movimento Eduardo voa em minha direção, melhor dizendo em direção ao meu pescoço. E quando menos espero, suas enormes mãos estão fazendo uma pressão tão grande em meu pescoço que me deixa com falta de ar. Ele me segura com toda sua força e me ergue, como se estivesse levantando um troféu. Me debato com a intensão de conseguir me livrar de suas mãos, mas foi em vão. Eduardo era maior e consequentemente mais forte. Já havia perdido minhas forças, parei de lutar, minha visão ficou escura, minha respiração estava mais pesada, senti meu corpo mais leve. Antes que desmaiasse revivi meu pesadelo, aquele medo, senti frio.

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Um gosto amargo em minha boca, minha cabeça doía estava prestes a explodir, uma dor insuportável na minha garganta, como se tivesse espinhos saindo dela. Minha visão estava embaçada, mas pude reconhecer o local onde estava. Em um hospital. Sentada na poltrona ao lado estava uma moça de cabelos vermelhos, ela segurava alguma coisa a qual não pude identificar. Tento me levantar mas ao fazer força minha cabeça doeu.

"Ai, que dor ..."

"Ei moça, tenha calma ... você não pode fazer força." Diz a moça. Minha visão já havia se normalizado, pude então ver quem era. Era Kate. Meu coração se alegrou.

"Onde estou? E o que faço aqui?" Digo

"Você está em um hospital Diana, encontrei você desmaia no décimo andar. Não lembra o que aconteceu?"

"Não ... É tudo muito vago."

Na verdade, lembrava de tudo, todos os detalhes. Eduardo tentou me matar, mas por alguma razão não o fez. Contaria para Kate, mas não agora. Acharia uma hora certa, um momento certo.

"Como me achou? " Digo

"Depois que eu desci, fui resolver algumas coisas da empresa e precisava de um documento que estava com você, quando fui na sua cabine, você não estava lá. Achei estranho, pois já havia se passado vinte a cinco minutos desde nossa conversa fui atrás de você, eu quando chego no décimo andar encontro você desmaiada. Entrei em desespero, corri para ver se estava viva e para minha felicidade você estava, liguei para a emergência e desde então estou aqui, não sai de perto de você por nenhum motivo."

" (...) não sai de perto de você por nenhum motivo." Essa frase ecoou pela minha cabeça e alegrou meu coração. Me senti protegida, amada. Algo que não sentia a muito tempo.

"Por quanto tempo vou ter que ficar aqui? Odeio hospitais."

"O tempo que o médio dizer que é para você ficar. Porque? Tens algum compromisso inadiável?" Diz Kate

"Sim eu tenho, e é algo que não posso faltar."

Kate me olha confusa. Se não fosse pelos remédios que estava tomando podia jurar que ao ouvir o que disse, Kate ficara triste. Podia jurar.

"hum ... posso saber com quem?"

"Pode, claro que pode. Ora Kate ... Esqueceu que me convidou para ir ao cinema?" Digo em meio a risos.

"HAHAHAHA, nossa ... você não esqueceu. Pensei que já tivesse esquecido."

"E você acha que um convite tão especial como esse, pode ser esquecido? Não! eu não esqueci."

"Ótimo, não perdoaria você caso tivesse esquecido."

Rimos, conversamos e o resto do nosso dia foi assim. Eu deitada em uma cama de hospital e Kate sentada numa poltrona. Se me perguntassem qual melhor dia da minha vida, diria com toda certeza que, hoje. O dia que quase morri, e um anjo me salvou. Kate, o meu anjo.


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Notas finais do capítulo

Fiquei sabendo que tem gente shippando Diana e Kate.
Então, quais os nomes dos shipper? Diz aew!

Beijos para minhas revisoras.



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