A Little Nightmare Of Mine escrita por Nati Galdino


Capítulo 11
Cabana, part 2


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora, estava com problemas de internet, maaaas estou de volta e vamos que vamos porque tem muitas pontas soltas e eu mais do que ninguém quero amarra-las.

Aaah, mais uma coisa, não esqueçam de ler o cap com música, aqui vai uma pl pra ouvir, espero que gostem e boa leitura.

pl: http://hypster.com/playlists/user/galdinonatalia?7039736

O cap ta pequeno, eu sei ... desculpa!



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My body is a cage
We take what we're given
Just because you've forgotten
That don't mean you're forgiven

Set my spirit free
Set my body free

Peter Gabriel – My Body Is a Cage

~Flash Back~

“Acorde Diana, acorde dorminhoca, aff, morreu mesmo? Tá ficando fraca não tá mais aguentando....” Diz John enquanto beija meu pescoço, me causando arrepios e beijando minha testa, adorava quando ele fazia isso.

“Me deixa, eu quero dormir, e não eu tô ficando fraca, só não durmo direito a três dias e queria poder dormir um pouco hoje, não enche é domingo.” Digo enquanto tiro suas mãos de minha bunda.

“Okay, senhora insensível, não perturbo mais, não tá mais aqui quem falou” John fala irritado, e levantando da cama.

Estava completamente pelada deitada em cima da cama, coberta apenas com um lençol feito de seda, ainda podia sentir o cheiro que exalava deles. John levanta da cama e eu o seguro pelos braços, olhando-o fixamente e pedindo, por favor, para que ele voltasse para o lugar de onde nunca deveria ter saído. Meu olhar é entendido, e correspondido, John volta para cama e fazemos amor novamente.

~Fim Flash~

A dor que vinha do meu pescoço era tão grande que qualquer indicio de movimentá-lo era rapidamente repreendido. Não apenas meu pescoço doía, mas, minhas pernas, braços até a respiração era doída, um caminhão havia passado por cima de mim e sobrevivera para poder sofrer com as dores. Abro os olhos rapidamente, a rapidez com que os feixes de luz entraram em minha retina me deixou tonta e uma dor desagradável surgiu na minha cabeça, uma dor fina e aguda. Estavam enfiando agulhas em meu crânio.

Lembro-me vagamente do que houve noite passada, mas sabia exatamente o que havia acontecido comigo, Kate, minha amiga, ou melhor, minha “ex-amiga” – isso se existir um termo exato para amizades findadas - havia me sequestrado, sabe Deus como ela conseguiu me trazer até essa cabana, e ter me feito por uma noite seu brinquedo sexual.

Não sei se sinto raiva de Kate por ter me sequestrado, ou de mim mesma, por ter adorado o que houve noite passada, por ter implorado por aquilo. Por querer tanto que aquela noite não tivesse fim. Mas de uma coisa tenho certeza, não estava sã, havia bebido demais e ficado completamente fora do meu normal. A culpa irá se responsabilizar por me fazer nunca esquecer, o que houvera acontecido ontem.

A porta da cabana se abre, ainda estou deitada na cama, levanto e fico sentada, apenas segurando um lençol, sujo de sangue, apenas para cobrir meu corpo. Fico me perguntando de quem seria o sangue, passo a mão pelo meu corpo em busca de algum ferimento, e não, o sangue não era meu, de Kate talvez?

“Olá Diana, já acordou? Como está se sentindo?” Diz Kate, me olhando com seus olhos demoníacos e possuídos pela pura luxuria, segurando o que seria uma garrafa de café.

Bem? Ainda tens a ousadia de perguntar se estou bem? Deus do céu você é louca, me deixa sair daqui, sua louca” Penso, e quando estou pra falar o que minha mente queria desesperadamente gritar, opto por ficar calada e simplesmente ignorar Kate, sim, ignora-la será a melhor coisa a se fazer agora.

Sentada na cama, com apenas um lençol me cobrindo o corpo, observo Kate ,que ainda está de pé em minha frente esperando por uma resposta, percebo então um corte no seu lábio superior, era profundo, aquilo deixaria uma cicatriz horrível, ou não. O sangue era de Kate.

“Então, vais optar por me ignorar? Okay Diana, você sempre escolhe o modo mais difícil.” Ela fala como se fosse puxar uma trinta e oito da calça e disparar uma bala no meio dos meus olhos.

“Não, claro que não” Não consegui ignora-la, não por medo, mas é porque eu realmente não consigo ignorar Kate.

“Humm ...”

“O que você queria que eu dissesse que está tudo ótimo, que eu amei o que você fez comigo? Não Kate, não está nada bem, está tudo errado, tudo errado demais, eu não consigo entender, eu realmente não entendo o porquê de você ter feito isso comigo, porque Kate? Por quê? O que foi que eu te fiz? Ou melhor, o que diabos eu não fiz!?” Digo com lágrimas de ódio rolando pelo meu rosto, meu corpo tremia, não consegui conter a raiva e tristeza naquele momento.

“Diana não, não faz isso, por favor!”

“Fazer o que Kate? Você não imagina a raiva que eu estou de você agora. Eu te odeio Kate, O-D-E-I-O” Digo pausadamente a palavra odeio e cada letra entrou rasgando nos ouvidos de Kate, puder ver uma lágrima caindo em cada pronúncia.

Kate cai aos prantos em minha frente, em outra ocasião teria pena, mas não é o caso, não, não é. Apenas a fico olhando, ajoelhada, com as mãos no rosto, e vendo suas lágrimas escorrerem por seus braços. A cena é deplorável.

“Diana se você soubesse o que realmente está acontecendo, teria se arrependido de ter falado isso” - Diz Kate levantando a cabeça e enxugando o resto de lágrimas que tinha por ali, ela continua – “Eu fiz isso pra te proteger dele Diana, você não sabe mais corre perigo, um grande perigo. Diana não vou mentir, já cansei de mentir pra você, eu realmente te amo, não esperava por isso, fui mandada pra ficar de olho em você, pra ficar na “sua cola” ser sua guarda-costas, ficar de olho em tudo o que faz e pra onde vai, mas nesse meio termo, eu sinceramente não esperava ter que me apaixonar por você, eu já não aguentava mais ter que fingir ser alguém que não sou, isso estava me matando, ter que ficar distante, sendo que a vontade era de estar perto, fazendo carinho, te dando amor e fazendo você gemer gritando meu nome, como na noite anterior. Não venha me dizer que não gostou, pois pude ver em seus olhos que você desejava por aquilo, mas enfim. Eu não tive escolha, minha vida e a vida de minha família corre perigo. Eu te trouxe pra cá porque aqui você está segura, ninguém jamais iria vir aqui pra te procurar, aqui onde tudo começou.”

Abismada, é assim que me encontro nesse exato momento, sem palavras, sem reação, sem nada. Uma verdadeira estátua. Perguntas e mais perguntas surgindo na minha mente. Como assim “foi aqui onde tudo começou”? O que começou aqui? E me proteger de quem? Quem me quer morta? Deus, o que havia acontecido com a minha vida, ontem mesmo eu estava no trabalhado ouvindo Eduardo reclamar que eu não fazia nada direito, Kate era apenas uma funcionaria desengonçada, ou deitada na minha cama lendo um livro enquanto ouvia Of Monsters And Men. Minha vida virou um caos do dia pra noite.


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Notas finais do capítulo

Lay, te amo



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