You got Something I need escrita por Malina


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Capítulo 20 already! Hoje eu vou tentar postar no minimo mais 2 capítulos, mas eu vou TENTAR kkk, vou parar de perturbar vocês, leiam e deixem sua opinião.

Enjoy and have fun



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– Pai... – Eu estava muito surpresa, o que ele está fazendo aqui?

– Vai me deixar entrar ou vai me deixar plantado aqui? – Perguntou Frank.

– Ah, claro, entre. – Falei ainda perplexa, eu não via ele a um bom tempo.

Ele entrou e sentou no sofá sem nem ao menos perguntar se podia, mas ele é meu pai por mais que eu não estivesse muito feliz com ele, então não reclamei. Maura tinha subido para colocar uma roupa decente, fiz o mesmo, meu pai ficou esperando na sala por uns três minutos. Descemos e fui falar com meu pai enquanto Maura fazia café.

– Então pai, o que faz aqui? – Sentei ao seu lado.

– Vim te ver, Tommy me ligou, disse que você vai se casar. – Quando ele valou isso Maura derrubou uma xícara no chão. – Quer ajuda?

– Não, pode deixar. – Disse Maura se abaixando para juntar os cacos, fui ajudá-la.

Me agachei para juntar os cacos maiores e Maura sussurrou.

– Você vai falar pra ele?

– Eu tenho, ele é meu pai.

– Certo.

Terminamos de juntar os vidros e ela passou a vassoura para tirar os cacos menores. Voltei a sala e me sentei ao lado do meu pai no sofá.

– Então, é verdade, você vai se casar?

– Pa, você não se importou em me ligar nesses últimos meses, por que veio aqui?

– Já falei, seu irmão disse que você vai se casar, disse também que você tinha uma surpresa, você está grávida? É por isso que vai se casar?

– Pa! Não estou grávida! Mas a parte do casamento é verdade.

– Então?

– Então o que? Você veio aqui pra dar a benção?

– Claro, sou seu pai.

– Não preciso de sua benção, eu vou casar dando ela você ou não.

– Okay, acalme-se, eu só vim aqui para conhecer o noivo, quem é o sortudo?

Não respondi, apenas fiquei encarando ele, e ele quebrou o silencio.

– Olhe, eu sei que não sou presente na sua vida ultimamente, mas eu gostaria de fazer parte disso, do seu casamento, desde que você nasceu meu sonho sempre foi te levar para o altar, quer você queira ou não, eu sou seu pai e eu me importo com você, e gostaria de poder fazer parte, já perdi de mais, por favor, eu te amo filha.

As palavras do meu pai eram fofas, mas não me emocionaram ao contrario de Maura que estava derrubando algumas lagrimas. Como ele pode esperar que eu o perdoe após o que ele fez com minha mãe?

– Pelo menos me deixe conhecê-lo?

– Você já conhece.

– É alguém do seu serviço? É o Frost?

– Não pa, nenhum deles, na verdade, eu não sei como você vai reagir a isso.

– Vai dizer que eu não gosto dele, é o Giovanni?!

– Não pa! Que nojo!

– Isso é um alivio, mas cansei de brincar de adivinhação, quem é seu pretendente? – Maura entregou uma xícara de café para meu pai. – Obrigado Maura. E então Jane?

– Ta bem, cansei. – Me levantei. – Pa, eu vou me casar com Maura. – A segurei pela cintura.

O sorriso que meu pai tinha no rosto foi levado rapidamente, agora ele estava surpreso, boquiaberto, com os olhos arregalados tentando assimilar o que eu acabara de dizer, ele poderia surtar a qualquer momento, Maura estava encolhida em meu braço, ela estava com medo da reação dele, eu tinha que ficar forte, e agüentar tudo o que ele tinha para falar, minha Maura é capaz de ouvir tudo sem conter nenhuma expressão e pode muito bem dar respostas ofensivas claro, mas ela é mais frágil, não quero que nada aconteça com ela, então eu controlo as situações de tensão.

– Não vai falar nada? – Perguntei.

– Eu... – Fez uma pausa e lambeu os lábios. – Eu não sei o que dizer, como assim você vai se casar com Maura?

– Bem, eu vou esclarecer um pouco, eu e Maura nos apaixonamos, namoramos faz alguns meses, e agora vamos nos casar. – Expliquei.

– Mas isso é errado, muito errado, você percebe o pecado que está cometendo? – Aumentou o tom de voz.

– Se você pensa que vai me intimidar aumentando sua voz ou falando de pecado e Deus, você está muito enganado. – Me soltei de Maura e olhei pra ela. – Querida, vá pra cima, deixe-me falar com meu pai. – Ela assentiu e subiu.

– Querida? Você realmente... Eu não te criei assim, você não é minha filha, sua mãe está botando coisa na sua cabeça não está?

– Pai, cala a boca, há cinco minutos você estava falando sobre me levar pro altar e que me amava. E por que a culpa tem que ser da ma? Ela não me induziu a isso, eu me apaixonei.

– Você não vê o erro que está cometendo?

– Amar? Casar-me? Envolver-me com alguém? Espera, esqueci que tinha que ser um homem, desculpa pai, vou subir rapidinho e romper com Maura. – Ironizei. – Você é meu pai, não é o melhor pai do mundo, mas continua sendo meu pai. Você não esteve muito presente na minha vida nesses últimos meses, não me visitou no hospital, aposto que nem sabia que eu estava no hospital, e agora você volta pra me repreender só pelo fato de que estou me casando com uma mulher? Acha que você tem poder pra fazer isso? Já sou adulta, posso fazer minhas próprias decisões. Quer você queira ou não, eu vou me casar com Maura, e você não pode fazer nada sobre isso, e se tentar fazer algo, eu mando prender você. Agora, por favor, saia da minha casa Frank. – Fui até a porta e a abri.

– Com muito prazer. – Passou pela porta e virou para me olhar. – Sinto pena de você.

– Posso dizer o mesmo. – Bati a porta.

Subi e me joguei na cama, notei que Maura não estava lá, deve estar no quarto de hospedes. Meu pai fez muita coisa de errado, e sei que agi certo, mas ainda sinto um vazio em mim. No momento eu só queria tomar um banho gelado e dormir, olhei para o relógio e eram 11:00 em ponto, estava cedo, mas eu precisava relaxar. Entrei no banheiro tomei meu banho gelado, botei uma blusa qualquer e uma calça, voltei para o quarto e me joguei na cama, enterrei a cabeça no travesseiro, fiquei repassando mentalmente tudo que acabara de acontecer, e me permiti chorar. Levei um susto quando ouvi a porta abrir, não queria que ninguém me visse daquele jeito, mas era Maura, ela era a única pessoa que conseguia me alegrar apenas com sua presença. Me sentei na cama, ela sentou ao meu lado e me abraçou.

– Não acabou bem não é?

– Não quero falar sobre isso.

– Tudo bem, apenas descanse. – Beijou o topo de minha cabeça.

Deitei minha cabeça no colo dela enquanto ela me fazia cafuné, em poucos minutos eu havia dormido. Não tinha muito que falar, apenas que meu pai não iria fazer parte de minha vida, ele já não fazia antes, mas agora é diferente, lembro da ultima vez que vi meu pai, não foi nenhum pouco amigável, mas acho que hoje ganha de tudo, com certeza foi o pior reencontro do mundo. Eu esperava esse comportamento de qualquer um, menos do meu pai, ou da minha família, eles sempre foram bem religiosos, mas nunca vi preconceito neles, eu esperava esse tipo de comportamento em Constance, mas até ela foi mais adulta que meu pai.

Acordei com a voz de Maura me chamando, sabe quando você dorme e quando acorda pensa que o hoje é amanha? Isso faz sentido? Eu estava me sentindo assim.

– Acorda amor. – Ela acariciou meu braço e eu murmurei. – Anda, vamos almoçar.

A voz dela é tão doce, poderia ficar ouvindo o dia todo.

– Almoçar? Que horas são?

– Meio dia. Vamos comer, sua mãe está chamando.

– Tudo bem... Que dia da semana estamos?

– Sábado. – Respondeu com uma risadinha.

Murmurei algo que nem eu sabia o que era. Descemos e encontramos minha mãe colocando os talheres na mesa, ela reparou meu rosto inchado, isso nunca passaria despercebido por Angela Rizzoli.

– Boa tarde meninas... – Fez uma pausa. – O que houve filha? Está tudo bem?

Não queria falar aquilo com a minha mãe, Maura percebeu meu desconforto e falou por mim.

– Frank esteve aqui. – Ela disse.

– Frank Rizzoli? Frank meu marido Frank? – Angela estava espantada. – O que ele fazia aqui?

– Tommy ligou pra ele e disse que eu iria casar, ele veio até aqui, falou que me amava, e depois quando eu disse que iria me casar com Maura ele surtou. – Resumi bem resumido.

– Ah, eu vou ter uma conversa com seu pai! – Disse Angela com um tom ameaçador.

– Não, ele já falou o que queria, eu já falei o que eu queria, de agora e em diante, ele é apenas Frank.

– Jane, eu sinto muito. – Maura disse me abraçando.

– Não sinta, não é sua culpa que meu pai... Frank é um babaca.

– Então vamos animar. Quem está com fome?

– Eu! – Falei. – O que você preparou?

– Macarrão ao molho funghi. – Fiz uma careta e Maura pulou de felicidade. – Mas como eu conheço a filha que tenho, fiz outra porção, mas apenas com o molho branco.

– E é por isso que você é a melhor mãe do mundo.

– Não como isso há um bom tempo. – Disse Maura enquanto se servia.

Estávamos apenas nós três, comemos e quando terminamos continuamos na mesa conversando, era bom poder conversar elas, fazia meu dia muito melhor. Depois dividimos as tarefas para limpar a casa, essa parte não era muito divertida, mas necessária. Eram apenas 13:45 e eu já considerava como um longo dia, aconteceu muita coisa em uma tarde apenas.

O resto do dia ocorreu normal, não aconteceu muita coisa, eu não queria sair de casa para fazer compras com Maura, e pelo mais incrível que pareça, ela também não queria, então passamos o dia abraçadas e vendo filmes na cama. Foi muito bom passar o dia com Maura, sem assassinatos para resolver e gente chata me perturbando, apenas eu e minha noiva Maura.


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Notas finais do capítulo

O que vocês tem ame dizer? Algum pedido? Alguma reclamação? Algum elogio? Comentem, além de me deixar muito feliz, me incentiva a escrever.