You got Something I need escrita por Malina


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Lembre-se YOLO... Anyway, have fun.



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Fazia alguns dias que Jane estava o hospital e com certeza ela iria ficar mais. Eu me lembro de quando fui avisada por Angela, eu estava em choque, não consegui demonstrar nenhuma emoção, apenas dor, tinha recebido um aperto no coração, minha garganta ficara seca e assim uma lágrima saiu de meus olhos, não pude me conter e comecei a chorar desesperadamente, com mil pensamentos na cabeça, só me acalmei quando vi Jane na cama do hospital, mesmo que os machucados fossem grandes, isso me acalmou, foi bom ver que ela tinha batimentos, pois, em minha cabeça, eu só pensava o pior, e eu não suportaria perder Jane desse jeito.

– Maur, quando vou poder voltar ao trabalho?

– Você já se olhou no espelho? Já viu seus machucados? Você ficará aqui um bom tempo e...

– Okay, okay. Cadê o resto das pessoas? Estava bem mais barulhento antes. – Riu

– Todos foram trabalhar.

– E o que você faz aqui? Não quero que falte o trabalho por mim.

– Eu não estou. Eles não me chamaram, e também, minha mãe vai vir aqui, ela disse que queria falar comigo.

– Sobre o que? – Disse Jane enquanto se sentava na cama.

– Provavelmente sobre a oferta que eu recusei. – Depois que disse isso ela abriu um sorriso enorme.

– Okay... – Ainda com um sorriso no rosto, sorri de volta, eu ela ia dizer alguma coisa, mas fomos interrompidas pelo meu celular.

– Isles (...). Ah, olá mamãe (...). Okay estou indo. – Desliguei – Jane, minha mãe está me esperando no térreo, já volto – Dei um beijo nela e caminhei até o elevador.

Quando as portas do elevador se abriram, logo avistei minha mãe sentada no sofá lendo uma revista de medicina legal. Eu estava um pouco nervosa para falar com ela, ela não parecia muito feliz, a final, eu recusei uma oferta que ninguém jamais recusaria.

– Mamãe. Olá, o que traz a senhora aqui?
– Olá, você já deve saber. – Me deu um abraço e um beijo na bochecha.

– Sim, mas antes da senhora começar a falar, eu quero me desculpar por ter recusado a oferta.

– Você não deve se desculpar, só se pede desculpas se um erro foi cometido, o que você fez não foi um erro, você escolheu não fazer algo que não lhe agradava.

– Não, muito pelo o contrário, me agradava, e muito, mas Jane precisava de mim.

–E dês de quando você troca o emprego por uma pessoa que nem ao menos se importa?

– Como você diz isso? Você não á conhece, não sabe o quanto ela já fez por mim, não sabe quantas vezes ela salvou minha vida, não sabe quantas vezes ela esteve ao meu lado quando ninguém mais esteve, e ela estava certa, eu não poderia ir, deixar meu emprego, minha família e minha vida pra trás.

– Sua família? Eu e seu pai somos sua família.

– Não parece, aqui eu tenho pessoas que me mostraram que existem coisas boas no “mundo dos vivos” e que me ensinaram a ser alguém além da “Rainha dos mortos”. Eles são atenciosos e ficaram do meu lado o tempo todo, eles são presentes ao contrario de vocês. E sim, eu amo vocês, mas também amo minha vida aqui e amo as pessoas que eu tenho aqui.

– Filha, tem algo que queira me dizer?

– Na verdade, sim. Mesmo depois dessa briga, você continua sendo a minha mãe, então acho que devesse saber que eu e Jane estamos em um relacionamento.

– Bom... Isso não me agrada nem um pouco, assim como Jane também não me agrada, mas posso dizer que ela se preocupa com você e que você se preocupa com ela, e se você está feliz, eu estou feliz. Tenho que ir filha - Me deu um beijo na testa, um abraço e saiu.

– Mamãe, obrigado por compreender. - Corri e a abracei de novo, com uma lágrima no rosto, mas uma lágrima boa, eu estava emocionada, era uma lágrima de felicidade.

Fui para o elevador pensando no que tinha acabado de acontecer, foi tudo tão estranho, em um minuto estávamos brigando e o outro nos abraçando, mas minha relação com minha mãe foi sempre assim, o que posso dizer? Certo? Quando as portas do elevador se abriram fui pegar um suco, e fui em direção ao quarto de Jane, e a vi chorando.

– Jane, o que houve? Você está bem?

– Maura! Vem cá. – Chegou para o lado e deu espaço para a loira. Maura se deitou ao lado, e Jane se encostou a cabeça no ombro dela.

– O que houve? Está tudo bem?

–Nada, apenas – Fez uma pausa – Fiquei com medo. – Deixou uma lagrima sair.

– Com medo de quê meu amor?

– De você me deixar e ir para DC, de sua mãe te tirar de mim.

– Jane, eu não vou a lugar algum. – A envolvi em meus braços e apertei forte. – Eu jamais vou sair do seu lado.

– Promete?

– Prometo. Eu te amo Jane.

– Também te amo Maur. – Levantei meu rosto e a beijei.

– Hey, adivinha só... – Tommy entrou animado no quarto – Desculpa interromper. – Ele ficou vermelho, mas não se incomodou em incomodar.

–O que quer Tommy?

– Adivinha quem tem um trabalho fixo? – Sentou na cama e começou a se mexer assustadoramente estranho.

– Deixe-me ver... Eu trabalho, Frankie trabalha, a ma trabalha, a Maura trabalha, Korsak trabalha, Frost trabalha... Pai? – Brinquei com ele e ele riu. – Parabéns maninho, onde está trabalhando?

– No correio, não é um emprego dos sonhos, mas é algo. – Deu de ombros.

– Parabéns mesmo assim, estou orgulhosa. – O abracei.

– Parabéns Tommy. – Maura também o abraçou.

– Tá, agora eu tenho que ir, pode voltar a se tocarem... – Se levantou e saiu antes que eu o tacasse um travesseiro.

– Jane.

– Sim?

– Onde estávamos? – Sorri e voltamos a nos beijar.

O destino é engraçado, ele prega peças, ele pode arruinar a sua vida, brinca com você, mas raras às vezes ele te deixa um presente. Meu presente foi Maura, apesar de tudo o que o destino me fez, ele me deu Maura como recompensa por eu nunca ter desistido, esse presente é especial e pretendo guardar para sempre. Quem diria que a Médica legista chata, entediante e sabichona do departamento um dia iria se tornar minha melhor amiga, e logo depois minha namorada... O que vem depois... Só esperando, afinal, é assim que o destino age, sempre surpreendendo, seja de uma forma triste ou feliz, mas no final, talvez você ganhe um presente... Quem sabe? Certo?


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Notas finais do capítulo

Até um próximo capítulo, quando vai ser? Quando eu estiver com criatividade, ou tédio.



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