You got Something I need escrita por Malina


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

So... Resolvi dar uma de Shonda e fazer umas zoeiras hueheu brbr. Muitos vão achar que eu tenho um objetivo com isso, eu tenho, mentira, só estou escrevendo o que vier na cabeça. Anyway... Have fun



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– Estou indo para Washington – Maura me olhava esperando minha reação, minha resposta. O mundo congelou por um segundo, foi como se tudo estivesse parado, era somente eu e Maura na sala, no mundo... Meu coração acelerou, senti minha pulsação, eu estava suando mais que o normal, eu tinha um nó na garganta, e nada falava, simplesmente não conseguia falar, meu estomago embrulhou, as únicas coisas que eu ouvia eram as palavras de Maura, que ecoaram na minha cabeça, fiquei sem reação, fiquei decepcionada, eu morri por dentro. Em questão de segundos, minha vida parou, eu não sabia o que eu deveria sentir, o que eu deveria fazer, ou como eu deveria agir. Eu estava atordoada, não conseguia formular palavras. Sabe aquele sentimento, quando uma simples frase consegue destruir seu dia, sua semana, seu mês, seu ano, ou até mesmo sua vida? Bem... Eu estava assim.

– Como assim? – Eu estava confusa.

– Eu tive que pensar muito, pensar sobre o que eu estava abrindo mão e...

– Você vai fazer isso? Jogar tudo fora? Fingir que esses últimos dias não existiram? – Interrompi.

– Jane, isso já é bem difícil pra mim, e são apenas dois meses, eu vou voltar, a gente vai voltar.

– Eu não tenho certeza disso Maura! Você vai simplesmente pegar um avião e deixar pra traz seu emprego? Sua família? Seus amigos?... Eu?

– Jane, não complique as coisas, é uma coisa temporária e eu estive pensando, eu tenho que fazer isso Jane, eu estou tendo a oportunidade de conhecer as pessoas mais importantes da medicina e me aprofundar nos meus conhecimentos, eu queria ter outra escolha Jane.

– VOCÊ TEM!!! Você pode ficar comigo em Boston, podemos ser felizes, eu pensei que isso significasse algo pra você – Meus olhos e os olhos dela estavam marejados – Achei que eu fosse importante pra você.

– Você é, e muito, mas meu trabalho e a medicina também são muito importantes pra mim, eu sou feita disso, minha vida inteira, eu sempre me dediquei em ser a melhor e querer ser reconhecida, eu estou tendo essa oportunidade e não posso jogar fora, eu te amo Jane, mas eu também amo meu trabalho igual.

– Igual não, claramente não... – Meu celular nos interrompeu. – Rizzoli?... Estou indo... – Desliguei, olhei para Maura com uma lagrima no rosto. – Adeus Maura.

Não pude deixar de ouvir seu choro depois que fechei a porta. Fui ao banheiro, lavei meu rosto, eu estava com o rosto um pouco inchado, mas ainda sim, fui para a central, os pais de Amanda tinham chego.

Entrei no interrogatório me sentei e comecei, ainda pensando em Maura, mas nesse momento eu não podia deixar isso me atrapalhar.

– Sra. Vitti, sinto muito pela sua perda.

– Obrigado – Ela estava com o rosto muito inchado, eu não consigo imaginar a dor de perder um filho, mas eu entendia a dor de perder alguém que a gente ama.

Continuei com o interrogatório, posso até ter enrolado um pouco, não queria falar com Maura agora, eu precisava de um tempo pra digerir aquilo tudo, mas ela também, eu acho que ela deveria repensar essa proposta. Eu amo Maura, amo o bastante pra deixá-la ir.

*****

Eu ainda estava em meu escritório, não conseguia parar de pensar na Jane e na expressão dela, eu amo a Jane mais que tudo, mas também amo meu trabalho, mesmo que muitos pensem ser uma comparação idiota, eu amava os dois com a mesma paixão. Eu nunca deixei nada ficar no meio de minha profissão, eu nasci pra isso, e também, eu estaria fora por apenas dois meses, qual o problema disso? Jane conseguiu manter contato com Casey quando ele estava em suas missões, eles se falavam freqüentemente pelo Skype, por que não poderíamos fazer o mesmo?

À hora estava passando, já tinha tomado minha decisão, só não sabia como iria ficar entre eu e Jane, eu tinha que falar com ela, eu não queria acabar como nosso relacionamento recente, aliás, bem recente.

Fui para a lanchonete, mas antes passei maquiagem para disfarçar a cara de choro, eu só queria comer alguma coisa, e depois falar com Jane, mas ela estava me evitando.

– Querida, está tudo bem? – Perguntou Angela.

– Sim, só estou com fome.

– Ótimo, vou fazer um sanduíche delicioso pra você.

– Angela, você viu a Jane? Eu precisava falar com ela.

– Não querida, da ultima vez que a vi, ela estava indo interrogar alguém.

– Obrigado. – Ela sorriu e eu retribuí. Eu andei todo o departamento á procura de Jane, não a encontrava em nenhum lugar, Korsak e Frost negaram ter visto ela. Fui para o Dirty com esperanças de achá-la, foi o que aconteceu, ela estava sentada na mesma mesa de sempre, tomando a mesma cerveja que sempre toma, me aproximei e sentei na frente dela.

– Maura? – Se espantou em me ver.

– Jane, eu preciso saber como vamos ficar?

– Estou tendo um flashback... – Estranhei e a olhei com cara de duvida – Aparentemente todo mundo que eu namoro, acaba me trocando pelo trabalho.

– Jane, não fale assim, eu te amo, mas eu preciso fazer isso, mas antes eu preciso saber como ficamos?

– Como você quer que fiquemos?

– Eu não sei, não consigo...

– Nem eu... Acho que temos uma resposta – Ela se levantou e saiu.

Não agüentei ficar ali, entrei em meu carro e comecei a chorar desesperadamente, não acredito que perdi a Jane, a pessoa mais importante de minha vida, e era tudo minha culpa. Saí dirigindo sem rumo, quando vi já estava em casa, ao entrar vi Frankie sentado no meu sofá. – Como entrou aqui?

– Eu preciso falar com você – Se levantou.

– Como entrou aqui?

– Não importa. O que aconteceu entre você e a Jane?

– Nada. – Fitei o vazio.

– Maura, eu te adoro, você é como uma irmã pra mim, mas você magoou Jane de algum jeito e não posso deixar assim, se você fosse homem, eu juro que te enchia de porrada, mas não bato em mulheres – Sorriu – Eu sei que você sabe que eu sei sobre vocês... Que frase estranha... de qualquer jeito, eu amo vocês duas, mas não quero ver vocês separadas, vocês foram feitas uma para a outra, Jane me contou sobre sua viajem, tenho que dizer que fiquei impressionado com sua decisão, mas não posso fazer nada, só vim conversar. Sei que minha irmã já disse isso, mas você está jogando fora todo um futuro, vocês tem uma amizade de anos e um recém relacionamento lindo, por mais que eu brigue com Jane, eu quero vê-la feliz, por favor, Maura, não magoe minha irmã.

– Frankie... Tudo o que eu menos quero nesse mundo, é magoar a Jane, eu amo ela muito, mas ao mesmo tempo, amo meu emprego, não posso escolher entre os dois, eu amo ambos da mesma maneira. E além do mais, em dois meses eu vou estar de volta.

– Não sei se ela vai estar de braços abertos até lá – Olhei estranho, Frankie entendeu meu olhar. – Quis dizer, que ela talvez não te espere.

– É um risco que eu tenho que correr, eu amo Jane, mas...

– Eu sei – Me cortou

– Talvez ela te espere, ela te ama. Tenho que ir, Maura espero que saiba o que está fazendo. – Acenei com a cabeça e levei-o até a porta. Fiquei a noite toda pensando no que ele disse talvez eu devesse repensar minhas idéias. Não consegui pregar os olhos, fiquei a madrugada toda pensando em Jane.

“Acordei” com o barulho do despertador tocando, era hora de trabalhar, tomei meu banho, fiquei um tempo com Bass e deixei pra tomar café no departamento, tinha uma ligação perdida de Jane, tentei ligar de volta mas ela não atendia.

Encontrei-me com Frost e resolvi falar com ele. – Bom dia Detetive Frost.

– Bom dia Doutora Isles – Sorriram.

– Você sabe se Jane já chegou?

– Não, acabei de chegar.

– Obrigado. – Sai dali, e fui para a lanchonete tomar meu café da manhã, Angela me serviu um prato com panquecas, perguntei sobre Jane para ela, mas também não sabia de nada.

– Vocês duas brigaram não é?

– Não... – “Urticárias” lembrei – Sim, recebi uma oferta de trabalho temporária, passarei dois meses em Washington.

– O que? Por quê? – Se espantou

– É uma ótima oportunidade, vou conhecer pessoas importantes da medicina, farei pesquisas e coisas do tipo. – Não estava com vontade de falar, isso é raro, mas eu não estava com a mínima vontade de explicar tudo àquilo para Angela.

– Se essa é sua escolha...

– Obrigado pela compreensão e pelas panquecas. – Sorri.

– De nada querida. – Voltou para a cozinha

Não tinha mais o que fazer, fui avisada que encontraram o assassino de Amanda, eu queria falar com Jane, eu iria viajar semana que vem, gostaria de me despedir de todos á tempo, mas principalmente de Jane, não queria sair dali assim, braba com ela, fui até o escritório da própria e encontrei Korsak, mas ele não sabia sobre Jane, a mesma coisa Frankie, eu estava começando a ficar preocupada. Fui até seu apartamento, mas nem ela nem o carro dela estavam lá, voltei para o departamento e encontrei Angela que veio correndo em minha direção.

– Maura! Acabaram de me ligar... – Estava desesperada e ofegante.

– O que houve? Jane te ligou? Ela está bem?

– Jane capotou com o carro. – Disse Angela quase chorando.

Horas Antes:

Acordei já pensando em Maura, eu queria falar com ela, queria fazê-la mudar de idéia, e eu iria, só tinha que dar um motivo pra ela ficar, mas ainda sim, estava muito irritada com tudo, eu estava com raiva de Maura, mas eu a amava então eu a faria ficar. Tomei café, brinquei com Jo. Entrei em meu carro determinada a fazer Maura mudar de idéia. O transito estava um caos. Parei em uma placa de “pare” olhei para os lados, havia um carro passando, enquanto ele passava eu liguei para Maura, como uma policial, sabia que não era certo falar no telefone enquanto dirijo mas eu estava com o carro parado e com o celular no viva-voz. Quando o carro passou, eu segui meu caminho, em um segundo, assim que pisei no acelerador... Tudo em câmera lenta, foi assim que vi o momento, me vi girando no ar, não senti nada, foi como se eu estivesse fora do meu corpo por um minuto. Nessa hora, não pensei em mais nada, apenas em Maura e em seu sorriso, ah o sorriso de Maura... Era a coisa mais linda do mundo, um sorriso mágico, um sorriso perfeito, e apenas esse sorriso mudava o dia da detetive. Um impacto, e de novo, foi como se eu saísse de meu corpo, senti tudo em meu corpo se mexer, meu corpo batia em tudo que havia, bati a cabeça no volante, nas janelas, em tudo, até perder a consciência, o que não demorou muito. E mesmo inconsciente e gravemente ferida, Maura ainda estava em meus pensamentos.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo capítulo que sai amanhã, eu acho... (não garanto nada).
Comentem sua opinião, critica ou xingamento, eu to de boa.