How You Remind Me escrita por BlackBird


Capítulo 4
Capítulo 4 - I Knew You Were Trouble




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Passadas algumas semanas, Mione já nem lembrava de toda a tensão que tinha passado com Malfoy. Sentiu-se angustiada por dias, mas agora, estava bem. Havia deixado o passado no passado.

Já Draco, a cada dia se sentia pior. No auge do seu desespero, voltou a seguir a menina, dessa vez, com mais frequência, por todo canto. Óbvio que sem ser percebido. Ficava com tanta raiva quando a via com Viktor Krum. Krum constantemente ia à biblioteca.

Um dia, Draco havia decidido parar de seguir Hermione, aquele dia seria o último. Já que ela não queria absolutamente nada dele, ele não insistiria mais, nem indiretamente. Foi nesse dia que viu Krum convidando-a para o Baile de Inverno. Ficou arrasado. Nem tanto pelo convite, mas com certeza pela alegria da garota ao aceitá-lo. Não havia mais chances. Ela estava envolvida emocionalmente por outra pessoa. Não queria nem a sua amizade, não o olhava mais, pelo visto, nem percebia a presença dele. Não tinha mais nada a fazer.

No dia do Baile, Draco estava com o seu par, Pansy Parkinson, que aguentava todas as bobagens dele, e ainda ria. Quando os dois entraram juntos no Grande Salão, foram avisados que deviam esperar a entrada dos Campeões do Torneio Tribuxo, com seus acompanhantes, o que fez Draco revirar os olhos, pois além de ter que ver Harry Potter e toda sua "arrogância", também veria a menina que o desprezou e por quem ele se humilhou. E daí veio a sua surpresa : Hermione entrou ao lado de Krum e Draco relutou muito para não ficar boquiaberto. A menina estava deslumbrante ! Ele não sabia se ela não tinha percebido ou simplesmente ignorado, pois todos estavam comentando e surpresos tanto quanto ele próprio estava. Com esforço, tentou prestar atenção em Pansy, já que todos tinham começado a dançar. Se divertiram e dançaram muito também. Uma hora, Parkinson disse à Draco que falaria com algumas amigas, o deixando sozinho, e nesse meio tempo , deu pra ver o que acontecia fora do Salão. Rony e Hermione discutiam. Ele a estava fazendo chorar. Draco só chegou a tempo de ouvir Mione mandando Harry e Rony para a cama e gritando :"Rony, você estragou tudo !". Olhou para os lados, procurando Krum, talvez ele pudesse ajudá-la. Como não o encontrou, e ficou desolado em vê-la sentada nas escadas chorando daquela forma, mesmo com pessoas por perto, foi até ela. De início, ela não tinha percebido até ele falar bem baixo, quase inaudivelmente :

– Está tudo bem ? ei !

– Draco ?! - Perguntou Mione, surpresa. - O que ... Você .... Hã ...

– Está tudo bem com você ?

– Hã ... Ah ... Está sim ... - Disse ela, limpando os olhos.

– Quer conversar ?

– Não precisa ! Obrigada.

– Por favor ?! Estou pedindo, vamos conversar.

– Ahn ... Acho que não é uma boa ideia. É que eu ...

– Por favor ?!

Ela o olhou nos olhos e resolveu ceder. Não queria em hipótese alguma que aquilo fosse algum tipo de aproximação ou algo assim. Era uma conversa, só isso, nada mais.

Mesmo sob olhares curiosos de quem estava ao redor, ele a ajudou a se levantar e seguiram juntos por uma direção , qualquer uma, nem eles sabiam para onde exatamente queriam ir.

– Vamos para onde ?

– Qualquer lugar ... Torre de Astronomia, Banheiro dos Monitores ... Só vamos andando, por enquanto. - Disse Draco.

Os dois perceberam que o silêncio aumentava a tensão, mas não tinham coragem para falar nada, apesar de que não queriam estar envergonhados um diante do outro. Não sabiam o que dizer, mas queria falar sobre qualquer tolice, só para não ficarem exatamente como estavam se sentindo.

– Hmm, quer me contar o que seus ... Amigos, fizeram pra você ? Por que estava daquela maneira ?

– Não quero falar sobre isso ... Bem, o Rony, sempre ! Sempre me trata como última opção ! Ele foi tão ... Bom, deixa pra lá ...

– Ele te tratou como última opção em quê ?

Pensou que se ela estivesse aceitado ele, ela não estaria sendo última opção. Ela seria a única.

– Só porque não tinha .... Outra menina para chamar para o Baile ! Então, optou por mim.

– E você queria vir com ele ?

– Bom, não seria ruim. Ele é meu amigo, já nos conhecemos ... Talvez até, nem fosse estranho.

– Seria menos constrangedor pra você ?

– Talvez. Acho que sim. E ... Por que estamos falando sobre isso ? ... É melhor eu ...

– Ah, não ! Antes que comece, quero mudar de assunto ... E você e o Krum ?

– O que tem ?

– Eu é que faço essa pergunta. O que tem entre vocês ?

– Ora ! Nada ! Ele tem sido um bom amigo, apesar de ser tão calado. Tenho que confessar que isso me irrita, às vezes. Mas é isso, ficamos na biblioteca estudando, ou melhor, eu fico. Conversamos muito pouco, o que é algo chato. E só. Mas por que a pergunta ? se me permite ...

– Curiosidade. Não te engano, todos estavam muito curiosos, além do mais, comentando sobre. Não fui o único a ficar perplexo.

– Você ficou perplexo ? Quem diria ...

– Por que a surpresa ?

– Pra começar, é VOCÊ, e depois, sempre parece não se importar, não ligar pra nada. Não pensaria diferente se tratando de mim.

– E se você estiver enganada ?

– Como assim ? Em quê ?

– Em não me importar. Já parou pra pensar que posso só parecer ?

– Assim como só parece corajoso ?

– Granger ... - Diz, em tom de advertência.

– Sim, me desculpe. Ahn ... Nunca parei pra pensar. Então, é isso ?

– O quê ? - Pararam de caminhar. Estavam na passarela.

– Que você faz, só finge não se importar ?

– A maioria das vezes, sim. Tenho passado por certas coisas, que é isso, exatamente isso que devo fazer : Fingir não me importar. Creio que dias piores virão, e estarei me sentindo tão mal quanto estou agora. Se eu te contasse, você não entenderia.

– E não tem como fugir disso ? De tudo que tem passado ?

– E minha família sabe, me pressionam pra certas coisas. Pode ser que sofram até mais, mas não é isso que parece. E modo como me pressionam, insistem para eu fazer, participar. Não tenho escolhas. Não posso dizer "Não". E sei que coisas ruins estão para acontecer, e temo fazer parte. Não ... É ... Não sei bem, mas só não queria nada disso. Só queria ... Queria ...

Quando Draco não pode conter suas lágrimas, Mione viu-se o acompanhando. A dor do garoto era visível, ela sabia que ele não estava fingindo, e mesmo não sabendo com o que ele estava lidando, sabia que o fazia sofrer. Sua família não era do tipo de ideal, mas não pareciam do tipo que o sufocavam. Realmente, as aparências enganavam.

– E tudo que eu queria, era uma salvação ... Um escape de tudo isso ... Não aguento carregar isso sozinho. Ouvir todas aquelas coisas, e ter que ficar calado, mediante a todas as ordens ... Eu não aguento ! Só um refúgio ... Um escape ... Seria o suficiente. Só ...

– Draco ?

Quando as mãos de Mione tocaram as de Draco, retirando-as do seu rosto, os dois se olharam e pensara, que estavam muito perto. Draco aproximou seu rosto do dela, mas rapidamente, ela se desviou, voltando de onde vieram.

– Tenho que ir. Sinto muito. - E saiu correndo.

Draco nem pensou muito, foi atrás dela e a segurou contra a parede, sem a machucar.E lá estavam de novo, com os rostos muito próximos um do outro. Ele mirava a boca dela. Ela, o olhava assustada, sabendo que a qualquer momento, aconteceria. Ele chegou mais perto, a respiração dela acelerou, mesmo assim ele não parou até chegar onde queria. Beijou-a calmamente, mas quando sentiu que ela começaria a relutar, beijou com mais urgência. Hermione, quando se deu por vencida, colocou seus braços em volta dele, e deixou tudo aquilo acontecer naturalmente.

Quando terminaram, ele sorriu, mas se enganou em pensar que ela também sorriria. Ao invés disso, ela colocou a mão na boca e saiu correndo mais uma vez. Ele não quis correr atrás dela novamente. Já estava satisfeito por ter sido correspondido no beijo.

Naquela noite, Hermione chorou muito. A cada lembrança daquela, era novos soluços que conseguia. Seu desentendimento com Rony a deixava triste mas não tanto quanto o que tinha acontecido com Malfoy. Definitivamente, ela não estava criando expectativas com ele, mas não podia deixar de reviver os seus momentos em pensamento. Ela não conseguia se livrar do sentimento de pesar. Sentia-se culpada pelo o que tinha ocorrido. Se não tivesse aceitado o convite de Malfoy, ela poderia muito bem lidar só com o seu ressentimento com Rony. O que mais a perturbava era saber o que aconteceria depois. Com certeza, não se olhariam nem se tratariam como estranhos ou inimigos. Bem, talvez. Mas como se tratariam ? Isso persistia na cabeça de Mione.

Draco por sua vez, não teve problemas em dormir. Na verdade, achou que nunca tinha dormido tão bem e feliz. Desejou sonhar com Hermione, o que acabou não acontecendo, mas tinha uma certeza : O que houve com Mione foi a melhor magia que já tinha vivido.


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