A Coroa Olimpiana - Interativa escrita por not found, Candy Blue


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Hello peoples, estou amando as selecionadas! Divulguem a fic para mais gente participar logo e a Seleção começar o mais rápido que puder.



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Atena chegou ao grande cômodo, os cabelos caindo pelo rosto e ombros, como se tivesse acabado de sair de uma batalha. A deusa parecia nunca se cansar desse visual.

– Zeus, mais monstros invadiram o mundo dos mortais. Um grupo pequeno, porém com mais do que a última vez. Alguns semideuses nos ajudaram a retirá-los, e eles voltaram para o Tártaro.

Invés de responder e dar ordens, como Zeus sempre fazia, ele apenas continuou olhando para o vazio, focado em um mundo além do que os olhos pudessem ver.

– Os ataques estão ficando cada vez mais recentes, e perigosos. Temo que algo esteja acontecendo no Tártaro, e sei que logo deveremos tomar providências, mas quais? – Continuou Atena.

– Filha... – Foram as únicas palavras de Zeus durante minutos de silêncio total. E assim permaneceu.

– Bem, voltarei em outra hora.

– Não! Por favor! Eu preciso da sua companhia. É que, eu estou pensando na Seleção. E se eu tiver tomado as decisões erradas? E se eu fui injusto com os outros semideuses que não vão receber Seleções, muito menos no Olimpo? E se os monstros vierem a atacar e porem em risco a vida do meu filho e das garotas que virão para cá?

– Zeus... – Começou Atena – Papai... – Falou ela, tentando acalmar o seu pai desesperado. – Você é o rei dos deuses. Todas as decisões que você toma terão que ser aceitas, e, logo, entendemos que Nicolas é o seu filho, um príncipe de um país e um príncipe do Olimpo, ele está no lugar mais seguro e devido que poderia ter para a sua Seleção. Tudo vai dar certo. Todos vão saber se cuidar, são semideuses, e estarão na nossa presença. Aconteça o que acontecer, tudo vai dar certo.

– Você... está certa. Como sempre, filha. Sobre os monstros, acho que isso vai servir para Ares.

Atena ergueu uma sobrancelha.

– Como assim?

– Você logo verá. Agora, se não me engano, tenha um filho para levar ao Olimpo.

E o deus se foi, deixando Atena sozinha, com certo ciúmes brilhando nos olhos. Não por causa de Nicolas, mas sim de Ares. Tanto ela quanto Ares eram grandes deuses, mas agiam como criancinhas quando o pai de ambos dava mais atenção para um do que o outro.

...

Nicolas havia acabado de recitar um longo discurso sobre como sentiria falta de seu povo e como faria o melhor de si na Seleção, trazendo a melhor princesa possível de lá, e saudou o país. Em pouco tempo Zeus iria chegar e levá-lo ao Olimpo.

Ele finalmente desapareceu por trás de longas cortinas vermelhas, e foi sentar no banquinho. Tudo aquilo que estava acontecendo... não parecia real, mas sim um sonho que logo ele iria acordar. Ou um pesadelo ele pensou.

– Nicolas! Nicolas! – Retumbou uma voz aguda e feminina. Aquela era Larissa, uma das melhores amigos de Nicolas.

– Larissa, que bom te ver. Precisava de um ombro amigo. – “Oh, Nicolas”, sussurrou Larissa, e correu até ele, e, sem pedido algum, abraçou-o. Eles eram amigos, mas isso nunca havia acontecido antes.

O príncipe, agora de pé, abraçou Larissa, que apertava mais e mais, até ouvir um breve gemido. Ele afastou-a e percebeu: ela estava chorando.

Ele pegou-a e delicadamente e sentou-a no banco. Larissa, mais do que nunca na sua vida, estava mais frágil, parecendo até mais frágil que porcelana. A pele pálida passava despercebida em toda aquela luz e cores, fios soltos e rebeldes caíam de seu coque que prendia perfeitamente o seu cabelo castanho claro, o vestido azul escuro que caia até os seus joelhos dava a impressão que ela era uma boneca rara e preciosa, as feições tão delicadas do rosto que pareciam desenhos estavam escondidas pelas mãos, a estatura baixa e as pernas em cima do banco davam ideia de uma criança, lágrimas brilhantes desciam suavemente pela face, delicadas como flocos de neve, e soluços agudos era o único som que ela conseguia emitir.

– Ei, você está bem? – Perguntou Nicolas, com a voz baixa, quase tão baixa quanto um sussurro, e quase tão acolhedora como um abraço de mãe.

– Sim, sim, é que... depois de tanto tempo, não consigo ver você indo embora e ficar longe de mim e de todos os outros. – Disse Larissa, agora enxugando o rosto e, com um sorriso, a garotinha desesperada virou uma jovem dama. Larissa era muito boa para esconder as emoções.

– Eu também, mas nós podemos mandar cartas, fazer ligações, e, depois, eu vou voltar e tudo vai ser como antes.

– Não vai não. Porque você vai para a Seleção e vai voltar com uma esposa.

– Espera, não vai ser assim. Eu sei que algumas coisas vão mudar, mas uma esposa não vai mudar a nossa amizade.

– Não é disso que eu falo. Eu estou falando da possibilidade de ficarmos juntos.

Nicolas corou.

– Como assim?

– Você nunca percebeu, né? Eu gosto de você e, se pudesse, estaria participando dessa Seleção, mas não posso. E nunca mais vou ter chance de ficar com você. Me desculpa falar isso tarde demais, eu não sabia que esse momento iria chegar tão breve. Adeus, tenha uma boa Seleção.

Nicolas ficou boquiaberto enquanto Larissa foi embora, mas, como último movimento, ele pegou-a pelo pulso, girou-a de volta e lhe deu um terno e rápido beijo, fazendo a garota sorrir. E ele também.

Nesse momento, ele ouviu pessoas gritando ordens para ele ir. Zeus havia chegado. Num aperto de mão, Larissa e Nicolas se despediram, e, apesar de não terem mais chance de ficarem juntos, aquele momento já bastava para ambos.

Depois de se despedir da família (o seu pai, as duas irmãs mais velhas e o seu irmão mais novo), Nicolas e sua mãe, Sophia, partiram junto a Zeus para o Olimpo, onde algumas semanas depois aconteceria a Seleção.

Aconteça o que acontecer, estarei preparado. Pensou Nicolas, enquanto via Nova Grécia desaparecer da sua visão.


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Notas finais do capítulo

Ficou pequeno, eu sei. E desculpa a demora para postar, fiquei um pouco sem ideias, mas aí está! Espero que gostem e digam a sua opinião.