Three dark brothers escrita por Pão da Paz, Angels


Capítulo 25
O jogo virou


Notas iniciais do capítulo

Gente heeeey, pensaram que ia demorar?
Não a Laurinha aqui tentou adiantar :D
Espero que curtam bastante,



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Um depoimento para o conselho.

Bem eu fui para Itakura, com minha irmã, mas o plano era eu encontrar uma amiga minha lá, que está em perigo, mas acabei encontrado outra bruxa lá, eu e a bruxa estávamos presa numa cela de Itakura, e quando soltas achamos a tal amiga que estava um pouco alterada e começou a me ofender e eu não entedia, e não falei nada, mas a tal bruxa mandou que eu colocasse o colar na irmã da minha amiga e eu coloquei na maior inocência, mas não sabia que ela morreria, ela então foi atrás de mim e tentou me matar e paramos aqui.

***

Samantha.

–Não deixe que ela ti mude Sam – falou Morgan quando me levantei

–Quem? – minha voz sai roca e não acho que ela escutou, porque o som sai junto do barulho da porta que fez um enorme estrondo.

Não me mexi, eu queria rir vendo Alexi assim, mas outra parte de mim queria desmoronar no chão e chorar de arrependimento, e fiquei dívida, pisco forte e volto para vida real depois de viajar pelos meus pensamentos.

Tento olhar para o chão mais quando levanto minha cabeça estou sendo segurada por Alexi contra a parede, minha respiração parece querer falhar comigo, mas preciso resistir, não posso dar essa vitória a ela. Sua voz esta rouca e alta ao mesmo tempo, ela está forçando a garganta, está com raiva.

Tento falar mais é quase impossível e fico gaguejando.

–M-medo – fecho os olhos e tento pegar o máximo de ar para a próxima palavra - V-Você está c-com medo. – e me sinto pronta para a última frase, mas ela aperta ainda mais meu pescoço e volto a pegar ar novamente. - E-Eu sinto i-isso.

–Sente é? Sinta isso então – ela diz.

Sinto algo atravessando meu abdômen, mas estou cansada demais para ver o que é. Mas isso me acorda, é como um choque, me pergunto o que está acontecendo, um tipo de flashback passa pela minha cabeça e posso ver olhos inocentes e sinto do meu dedão do pé ao meu último fio de cabelo, algo que nunca senti tão forte, e algo que sempre estará comigo não importa para onde eu vá e não importa o quanto reze o arrependimento, sempre andara comigo e é inevitável.

E então começo a tentar me desculpar, por mais que eu saiba que é impossível.

***

O lugar muda, como massinha de modelar, parece que tudo foi refeito, não estamos mais naquele casebre, olho para todos os lugares e paro em Alexi no chão, e então alguém me puxa, e minha pressão parece baixar e só posso dizer.

–Não era eu

Não sei o que aconteceu comigo, eu parecia estar tomada pela raiva, talvez alguém nunca tivesse sido duro comigo, minha vida parecia estar tão no auge e do nada pareço estar no inferno, e a última coisa que queria com tudo isso era a culpa, e alguém chorando por minha causa, eu odeio ser uma bruxa, odeio ser eu, queria diminuir e desaparecer e não deixar rastros, mas a sujeira já foi feita.

–Vamos – um homem alto repete pela terceira vez.

E deixo que me carreguem e não faço esforço nenhum para sair dali, eu poderia morrer agora, eu matei alguém inocente pela minha tolice e nunca ninguém será capaz de tirar a culpa de mim, a não ser a morte.

Chego em uma porta preta e me largam, a porta abre em silencio, ninguém se pronuncia a dizer nada, nem mesmo eu. Entro e a apenas uma mulher com cabelos encaracolados e curtos.

–O que eu estou fazendo aqui?

–Conte-me o que aconteceu e assim saberei o porquê! – ela tem uma voz suave e gostaria de ouvi-la falar mais.

–Quem é você? – não era a melhor pergunta para a ocasião, mas qualquer coisa sobre aquele lugar me deixaria feliz.

–Você está no conselho dos bruxos minha querida, e eu sou sua ouvinte ajudante.

–Ouvinte o que?

–Preciso saber o que está fazendo aqui, para poder dar-te uma pena.

Pena! Posso ser presa? Começo a chorar e começo a história não tem detalhes, e não identifico Alexi nem Maia apenas digo ‘garota’, e não falo de Morgan cito apenas como uma bruxa normal, e termino falando que tal garota chegou em casa e nos transportamos para cá.

–Seu nome? – diz a mulher depois de ouvir a história.

–Samantha – sai tão suave que até me assusto.

–Idade?

–20 – mais pareço tão infantil.

–Está arrependida do que fez?

–Eu... A ponto de querer morrer.

–Sei...Vou averiguar, mas por enquanto cela 11 para você.

Não pergunto nada, apenas saio e sigo os homens que provavelmente escutaram porque me guiam para a cela 11.

–As celas não funcionam com bruxaria, então nem tente.

Vai por mim, eu não vou.

Novamente estou onde isso começou.

Ela é um pouco menor do que a de Itakura, mas tenho uma cama meio dura e uma cadeira, e assim como a de Itakura não posso ver nada além de uma porta, mas nem janela tem.

Me deito e tento dormir, mas só consigo pensar em no que estava pensando, será que era eu mesma ali, ou será que Morgan me hipnotizou? Mas mesmo se ela tiver me hipnotizado já foi...não posso voltar atrás, e só posso me conformar.

Viro-me para a parede, e apenas observo-a.

–Sam?- diz uma voz masculina atrás de mim.

Me levanto em um salto, e me pego olhando para Theo e Dora, eu caio para trás por sorte na cama.

–C-como vocês entraram?

–Eu tenho sua saliva esqueceu? – e me lembro do nosso beijo e relaxo pela primeira vez no dia, mas então penso que só o beijei para poder salvar Alexi que agora está lá acabada.

–Mas o uso da bruxaria aqui é vedado.

–Você disse tudo meu amor, da bruxaria, e não da feitiçaria – diz Dora com seu sorriso malicioso como se sentisse orgulho de ser uma feiticeira.

–E o que planejam fazer? Fugir comigo?

–Exato – diz Theo e encara Dora que está fixada em mim.

–Vamos leva-la para a tal – ela ri – Morgan.

–Eu não vou – uma lagrima escorre sem que eu percebesse e limpo antes que percebam.

–Não perguntamos querida – Dora estala os dedos. – Theo, faça as honras.

Fecho os olhos, não quero ver saber o que Morgan tem a falar sobre isso.

Abro os olhos e estou com a cara em um pedaço de madeira, na verdade em vários, olho melhor e vejo uma parede com vários pedaços de madeira, e mais acima uma janela, olho em volta e vejo a escuridão eu tinha quase esquecido, era a noite, na verdade faz muitas horas que eu perdi a noção de quanto tempo se passou e chuto quem sabe meia noite talvez?

–Não pode fazer isso! – alguém grita de dentro da casa de onde estou com a cara na parede.

–Você não quis cuidar dos seus filhos então deixe que virem verdadeiras aberrações, odiados como você acredita! – é a voz forte de Morgan, que por mais que seja um sussurro é uma voz forçada e muito bem feita.

– Eu estava com medo!

–Você salvou a própria pele deixando 3 crianças abandonadas.

–EU TAVA COM MEDO.

–Quando o conheci pensei em como era um aboleimado sem curvas, um círculo vazio entende, e ainda ti acho assim, sem jeito sem nada, covarde...

–NÃO

–SIM, largou seus filhos e a mulher que amava por boatos, BOATOS, B-O-A-T-O-S, sempre, sempre será um covarde e nenhum deles será capaz de perdoar o pai que você nunca foi!

Alguém aperta minha mão contra o chão de terra, uma mão quente que vem do lado direito, olho para o lado, Theo, me aninho naquele pouco de seu corpo e me sinto como esse senhor, não podendo falar, não podendo se explicar porque errou, mas por medo, raiva, e a única coisa que lhe veio a mente era aquilo, e os anos nunca apagarão.

Silencio. Então choros.

–Vá – sussurra Theo. -, sabe que o que precisa ser feito, não é?

O que eu gostaria agora.

Perdão.

Procuro a porta, e a acho, bato com meu coração na mão, e não sei o que falar.

Um homem com cabelos brancos sem nenhum pingo de barba abre a porta com um lenço em uma das mãos e a outra mão a tremer.

–Eu soube que o senhor era um médico?

***

A casa é cercada por velas, é bem simpática, sento-me no sofá e espero que ele pegue o livro de feitiços curandeiros em outro quarto.

Ele chega com um livro vermelho e se senta ao meu lado, e mostro onde Alexi me perfurou com algo que não descobri até agora, e não acho que descobrirei agora.

–Profundo, o que aconteceu? – ele passa o dedo me dando um choque, o mais perto do carinho do meu pai de verdade.

–Sim, um ataque de raiva – dou um sorriso, quero anima-lo.

–Cut unum impetum jam alta marcam. Então uma cicatriz extremamente pequena se formou.

–Pai – digo e tento não olha-lo, mas olho.

–Desculpe eu não tenho filhos. – ele se levanta levando o livro até uma mesa do outro lado da sala.

–Pai eu o perdoou. – ele para. -, eu só queria desengasgar isso, eu o perdoou e sua situação foi de bastante risco e você estava com medo como qualquer outra pessoa, e não merece carregar essa cruz que Morgan esfrega na sua cara, pelo menos minha parte eu fiz, faltam mais duas.- Mas duvido que Irie o perdoe.

–Eu... eu agradeço. Levanto devagar e vou ate ele, e o abraço.

–Agora saia dessa casa isolada. – Volto para a porta e ele vira. – Eu voltarei – e novamente quero chorar.

Seguimos pela floresta atrás do mundo branco, quero falar com a vovó, ela seria única a saber o que fazer, já que ela tem anos e anos de experiência. Devia me juntar a Morgan depois disso? Ou deveria me isolar longe de tudo, talvez ficar escondida até que Morgan pare com o que quer que seja que ela planeja. Algo passa por mim me dando um tapa no ombro e paro, olho para Theo e Dora que parecem não ter entendido porque parei, então olho para frente, vejo Irie sentada no chão e como sempre o sorriso malicioso em seu rosto, parece que ela está sempre atrás de bagunça, farra e algo que ela se sinta vangloriada.

–Eu soube – ela diz encarando o chão por um tempo até me olhar.

–Então sabe que eu to fora de quaisquer que seja o plano da Morgan! – digo e dou um passo a frente deixando Theo e Dora para trás.-Morgan não vai deixar...-Foda-se a Morgan eu to fora e só quero ficar com minha família!

–Prefere ficar com sua família falsa do que com seus pais verdadeiros? Tudo bem, mas como eu ia dizendo Morgan nunca vai aceitar! – ela levanta.

–O que dizer? Ela vai me obrigar?

–Digamos que você vai comer no prato que cuspiu – ela se aproxima e sinto medo das próximas palavras. – Ela pegou sua irmã. Não consigo chorar, porque acredito em carma e sei que isso é carma, e se ela matar minha irmã a culpa será minha, não posso deixar que eu caia pela culpa novamente.

–Então - paro e meço minhas palavras -, farei o que for para ter minha irmã.

–Ótimo, primeiramente bem vinda de volta.


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Notas finais do capítulo

Não esqueçam de comentar isso da animo para escrever e ate ajuda na historia a melhorar :D
Não sigam o lema " Do não sou obrigada" khkfhkfjkfjkfjkfj
Beijos zent



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