Three dark brothers escrita por Pão da Paz, Angels


Capítulo 16
O demônio no rosto errado


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, desculpem a demora, feliz natal atrasado, feliz ano novo adiantado e desculpem pelo capítulo lixo também. Tinha escrito um gigantesco e quando fechei o word tinha esquecido de salvar. Meu ânimo foi para o lixo e tive bloqueio.
Enjoy :3



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Alexi

Assisti Samantha sair pela porta da frente e quase a impedi. Não sabia bem o porquê, nem o que, estava acontecendo, mas se uma pessoa pudesse entender, essa pessoa era ela. Mordi o lábio e fui até a janela. Ela não tinha ido embora.

Olhei para a garota que estava conversando com ela e vi ela puxar uma faca. Ai merda! Estava pronta para ir correndo pegar meu telefone quando vi que a garota estava se cortando. Na mesma hora em que ela colocou a faca na pele, senti uma pontada de dor. Olhei para meu braço, e entrei em desespero quando um corte apareceu. A garota falou algo e eu senti fogo correndo em minhas veias. Vi meu sangue ficar preto, azul, e retornar ao preto.

Vi Samantha olhando para cá e me abaixei. Sentei embaixo da janela e peguei meu celular. Disquei o número de Maia rapidamente e comecei a estancar o ferimento.

–Alexi... -a interrompi

–Maia, não volte para casa -falei e gemi de dor. Não sabia se aquilo iria se curar, só sabia que estava doendo

–O que...? -tinha desespero em sua voz

–Vá para a casa de uma amiga, mas em nome de Deus, não volte para a casa. Não. Volte. Para. Casa -respondi entre pausas

Um barulho foi emitido do lado de fora da casa. Me levantei, ficando de joelhos, e olhei tudo atentamente.

Agora vamos ter que achar Morgan. -a garota sorriu. Praguejei

Eles vão nos matar -respondeu Samantha -O conselho, quero dizer.

–Não vão nos achar, a única que tem a localização é a mãe de Morgan. Mas ela já está morta–Mas que droga! Meus olhos se encheram de lágrimas quando percebi o que ia ter que fazer.

–Alexi... -desliguei o telefone e voltei a me sentar. Olhei para meu braço e o mesmo ainda continuava aberto, com o sangue fluindo rapidamente. Estava doendo. Doendo muito. Mordi o lábio para reprimir as lágrimas que chegavam por causa da dor.

Levantei-me com dificuldade e fui até o banheiro meio cambaleante. Uma trilha de sangue foi deixada para trás, e eu abri a porta e me apoiei na pia. Abri o armário com o braço bom e comecei a procurar o "remédio". O frasco vermelho e azul estava no fundo, e percebi que Maia o tomara. Não parei para me deixar ficar surpresa, então simplesmente abri o frasco e engoli os comprimidos restantes. Se eu morrer de overdose, pelo menos vou estar com uma boa aparência. Ou não. Foda-se

Senti meu corpo inteiro tremer, e caí no chão sem conseguir sustentar o meu peso. Fogo. Era como se as veias se fechassem e alguém jogasse uma bola de fogo para elas abrirem. Mordi o lábio até sentir o gosto de sangue e sentir o machucado se fechando. O olhei. O sangue preto retornava ou pingava, mas o que mais me preocupou foi a primeira opção. Ele estava retornando. Tinha sangue preto dentro de mim! É isso que da quando você tenta ajudar os outros! Droga!

O machucado se fechou por inteiro, e só aí percebi que estava prendendo o ar. Soltei-o e comecei a respirar. Me levantei e fui correndo para o meu quarto

–Tem que estar aqui -abri o guarda-roupa -Tem que estar aqui, tem que estar aqui, tem que estar -joguei as roupas para fora do mesmo. Fui para a cômoda e abri a gaveta -Tem que estar...-me interrompi quando vi a capa preta e a varinha dentro de uma caixa transparente -Achei -puxei os dois e fui para a sala

Abri o livro e comecei a procurar no M. Morte, Morte, Morte, Morte, e Morte. Era tudo o que tinha. Peguei meu telefone do chão e liguei para a garota do conselho. Era a única que estava na Terra nesse momento.

–O que você quer Alexi? -esqueci-me de mencionar o fato de que ela é a fim de Dylan?

–Convoque o conselho. -ela riu

–Não se "convoca o conselho" sem ter um motivo. -ri sarcasticamente.

–Eu tenho um motivo. E quero que escute bem, porque só vou falar uma vez. Um dos filhos de Morgan Li apareceu na porta da minha casa, se cortou com uma faca e por algum motivo aconteceu a mesma coisa comigo. Meu braço começou a sangrar, meu sangue virou um show de luzes, e agora eu acabo de engolir sete pílulas de força para não morrer. -afastei o telefone e olhei o horário. Voltei a pressiona-lo contra a orelha -O efeito de uma já passou, e agora restam seis no meu estômago. E tudo para ressuscitar a mãe de Morgan Li. Para poder mata-la. E acabar logo com isso. Então, eu realmente aconselho que você "convoque o conselho" porque nesse exato momento eu estou de frente para um livro de feitiços negros procurando um jeito de ressuscita-la, e se as drogas das pílulas se desvanecerem na minha barriga, o feitiço não vai ser completo porque eu também acabo de descobrir que vou precisar usar o medalhão que não sai do meu pescoço custe o que custar. Gostou do motivo? -perguntei por fim de modo irônico

–Me explique uma coisa. -a respiração da outra estava forte e entre cortada. -Porque quer ressuscitar a mãe de Morgana? -suspirei tentando manter a calma.

–A mãe de Morgana, é a única que sabe onde a Morgana está. Só que ela está morta. Acho que ela possui algo como um rastreador ou coisa do tipo. Não interessa, se ela não oferecer as informações que eu quero, deixo você fazer o que quiser com ela. Apenas chame o conselho. -completei com raiva

–Vou chamar, eu... Eu... Eu vou chamar. -e desligou. É. Minha única esperança acaba de ir por água a baixo. É oficial. Nunca ajudo mais ninguém, além de mim mesma e Maia.

Continuei a procurar no livro. Achei algo com o título renascença. Era um pentagrama, podia ser feito por uma só pessoa. Passei os dedos pelo desenho no livro e olhei para a sala.

Levantei e comecei a afastar os móveis. Fui até o canto onde ficavam as ferramentas e peguei uma marreta e uma chave de fenda. Voltei para a sala e comecei a entalhar o pentagrama no chão.

Devo ter demorado umas duas horas, porque comecei a sentir que estava fraca. Fui a cozinha, peguei as velas, coloquei cada uma em seu devido lugar, peguei a varinha e me sentei no circulo que estava de frente para o pentagrama

–Está fazendo isso por você -lembrei a mim mesma. -Por favor, que dê certo. -suspirei -Phasmatos Incendia -as velas se acenderam. -Reficiunt animum et corpus, ita et renasci. -as luzes se apagaram. Fechei os olhos e senti lágrimas molharem minha bochecha. - Reficiunt animum et corpus, ita et renasci -murmurei mais alto - Reficiunt animum et corpus, ita et renasci -saí do murmuro e fui para a fala. Senti o medalhão queimar e algo derreter dentro de mim. Reprimi um gemido de dor - Reficiunt animum et corpus, ita et renasci -repeti e um forte vendo passou por mim. Gemi de dor e sentir o medalhão queimar mais. -Ita et renasci.

–Alexi, querida, veja como cresceu -abri os meus olhos. E vi minha mãe.

–Mãe? -perguntei e minha voz saiu falha. Seu peito estava com um buraco de bala, e sangue manchava o vestido branco -Mãe?

–Sim minha querida.

O Demônio mente, o demônio mente.–sussurros vindos de todos os cantos da sala ecoaram em um cântico sombrio -E aqueles mais pertos do reino divino, se tornam mais pertos das tentações do demônio. -olhei para a mulher a minha frente. Agora sim eu tinha motivo para chorar, além da dor insuportável.

–Você não é minha mãe -comecei a percorrer minha mão no local atrás de mim. Minha mão se deparou com algo sólido e eu o agarrei.

–Como se atreve? -ele investiu contra mim. Eu cravei a faca no seu peito. Ele caiu em cima de mim. Eu gritei e o empurrei. Ele se transformou em fumaça negra. Eu respirei a fumaça negra. E um instante depois nós éramos a mesma pessoa.

– Reficiunt animum et corpus, ita et renasci -eu não conseguia ver nada, além do que ele conseguia ver. -Revigore uma alma em seu corpo, e assim ele renascerá. -e então tudo ficou preto.


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Notas finais do capítulo

:3



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