The Dealer's Daughter. Once Upon a Time. escrita por Clara Gomes
~ Nova York, Atualmente.
– Hey. - disse Emma para chamar atenção, adentrando o prédio e se aproximando de Gold e Henry, acompanhada por Clear.
– Vocês o encontraram? - perguntou Gold levantando-se rapidamente.
As duas se entreolharam, e Clear assentiu de leve para Emma. As duas iriam dizer que Neal tinha fugido, e esperar para ver se ele iria aparecer.
– Lamento. O seu filho... fugiu. - indagou a loira, deixando o homem perturbado.
Gold então começou a bater a mão em todos os botões das campainhas dos apartamentos, freneticamente.
– Gold, espera. O que está fazendo? - questionou a mulher se aproximando do homem.
Ela foi interrompida quando o portão que levava ao resto do prédio abriu-se.
– Eu vou encontrar meu filho. - afirmou Rumple, com convicção, passando pelo portão.
– Ele sumiu. - falou a xerife, tentando convencê-lo a não prosseguir.
– Mas ele mora aqui. - rebateu o homem - Ele vai voltar, e eu estarei esperando.
– Pare, você não pode invadir. - disse a mulher, quando eles já estavam no corredor em que se encontrava o apartamento de Neal.
– Na verdade, estou acostumado.
– Talvez ele nem volte.
– Você é boa em encontrar pessoas. Só vou ajudá-la. - indagou começando a tentar destrancar a porta com um arame - Deve ter alguma informação aqui... Sobre quem ele é, o que faz... quem ele ama...
– Não faça isso. Tem uma coisa chamada lei.
– Eu fico vigiando. - afirmou Henry caminhando até a "esquina" do corredor.
– Não... - falou Emma tentando impedir o filho - Você pode ser preso. – virou-se para Gold.
– Meu filho teria que testemunhar contra mim. Teríamos nosso reencontro. - disse ao conseguir abrir a porta.
– Gold, pare por favor. Não deveríamos estar aqui.
– Acho que ele não está ouvindo. - afirmou Henry.
– Eu tenho certeza. - concordou Clear. Ela queria que seu pai reencontrasse com o filho, e que Bae descobrisse que Henry era seu filho. Pois já estava sendo difícil ficar ali, sabendo que era tia dele, mas não poder fazer nada.
Emma fechou a porta e todos começaram a vasculhar o apartamento. Até que a loira visualizou um filtro dos sonhos pendurado na janela.
– Achou alguma coisa, querida? - perguntou Gold ao vê-la segurando o objeto.
– Nada. - respondeu Emma tentando disfarçar o nervosismo, mas sem muito sucesso - É que parece um filtro dos sonhos.
– Mas se não é nada, por que ainda está segurando? - questionou o homem, já desconfiado - Você está mentindo para mim. - continuou ao ver que a mulher ficara sem reação.
– Só continue procurando, okay? - falou a loira pendurando o filtro dos sonhos de volta ao lugar que estava.
– Não, não, não. Você viu alguma coisa. Vocês viram. Falem. - ordenou apontando o dedo para as duas figuras femininas.
– Você nem sabe do que está...
– Fale! - mandou alterando o tom de voz.
– Henry, espere no banheiro. - ordenou a loira virando-se para seu filho.
– Mas eu posso ajudar. - contestou o garoto.
– Henry vai! - exclamou a mulher, e o menino a obedeceu.
– Não tem nada aqui. O cara é um fantasma.
– Acha que eu sou idiota? Estão me escondendo algo. Falta o que e por quê.
– Não estamos escondendo... - indagou Clear, mas foi interrompida por seu pai.
– Ele falou alguma coisa a vocês?
– Gold/Pai... - disseram as duas juntas.
– Ele falou alguma coisa a vocês?!
– Nada, ele não disse nada. - afirmou a xerife.
– Mas conversaram...
– Não dissemos isso. - Clear falou tentando se safar.
– Fale! - exclamou o homem, e as duas ficaram em silêncio - Vocês vão me falar ou eu vou fazer vocês falarem.
– Você não tem magia aqui. - subestimou Emma.
– Eu não preciso de magia. - rebateu Rumple se aproximando das duas, que estavam lado a lado.
– Quer mesmo fazer isso?
– Não me provoque.
– Não me provoque você.
– Nós tínhamos um acordo. Um acordo! Ninguém rompe acordos comigo! - bradou o Senhor dos Trevas, empurrando a lixeira à sua frente.
– Pai para! - berrou Clear, já com medo de seu pai.
– Hey! - gritou Neal adentrando o apartamento - Deixe-as em paz.
Os quatro se encararam, e Clear sorriu. Seu plano funcionou!
– Bae. - indagou Gold, e seu filho assentiu - Você voltou por minha causa.
– Não. - rebateu Neal, tirando o sorriso dos rostos de Clear e Rumple - Voltei para garantir que não ia machucá-las. Eu sei o que faz com quem quebra os acordos.
– Por favor Bae. Apenas me deixe falar. - pediu o mais velho.
– Não tenho o menor interesse em falar com você. Pode ir. - retrucou o dono do apartamento.
– Eu não vou a lugar nenhum. - afirmou Gold fazendo que "não" com a cabeça.
– Saia do meu apartamento. - ordenou Baelfire, se exaltando.
– Neal/Bae... - murmuraram as mulheres em conjunto.
– Emma, Clear, deixem comigo.
O silêncio reinou por longos segundos entre os quatro, até que Rumple processou a informação.
– Vocês se conhecem. - indagou o homem se referindo à Emma e Neal, e os mesmos se entreolharam - Vocês se conhecem! Como? - perguntou com uma certa raiva na voz.
– Você me mandou ir atrás dele. - rebateu a loira.
– Não, não, não. Pare. Está mentindo. Como é que se conhecem?! - exclamou Rumplestiltskin.
Os dois se entreolharam novamente, até que Henry apareceu.
– Mãe, o que está havendo? - perguntou o garoto se aproximando do quarteto.
Emma se aproximou do garoto e ajoelhou-se à sua frente, para ficarem da mesma altura.
– Quem é esse? - questionou Bae.
– Meu filho. - respondeu Emma rapidamente.
– Quê?! - perguntou novamente o homem, incrédulo.
– Esse é o Baelfire? - perguntou o menino, olhando para o homem.
– Volte daqui a pouco, certo? Vá. - mandou a loira.
– Espere, quantos anos você tem? - questionou Neal.
– Não responda. - ordenou Emma.
– Quantos anos, garoto?! - exclamou alterando o tom de voz, quase gritando.
– Onze! - berrou o menino virando-se novamente para o homem - Por que está todo mundo gritando?!
– Ele tem onze anos? – questionou virando-se para Emma, incrédulo.
– Mãe?
Clear olhou o homem, o garoto e depois seus olhos encontraram os de Emma, e ela assentiu para que ela contasse a verdade, como tinham conversado mais cedo. A mulher simplesmente encarou o homem, sem ter o que dizer, e o silêncio reinou novamente entre os cinco.
– Ele é meu filho? - perguntou Neal quebrando o silêncio.
– Não. Meu pai era bombeiro. Ele morreu. - respondeu o menino - Foi... o que você me disse. Disse que... - continuou olhando para sua mãe, que agora estava bem próxima a ele, parada em sua frente.
– Ele é meu filho? - repetiu o homem.
Emma segurou o rosto do garoto em suas mãos.
– Sim. - respondeu sorrindo levemente.
Todos que não sabiam ficaram chocados, e Henry se afastou lentamente de sua mãe, fazendo que não com a cabeça e com um olhar reprovador. Pulou a janela e caminhou pela escada externa.
– Henry. - chamou a mulher, já segurando o choro, indo atrás de seu filho.
– Baelfire, por favor. Por favor. Eu só quero que me escute. - pediu Gold, que estava só observando a cena, assim como Clear.
– Fora. - mandou Neal.
– Olha, você veio protejer a Emma. Para mostrar que ela tinha cumprido a parte dela.
– Agora ela cumpriu. Já pode ir.
– Não. O acordo era ela conseguir que você falasse comigo. Se quer mesmo que o acordo dela seja cumprido... você só tem uma opção. Vai ter que falar comigo.
– Te dou 3 minutos.
Enquanto todos conversavam, Clear decidiu deixá-los sozinhos, e ligar para Tom. Deixou o apartamento e pegou o celular, discando o número
– Alô. - disse Tom ao atender.
– Oi Tom. - falou Clear.
– Ah oi Clear, como estão as coisas ae?
– Bem.
– Encontrou seu irmão?
– Mais do que isso! Descobri algo... sobre o Henry.
– O que que tem ele?
– Você lembra que eu sempre te disse que me importava até demais com o Henry, e não sabia por quê?
– Ãn, e daí?
– E daí que eu descobri o porquê de eu me importar tanto!
– E por quê...?
– O Henry é meu sobrinho! Ele é filho do meu irmão!
– OMG, sério? Mas que mundinho pequeno não?
– Pois é! Mas agora eu preciso desligar Tom. To com saudades.
– Okay, eu também to. Beijos, te amo!
– Também te amo!
A garota então desligou o celular, e entrou novamente. Encontrou somente Emma e Gold, enquanto Neal e Henry conversavam nas escadas externas.
– Hey. - disse a garota de aproximando da Emma.
– Olá. - respondeu a mulher.
– Eae, como está sendo?
– Difícil. Não sei se ele vai me perdoar.
– É claro que vai. O Henry tem um coração bom, ele não guardará mágoas suas.
– Assim espero.
– Fique tranquila, vai ficar tudo bem.
– Agora você deveria ir falar com seu pai. Ele parece estar precisando de uma conversa.
– Okay.
A adolescente então caminhou até onde seu pai estava.
– Quem diria hein? Vovô. - falou puxando conversa.
– Pois é, titia. - respondeu Gold.
– Você já sabia não é? Ou pelo menos desconfiava?
– Na verdade, não. O futuro é como um quebra-cabeças com peças faltantes. Eu não sabia que o garoto é meu neto.
– E como foi com o Bae?
– Mal. Acho que ele nunca vai me perdoar.
– Você não deveria perder as esperanças. Eu creio que ele pode sim te perdoar.
– Tomara.
– Eu vou tentar convencê-lo de que você mudou. Só que você terá que mostrar a ele a mudança, se não vai ficar difícil...
– Okay, eu vou tentar...
–-
– Então, você gosta de pizza? - perguntou Neal a Henry enquanto os cinco caminhavam pelas ruas de NY.
– Gosto. Já sei. Vai dizer que a melhor pizza é a de Nova York e que preciso provar, certo? - respondeu o garoto.
– Na verdade, a melhor é a do Reino da Damária, na costa norte dos Campos do Dragão de Zorn. - brincou, e recebeu um olhar confuso de seu filho - Não, é a de Nova York. Vem, vou te comprar uma fatia.
– Hey Clear, quer vir conosco? - chamou Henry, e a garota olhou para Emma, que deu de ombros.
– Ãn, é claro. - respondeu seguindo-os.
– Então você é mesmo de lá? - questionou o menino curioso para seu pai.
– É, eu sou. - afirmou ao entrarem no estabelecimento.
– E então Clear, como devo te chamar, de tia, Tia Clear ou só Clear? - perguntou o mais novo olhando para a garota.
– Ah, sei lá Henry, me chame do que quiser. Mas tia Clear seria legal. - respondeu a jovem dando de ombros.
– Okay, tia Clear então.
Os dois trocaram um sorriso e foram pedir as pizzas.
Ao voltarem, pegaram Emma e Gold em uma conversa aparentemente bastante energética.
– Do que se trata? - perguntou Neal se aproximando e mordendo um pedaço de sua pizza.
– Emma, o Neal queria me levar ao museu. - indagou Henry, aparentemente bem alegre - Podemos voltar ao apartamento e pegar a máquina fotográfica?
– É, os garotos curtem cultura, certo? - questionou Bae.
– Claro, tudo bem. - respondeu a loira - Gostou da pizza de NY?
– Sim, é deliciosa. Cheia de queijo e não mente. - afirmou o menino, desmanchando o sorriso que até então estampava o rosto de sua mãe.
– Okay, então é melhor irmos indo, certo? - sugeriu Clear tentando quebrar o clima tenso que se formara.
Os cinco então partiram de volta em direção ao prédio.
– Devo passar a te chamar de vovô? - perguntou Henry, caminhando ao lado de Gold.
– Me chame como quiser. - rebateu hostilmente.
– Ele é um bom garoto. - afirmou Neal para Emma, enquanto andavam lado a lado.
– Sim. - concordou a loira.
– Ei, eu estou me esforçando. - indagou o homem.
– Eu sei. Todos nós estamos. É que a gente vai ter que voltar. Para a nossa casa.
– Acabei de conhecê-lo.
– Então devia vir com a gente. - palpitou Clear se metendo na conversa.
– Para Storybrooke?
– Não tem nada te prendendo aqui. - falou a adolescente.
– As aparências enganam. Olha, eu queria contar uma coisa. É complicado.
– Neal, a gente pode ir de metrô? - interrompeu Henry com uma pergunta.
– Claro, claro. - respondeu o homem - Vamos pegar a câmera.
Todos entraram no prédio.
– Vem! - chamou o garoto.
– Aqui, deixa comigo. - afirmou Neal abrindo o portão.
– Então, falou com ele? - perguntou Gold virando-se para Emma.
– Ele disse que é complicado. - indagou a loira.
– Entendo. - ironizou o homem.
– Talvez ele só precise de mais tempo, sei lá. - disse Clear.
Quando de repente Emma e Clear foram empurradas contra a parede, abrindo espaço para Gancho invadir o local e enfiar seu gancho no peito de Gold.
– Tic-tac. - indagou com seu sotaque irlandês, ainda com seu gancho atracado em seu peito - Seu tempo acabou, crocodilo. Você me tirou a Milah, o meu amor, a minha alegria. Então agora vou tirar a sua vida.
Continua.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
~> PS.: Hey people aqui está mais um capítulo, agora sim pode ser que eu demore para atualizar, afinal hoje mesmo já tenho uma pilha de tarefa para fazer *snif* *snif*, mas sempre que eu puder eu escrevo. E semana que vem tem carnaval, então pode ser que eu escreva! Enfim espero que tenham gostado, obrigada pela leitura e não deixem de dar suas opiniões nos comentários pois eu as aprecio muito, recomendar porque eu não tenho nenhuma recomendação