The Dealer's Daughter. Once Upon a Time. escrita por Clara Gomes


Capítulo 17
Capítulo 17.




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~ Nova York, Atualmente.

– O que foi? É aqui mesmo? - perguntou Emma ao saírem de um taxi e pararem na frente de um pequeno prédio.

– É, sim. - respondeu Gold, olhando para cima.

– Já sei, ele não está esperando você. - o homem não respondeu, o que a fez deduzir que estava certa - Bom, quem não ama surpresas? - disse com um sorriso vitorioso e caminhando até a portaria do prédio, acompanhada de Henry.

O homem hesitou em segui-los.

– Pai, eu já lhe disse que vai ficar tudo bem! Ele vai te ouvir! - encorajou Clear, colocando a mão nas costas de seu pai.

Ele assentiu e os dois caminharam até o prédio.

– Qual é o nome dele? - perguntou Henry ao avistar os dois.

– Bealfire. - respondeu Rumple aproximando-se.

O garoto voltou-se para os botões de interfone dos apartamentos, procurando o nome em questão.

– Nenhum Bealfire. - afirmou ainda de costas.

– É, não daria muito certo como pseudônimo. - comentou a loira sarcasticamente.

– Ele deve ter mudado de nome, talvez um nome mais normal. - indagou Clear.

– O globo não deu o apartamento? - questionou Emma.

– Não é assim que funciona. - retrucou o Senhor das Trevas.

– Algum nome aqui te diz alguma coisa? - perguntou o garoto, analisando os outros itens do local.

– Eu entendo bem de nomes, mas infelizmente, não. - respondeu o homem lendo os nomes dos proprietários dos apartamentos.

– Esse é do seu filho. - afirmou a xerife apontando para a plaquinha do apartamento 407, que estava em branco.

– Não, pode só estar vazio. - palpitou a ruiva, que também estava próxima.

– Vocês podem entender de nomes ou magia... mas eu sei achar quem não quer ser achado. - rebateu a loira - E esse tipo de gente não gosta de divulgar onde mora. - completou apertando a campainha - Pacote da UPS para 407. - disse quando alguém atendeu.

– Devia ter dito Fedex. - brincou o garoto ao notarem que a pessoa em questão não abriria o portão.

De repente foi possível ouvir um ruído vindo do lado de fora.

– Ele está fugindo. - indagou a Emma correndo para fora.

Avistaram um homem descendo as escadas exteriores rapidamente, como um fugitivo.

– Aquele favor que me devia? É esse. Convença-o a conversar comigo. Não posso correr. - pediu Gold.

– Cuide do Henry. Eu já volto. - rebateu a mulher antes de disparar atrás do homem, e sendo seguida por Clear.

As duas começaram a persegui-lo pelas ruas, até que conseguiram cercá-lo, e Emma pulou sobre ele, fazendo os dois caírem no chão. Ofegante, a loira ergueu a cabeça tentando controlar a respiração e colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha, até que reconheceu quem estava perseguindo.

– Não. - indagou incrédula - Neal?

– Emma? - o homem perguntou, sorrindo levemente.

– Neal?

– V-vocês se... conhecem? - questionou a ruiva confusa.

– Sim. - murmurou a mulher.

– Não estou entendendo. O que está fazendo aqui? - perguntou Bae ao se levantarem.

– O que estou fazendo aqui?

– É.

– Não vou responder nada sem me contar a verdade. Você é filho do Gold?

– Como assim? Quem é Gold?

– Meu pai! - respondeu Clear.

– E quem é você?

– FILHA DO GOLD!

– Você me enganou. Você é de lá. - falou a loira começando a se exaltar - Você me enganou. Ele me enganou. Vocês me enganaram. - disse olhando para a adolescente.

– Devagar. - pediu o homem ao ver a mulher se desesperando.

– Emma, eu juro que eu não sabia que vocês se conheciam! - exclamou a garota.

– Mas o Gold sim.

– Como assim, quem é Gold?

– O seu pai!

– O Rumplestiltskin. - explicou a ruiva.

– Ele está aqui? - perguntou Neal desconfiado.

– O que mais estaríamos fazendo em Nova York?! - questionou a loira como se fosse óbvio.

– Você o trouxe até mim?! Por que fez isso?! - berrou o homem, irado.

– Hey, eu é que tenho que ficar brava! - gritou ainda mais alto a loira - Você sempre soube quem eu era e de onde eu vim? Não passou de um plano cruel e doentio?! Você chegou a gostar de mim?!

– Emma...

– Eu quero saber. Toda a verdade!

– Vocês podem parar de gritar pelo amor de Deus! - bradou Clear, já de saco cheio de assistir aquela gritaria e ficar calada.

– Certo! - berrou o homem - Vamos sair da rua, não pode ser aqui. Estamos expostos. Passei a vida toda fugindo dele. Ele não vai me pegar. - continuou mais calmo - Tem um bar no fim da rua. Vamos conversar lá.

– Não vou beber com você! O que tem para me dizer, diga!

– Não, é melhor no bar. Relaxe, pode gritar comigo lá.

– Ele está certo, vamos Emma. - disse a ruiva colocando a mão de leve no ombro da mulher e seguindo seu irmão.

A loira deu um pequeno chilique em silêncio, e partiu dando passos largos e duros.

Ao chegarem no bar, Neal pediu duas canecas de chopp e Clear pediu um copo de água com limão e gelo.

– O que você quer saber, Emma? Quer a verdade? É só perguntar. - indagou Bae.

– Sabia quem eu era quando nos conhecemos? - perguntou a loira.

– Se eu soubesse, nem teria chegado perto. - respondeu o homem.

– Poupe-me. - murmurou a mulher.

– Poupe-me do quê? Eu estava me escondendo. Eu vim para cá... fugindo... de toda aquela idiotice.

– Mas se não sabia de mim, então só estava me usando. Precisava que alguém levasse a culpa pelos relógios roubados.

– Eu não te usei. Não sabia quem você era. Descobri depois.

– Como? - perguntou a loira sentando-se próxima do homem, pois até então estava de pé.

– Fui vender os relógios... E acabei encontrando um amigo seu. O August.

– Você me largou... e me deixou ir presa porque o Pinóquio te aconselhou?!

– Emma...

– Eu amava você.

– Foi... foi para ajudar você.

– Me deixar ir presa?

– Te deixar voltar para casa.

– Então quer dizer... Que nosso encontro foi coincidência? Por quê como pode? Sem ter sido um plano seu ou do seu pai?

– Pense. Ele queria que você quebrasse a maldição. O nosso encontro podia impedir isso. Pode ter sido o destino.

– E você acredita nisso?

– Sabe, quase tudo que me lembro sobre meu pai é ruim. Mas ele costumava dizer que coincidências não existem. Tudo o que acontece já estava escrito e não há o que se fazer. Forças superiores conspiram para fazer acontecer. Sorte, destino, chame como quiser. A questão é que... a gente pode ter se encontrado por um motivo. Algo bom pode ter surgido do nosso encontro.

Clear, que se encontrava em silêncio até então, respeitando o espaço dos dois, de repente arregalou os olhos. "Algo bom pode ter surgido do nosso encontro"

"HENRY!" - deduziu em seu pensamento, intercalando olhares entre Emma e Neal, com a boca aberta - "Então esse é o pai do garoto! Quer dizer que eu sou..."

– Não. - afirmou Emma após pensar por alguns segundos - Não consigo pensar em nada. Eu apenas fui para a prisão. Só isso. Não importa mais. Já superei isso. - disse pegando o celular de cima do balcão e levantando-se - Superei você.

– Por que usa o chaveiro que eu te dei?

A mulher automaticamente levou a mão ao chaveiro com o desenho de um cisne, que usava pendurado no pescoço. Depois de alguns segundos pensativa, arrancou-o e colocou sobre o balcão.

– Para eu lembrar de nunca mais confiar em ninguém. - disse tentando disfarçar o real motivo de ter guardado o objeto - Vamos. Fiz um acordo com seu pai de levar você até ele. - continuou afastando-se.

– Fez um acordo com ele? - questionou Neal incrédulo.

– Sim. E vou cumprir minha parte.

– Não precisa fazer isso, sabe.

– Eu sei.

– Então vai ser fácil para você. Diga a ele que me perdeu. Que não conseguiu me achar. Faça isso... E nunca mais vai precisar me ver.

– Bae, será que você pode esperar aqui, eu quero falar com a Emma em particular. Por favor? - pediu Clear levantando-se e parando ao lado da mulher - Pela sua "irmãzinha".

– Okay. - respondeu o homem bufando.

A adolescente sorriu e gesticulou com a cabeça para que a loira a acompanhasse até o lado de fora.

– Então, o que você quer falar comigo? - perguntou Emma ao saírem do bar.

– Você realmente acha que não tem nada para me contar? - questionou Clear erguendo uma sobrancelha.

– ...

– Emma eu vou deixar mais claro pra você: meu irmão, o Bealfire, Neal, sei lá como você o chama, é o pai do Henry, seu filho?

– É... - murmurou a mulher abaixando a cabeça.

– OMG - disse a garota pondo a mão na boca - Quer dizer que eu sou tia do Henry?!

– É, pois é, parece que sim...

– E você não vai contar a ele? Ou ao Henry? Ambos merecem saber... inclusive meu pai!

– Eu acho que não é uma boa ideia. Para o Henry, o pai dele era um bombeiro, e está morto...

– Você mentiu sobre o pai dele?

– Você acha que seu irmão é o que?! Hein? Um herói?! - exclamou a mulher erguendo o tom de voz - O Neal é um ladrão, desonesto, que deixou eu levar a culpa pela droga de um roubo de relógios! Por causa dele, eu tive o Henry sozinha, na prisão! NÃO, ELE NÃO MERECE SABER SOBRE O MEU FILHO! O Henry é bom demais pra ele!

– Emma, hey, se acalme - disse a garota segurando os ombros da loira - Ele pode sim, ter cometido muitos erros no passado. Mas ele tem sim o direito de conhecer o filho dele, pois ele nem sabe da existência do garoto! Sabe o que eu acho, você deveria ligar pra sua mãe e contar tudo a ela, porque ela com certeza vai saber exatamente o que te dizer!

– Eu não vou ligar para a Branca de Neve para pedir conselhos maternais! Sem chance!

– Emma, as mães sempre sabem o que dizem! Pode ter certeza que seu tivesse minha mãe se lembrando de quem eu sou, eu já teria ligado pra ela! Aproveite enquanto sua mãe pode lhe aconselhar, pois pode chegar um dia no qual ela não possa mais se quer falar com você!

– Okay, eu vou falar com minha mãe!

– E eu vou falar com meu irmão!

As duas se abraçaram, e Clear deixou Emma sozinha do lado de fora para telefonar para Mary Margareth.

Quando a jovem entrou no bar, lá estava Neal, ainda sentado no mesmo lugar, assistindo ao jogo de basquete que passava.

– Oi - disse a garota se sentando ao lado dele.

– Oi - ele respondeu sem olhar para ela.

– Então... posso te chamar de Baelfire? Ou Bae? - perguntou Clear virando-se para ele.

– Hmm, claro. E você, como posso te chamar, "maninha"? - falou também virando-se para ela.

– Ah, claro, desculpa, meu nome é Clear. - respondeu esticando a mão para que o homem pudesse apertá-la.

– É um prazer conhecê-la, Clear. – disse apertando-lhe a mão.

– O prazer é todo meu, Bae.

– Então... Rumplestiltskin tem mais filhos? Uau, difícil de imaginar uma louca que teria filhos com ele. É só você ou tem mais outros?

– Bom, até onde eu sei, sou somente eu.

– Ele a forçou? Sua mãe?

– Não sei bem, nunca falei sobre isso com nenhum deles. Mas, até ontem, ela era apaixonada por ele.

– O que aconteceu? Ela acordou pra vida?

– Ela se esqueceu da identidade dela da Floresta Encantada. Se esqueceu de mim, se esqueceu dele... se esqueceu de todos.

– Eu sinto muito. Mas por acaso, você nasceu com magia?

– Sim, infelizmente...

– Por que "infelizmente"?

– A magia negra é capaz de te manipular a fazer coisas horríveis. E foi isso que aconteceu comigo...

– O que houve?

– Prefiro não falar sobre isso.

– Okay...

– Bae, você tem que falar com ele. Se não for por mim ou por ele, pela Emma. Eles têm um acordo, e você sabe o que acontece com pessoas que quebram um acordo com ele...

– Eu não sei se consigo perdoá-lo. Ou olhar na cara nele.

– Por favor Bae, pode ser que você se surpreenda, com o que você vai encontrar!

– Como assim?

– Vá falar com nosso pai e você descobrirá!

– Mas...

– Eu vou indo, nós provavelmente estaremos esperando no seu prédio, ou perto dele... pense bem, e não deixe de nos procurar! Talvez valha a pena encará-lo... Bom, tchau Bae!

– Hey, espera, me diga o que pode me surpreender?!

– Vai ter que falar com ele para descobrir! Tchauu - disse Clear saindo do bar.

"O que será que me surpreenderá nesse reencontro? Será que meu pai está diferente?" - perguntou-se Neal em seus pensamentos, enquanto bebia lentamente sua caneca de chopp.

Continua.


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Notas finais do capítulo

~> P.S.: Geente então consegui postar essa semana! o/ Lembrando que podem se tornar mais raras as atualizações, mas não abandonem a fic, PLEASE! Obrigada pela leitura e não se esqueçam de favoritar, recomendar e comentar, please! Beijos e até o próximo! ;)