Suas costas.

Durante a maior parte do tempo, era só o que podia ver. As costas largas, fortes, sob o uniforme negro do time pelo qual lutavam, enquanto se posicionava esperando pela bola. E então, era quase como se pudesse acompanhar em câmera lenta o movimento dos músculos sob a camisa enquanto ele corria, para então saltar acertando a bola com seu corte poderoso e marcando mais um ponto.

Azumane Asahi.

Não importa quão alto qualquer um de seu time pudesse ser ou pudesse pular. Asahi sempre seria o mais incrível. Olhando-o por trás, Nishinoya quase podia ver as asas se abrirem em suas costas a cada pulo. Asas fortes, confiáveis, que se estendiam para mais uma vitória.

E que era sua responsabilidade proteger.

Tanto dentro quanto fora da quadra, pelos corredores do colégio ou em qualquer outro lugar, Nishinoya não o deixaria cair novamente como na derrota contra a "Parede de Ferro". Era sua responsabilidade, e seu maior prazer, sempre manter a bola em jogo, sempre levantá-la novamente, para que pudesse ver aquelas costas à sua frente outra vez, e as asas abrindo-se a partir delas.

As costas tentadoras de Asahi, que várias vezes quase o distraiam do que devia fazer enquanto as observava. As costas que, sob a camisa, estavam cobertas por leves arranhões, embora apenas Nishinoya soubesse disso. Afinal, aquelas eram SUAS marcas naquelas costas.