– Seja bem vinda Liane - Teresa a recebeu com um sorriso

–Olá- Liane sorriu - Eu agradeço muito.

– Estas são minhas filhas, Lucinda e Olívia.

– É um prazer conhecer a senhora - Lucy falou.

Olívia apenas esboçou uma falsa felicidade momentânea.

– Qual delas é Lucinda? - perguntou

– Eu - Lucy falou

Todas se sentaram para comer o jantar. Teresa e Lucy estavam participando totalmente da conversa enquanto Olívia comia calada. As mães estavam animadas com a ideia do casamento.

– Sabe, Olívia, tenho um filho mais novo, Damien. Acredito que seria motivo de grande alegria o casamento de dois filhos.

– Que agradável - Olívia resmungou e sentiu os olhares reprovadores de sua irmã e mãe.

– Penso que é uma ótima ideia! - Teresa falou.

Conversaram durante um bom tempo e, por final, Liane se despediu.

– Acho melhor ir, parece que teremos uma tempestade. Agradeço pelo jantar. Irei convidá-las para um em minha casa; para que vocês possam conhecer os meus meninos.

– Nós que agradecemos - Teresa falou.

***

O vento estava forte quando Capitão Estevan avistou algo na praia . Ordenou que alguns fossem dar uma olhada.

Em um pequeno bote, Estevan, Theodore, Damien e mais alguns homens seguiram até a praia. A noite é escura por natureza, mas parecia que naquele momento, o céu estava mais escuro que o normal.

Quando a profundidade diminuiu, os homens saíram e andaram pela água empurrando o bote.

– Capitão, você acha que encontramos algo valioso? - um dos homens perguntou.

– Não se sabe, mas é possível que...

Um grito estridente e agudo cortou o silêncio da noite. Quando o silêncio voltou, tudo estava calmo demais.

Em segundos, movimentos na água cresceram.

– Mas o que foi isso?! - Theodore falou.

Estevan agarrou o braço do filho mais velho, que era o mais próximo de onde estava.

– Que Deus tenho misericórdia! Todo mundo para o barco! Agora! - O capitão gritava subindo no bote com Theodore.

Após isso, apenas confusão. O bote se afastou, deixando Damien para trás, na água. Sorte que sabia nadar. Um homem berrou enquanto estava sendo puxado para baixo. Damien tentou nadar até ele mas parou quando viu as criaturas que o seguravam.

Sereias. Damien congelou. Não tinha a certeza de que as criaturas demoníacas realmente existiam mas naquela noite, ele descobriu a resposta. Logo soltou a adaga do cinto e foi ajudar outro homem que nadava até o barco.

Foi quando mãos o agarraram pelas costas, ele tentou se soltar e não conseguiu. Até que pegou a adaga e acertou o que o prendia. O aperto diminuiu de intensidade e Damien se virou.

Apesar da escuridão, ele viu o belo rosto de uma mulher. Os cabelos longos e negros, os olhos pareciam ter a cor da lua. Um corte na bochecha pingava sangue. Sangue como em qualquer outro humano.

A criatura possuía um olhar furioso e se aproveitou para pegar a adaga das mãos do homem chocado.

Ela fez um grande corte no peito de Damien e tentou nadar na direção contrária. Ele a puxou pelos cabelos. Ela gritou e segurou o pulso dele, arranhando-o.

Conseguiu se soltar mas Damien não teve sucesso em segurá-la de novo. Arrancou apenas o que parecia um colar.

Em um momento, as águas se acalmaram e ele e os outros dois homens que se salvaram, nadaram até o barco.