Ellsworth - Uma nova Chance escrita por 1FutureWriter


Capítulo 12
Entendendo-se.


Notas iniciais do capítulo

Hello people como estão??
Tudo bem com vocês??
...
Então, passando aqui pra postar mais um capítulo pra vocês hehe, mas esse capítulo aqui vai em especial para uma pessoa S2
Para a grande estrela cadente que resolveu atravessar o universo e parar exatamente na minha vida.
Minha princesa Fiona(minha ogra predileta), que nessa sexta completa mais uma primavera.
Day te desejo tudo de mais maravilhoso nesse mundo, e que você seja extremamente feliz! Não vou falar muito, pq você já leu a mensagem que eu lhe escrevi. Só queria dizer que esse capítulo é todinho pra você, aproveite o caipira sem camisa hahahaha
...
Aos demais, uma boa leitura e nos vemos lá nas notas finais.
...
Aaah, curtam minha página povo, bora lá!
https://www.facebook.com/paulagrangerfanfics
...
Beijos!



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Andar pela cidade não seria tão ruim se as pessoas não olhassem tanto pra mim. Todos já sabiam quem eu era, então não tinham porque me olharem daquela forma. A menos que o ocorrido no Kansas City tivesse se espalhado. É talvez seja esse o motivo. Eles me vêem como a vilã, a pessoa que chegou para estragar a linda e perfeita vida da Audrey.

Ia chegando ao Taylor's quando por acaso avistei Mike mexendo em umas coisas onde deveria ser o porão do lugar. Precisava ir até ele e me desculpar pelo que havia falado. Tomando coragem não sei de onde, fui até lá. Ele mal me olhou. Estava mais interessado em trocar umas caixas de papelão de lugar.

– Oi. - eu disse.

– O que quer? - perguntou seco, sem parar o que estava fazendo.

– Queria falar com você. Sabe, me desculpar pelo que falei.

– Tudo bem, agora que já falou pode ir embora.

– Mike, eu estou tentando me adaptar, ta legal! Se você ao menos colaborasse ficaria mais fácil. - ele então olhou diretamente pra mim. Largou a caixa no chão e andou em minha direção, ficando apenas alguns centímetros de distância. Ele estava suado e usava apenas uma camiseta branca.

– Se você realmente estivesse tentando, não seria tão cabeça dura como é. Você quer que Ellsworth seja como Nova Iorque, mas eu vou te dizer uma coisa: aqui não é, e nunca será como lá. As pessoas daqui são diferentes. Nós não nos importamos de morar em um lugar apertado como um trailer. - por mais que sua voz estivesse baixa, eu podia sentir a mágoa em seu tom.

– Eu já pedi desculpas. – insisti.

– Desculpas não vão mudar o que foi dito. Você acha que o mundo tem que girar ao seu redor, mas tenho uma novidade pra você: você não passa de mais uma menininha mimada pela família. É tão mesquinha quanto a sua irmã.

– Você está me ofendendo.

– Não, não estou! Estou apenas lhe dizendo a verdade. Você não sabe o que é viver sozinho, sem ninguém. Acha que pode controlar tudo e todos...

– Está muito enganado a meu respeito. - meus olhos queimavam. A vontade de chorar era grande, mas eu não lhe daria esse gosto. - Você se acha o maioral dessa cidade, mas não passa de um idiotia que acha que tem o rei na barriga.

– Vamos fazer o seguinte. - ele disse, e continuou. - Vamos fingir que nunca nos conhecemos, assim não precisamos olhar pra cara do outro!

– Ótimo! - respondi convicta.

– Ótimo! – retrucou ele de volta.

Estava indo embora quando ouvi um barulho muito forte vindo de onde Mike estava. Quando olhei para trás levei um completo susto. Ele estava caído no chão, e sobre ele vários ferros. Corri em sua direção e vi que ele gemia de dor.

– O que aconteceu? - minha voz estava trêmula, e havia um pouco de sangue em sua camiseta.

– Não preciso da sua ajuda, eu estou bem! - ele afirmou, mas não era verdade, ele estava apenas sendo o caipira ogro de sempre.

– Mike você está sangrando!

– Já disse que estou bem. - ele tentou levantar, mas assim que o fez novamente soltou um gemido de dor.

– Quer parar de ser turrão e me deixar te ajudar! - não foi um pedido, soou mais como uma ordem. Ele se calou, e quando comecei a tirar os ferros de cima dele, vi que um deles havia perfurado o lado esquerdo de seu abdômen. Não era um corte profundo, mas era o suficiente para causar uma infecção.

Ajudei-o a se levantar, e o acompanhei até o depósito do Taylor's. Peguei o kit de primeiros socorros e fiz com que ele deitasse em uma das mesas.

– Isso é mesmo necessário? - perguntou entediado. - depois eu lavo o corte e cicatriza sozinho.

– É claro que é necessário, por acaso não viu que o ferro estava com a ponta enferrujada? Pode infeccionar, ou até mesmo lhe trazer uma doença.

– E desde quando você se importa comigo? – perguntou curioso em saber a resposta.

– Eu não me importo, mas faria por qualquer outra pessoa.

Um silêncio ensurdecedor pairou sobre nós. O único som era o de nossas respirações.

– Levanta a camiseta, por favor. - saiu como um sussurro.

Mike não só a levantou, como tirou-a por completo. Procurei manter meus olhos no local do ferimento, mas simplesmente não foi possível. Ele não estava molhado como no lago, e não havia o sol, mas a visão era tão boa quanto. Eu permaneci calada, tentando me concentrar na tarefa que me prontifiquei a fazer: limpar o corte, e fazer o curativo.

– Desculpe pelo que falei ainda pouco. Estava com a cabeça quente. - ele disse, e parecia sincero.

– Você foi um idiota... - Mike já ia crispando os lábios antes mesmo de eu terminar minha frase. - Mas eu também fui. Acho que estamos quites, não é mesmo?

– É, você também foi bem idiota. Mas tudo bem, não é qualquer um que tem o espírito aventureiro como eu.

Não me importei com a piadinha que ele havia dito, apenas voltei minha atenção ao corte.

– Obrigado. - ele disse assim que terminei o curativo. - Até que você não é tão ruim como enfermeira. Ficaria melhor se colocasse um jaleco bem decotado. - Uma de suas sobrancelhas estava arqueada como se estivesse fazendo uma de suas piadinhas. Dei um tapa em um de seus braços, e praticamente ordenei que ele fosse a um médico, por que por mais que estivesse com um curativo, o ferro estava enferrujado e poderia causar uma infecção.

Mike permaneceu no depósito, enquanto eu fui em direção a entrada do Taylor's. Carlla já estava lá, sentada em um dos bancos do balcão jogando conversa fora com um dos garçons.

– Onde estava muchacha? Te procurei por todo lugar!

– É uma longa história. – respondi com as mãos para o alto.

– Tenho tempo de sobra. - Carlla e eu fomos até uma das mesas, a mais afastada possível do balcão, e eu comecei a lhe contar todos os detalhes que ela desconhecia. O beijo do Jason, a briga com a Audrey, o beijo do Mike, a minha estupidez que gerou mais uma briga, dessa vez com o Mike, a confusão que estava em minha cabeça.

– Sabe o que eu acho...- ela disse, cruzando os braços por cima da mesa e me olhando com intensidade. Fiz que não com a cabeça e então ela continuou. - Eu acho que você está apaixonada por um, mas confusa por ter beijado o outro.

– Não estou apaixonada por ninguém! – exclamei, talvez alto demais.

– Tem certeza mesmo NI? Porque não é o que parece. - ouvi-la me chamar pelo mesmo apelido que aquele caipira me chama é no mínimo estranho. - Você está em um estado de negação.

– Carlla eu te contei isso tudo para que me ajudasse, e não pra me deixar ainda mais confusa.

– Certo! Não está mais aqui quem falou. Agora, você pode negar pra quem quiser, mas uma hora não terá mais como esconder esse fato... - Carlla continuaria a falar, se não fosse o telefone que insistia em tocar.

Não prestei atenção na conversa, mas notei que ela estava preocupada. Quando desligou ela disse que era sua mãe ao telefone, dizendo que seu pai estava apresentando um quadro constante de pressão alta.

– Como ele está? - perguntei.

– No momento estável, mas se a pressão não voltar ao normal poderá se tornar uma hipertensão, e eu vou pra Califórnia. - explicou.

– Você disse Califórnia? - a voz atrás de nós falou de um jeito surpreso.

Lucca havia ido se despedir de nós.

–Sim, eu sou de lá, e só vivo nesse fim de mundo porque cuido do meu avô. – ela explicou.

– Nossa, é muita coincidência, eu sou de lá também! - Lucca falou animadamente, enquanto puxava uma cadeira para sentar-se.

Ficamos as três conversando até que ela precisou ir embora. Teria que voltar ao Kansas City, entregar o carro que era emprestado e dali iria para o aeroporto.

Ao despedir-se de nós, eu consegui - não sei como - captar um olhar diferente de Carlla em direção a Lucca. Ela tentou desconversar, mas não tinha como negar o que vi.

– Anda, pode tratar de me contar! - exigi.

– Contar o quê?

– Você tá afim da Lucca!

– Você só pode estar ficando maluca! Ela não faz em nada o meu estilo! – Defendeu-se.

– E desde quando pra gostar de alguém, esse alguém precisa fazer nosso estilo?

– Olha Haley, você está muito enganada. Eu gosto de loiras, loiras altas e gostosas! A Lucca é o oposto disso, além disso, eu acho que ela tem namorado.

– Eu sei, mas você está gamada nela, isso é um fato!

– Não, não e não! Olha só pra ela...ela é nanica demais, e os cabelos então? Eu gosto de cabelos cacheados e os dela são lisos, castanho-avermelhados e lisos! Isso sem contar a pele pálida e os olhos arredondados demais. Não combinam em nada comigo. Você está enganada, isso sim!

– Para alguém que não está gamada, você até que está reparando muito nela. E não sou só eu que estou em estado de negação. Você também está!

Não pude evitar as risadas pela cara mortal que Carlla fez pra mim ao dizer a última frase, mas não me importei, apenas terminei de tomar meu suco antes de voltar para casa.


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam???
Quanto tempo vai levar pra que esses dois briguem de novo??? hahahah
Beijinhos e até lá! o/



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