A dona da fama escrita por Jhuly Panter Kat


Capítulo 3
Softbol e doce francês.




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Apesar de ser muito boa em judô e gostar de bater em homens e em algumas garotas irritantes eu realmente gosto bastante de beisebol e softbol, entretanto infelizmente não sou muito boa, mas só de praticar softbol me deixa um tanto feliz. Um dos poucos momentos onde eu não estou entediada ou aborrecida. Me lembro da primeira vez em que fui a um jogo de beisebol como e fosse recente, eu tinha uns sei anos na época, minha avó me levou para ver o último jogo do World Series, St. Louis Cardinals contra Boston Red Sox, foi simplesmente incrível, me apaixonei de primeira. O momento do qual nunca vou esquecer foi quando o Red Sox rebateu uma bola que caiu dentra d luva enorme que mal cabia na minha mão, tenho a bola guardada até hoje.
Às vezes me pergunto quando foi que minha vida começou a ficar tão sem graça. Aí me lembro de eu era muito feliz quando o meu irmão ainda era vivo. Ele brincava bastante comigo, nos tocávamos juntos, tudo era sem igual. Todo dia era divertido. Diferente dos irmãos das garotas das minhas escolas que viviam em pé de guerra com o irmão, eu e Tomás éramos como carne e osso. Inseparáveis, na verdade eu é que não me separava dele, nem pra dormir. Sempre que chovia com relâmpagos e trovões ou quando eu tinha pesadelos ou quando eu não conseguia dormir, ia para o quarto dele e me enfiava no pequeno espaço que sobrava e depois dormia como se um desses problemas nunca tivesse existido. Era tão tranquilizador. Agora quando isso acontece eu coloco meu fone e ligo o meu IPod no último volume e fecho as persianas, assim nada pode me encomodar, a não ser o vazio de não ter ninguém lá ao meu lado. De não ter o Tomás do meu lado.
Ao ir para o campo de softbol as garotas ouço as garotas falarem que principal receptora se machucou e a substituta faltou e obviamente a do time B não pode jogar no nosso, e a única pessoa que resta para jogar sou eu, a subistituta da subistituta . Vou lá receber os arremessos da Erika Terakado. Ela jogava beisebol quando morava no Japão na liga infantil, era a melhor arremessadora de seu time, e obviamente no nosso time também, apesar de ser uma garota ela é tão forte quanto um garoto, sua bola chega a atingir 148 Km/h. Apesar de no Brasil nós respirarmos futebol, no Japão eles respiram beisebol. Só o fato de termos a Erika na nossa escola já conseguimos dois títulos, sem contar que desde a chegada dela as garotas melhoraram bastante, ela até joga com os garotos, e já eliminou os melhores rebatedores dessa escola na maioria das vezes em que jogou cm eles. Muitas vezes os técnicos a colocam para treinar com os garotos do time de beisebol. Resumindo, com isso nossa escola melhorou bastante no softbol e no beisebol. Como eu sou a substituta das substitutas, no entanto já estou acostumada com elas. Dou bons comandos e a Erika elimina cinco garotas, mas três conseguem fazer pontos, não sou uma boa rebatedora, então acabei sendo eliminada em todas as vezes que eu fui rebater, até porque eu era a nona rebatedora, no final o Time A venceu o B, pelo fato de que as rebatedoras do time A são as melhores. As garotas me cumprimentaram e disseram que eu joguei bem. Deixo minha mente devanear em um certo quatro olhos.
O almoço foi arroz, com almondegas, feijão e salada de tomate cereja, alface, torradas e pepino. Procurei o nerd no refeitório, precisava me sentar ao lado dele, Leon estava por perto com suas seguidoras irritantes, que me enchiam o saco quando ele não estava por perto. Não o encontrava em lugar algum larguei o almoço na bandeja, assim que Leon botou os olhos em mim, fiquei com falta de apetite, no entanto tinha de comer algo porque em duas horas eu iria para a escola de música, da qual eu fazia aulas de piano desde os seis anos de idade, sempre quis tentar aprender outros instrumentos, mas a minha vó dizia que o piano era o instrumento favorito dela e fazia um discurso sobre o incrível pianista que meu avô, que era pianista foi, então eu nunca discutia, já que ela era uma tirana, e todos ao meu redor tinham medo dela, inclusive eu, então eu conheci o Benjamim aos nove anos, ou Ben, como eu o chamo, que também fazia aulas de piano e violino, meu melhor amigo. E se eu não comesse pelo um pouco iria ficar morrendo de fome e não conseguiria tocar sem pensar em comida e iria tocar peças que só me lembrassem comida e escreveria uma canção sobre o como é ruim estar sem comida e o quanto eu quero comer. Saio do refeitório o depressa possível e vou à máquina que vende besteiras pra comer. Pego uma Coca-Cola em lata, uma barra de chocolate da lacta dom pedacinhos de castanha de caju e um pacote de Rufles e outro de Doritos Chile e caminho em direção a minha sala quando eu vejo de longe alguém que me parece familiar, usava terno e gravata, aparentava ter quarenta e tantos anos, só que eu não me lembro de onde eu o havia encontrado, ele conversava com o nerd, que assentia algumas vezes e respondia outras, então decido parar de bisbilhotar e vou pra minha sala comer o meu lanchinho antes que o horário de almoço acabe.
Ponho a comida na carteira e tiro da mochila meu tablete e vejo pelo sétima vez a primeira temporada de American Horror History, que eu considero a melhor, na minha opinião. Na metade do episódio Maximiliam entra na sala com uma sacola e retira dela uma caixa de doces franceses o que me deixa com água na boca. Ele os devora sem dó, o me deixa com mais inveja e chama a minha tenção para a sua boca, que agora que me eram uma tentação.


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