A Exilada escrita por Fates Warn1ng


Capítulo 9
Novas Peças No Tabuleiro


Notas iniciais do capítulo

yeah, aqui estou de novo. Com mais um capítulo para vocês.
Enjoy!!!



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– Aqui, coma! Você precisa. - Yasuo lhe deu uma maçã.

Riven se sentia bem melhor. Uma das vantagens de se passar pelo treinamento de fortalecimento corporal noxiano, por meio da magia de combate, era sua regeneração sobre humana. Havia saído da caverna com febre e ferida, numa chuva extrema. A maior probabilidade era de que morresse. Entretanto, apenas quatro dias depois, apesar de ainda não estar completamente curada, já havia apresentado uma melhora significativa.

– Queria comida de verdade... - Ela disse baixo, pegando a fruta.

– Eu queria bebida de verdade. - Yasuo deu um gole longo em seu cantil que, antes, estava sempre carregado de cerveja ou whisky. Agora, trazia só água. - Precisamos conversar.

Riven percebeu na mesma hora sobre o que seria a conversa. E detestou aquilo. Tinha o sonho de conseguir ir levando a situação com Yasuo de modo que eles simplesmente passassem a ignorar o péssimo começo de ambos. A garota sabia muito bem que o espadachim estava ali por vingança. Mas ele já a havia salvado dos guardas de Piltover, de Katarina e Talon, e passara os últimos dias sendo tão cuidadoso que ela nem era capaz de se lembrar, a última vez, que alguém fizera aquilo por ela.

Riven era uma moça muito solitária e, os noxianos, sempre haviam sido muito duros. Não havia espaço para gentilezas. Os simples gestos de Yasuo despertaram sua simpatia. Ela já gostava bastante dele.

Yasuo pegou sua espada quebrada, lhe mostrando. Riven fitou a Lâmina do Exílio em silêncio, sem entender onde ele queria chegar.

– Você vê? É uma espada rúnica. Sem as runas, ela não me serve de nada. - Ele disse, a olhando nos olhos. - Quero que me diga quem forjou essa lâmina.

Riven mordeu o lábio inferior. Então ele pretendia ir até o fim. Devolveu o olhar, aumentando ainda mais sua intensidade.

– Yasuo! Eu já lhe disse. Eu não matei o ancião. Você está olhando nos meus olhos. Acha que estou mentindo?

O rapaz ficou encarando-a, por vários segundos, e até abriu a boca, como se estivesse escolhendo bem as palavras. Ocorreu a Riven que, talvez, aquilo estivesse sendo difícil para ele também.

– Eu perguntei quem forjou a espada. Você não respondeu minha pergunta.

– Para que? Para irmos atrás do ferreiro e você ter a espada de novo? A espada que é o símbolo de minha rejeição a Noxus, o símbolo de meu exílio? Para usá-la como prova que vai me condenar injustamente a morrer em um país que não é o meu? Não, Yasuo. Eu não vou dizer quem forjou a espada. Já lhe disse várias vezes. Eu não matei Ancião nenhum? Como poderia? Você foi o mais longe que cheguei no campo de batalha. Eu sequer entrei em Ionia! Por que é tão cego? E dai que nós dois manipulamos o vento? Isso não faz de nós culpados!

– Você é culpada sim! Mesmo que não tenha matado o ancião, como diz, assassinou dezenas de ionianos naquele dia. Dezenas de pessoas do meu povo.

Riven então deu um sorriso carregado de tristeza, pouco antes de morder a maçã com violência.

– Para esses... você não precisa da minha espada. - Olhou-o nos olhos. - Só precisa da sua.

Yasuo encostou a mão no cabo da katana, ao ouvi-la falar. Que maluquice ela estava sugerindo, que ele a matasse ali mesmo? Ficou encarando-a. A garota não desviou o olhar, e ele também não. Cada dia que passava, a mente de Yasuo era ainda mais contagiada pelas dúvidas. Não acreditava mais, piamente, que Riven era o alvo de toda sua vingança. Mas abrir dela, era como voltar a escuridão da ignorância, algo que ele não queria de jeito nenhum.

– Você podia facilitar isso... - Ele disse, em tom sombrio.

– Eu podia? Só se eu estivesse completamente louca. - Riven balançou negativamente a cabeça. - É de minha execução, que você está falando! - Disparou, agora com raiva no semblante. - Não vejo um só motivo para ajudar você!

Ela se levantou e começou a andar.

– Aonde acha que está indo? - Yasuo perguntou. Havia deixado a garota solta, afinal ela estava desarmada e, até o momento, ou doente demais para fugir, ou se mostrando cooperante.

– Não sei. Nunca andei por esses lados.

– Riven. Pare ai mesmo!

– Venha me parar! - Ela respondeu.

A garota estava com bastante raiva. "Por que você foi se apegar a esse bastardo filho da puta?"

– Não me obrigue a usar violência... - Ele disse se aproximando.

Riven continuou a caminhar, até sentir a mão do rapaz se fechar sobre seu ombro. Sequer hesitou, já curvando o corpo em sua direção e lhe acertando um soco potente na cara.

O rapaz deu dois passos cambaleantes para trás, levando a mão ao nariz, se sentindo o sangue escorrer. No segundo seguinte, já havia sacado a katana.

– Você está louca? Acha realmente que eu não mataria você?

– É justamente por achar que vai, que quero me afastar de você. - Ela assumiu posição de combate. Estava desarmada, então seria morta com certeza. Mas morreria lutando. Era um soldado de Noxus. Aquela era a morte que sempre estivera reservada para si.

Yasuo ficou olhando para ela, e então deu uma risada longa.

– Como você é tola... Mas, se é isso que quer... Vamos dançar!

O rapaz de moveu rápido, lhe dando um golpe de espada em arco. Riven abaixou-se e pulou para trás, desviando-o. Mas o espadachim imprimiu um ritmo intenso, distribuindo uma sequência intensa de golpes curtos.

Riven não tinha como esquivar todos eles, e passou a bloquear alguns com os braços, que logo apresentavam cortes consideráveis, que sangravam sem parar. Yasuo fechou o punho da mão boa e devolveu o soco, acertando-a em cheio e fazendo-a cair sentada para trás.

A garota cuspiu sangue. O golpe a havia acertado na boca em cheio.

– Vá em frente... Vingue-se! - Disse, arfando, pelo esforço. - Cometa a mesma injustiça que cometeram com você...

Yasuo se aproximou dela, lentamente. Era conhecido como Imperdoável, justamente por jamais demonstrar misericórdia com seus inimigos.

Riven olhou para o céu, deixando o pescoço bem exposto para um golpe. Nunca havia pensado muito em como seria morrer. Então algo chamou sua atenção. Um pássaro voando baixo. Mas não era um pássaro comum. Era uma Águia Da Montanha. E Riven a conhecia. Já havia lido um relatório sobre ela e, principalmente, sobre a dona dela.

– Valor! - Disse, alarmada, subitamente esquecendo da confusão na qual havia se metido com o próprio espadachim. - Yasuo! Os demacianos estão aqui.

– Ahhh, mas pode apostar que estão! - Uma voz disse, se aproximando a cavalo. Riven o reconheceu na hora. Era Xin Zhao, o Senescal de Demácia.

E não estava sozinho. Garen vinha logo atrás, com sua armadura pesada, montado num grande garanhão castanho. Quinn usava uma roupa bem mais leve, com a besta presa as costas.

– Bom trabalho Val! - Ela disse, com um sorriso, olhando para o céu.

Lux também fazia parte do grupo. Até mesmo Fiora, a Capitã da Guarda Real, estava ali, além de uma moça que Riven não reconheceu, com expressão felina, carregando uma grande lança de combate.

O que um grupo com a elite dos guerreiros demacianos fazia aquela distância de casa. Riven entendeu na hora. "Estão aqui por minha causa. Assim como Katarina e Talon".

– Então, como vai ser? - Xin Zhao perguntou, sem descer do cavalo. - Vocês podem se entregar pacificamente, ou resistir. Tanto faz, para nós. O resultado final será o mesmo.

Riven começou a entender que a situação era muito ruim.


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Notas finais do capítulo

reviews?



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