A Exilada escrita por Fates Warn1ng


Capítulo 20
Intervenção


Notas iniciais do capítulo

Capítulo da páscoa kkk espero que tenham comido mais chocolate que eu,.



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Riven acordou lentamente, completamente confusa. Parecia flutuar, no meio do nada, envolta por uma esfera de energia luminosa amarelada, cujo interior não possuía gravidade. Seus ferimentos estavam curados, a pele completamente limpa, sem cicatrizes ou machucados.

Franziu o cenho, olhando ao redor. Lembrava-se muito bem de estar lutando com Katarina, de haver sido mortalmente ferida. Será que havia morrido e aquele era o céu? Improvável. Havia cometido atrocidades demais para parar no paraíso.

– Ei! Alguém me ajude! - Gritou, olhando ao redor. Não parecia haver ninguém por perto.

Olhou para baixo. Não podia ver Demácia. Não podia nem ver o chão. Deu uns tapas naquela esfera, enquanto girava de cabeça para baixo. Certamente ficaria sem ar, presa ali por muito tempo.

Então percebeu que não estava respirando. Prendeu forçosamente a respiração e não sentiu a falta de ar.

– Mas que diabos... - Sussurrou assustada.

– Então você despertou. - Uma voz lhe chamou a atenção, em suas costas.

Riven virou-se para olhar. Como estava de costas, o movimento não foi muito agradável. Mas ficou extremamente surpresa com o que viu. A sua frente, estava um anjo. Era uma mulher loira, com asas tão longas quanto brancas. Trajava uma armadura completa de combate, com exceção do elmo. Riven sentiu-se perdida, por alguns segundos, fitando seus olhos completamente azuis e frios.

– Olá... - Começou, sem saber exatamente o que estava acontecendo. - Eu morri?

– Não. - O anjo disse, com paciência. - Ao menos, não ainda.

– E... o que estou fazendo aqui?

– Essa é uma dimensão paralela. Uma dimensão espiritual. O que vocês humanos chamam errôneamente de céu se aproxima desse condado. - Ela disse, sem dar maiores explicações. - No momento, seu corpo continua em Demacia. Você está inconsciente, e sangrando lentamente. Logo Vayne vai chegar e perceber que você e Katarina mataram uma a outra. E serão enterradas. E dentro de pouco tempo, completamente esquecidas. Apenas mais soldados com as vidas ceifadas pela guerra entre Noxus e Demácia...

Riven ficouolhando o anjo, sem parar de girar dentro da bola. Ainda não entendia como aquela técnica funcionava, e tinha medo de descobrir.

– Então... o que eu faço aqui? - Repetiu. A loira não havia lhe dado uma resposta satisfatória. - Não é mais fácil me deixar morrer?

O anjo sorriu.

– Depende. De quão útil você será viva.

Riven não entendeu aonde ela queria chegar. Era um anjo, um ser celeste. Que interesse podia ter em si?

– E como posso ser útil?

– Fiz um acordo com um dos antigos líderes de Demácia, Reginald Ashram. Ele era o alto conselheiro de Jarvan IV e comandava a cidade quando o rei estava incapacitado. Ashram desapareceu a cinco anos e, apesar dos meus poderes, não consigo localizá-lo. Mas tenho certeza que o homem está em Noxus.

– E você quer que eu o resgate? - Riven ponderou.

– Eu tenho o poder necessário para te manter viva agora. Mas também para lhe matar. - Ela disse, profundamente. - O que eu preciso saber é. Você realmente acredita nisso? No plano de Jarvan, na derrota de Noxus, na destruição total de sua antiga nação?

Riven pensou. Se a mulher estava certa, Katarina morreria. Sua irmã. O único laço com Noxus que não queria romper. Por causa de Noxus. Noxus matara Katarina. Noxus enviara Katarina por saber da amizade entre elas.

Noxus. Sua antiga nação.

"Sou uma exilada!", o pensamento ecoou em sua cabeça. Não era uma Noxiana. Não queria ser. Nunca mais. Noxus podia ir para o quinto dos infernos.

Riven sentiu o gosto amargo da dor na boca. Queria vingança. Contra Noxus. Contra Swain. Contra Talon. Contra todos os líderes noxianos. Vingança por si mesma, por Katarina, e pela desgraça que aquela nação trazia.

– Sim. Eu acredito! - Disse, com intensidade.

O anjo finalmente deu um sorriso.

– Então... Esteja de braços abertos para receber a Intervenção.

Riven sentiu um sono absurdo, uma vontade tremenda de fechar os olhos. Sentiu as pálpebras se fechando, enquanto mergulhava na escuridão.

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Riven abriu os olhos, tossindo. Estava de volta ao ponto no topo da montanha. A esfera amarela começava a se desfazer ao seu redor e a loira, pouco a pouco se deu conta de que toda a dor havia sumido e, apenas as roupas rasgadas denunciavam os ferimentos que havia acabado de sofrer. Estava novamente em perfeito estado.

"Eu morri...", teve absoluta certeza daquilo. Mas, por um milagre, aquele anjo acreditava que ela era a salvadora de Demácia. E sentira uma certa ameaça, por trás das palavras dela. Se o anjo tinha poder suficiente para lhe regenerar completamente, tinha medo do que ela podia fazer, caso não encontrasse o tal Reginald.

Mas pensaria naquilo depois. Tinha uma escalada pela frente.

– Vayne! Eu estou bem! - Disse, após atender a mulher, que não parava de falar. - Katarina caiu da montanha. Nos encontre lá embaixo.

Riven podia ver os cabelos ruivos lá embaixo, pendendo do corpo inerte, enquanto descia aflita. Imaginou se a tal Intervenção ocorreria caso Katarina houvesse lhe matado e escapado. "Provavelmente não... acho que minha força de vontade foi o motivo dela me escolher".

Quando finalmente chegou à adversária, teve certeza de sua morte. Os olhos de Katarina estavam bem abertos, mas desfocados. Seu pescoço pendia num angulo estranho. Braços e pernas quebrados. Olhou para cima. O dia começava a nascer, completamente nublado. Riven sentiu os olhos se enchendo de lágrimas. Deixou-se cair de joelhos, ao lado dela.

– Desculpe, Gatinha... - Acariciou o cabelo dela. Apesar de tudo, Riven não culpava Katarina. Ela apenas havia feito o que era preciso. Fechou os olhos dela, sentindo um aperto no coração. - Eu prometo que seu descanso será eterno... você merece isso...

"- Riven! Olhe! - Katarina acertou três facas no alvo. - Logo eu serei a melhor assassina de Noxus.

– Você já é a melhor assassina mirim. Continue trabalhando!

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– Será que eu devia me aproximar dele?

– Faça o que quiser. - Riven riu, mordendo seu pedaço de pão.

– Você nunca me dá um bom conselho!

– Eu nunca flertei com ninguém! Como vou saber? - Ela deu língua para a ruiva.

– E daí? Você é minha irmã mais velha! Serve para essas coisas!

– Desculpe, Gatinha. Dessa vez você está única e exclusivamente por sua conta...

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– Riven! - Katarina gritou de dor com a faca cravada em sua perna.

A espada rúnica cortou o ar, acertando em cheio o oponente que agarrava a ruiva por trás.

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– Você foi muito bem para sua primeira missão. - Riven sorriu, balançando o cabelo dela.

– Estou toda cortada e ferida...

– Você só tem 16 anos!

– E você 18!

– E já faço isso a muito tempo. Vamos, levante-se.

– Para que?

– Lutar. Treinar.

– Treinar? Eu nem consigo andar! Olhe minha perna.

– Está doendo muito, não é?

– Muito...

– É por isso que treinar agora vale a pena. Um bom guerreiro tem que lutar, mesmo na dor. Vamos, erga-se.

Katarina, aos poucos, se levantou.

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– Por que nunca ganho de você?

– Um dia, Gatinha. Um dia.

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– Então agora trabalha com meu irmão? Que incrível! - Ela riu.

– Talon é duro na queda.

– Ele diz que você é a melhor da Elite Carmesim, depois dele.

– E você acreditou? - Riven ergueu a sobrancelha.

– Não, não acreditei. - Ela riu.

– Fez bem. - Riven riu também.

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– Acabou...

– Não acaba nunca! - Katarina gritou, incapaz de aceitar a própria derrota. - Não até eu estar morta. Eu odeio você!

– Gatinha... - Riven deu um passo para trás. - Você não tem condições de lutar. Recue. Lutaremos novamente outro dia...

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– Eu achei que fôssemos amigas...

– E somos. Mas como diz o ditado... amigos amigos, negócios a parte.

– Que honra há em apunhalar alguém pelas costas!?

– Já ouviu dizer que a única versão que vale é a dos vencedores? - Katarina riu. - Riven. Você me conhece! Eu nunca jogo limpo. E nunca perco."

Riven sentiu as primeira gotas geladas de chuva atingindo seu rosto. O céu estava chorando, assim como ela mesma. Logo Vayne chegaria, e não queria ser vista tão fragilizada diante da morte de uma inimiga.

– Descanse em paz, Gatinha. - Disse, olhando o cadáver uma última vez, antes de virar as costas. - E não se preocupe com nada. Eu assumo daqui...


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Notas finais do capítulo

Kayle fofinha =D
Quero reviews xDxDxD



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