A Exilada escrita por Fates Warn1ng


Capítulo 18
Fuga


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo ai. Perdão a falta de frequência... zzzz kkkkkk



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– FIORA! - Vayne invadiu a mansão Laurent, gritando como uma louca. Usava as roupas completas de seu trabalho, com a besta presa no braço e a balestra nas costas. A ausência dos óculos escuros revelava profundos olhos verdes bastante atentos e focados. Era sem dúvida uma caçadora admirável.

– Agora não! Estou ocupada! - Fiora continuava apontando a espada para Riven. A Sedenta por Sangue já havia beijado a Lâmina do Exílio algumas vezes, mas a luta mal havia começado.

Riven, mantinha-se extremamente centrada. Não deixou Vayne roubar sua atenção. Até ali, Fiora ainda não havia lhe levado nenhum perigo real, mas a garota sabia do que a demaciana era capaz. Nada seria uma distração.

– OLHA PARA MIM, PORRA! - Uma das flechas de Vayne fez um corte na bochecha de Fiora. Um tiro extremamente preciso.

A morena lhe fuzilou com o olhar, mas finalmente lhe deu atenção.

– Vayne... - Disse, irada. - Se isso..

– KATARINA E TALON FUGIRAM! E ESSE É SEU TURNO!

Fiora arregalou os olhos lentamente, sem acreditar. Os dois estavam na ala de segurança máxima. Não podiam simplesmente ter desaparecido. O julgamento seria dali há três horas. Será que eram tão bons a ponto de, completamente desarmados, escaparem da prisão mais segura de Runaterra? Fiora duvidava muito.

– Estou indo para lá agora mesmo! Preciso checar como eles escaparam. - Disse para Vayne. - Preciso de sua ajuda!

– Todas os meus subordinados já estão na rua! - Ela disse, já caminhando impacientemente para o portão da Mansão Laurent.

– Você também pode ficar com os meus, talvez eu faça perguntas demoradas. - Fiora disse, parando em seguida. Virou-se para Riven e Yasuo. Parecia haver esquecido completamente o incidente de segundos antes. - Ajudem Vayne no que ela precisar! - Então virou para a colega. - Eles são seus! - Disse, saindo em seguida.

– Vamos! - Vayne os chamou com um gesto de mãos impaciente.

E eles a seguiram.


*************************


Demácia estava polvorosa. Parecia que todo o exército estava nas ruas e Riven pôde ver uma série de veículos militres como motos e blindados. Aquilo vinha de Piltover ou Zaun, e era extremamente caro, para ser usado em emergências. Pelo visto, a fuga dos assassinos havia sido um feito homérico. Riven se perguntou se Katarina e Talon seriam honrados ou executados, após chegarem em Noxus.

– Já pilotou uma dessas? - Vayne perguntou a Riven, em pé ao lado de uma moto preta. Modelo esportivo, LKS 102, a melhor moto de Runaterra.

– Pilotei, durante o treinamento noxiano. - Riven comentou. Aquilo parecia fazer séculos.

– Ótimo. Aposto que reconheceria Katarina e Talon em qualquer lugar. Mantenha os olhos abertos. Juro por Deus, se os bastardos ainda estão na cidade, nós vamos encontrá-los.

Riven assentiu, montando o veículo, com Yasuo subindo na garupa. Vayne tinha sua própria LKS. Logo patrulhavam Demácia.

A cidade estava um caos. Haviam soldados demacianos em todos os lugares. Uma fuga como aquelas era simplesmente inaceitável, a prova de que dois assassinos noxianos podiam driblar completamente o sistema de segurança da cidade.

Ainda que Katarina e Talon não fossem importantes, já seria extremamente humilhante. Mas eles eram.

Quinn logo apareceu do lado de Vayne, também montando uma LKS.

– Alguma coisa, Shauna? - Ela parecia mais tensa do que na primeira vez que Riven a havia visto.

A comandante da Guarda Real balançou a cabeça negativamente.

– Fiora está investigando a fuga. Mas, o paradeiro deles ainda é completamente desconhecido. - Ela olhou para a moça. - Alguma coisa das Operações Especiais?

– Nada. Parece que eles desapareceram.

– Continue procurando. - Vayne simplesmente disse para ela, e acelerou.

Riven foi atrás, ultrapassando Quinn. E resto do dia de buscas, foi completamente perdido.


*************************


– Eles já estão bem longe, uma hora dessas. - Yasuo lhe disse, por fim. - Ninguém experiente ficaria dando sopa assim, aqui por perto. Ainda mais sem um aliado.

Riven estava sentada na LKS, de lado. O tripé segurava a moto sem muita dificuldade. Estavam do lado de fora de Demácia, no deserto. Vayne havia saído para dar uma última patrulha. Já era noite avançada. Pela manhã grupos de buscas sairiam, até Noxus, se preciso.

– É...

– Foi isso que eu fiz em Ionia, sabe? - Ele comentou, deixando seu olhar se perder no horizonte.

Riven o fitou, curiosa. Yasuo nunca era muito de falar sobre o passado. Em geral, quando ela tocava naquele assunto, ele se mostrava bastante sombrio. Tudo que dizia era que precisaria encontrar o verdadeiro assassino do Ancião.

– Quando nós lutamos... Um pouco antes, um outro ancião... como era o nome dele mesmo... - Estralou os dedos, tentando lembrar. - Lonerin... ele me disse que a situação estava ruim, e que uma espada como a minha podia ser necessária. Então eu fui, e Singed bombardeou a praia... você já conhece o resto da história. - Deu de ombros. - Eu voltei para o meu posto e descobri que o Ancião estava morto. Fui preso. - Então olhou Riven nos olhos. - Mas minha acusação foi de Assassinato. Me acusaram de matá-lo, não abandoná-la. Então eu fugi. Precisei de ajuda é claro, um guarda meu amigo. Mas, assim que me vi livre da cela, escapei de Ionia na calada da noite e ganhei o mundo. - Olhou ao redor. - Katarina e Talon já devem ter ganhado horas, com todas essas buscas infrutíferas, aqui em Demácia.

– Talvez... - Riven manteve o olhar também distante. - Mas eles ainda tem assuntos inacabados aqui...

– Matar você? - Yasuo pareceu cético. - Vocês não fizeram as pazes?

– Fizemos. Mas eu sou uma noxiana, e Katarina também. Não há escolha. Missão dada é missão cumprida. Você não tem a opção de falhar. - Fitou-o nos olhos. - Se Katarina e Talon não me matarem... eles não poderão voltar para casa...

– É verdade! - Vayne disse, chegando a pé, por detrás deles. Yasuo ficou surpreso, pelo quão silenciosa a garota era, quase se misturando as sombras. - Eu acabei de falar com Fiora. E temos um plano. - Então se virou para Riven. - Alguma vez na vida, você já atuou como isca? - Perguntou, lentamente.

Riven ergueu o cenho, sem saber exatamente aonde a Caçadora Noturna queria chegar.

Ainda assim, acabou assentindo.


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