Sacrifício de Garota escrita por Allegra


Capítulo 7
Abelhas demônias e uma promessa de dedinho.


Notas iniciais do capítulo

(Me desculpem!!!!!!!!!!!!!!!!!!!)
Bom, não tenho motivo dessa vez, eu só estava com preguiça (desculpem!) e sem inspiração. Nesse meio tempo escrevi três fic's, que estão lá no meu perfil, se vocês quiserem ler >
Natasya Terava Tahti (nova leitora!), Alice Sophia (sempre presente, diva), Dama das sombras (sempre presente, diva), Notaru (nova leitora!) e tatasama (sempre presente, diva).
Também quero agradecer á todas por serem:
AS MELHORES LEITORAS DO MUNDO INTEIRO! Por me aturarem e me ajudarem, me alertarem... Por serem maravilhosas!



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Nós, os cinco irmãos, sentamo-nos à uma mesa bem distante da deles. Eu estava tão nervosa que jurei que os três sentados distantes podiam ouvir as batidas do meu coração.

Como não queria que ninguém visse meu rosto, sentei entre Roy e Jean, os mais altos e mais “descolados” possíveis, perto deles eu parecia sem graça e estilo.

A de cabelos lisos e castanhos, Debrah, se levantou e parou na nossa mesa, se inclinando sobre ela, nos dando a visão quase HD de seu decote.

– Oi... – disse suavemente. Sua voz era madura e feminina, quase aveludada. Eu me senti uma menininha de seis anos perto dela, parecia tão madura e segura de si, uma mulher de verdade, mesmo sendo no máximo alguns anos mais velha que eu. Ela tinha curvas, uma cintura fina e um rosto bonito, sendo sincera, senti inveja. – Eu sou a Debrah, prazer. –

Roy sorriu e pegou a mão da garota, levando-a aos lábios logo em seguida. – Roy, e esses são meus irmãos. – apresentou. Eu não sabia os outros, mas fiquei muito feliz em ser apresentada como irmão, como mais uma no meio dos irmãos, sem chamar atenção.

Jean ergueu os olhos para ela. – Você não é a vocalista da “Stars from Nightmare”? –

Debrah sorriu e anuiu. – Sou sim, fico feliz de ser reconhecida, é fã da banda? –

– Na verdade não. – comentou Jean, sincero como sempre. – Mas fiz uma matéria para o meu blog sobre seu último show em Tókio, foi muito bom. –

Ela sorriu ainda mais. – Por que não se juntam á mim em uma mesa? – estava claro que o convite era para Roy e Jean, eles olharam para nós durante alguns segundos, até que Louis anuiu e sorriu e eles se foram, um em cada braço da garota. Parecia que ela gostava de ser bajulada.

Eu os segui com os olhos e assim que se sentaram à mesa a garota loira que eu “conheci” com um esbarrão revirou os olhos, se levantou e saiu. Relaxei os músculos e dei uma risada baixa, mas fiquei mais tensa ainda, quando Nathaniel foi até a nossa mesa e abriu o maior sorriso do mundo.

– Querem passear pelo jardim? – perguntou para nós. Eu olhei para o chão, em quanto meus dois irmãos concordavam e iam com ele, me senti um pouco traída naquele momento.

{...}

Um pouco atrás do parquinho, havia uma horta cheia de flores e com alguns pés de frutas. Posso dizer que não esperava uma coisa que tenho em minha pequena casa naquela mansão.

Fiquei tão maravilhada que nem percebi o pequeno animal bicolor vindo em minha direção.

– Eden. – chamou Alphonse, apático, e eu gelei, maldito nome unissex! – Seu rosto... –

No momento em que meu nome foi proclamado, Nathaniel se virou para mim e eu fiquei mais vermelha que um pimentão. Ele ergueu um dedo em minha direção, eu queria morrer.

Nessa mesma hora, Louis se virou e também arregalou os olhos.

– Abelha. – disse o moreno, com calma, como se eu não fosse alérgica. Muito alérgica mesmo. – Na sua bochecha, uma picada. –

Eu comecei a finalmente sentir a área latejar, inchar, ganhar pus e coçar, tudo em um segundo.

Louis logo correu para perto de mim, eu comecei a ficar sem ar, minhas pernas estavam bambas e meu coração a mil batidas por hora. Nathaniel me olhava confuso.

Meus ouvidos ficaram um pouco surdos, como se eu estivesse subindo uma serra muito alta e rápido como um foguete. As vozes se tornaram sussurros distantes e eu não pude controlar meu corpo. Caí, mais fui segura por alguém que não pude ver, não pude ver por que desmaiei.

{...}

Acordei em uma cama de hospital, recebendo soro diluído com um anti-alérgico fortíssimo na veia, aquele local estava um pouco dolorido, mas eu já estava recobrando a consciência. Tudo voltou em flashes e a primeira coisa que pensei foi: “Abelha de merda”.

De repente minha mãe entrou no quarto com uma garrafa de água. – Bom dia, bela adormecida. – cumprimentou, estava com o cabelo loiro bagunçado e algumas olheiras.

– Bom dia mãe. – cumprimentei, coçando os olhos. – Quem me trouxe aqui? –

– O loirinho... – disse, tentando lembrar o nome. – Ele te pegou no colo, te colocou em cima de uma moto e te trouxe para cá... O nome era Nathan, ou algo assim. –

– Nathaniel, mãe! – corrigi, com uma risada. – Como você não sabe o nome do garoto que salvou sua filha? –

Ela coçou a cabeça com um riso fraco. – É que isso foi há dois dias... –

– Dois dias?! Como assim dois dias?! – exclamei, tentando me levantar, mas ela me impediu, com o controle deitou a maca totalmente e subiu as grades, me impossibilitando de levantar.

– Espera aí, você precisa de mais um dia de descanso! – mandou, chamando duas mulheres gordinhas de branco, as enfermeiras. – Amanhã à tarde eu e seu pai te levamos à estação, ok? –

As enfermeiras começaram á tirar meu acesso. – À estação? Por quê? –

Minha mãe me olhou como se fosse óbvio. – Faltam três dias para você voltar à escola. Amanhã faltarão dois. –

{...}

Saí do hospital no dia seguinte, meus irmãos e meus pais estavam lá, almoçamos juntos e eu recebi um celular novo (que tem sinal até debaixo da terra). Eles me deixaram na estação vestida de garoto, com um par de malas e um pesar na consciência, o meu segredo ainda era segredo?

Alexy sabia, Iris, Rosalya e Castiel também e agora, mesmo que indiretamente Nathaniel.

Eu havia evitado pensar no assunto durante o tempo no hospital, mas agora era inevitável. Lembrei-me dos olhos de Castiel, faiscando de surpresa e raiva e também dos de Nathaniel, opacos pela surpresa. O meu plano tinha acabado antes mesmo do segundo bimestre. Eu nunca terminaria o curso de pintura.

Entrei no trem, arrasada e cabisbaixa. Desatenta, acabei batendo em uma pessoa, e assim que olhei para cima, um par de orbes amarelas me encarou. Nathaniel, vermelho como um pimentão.

Nós ficamos uns dez minutos sem falar nada, até uma funcionária do trem nos mandar sentar, pois o trem iria partir, nos pondo lado a lado.

O trem partiu e finalmente um som saiu da boca do loiro. – O que... – meu coração apertou sua voz não era como a de Castiel, não era como se ele tivesse sido traído, mas sim como se estivesse preocupado comigo.

Não agüentei, contei tudo. Desde meu sonho e a casa de Castiel até o fato de não saber que a garota loira que eu encontrei era sua irmã. No fim, olhei para meu colo, com as calças enormes e fiquei brincando com o tecido, até ouvir uma risada vinda do meu lado.

– Isso explica muita coisa! – comentou fazendo carinho na minha cabeça. – Por um momento pensei que eu fosse... –

– Fosse o que? – perguntei confusa.

O rosto do loiro ficou vermelho. – Na-Nada! Isso não vem ao caso. – respondeu. – O fato é que eu vou te ajudar a guardar segredo. –

Meus olhos se encheram d’água. - Por quê? –

– Porque é isso que os amigos fazem. Certo? – ele me estendeu o dedo mindinho.

Eu estendi o meu próprio dedo e murmurei um “certo” bem baixinho, para que só o meu coração e o dele ouvissem.

{...}


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