Quando o Amor Toma Conta escrita por Ray, Jessymac


Capítulo 14
Epílogo




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Pov. Nessie

 

 

 

A vida não era fácil. Principalmente quando você tem um filho que inverte os seus horários. De manhã ele dorme tranqüilo para de madrugada chorar compulsivamente.

 

 

 

Dois meses haviam se passado desde o seu nascimento, e ele estava consideravelmente gordinho. Na verdade, gordinho era sinônimo de uma bola. Era um bebê muito esperto, mas seu único defeito era de não deixar ninguém dormir. Não havia nada o que pudéssemos fazer, já tentamos todos os métodos ensinados por pessoas mais idosas e até um curandeiro, mas meu lindo bebê, não conseguia ficar calmo durante a noite.

 

 

 

Aos dois anos Henry dormiu uma noite completa, isso foi um alívio e um susto ao mesmo tempo. Ele estava dormindo tão profundamente que eu cheguei a pensar que ele tinha desmaiado ou algo pior, mas logo depois o sonolento Jacob me contou sorrindo e agradecendo aos céus que ele estava apenas dormindo.

 

 

 

E finalmente nós pudemos ter de volta nossas noites. Ele já dormia em seu quarto sozinho e eu e Jacob podíamos aproveitar nosso momento de casados.

 

 

 

Alice e Rachel preparam com muito carinho a festa de 02 anos do Henry. Convidamos toda a alta sociedade irlandesa para celebrar mais um aniversário do meu lindo menino. A cada dia que passava, ele ficava cada vez mais parecido com Jacob. Até na personalidade. Com seu jeitinho marrento e às vezes até chato, não perdia a risada quando o pai ou os “tios” começavam com as piadas. Até parece que ele entendia alguma coisa, mas só o fato de estar na companhia de Quil, Rafael e Paul era um momento de alegria pra ele.

 

 

 

Crianças brincavam no jardim enquanto os pais conversavam na varanda. Os amigos junto aos filhos dos amigos transformaram-se em uma grande família.

 

 

 

Jacob ainda trabalhava muito, mas não perdia a chance de acompanhar Henry nos seus passos mais importantes.

 

 

 

Com cinco, Henry começava a aprender com o pai a cavalgar, um hobby que Jacob fez questão de passar para o filho.

 

 

 

Ele já freqüentava um colégio, que tinha como permanência durante a semana, inclusive dormir lá, e nos finais de semana os alunos voltavam para casa. No começo meu coração estava muito apertado em deixar meu menino ir, e vê-lo apenas em finais de semana. Mas com o tempo pude contornar esse sentimento.

 

 

 

A cada volta, o nosso laço se tornava mais unido e a cada ida, rios de lágrimas escapavam por meus olhos.

 

 

 

Com um tempo na escola ele se mostrou muito inteligente e determinado. Sempre sendo elogiado pelos professores, mas ele não era nada quietinho. Adorava brincar com os coleguinhas e sempre acabava se metendo em alguma enrascada.

 

 

 

 

Certo dia, com 09 anos ele foi pego em cima de uma árvore com dois colegas dizendo que estava colhendo frutas para o lanche, mas na verdade ele estava matando aula.

 

 

 

 

Eu e Jacob demos um bom sermão nele e o colocamos de castigo. Um mês sem andar a cavalo e sem ir visitar seus tios. Ou faríamos isso, ou ele iria virar um menino problema.

 

 

 

Nada que um bom castigo não resolvesse, suas notas se tornaram as melhores da turma e ele recebeu até um prêmio por resolver uma conta de matemática mais rápidamente.

 

 

 

Mais alguns anos passaram e Henry já era um rapaz. Dos 14 aos 18 anos ninguém segurava esse menino quando via um rabo de saia. Ele se mostrou tão mulherengo quanto o pai antes de se casar comigo. Era o terror das empregadas novinhas, eu via a hora ele engravidar qualquer menina promíscua e acabar tendo que se casar sem amor.

 

 

 

Sem contar que eu percebi todo o seu charme sendo jogado pra cima da Jessy, filha de mariana e Rafael.

 

 

 

Eles tinham a mesma idade, eram amigos desde a infância e eu desconfio que tenham trilhado juntos as primeiras experiências no amor.

 

 

 

 

 

 

 

E agora que meu filho terminou os estudos, e futuramente estaria assumindo o lugar do pai nos negócios, eu parei para pensar na vida que tive.

 

 

 

 

Quando pequena, fui destinada a Jacob, pelos nossos pais. Um mero “trato” que foi concebido na minha festa de um ano.

 

 

 

De início eles não me contaram, só tentaram fazer de tudo para que eu e Jacob ficássemos amigos ou talvez até mais próximos. O que se tornou cada vez mais impossível. Detestamos-nos logo de início, o que acabou acarretando em algumas “pequenas confusões” como, por exemplo, eu quase o afoguei lá na Ilha Esme. Aproveitei que ele estava distraído e lhe empurrei para o fundo da praia. Por pouco ele não morreu. Ficou com falta de ar durante um bom tempo. E eu fiquei de castigo por um bom tempo. Porém, ele também se vingou, na sua festa de 10 anos, onde meu vestido era branco, muito lindo por sinal, e ele jogou suco em cima de mim, melando-me todinha. O meu vestido não voltou ao que era antes, ficou manchado. Era o meu vestido preferido, eu o amava mais que os outros, isso me deixou totalmente furiosa e eu jurei que iria me vingar.

 

 

 

Estávamos nós dois na minha casa na árvore, quando ele me irritou, com algumas de suas piadinhas totalmente sem graça e eu aproveitei que ele estava sentado na entrada da casa e o empurrei com toda a minha força, fazendo-o cair no chão duro, onde ele quebrou o braço. Outra vez eu estava no balanço e só senti ser levada ao ar com um empurrão e cair com tudo e com a cara no chão, onde eu perdi um dente. Da frente. Minha sorte é que ainda era de leite.

 

 

 

Esses foram os casos mais sérios, sem contar os mais simples, como mudar o tempero da comida, como colocar sal no lugar de açúcar e vice-versa. Ou muita pimenta. Ou as guerras de bola de neve, onde eu sempre saía com algo roxo nessas ocasiões. Ah, esqueci de mencionar que eu já tentei derrubá-lo do cavalo, mas infelizmente não consegui.

 

 

 

Eram bons tempos aqueles, bons quando eu não me machucava, claro. Só de ver a fúria de Jacob me fazia sentir cada vez mais ódio dele.

 

 

 

Éramos infantis, eu sei. Até eu descobrir que ele era meu predestinado. Eu quase enfartei. Passei dias com raiva dos meus pais.

 

 

 

 

 

Você ainda vai continuar com isso? Depois de tudo? – falei sussurrando

 

 

 

Sim.

 

 

 

 Por quê?

 

 

 

 Porque eu não desisto fácil. Sabia que você faria algo, por isso me preparei antes. Sei que gosta de aparecer.

 

 

 

 Renesmee Cullen. Aceita de casar comigo? – Falou alto dessa vez, para meu total desespero.

 

 

 

Percebeu que essa é a nossa primeira conversa sem brigarmos? 

 

 

 É verdade, mas se quiser podemos brigar agora.  

 

 

 

Até que enfim, eu o vi. Parado diante do altar, só o que via era o rosto de Jacob, ele enchia minha visão e dominava minha mente.

 

 

 Apreciando a festa, Sra. Black? – sussurrou em meu ouvido.

 

 

 

 Eu me acostumei.

 

 

 

Jacob apertou minha mão.

 

 

 Eu vou fazê-la feliz – eu suspirei e ele beijou meu cabelo.

 

 

 

Nunca imaginei que estar nos braços de Jacob Black fosse tão prazeroso. Nossa ligação pareceu se acentuar de verdade, no momento em que nossa pele se tocou. Em que nos entregamos sem olhar o passado e sem prever o futuro. O que importava era o presente.

 

 

 

 A senhora Black está com ciúmes é? – Sorriu torto.

 

 

 

 Claro que não! Você acha mesmo que eu vou ter ciúmes de você?

 

 

 

 Eu não acho, eu tenho certeza! Mas não precisa disso... Eu sou seu - Falou a última parte sussurrando em meu ouvido, me arrancando um arrepio. – Onde está o meu sorriso? Vamos Nessie, pare de besteiras.

 

 

 

Será que eu, Renesmee Cullen, estaria começando a ficar apaixonada por Jacob Black?

 

 

 

 Você não tem jeito mesmo, Nessie.

 

 

 

 Mas pode ter certeza que eu darei um jeito nela dona Isabella.

 

 

 

 

 Jake, pára.

 

 

 

 

 Você não quer que eu pare. – Sua voz rouca sussurrou em meu ouvido.

 

 

 

 Assaltando a geladeira Renesmee? – Ele ainda estava frio. E não seria eu a pedir desculpas primeiro. Não mesmo!

 

 

 

 O que quer? – Minha voz estava ríspida.

 

 

 

 

 Nós precisamos conversar Nessie.

 

 

 

 Não temos nada o que conversar Jacob! Boa noite.

 

 

 

 Perdão Nessie. Perdoa-me meu amor. Eu te amo mais que tudo no mundo.

 

 

 

 Eu também amo você Jacob Black. E não vai haver Leah e nem ninguém nesse mundo, que me faça perder você.

 

 

 

 

 Você vai ser papai!

 

 

 

 

 Quem disse que eu não queria? Nessie, você tem noção do que é isso? Eu acabei de saber que eu vou ser pai de um filho seu! Eu sou o homem mais feliz do mundo.

 

 

 

 Bebê, você vai ser a pessoa mais amada do mundo...

 

 

 

 Jacob! – Eu estava chorando e rindo ao mesmo tempo.

 

 

 

 

 Por favor, não interrompa meu momento com meu bebê.

 

 

 

 

 Desculpa papai Black. Continue.

 

 

 

 Temos mesmo que ir? – Perguntou sussurrando em meu ouvido, arrancando-me arrepios.

 

 

 

 

 Claro que temos que ir! Onde já se viu um casamento sem padrinhos? – Sua boca estava dando leves beijos quentes por meu pescoço.

 

 

 

 Por mim, tudo bem. Agora vem aqui e dá um beijinho no Jake.

 

 

 

 Chega de falar besteiras. Você precisa se distrair um pouco.

 

 

 

 Como?

 

 

 

 Assim.

 

 

 

 Eu te amo Jake.

 

 

 

 

 Eu também te amo Ness. Muito, muito, muito.

 

 

 

Meu amor não se preocupe, vai dar certo. Eu te amo. – Ele sussurrou a última parte e seus olhos se encheram de lágrimas.

 

 

 

 

 

Sua boca tocou a minha de uma forma urgente. Nossas línguas se tocando como um comando acionado, mostrando o amor existente em nós dois.

 

 

 

 Eu te amo, Jacob.

 

 

 

 

 Eu também te amo vida.

 

 

 

 

 

Hoje eu agradeço aos meus pais. Porque se não fossem eles, eu nunca saberia o que era o verdadeiro amor. E com nenhum outro homem eu poderia ser mais feliz. Afinal é do ódio que se transforma o amor. E quando o amor toma conta, você sabe que não pode negar.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

notas da autora e beta na próxima página
:*