P.O.V Katniss

Desde que eu “ganhei” as minhas asas tive medo de confiar nas pessoas com medo de que me afastassem, me vendessem para circos ou coisas assim ou até mesmo falarem meu segredo para outras pessoas. Não sei qual delas pode ser pior.

Precisei conviver bastante com Peeta para ver se eu poderia confiar a ele meu segredo, ontem as garotas me encurralaram e exigiram saber meu segredo então decidi contar a elas antes de Peeta.

Agora estou fitando mesmo que ainda encara minhas asas de praticamente 2 metros, estou começando a ficar nervosa e a repensar se contar isso a ele foi boa ideia quando ele toma a iniciativa.

—Co-como? - Pergunta gaguejando- Como isso é possível?

—Eu não sei- Digo encolhendo as asas e indo e direção a janela e fitando a rua onde a mesma está rodeada de crianças, ficamos em silêncio novamente, até que me virei para ele depois de fechar as cortinas- Peeta eu não te contei antes porque você era praticamente um estranho para mim, não poderia confiar esse segredo logo no primeiro mês depois de te conhecer.

—Eu entendo Katniss, mas estou muito chocado essa revelação me pegou de surpresa- Ele então se levantou da cama e caminhou em minha direção pegou minhas mãos que estavam suadas e geladas- Você confiou esse segredo para mim... Será que você poderia me explicar sua história... E-eu sei que posso estar invadindo sua privacidade... mas... eu... ahn...- Sorri gentilmente e o puxei para minha cama onde sentamos, respirei fundo e ele apertou minha mão passando confiança.

—Quando eu tinha 10 anos comecei a sentir dores na região das costas, eu não sabia o que estava acontecendo mas sempre que alguém tocava naquele lugar eu sentia como se estivessem pressionando alguma ferida, mas eu tive que disfarçar ao máximo. Johanna desconfiava mas nunca perguntou nada, o resto da minha família nunca desconfiou de nada na época. Um dia de noite eu acordei com muita dor nas costas, como se alguém estivesse rasgando a pele da região. Me levante correndo para ir ao banheiro sem me importar de fazer barulho. Acendi a luz e fechei a porta tirei minha blusa e virei de costas para o espelho tentando ver o que tinha nas minhas costas.

“O que eu vi me deixou muito assustada, havia dois tocos crescendo na região das costas, tinha um pouco de sangue e o local ao redor dos tocos estava vermelho, uma imagem incrivelmente assustadora para uma criança. Comecei a chorar de medo e de dor soluçava baixinho até que a porta se abriu e Joh apareceu na porta quando ela viu ficou estática, depois de uns segundo ela veio na minha direção me abraçou e cuidou da região onde eu não sabia que cresceria coisa que mudariam minha vida. Depois de alguns dias as dores começaram a aumentar, Joh sempre cuidava de mim, até que uma noite Gale estranhou e entrou no me quarto, eu estava sem camisa com os tocos com mais de 10 centímetro, ele olho para aquilo de olhos arregrados e boca aberta, Joh pediu e assim ele o fez ainda no modo automático, os tocos estava começando a ganhar algumas penas minúsculas e isso me assustava muito, mas Joh sempre tentava manter a calma para me acalmar. Gale veio ao meu lado e eu ainda chorava ele acariciou meu rosto e disse: - Não se preocupe tudo vai ficar bem.

“Aos 13 anos os eu não tinha mais tocos, e sim asas de mais ou menos de um metro de comprimento, eu estava no banheiro quando meu pai entrou sem nem bater no banheiro eu estava de bermuda e sutiã avaliando as minhas asas, tomei um susto mas meu pai estava pálido olhando para mim, minha mãe entrou logo atrás, ela ficou pálida assim que viu minhas asas. Comecei a chorar e a me desculpar minha mãe me abraçou, depois de uns instantes ele veio se abaixou na minha frente, limpou minhas lagrimas e disse: Você é linda filha, são se envergonhe meu Anjo.

“Minha família ficou do meu lado o tempo inteiro, antes eu andava com alguma coisa que cobrisse minhas asas, mas depois que meus pais descobriram eu andava dentro de casa sem me preocupar de esconder minhas asas. Porém minha felicidade não durou muito, meu tio Coriolanus Snow descobriu que eu tinha asas, sempre que ele vinha me chamava de monstro dizendo para os meus pais que eu deveria ser mandada para um circo ou coisa parecida, também disse que eu era uma vergonha para a família. Eu sempre chorava quando ele me dizia isso, ele é irmão do meu pai e ele sempre tentava fazer Snow parar de me dizer essas coisas, minha mãe berrava coisas ofensivas para meu tio. Até que eu dia Snow pegou uma das minhas asas e arrancou algumas penas, a dor fora imensa que eu gritei, ele tinha invadido meu quarto. Quem apareceu primeiro foi Gale, ele nem ligou se fosse nosso tio, deu um soco na cara dele, depois meu pai, minha mãe e Joh apareceram no quarto. Gale falou o que ele fez porque eu estava encolhida no quarto chorando de dor. Meu pai ficou vermelho e deu outro soco em Snow e o proibiu de ficar perto de nós. Nosso tio não nos incomodou por um tempo, mas depois ele voltou.

“Eu estava andando na rua com meu casaco longo, eu tinha 14 anos e estava indo para casa, Joh tinha ido antes e Gale tinha ficado em casa, quando me pegaram e vendaram meus olhos, eu sentia sendo colocada em ligares diferentes até que tiraram a venda e eu estava numa espécie de sala, até que Snow entrou eu estava amarrada mas mesmo assim tentei me encolher na cadeira de onde eu estava. Ele entro e disse que queria me ajudar, mas ele não ajudou, ele cortou ao redor das minhas costas eu chorava, ele tentava arrancar minha penas mas eu não consegui até que um homem entrou na sala, eu não vi quem era pois eu tinha meus olhos cheios de água e eu estava quase desmaiando, mas ele matou uns 2 capangas de Snow, mas meu tio havia fugido. O cara me soltou me pegou no colo e me pediu a onde eu morava, eu não conseguia raciocinar mas eu simplesmente disse o local antes de apagar. Quando acordei estava num hospital, minha família explicou que um homem me trouxe para casa e explicou o que aconteceu, que ele escutou gritos e foi lá e viu tudo em seguida me resgatou.

“Quando fui liberada queria saber quem era o homem mas ninguém nunca me disse. Snow continuou fazendo experimentos comigo ele me obriga se não diz que mata minha família se eu  não fizer, e se eu denunciar ele, o mesmo matara todos que eu amo.

Quando terminei meu rosto estava banhado em lagrimas, o rosto de Peeta não era diferente, ele me puxou para um abraço e eu afundei meu rosto na curvatura do seu pescoço.

—Eu sinto muito Kat- Ele sussurrou com a cabeça nos meus cabelos- Se... e-eu... soubesse não tinha te perguntado...

—Está tudo bem Peeta- Digo me afasto dele mesmo querendo ficar para sempre com ele assim- Eu tento me livrar delas mas minha família não deixa. Eu cheguei aquele dia na aula curvada e abatida por que Snow ainda tenta me “ajudar”.

—Você sabe voar?- Ele pergunta.

—Não, eu nunca consegui tempo ou espaço para tentar aprender.

—O que ele faz com você?- Pergunta Peeta referindo-se a Snow. Olho para ele e tiro minha blusa e viro de costas para Peeta poder ver.

—Meu deus- Ele sussurra. Nas minhas costas tem cortes, roxos, e marcas de cinta e até marcas de queimaduras. Porque sempre que Snow tenta eu afasto as pessoas de mim chutando, mordendo, empurrando, etc. então ele me surra. Explico isso a Peeta que fica indignado. Então ele me vira para ele não ligando que estou só de sutiã- Ouça Katniss, eu não vou deixar aquele vagabundo encostar em você novamente está bem? Eu vou te proteger não se preocupe.

—Mas Peeta ele pode te matar!

—Vale a pena morrer por você.