Já havia se passado 4 meses desde a morte do meu avô e minha mãe achou que já estava na hora de conhecer minha “prometida a noiva”, e meu pai concordou com ela o que me deixou furioso.

–Pensei que você estivesse me ajudando pai. - disse furioso enquanto ele lia alguns documentos sentado em sua cadeira no escritório de mamãe.

–E estou filho. - ele disse calmo antes de desviar o olhar dos documentos que lia.

–Não está não. Você deva está me ajudando a ficar com a Camille, mas tudo que você faz é se dedicar ao trabalho e ainda concorda com a mamãe para trazer uma garota da qual não quero. - gritei furioso e ele me olhou sério.

–Não sei se você lembra, mas sou seu pai e me deve respeito. - ele disse serio enquanto se levantava da cadeira para olhar em meus olhos.

–Desde que você conheceu está senhorita vem se comportando de uma forma inapropriada para um príncipe. - ele disse suave e compreensivo. - Ás vezes algumas mulheres se aproximam de rapazes herdeiros de um país, apenas por causa da coroa que eles podem lhe oferecer.

–Cami não é assim. Ela me ama. E eu não pedi para ser um príncipe. Já que não posso ficar com quem eu quero prefiro renegar essa droga de reino. Passo “minha vez” para a Arabella. - disse com raiva e ele cruzou os braços enquanto me olhava de cima a baixo com calma. - Pai essa sua calma me deixa furioso. Faça alguma coisa.

–Vou fazer filho. Vou lhe dá um conselho. - ele disse e bufei de raiva.

–Não quero um conselho Rei consorte, preciso de uma solução.

–Mesmo assim, vou lhe dá meu conselho. O que você irá perder se conhecer a princesa de Zarah? Se você tem tanta certeza do que senti por Camille, conhecer outra moça e ser gentil com ela não abalará em nada o que você senti. E se abalar...- ele disse e o interrompi.

–Isso não vai acontecer.

–Se isso acontecer é por que você não estava apaixonado. Ouça, se você fizer isso vou tentar convencer a sua mãe a não obriga-lo a se casar com a princesa.

–Tenho a sua palavra?

– Sua desconfiança me ofende príncipe Lorenzo. - papai disse ofendido e ouvimos alguém bater na porta. - Entre.

–Enzo, está na hora de você se arrumar. - mamãe disse eufórica pela chegada da princesa de Zarah.

–Não sei por que essa animação toda. Não vou me casar com ela.

–Não estou pedindo para que se case com ela agora. Estou pedindo apenas para conhece-la. Não há nada demais nisso. Faça isso por mim? - mamãe pediu chorosa e suspirei.

–Tudo bem, vou fazer isso. - disse lhe dando um beijo antes de sair do escritório.

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–Isso me faz lembrar de quando conheci você. - mamãe sussurrou andando de braços dados com meu pai em minha frente. - Você se lembra?!

–Como poderia me esquecer?! Estava preparado para me casar com alguém que jamais amaria até ver você. - ele segredou suave enquanto andávamos em direção a biblioteca.

–E qual foi sua primeira impressão? - mamãe questionou e papai sorriu.

–A primeira era que você era incrivelmente linda e que não tinha nenhum modo de princesa. Pensei que você fosse me matar Madeleine. - ele brincou e os dois riram.

–E eu pensei que você era muito mais velho do que eu e que ainda fosse gay. - ela confidenciou e papai lhe olhou confuso.

–Por que você pensou isso?

–Por que sugeri a Simone que eu usasse uma roupa sexy e ela disse que você não se agradaria com esse tipo de roupa. O que me levo a crer que você devia ser gay. Qual é o homem que não gosta de ver uma mulher com uma roupa sexy? - ela se indagou confusa enquanto parávamos em frente a porta da biblioteca.

–Um homem que ama você pelo que é, e não por causa de uma roupa ou atitudes sexys. Quando um homem ama de verdade ele pode ver seu amor acordar descabelada e com cara de sono e nem está com a roupa mais sexy do mundo, mais linda e atraente do mundo. - Papai sussurrou suave e mamãe virou para vê-lo com um sorriso suave no rosto.

Quando os dois se olharam pareciam que estavam trocando juras de amor apenas com o olhar. Era algo tão intenso e intimo que me senti deslocado, um verdadeiro intruso na intimidade dos dois.

–Você está fazendo o certo. - ouvi papai sussurrar suave e mamãe concordou com a cabeça, quebrando assim o momento.

–Espero. - ela sussurrou incerta e papai se inclinou para sussurrar algo em seu ouvido antes de lhe beijar a testa.

–Pronto Enzo? - papai questionou abrindo caminho para que eu fosse em direção a porta.

–Acho que sim. - sussurrei e caminhei em direção a porta.

–Seja gentil com ela, Raina é especial. - mamãe pediu maternal e concordei antes de abrir a porta e entrar.

–Alteza. - ouvi uma voz feminina insegura dizer e virei para ver quem era.

Esperei ela se recompor de sua revência e me deparei com uma garota que usava um vestido azul escuro simples e os cabelos soltos. Ela parecia mais uma plebeia do que uma princesa.

Uma plebeia incrivelmente linda.

–Sou Raina. - ela disse insegura enquanto ficava desconcertada por eu encará-la sem parar.

–Enzo. - sussurrei nervoso, o que era estranho.

Por que jamais havia ficado nervoso na frente de uma garota. Por que estava ficando agora?!

Essa pergunta me deixou intrigado assim como a garota em minha frente.