A Terra Devastada escrita por Cereal Killer


Capítulo 6
A real tunnel snake part 2




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Descemos a estrada, enquanto a sombra das duas estátuas cobriam nossas cabeças. Ao longe, era possível enxergar a cidade de Primm e sua montanha russa. Goodsprings estaria mais a frente, oculta pelo terreno acidentado e pelas construções de Primm.

Havíamos vendido nossa carroça, nossos brahmins e as power armors. Antes de sair, usei um Med-X e deixei guardado um stimpack para usar depois. Já me senti melhor, preparado para a batalha. Meu rifle de caça estava ao meu lado, mas senti muita falta do meu sobretudo. O calor infernal da Mojave não era lugar para usá-lo e consegui vendê-lo por 30 caps para um mercador de New Vegas.

Ah, estávamos na Mojave. Aquele deserto na volta de Las Vegas – hoje New Vegas. Não estava acostumado com o calor e, agora, me surge um novo ‘governo’. Minha dúvida era se eles seriam como o Enclave.

Enquanto caminhávamos, Ron se aproximou e começou a falar sobre a Mojave.

– Bom, a Mojave é um lugar cruel, hostil e difícil de se viver. Temos escorpiões-radioativos, temos saqueadores e ladrões, temos os Vipers, os Jackals, temos deathclaws, cazadores, temos a Legião de Caesar e muita coisa a mais. – ele disse, rindo. Tinha uma pistola 9mm no coldre e um bastão de beisebol na mão. – Nosso plano é chegar a Goodsprings, onde minha família mora e pode nos ajudar.

Concordei com ele e sorri. Meu relacionamento com ladrões e saqueadores era um dos melhores: eles morriam, eu dava risada.

Entendam: não é aquele esquema de ‘bandido bom é bandido morto’. Se rouba para comer, não vejo problema. Mas se rouba, mata apenas pela diversão de ver alguém se ferrando, merece uma bala na orelha.

Então, chegamos perto de algo semelhante a uma estação de patrulha. Lisa ergueu a mão, se abaixou e mandou a gente fazer o mesmo. Obedeci. Perto da estação, pudemos ver quatro saqueadores, que lutavam contra um ghoul.

– São os Jackals. Tendem a ser canibais, o que torna meio desagradável ser capturado por eles. – Ron disse. – Não faz muito sentido a gente deixar eles por aí.

– Somos superiores em armas e em organização. – disse Lisa.

Cutuquei Bert, sorri pra ele e então, nós dois nos levantamos. Corremos em direção a eles, enquanto estavam distraídos com o ghoul. Peguei o rifle de caça como se segurasse um porrete – afinal, não iria gastar bala com eles.

Quando conseguiram escutar os pesados passos de Bert, já estávamos a um metro deles. Quando um deles foi tentar atirar em Bert com uma pistola 10mm, dei uma ‘tacada’ com o rifle, na cabeça dele. O cano do rifle atingiu o nariz do saqueador. O som do osso quebrando e a aparência do nariz entortado fez Bert rir. Esse saqueador caiu, desmaiado.

Bert fez um giro com seu porrete e acertou outros dois numa única pancada. A tacada foi tão forte que o crânio do primeiro afundou e o porrete ficou preso, devido aos pregos. Enquanto eu batia com o cano do meu rifle na cara do saqueador que sobrou, tive a honra de ver Bert espancando o saqueador caído utilizando a cabeça do outro.

O último saqueador, após levar a pancada no rosto – que atingiu a bochecha direita – caiu para trás. Aproveitei para finalizá-los com dois tiros: afinal, a última vez que usei o rifle foi na capital, e agora eu estava em Vegas.

Ergui o rifle e atirei no queixo do primeiro e no nariz do segundo. Os tiros foram certeiros e a pintura feita no chão com o sangue e a massa cefálica de ambos era belíssima. Me virei e vi Bert olhando para o corpo de saqueador preso pela cabeça no porrete dele. Ri, mas desviei o olhar dos crânios deformados e arrebentados. Bert então desgrudou o corpo do porrete, limpou o porrete nas roupas do bandido e então fomos em direção a Lisa e Ron, que riam.

– Pra que organização se temos dois kamikazes? – disse Ron, rindo.

– Vamos continuar caminhando. – Lisa disse, ainda com um sorriso no rosto.

Continuamos caminhando em direção a Primm. Já estava anoitecendo e todos sabíamos que não era muito bom viajar a noite. Apertamos o passo e, depois de poucos minutos, chegamos na cidade.

Atravessamos uma ponte não fizemos muito alarde. Fomos até um prédio abandonado, sem telhado. Ele tinha dois andares e acampamos no segundo. Desenrolamos nossas coisas e, quando estávamos nos preparando para dormir, o xerife chegou. Era um homem que se identificou como Xerife McBain. Ron parecia conhecê-lo.

Eu, Bert e Lisa observamos do segundo andar enquanto Ron conversava com o homem.

– Então, xerife... Só vou passar a noite por aqui. Trinta caps está bom? – perguntou Ron, dando um tapa nas costas do xerife.

– Trinta caps está ótimo. Não cause problemas, Ronny. Espero que você não visite os cassinos que nem fazia antigamente. Bem vindo de volta, rapaz. – respondeu o xerife.


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Notas finais do capítulo

Desculpem a demora para postar outro capítulo. A falta de comentário justifica minha falta de vontade para continuar escrevendo... Bom, se gostarem comentem. E se não gostarem, comentem também.



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