Vida em Erebor escrita por Vindalf


Capítulo 2
O primeiro desafio


Notas iniciais do capítulo

Anna assume as tarefas de consorte



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Apesar da oposição de alguns membros do Conselho, o Rei Sob a Montanha decidiu acatar a sugestão da Consorte e autorizou a oferta de arrendamento de terras para homens fazendeiros. Anna deveria negociar os termos do contrato com o rei Bard. Após confirmar a ida a Valle enviando um corvo com o recado a Bard, Anna começou os preparativos para viagem.

— Tem certeza que quer que eu vá? — Anna indagou a seu marido à noite, longe do Conselho. — Sabe que eu nunca fiz isso, não sabe? Talvez Balin...

Thorin a interrompeu:

— Balin não faria nada melhor que você, ghivasha. Agora é só escolher quem vai acompanhá-la. Eu ficaria mais tranquilo se Dwalin fosse junto (e ele se ofereceu) mas preciso dele para organizar os esquemas de segurança na montanha. Estou pensando em Kíli, para sua proteção; Glóin para os aspectos legais, e Dori para sua companhia. Mais dois guardas, é claro.

— Precisa de tanta proteção? Valle é logo aqui ao lado!

— Bem, você é a Consorte do Rei sob a Montanha. Não pode viajar com menos do que uma comitiva. Chame isso de demonstração política. Além disso, Nori alertou que muitos estranhos têm vindo em busca de oportunidades. Embora nós os recebamos de braços abertos, há sempre uma chance de atrairmos tipos com intenções menos que honradas.

— Oh — fez Anna.

— Mas Nori também informou que costureiras e sapateiros de Ered Mithrin se estabeleceram no mercado próximo a Valle. Você pode encomendar as roupas de gravidez das quais andou falando.

— Isso seria ótimo — disse ela. — Por enquanto, as roupas que tenho servem, mas já estão ficando apertadas. Quem diria que eu um dia faria compras na Terra Média?

Thorin observou:

— Nori recomenda a companhia de uma escolta quando for ao mercado. Kíli pode ajudar nisso.

Ela lembrou:

— Ori é meu Guardião.

— Ele ainda está organizando a biblioteca, lembra?

— É verdade. — Anna sorriu. — Nunca o vi mais feliz.

Thorin a abraçou:

— Nem você. Está feliz, âzyungâl?

Anna beijou a ponta do nariz dele, respondendo:

— Mais do que eu pensei ser possível, ukurduh.

Um beijo profundo encerrou o diálogo por aquela noite, dando lugar a atividades muito mais prazerosas.

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Uma viagem de Estado não era exatamente o mesmo que visitar um parente, descobriu Anna. Dori foi tratar dos preparativos práticos, como providenciar montarias e provisões, reservar acomodações, inspecionar as ditas acomodações, fazer arranjos para criados e coisas assim. Kíli cuidava da segurança, escolhendo a escolta e levando armas.

Por sua vez, Glóin supervisionava os termos da negociação com Balin, Anna e Thorin. Por serem anões, eles pareciam saber ainda menos do que ela sobre agricultura. Teriam que confiar nos homens.

Anna também descobriu que Dori era mais protetor do que uma mãe: ele era uma mãezona. Insistiu que Anna levasse joias, pedras preciosas e metais. Também recomendou que usasse minitranças presas com contas de pedras para a audiência com o rei Bard. Só depois ela descobriu que Dori se opôs ferozmente à ida dela, em primeiro lugar. Isso coincidiu com a descoberta de Anna sobre gravidez entre anões e o que eles faziam com as mulheres grávidas.

— Eles fazem o quê?!

Óin respondeu sem se afetar:

— Mulheres grávidas são confinadas em casa durante e depois da gravidez. Se a gravidez é difícil, o confinamento começa antes. Assim que sua barriga chegar ao tamanho correto, você também deverá ser confinada.

Anna estava inconformada:

— Mas por que isso? Gravidez não é doença.

Pacientemente, Óin explicou:

— Entre anões, cada pequenino é considerado uma grande bênção de Mahal. Não temos muitos filhos. A irmã de Thorin, a princesa Dís, foi muito abençoada. Minha mãe também. Ambas tiveram dois filhos. Sabemos que humanos podem ter até mais do que quatro filhos. Nunca se ouviu falar disso entre nossa raça.

"Fazia sentido", pensou Anna, lembrando-se que, com a longevidade dos anões, se eles tivessem a fertilidade dos hobbits, haveria risco real de superpopulação na montanha.

Apesar disso, Anna comentou:

— Mesmo assim, parece-me cruel restringir a liberdade das mulheres.

— Elas o fazem com muito orgulho — garantiu Óin. — Uma anã confinada sabe que contribui para a continuação de sua linhagem e de sua raça. Seu filho, se for um varão, garantirá a descendência direta da linhagem de Durin o Imortal, passada de pai para filho desde que Mahal forjou os primeiros anões na terra.

Anna suspirou, lamentando-se:

— Eu sei tão pouco de sua história. Mas quero que meu filho cultive as tradições do pai e honre os costumes de seu povo.

— Mahal não vai desamparar um filho de Durin, pequena. — Óin sorriu. — Tenha fé.

Anna retribuiu o sorriso. Ela precisava acreditar que tudo daria certo.

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O plano inicial era ficar no máximo cinco dias em viagem: um para ir, dois para negociar, um para o mercado e outro de volta. Por ser uma viagem curta e sem pompa, não levariam carroças, só pôneis.

— Dwalin escolheu dois guerreiros a dedo para a escolta — informou Thorin, na véspera de sua partida. — Mas todos estarão armados, inclusive você.

Anna indagou:

— Quer que eu leve a minha espada? Thorin, você sabe que eu sou um desastre com ela!

— Não, nada tão conspícuo. Pensei em algo que não chamasse atenção. — Foi ao armário e tirou um punhal pequeno. — Veja, ele tem o cabo de couro. Isso é proposital, para ser escondido no cano de uma bota de couro.

— Escondido, é?

Thorin explicou:

— Não seria de bom tom entrar ostensivamente armada em terras amigas, se você não é guerreira.

Anna indagou:

— Será mesmo necessário? Eu só vou tratar de terras e sementes, essas coisas.

— Não ficarei tranquilo com menos que isso — garantiu Thorin. — Já está difícil pensar em cinco dias longe de você, e se sua segurança não estiver garantida, pretendo cancelar tudo.

— Está certo, então. Deixe-me ver essa faca.

— É um conjunto de punhal e adaga. Quero que leve os dois.

Anna olhou as armas, de cenho franzido:

Ukurduh, isso me parece meio exagerado.

Thorin insistiu:

— Isso é para a minha tranquilidade, porque dificilmente você vai precisar usar. Mas se qualquer coisa acontecer, você sempre pode... sabe, trocar de pele e fugir.

— Thorin, não vou trocar de pele e arriscar nosso bebê.

Ele se espantou:

— Há risco para o pequenino?

Anna respondeu:

— Eu não sei com certeza, mas não estou disposta a arriscar. Nem mesmo para me salvar.

Thorin procurou tranquilizá-la:

— De qualquer forma, como falei, é uma hipótese muito remota. Tenho certeza que não chegará nem perto disso.

Anna se aconchegou a ele:

— Sim. Tenho certeza que não chegará nem perto.

Thorin a apertou contra si, indagando:

— Como vou ficar cinco dias longe de você, khebabhin?

Anna sorriu, marota:

— Bem, acho que o melhor jeito de tentar remediar isso é dar a você um jeito para que não me esqueça nesses cinco dias...

— É? — Thorin sorriu, divertido. — Como o quê? Pode dar um exemplo?

Anna sussurrou:

— Oh, eu pretendo lhe dar bem mais que um exemplo, meu rei...

E partiu para uma demonstração tão explícita que se Óin soubesse da metade, ela estaria confinada antes que pudesse pronunciar Erebor.

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No dia seguinte, que se mostrou cinzento e frio, com ameaça de neve, o grupo partiu da Montanha Solitária, seis pessoas e sete pôneis. Seguindo o costume entre os khazâd, Anna estava vestida de homem, um capuz longo cobrindo o rosto. Como Anna previra, foram apenas algumas horas até a cidade de Valle. Aliás, cidade era um exagero: o local era um pequeno vilarejo acampamento, com tendas e umas poucas casinhas de madeira recém-construídas perto das ruínas da velha cidade queimada por Smaug. Como Erebor, tudo estava em reconstrução, e poderia durar muito tempo até voltar a ser o local pacífico e próspero de antes da vinda de Smaug.

Uma das casinhas era a estalagem, e foi onde se instalaram. Um emissário do rei Bard veio recebê-los e confirmar a audiência.

Anna notou que sua presença causava muita curiosidade, tanto entre os humanos quanto entre os anões. Ela supôs que eles provavelmente a considerassem um meio termo entre aberração e celebridade — numa época em que as duas coisas eram muito próximas.

Na mesma noite em que o grupo chegou, Dori bateu à porta de seu quarto na estalagem. Anna atendeu, intrigada:

— Mestre Dori? Está tudo bem?

— Milady, sei que está cansada da viagem, mas tomei a liberdade de chamar Madame Hila, uma renomada costureira de Ered Mithrin. Acredito que, se ela puder tomar suas medidas agora, adiantaria os trajes que requer antes da nossa volta a Erebor.

Anna sorriu:

— Que boa ideia, Mestre Dori! Será que ela poderia vir ou teremos que ir até ela?

— Ela está aqui comigo — respondeu ele. — Com sua permissão, pode começar já - se não for muito incômodo.

— Claro que não. Peça que entre, por favor.

Dori veio com uma mulher de seu povo, que se curvou para Anna, apresentando-se:

— Hila, a seu serviço, minha senhora.

Anna meneou a cabeça:

— Prazer em conhecê-la, Madame Hila. Por favor, entre.

Dori disse:

— Estarei esperando para acompanhar Madame Hila de volta, milady.

Anna respondeu:

— Sim, Mestre Dori, boa ideia e obrigada.

As duas mulheres ficaram a sós no quarto da estalagem, e Anna sorriu:

— Obrigada por ter vindo assim sem aviso.

— Fico feliz em poder ajudar, senhora. Em que posso lhe ser útil?

— Na verdade, em praticamente tudo. Como pode ver, estou grávida, e vou precisar de roupas para os últimos meses antes do bebê nascer.

— Sim, Mestre Dori havia me alertado. Mas ele não me disse que a senhora era tão... er.... — Ela hesitou, insegura.

Anna tomou a iniciativa, sorrinho:

— Baixinha? Pequena? Não precisa ter medo de dizer a verdade, Madame Hila. Sou assim porque não sou de sua raça. Também desconheço muitos de seus costumes. Por favor, se eu fizer algo errado, não tenha medo de me corrigir.

A anã a encarou, desconfiada, mas nada disse. Apenas assentiu e pegou sua bolsa de couro, dizendo:

— Preciso que tire seus trajes externos, por favor.

Anna obedeceu, e a anã pôs-se a trabalhar. Houve alguns momentos embaraçosos, em que Anna encomendou roupa de baixo para a gravidez, e Madame Hila explicou que após a gestação era costume usar um traje especial.

Anna também sugeriu alguns vestidos no estilo regência inglesa, marcados abaixo da linha dos seios, mas ao invés do corte reto, sugeriu um modelo godê para a saia. Na verdade, Anna teve que explicar tudo, pois esses termos nada significavam para a costureira. No fim, também ficou acertada a confecção de roupas para a alcova: trajes para ela ficar em casa à vontade.

— Agora que tenho suas medidas, senhora, basta me encaminhar os tecidos que me encarregarei de tudo.

Anna comentou:

— Sei que fiz uma encomenda grande e não há possibilidade de me entregar tudo em quatro dias, que é o tempo de minha permanência em Valle. Mas seria possível eu levar algumas peças mais simples neste prazo?

Madame Hila respondeu:

— Nesse tempo eu certamente conseguirei deixar prontos pelo menos um vestido e algumas peças mais leves. Posso voltar amanhã para uma prova?

— Estará ótimo! — Anna sorriu. — Muito obrigada, Madame Hila. A senhora parece ter sido enviada por Mahal.

A anã a encarou, enrubescida, depois juntou suas coisas e fez uma reverência:

— Milady me honra ao confiar em meu trabalho. Não vou decepcioná-la. Se não precisa mais de mim, senhora, desejo-lhe uma boa noite.

Anna também meneou a cabeça:

— Obrigada mais uma vez, Madame, e tenha uma boa-noite. Mestre Dori vai acompanhá-la até sua casa.

As duas se despediram, e Anna foi dormir com uma sensação de dever cumprido em sua primeira missão.

Mas a verdadeira missão viria na manhã.

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No dia seguinte, Anna e sua comitiva reduzida adentraram o salão de audiências improvisado do rei de Valle. Ela foi recebida amistosamente. Bard se ergueu da cadeira alta e foi até ela, tomando-lhe as mãos:

— Anna, Consorte do Rei Sob a Montanha, seja bem-vinda.

— Bard, Majestade, bom amigo. Folgo em vê-lo com boa saúde. Thorin manda saudações e renova laços de amizade.

— Que a amizade de Valle e Erebor perdure entre nós e nossas futuras gerações.

Anna fez as apresentações:

— Conhece Kíli, sobrinho de Thorin, o conselheiro Glóin e meu acompanhante Dori.

— Sejam todos bem-vindos. Apresento Andoras, que vem de terras aráveis a leste de Rohan. — Bard apresentou um homem alto, de cabelos dourados, que se curvou. — Tomei a liberdade de chamá-lo para nos ajudar a chegar a um acordo.

Anna o cumprimentou, com uma mesura de cabeça:

— Mestre Andoras, espero que possa nos ajudar. Temos planos de levar vantagens a Valle e Erebor.

Sentaram-se numa grande mesa, e Bard comentou:

— Confesso que sua carta me aguçou a curiosidade, milady. Erebor pretende deixar de fazer comércio com Valle?

— Meu senhor Bard, garanto que essa é a última das intenções — ressaltou Anna. — É uma prevenção para o futuro, apenas. Afinal, o rei Thorin prevê um aumento drástico da população quando os anões de Ered Luin começarem a chegar à Montanha Solitária. Essa população precisará ser alimentada, e não será justo sobrecarregar as reservas de alimentos de Valle, que também tem recebido novos habitantes. Por isso viemos discutir a viabilidade de uma proposta que, acreditamos, possa trazer vantagens aos dois povos.

Andoras quis saber:

— E qual é sua proposta?

Ela respondeu:

— Erebor gostaria de desenvolver uma lavoura de subsistência em caráter experimental. Para isso, queremos atrair agricultores de seu povo a cultivar terras de Erebor em sistema de arrendamento.

Andoras confessou a Glóin:

— Acho que não entendi. Qual é a proposta?

O anão de cabelos cor de cenoura respondeu:

— A proposta é que seu povo cultive nossas terras para produzir comida para nós. Serão pagos, é claro.

Andoras quis saber:

— E o que querem plantar?

Glóin respondeu:

— Ora, comida.

— Sim, mas de que tipo?

Antes que Glóin respondesse algo como "do tipo que se come" de maneira ríspida, Anna interveio, explicando:

— O que Mestre Glóin quer dizer é que anões pouco sabem sobre agricultura. Estamos aqui em busca de ajuda até para saber o que plantar e o que pode crescer nas terras de Erebor.

Bard comentou:

— É uma proposta revolucionária, Dona Anna.

— E deve ser implantada rapidamente — acrescentou Andoras. — O inverno avança, mas pode dar tempo para tentar arriscar uma colheita de verão.

Anna se animou:

— Verdade? Poderemos colher produtos já no verão?

O louro alto ressaltou:

— Mas não há tempo a perder: será preciso preparar a terra, escolher as sementes, garantir água suficiente...

Glóin ajudou:

— Dentro da montanha temos canalizações da água do rio. Podemos fazer o mesmo para os campos.

Anna perguntou:

— Seu povo pode se interessar por uma proposta assim, rei Bard?

O rei assentiu, comentando:

— Parece uma proposta vantajosa. Não vejo motivo para não se interessarem.

— E quanto ao senhor, Mestre Andoras? — quis saber ela. — Acredita ser possível levar esse projeto adiante?

Andoras respondeu:

— Vai depender das vantagens oferecidas aos interessados.

Glóin apresentou um papel, dizendo:

— Temos aqui um rascunho do contrato a ser oferecido aos candidatos. Gostaria de supervisioná-lo?

E foi o que se fez. Na verdade, discutiram muito e muito, antes de decidirem voltar a discutir no dia seguinte. Bard ofereceu um jantar à comitiva de Erebor. Anna foi dormir satisfeita, convicta de que tinham feito progressos.

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— Meu rei?

Thorin saudou:

— Óin, meu caro. Por que pediu uma audiência? Você é bem-vindo a qualquer hora.

O velho curador trazia uma expressão preocupada.

— Thorin, preciso lhe falar em caráter sigiloso. Tomei cuidado para que a pequena não estivesse perto.

— O que houve?

— Sabe que fui ler os presságios para tentar saber sobre a chegada do bebê. Gostaria de ter melhores notícias, Thorin.

— Algo errado?

— Os presságios não são bons. Não há nada muito claro, mas achei que deveria saber. Os presságios falam de uma morte no futuro, violenta e sem sangue.

— É Anna? Ou o bebê? Ela pode perder o bebê?

— Não está claro. Os presságios também falam de um trono vazio e de um rei que não é mais.

— Mas você conseguiu saber ao menos quando meu filho nascerá?

— De acordo com os presságios, será quando "a neve florida ficar rubra de sangue".

Thorin encarou o velho curador, insatisfeito.

— E que raio isso quer dizer?

Óin respondeu:

— Ouso arriscar que o bebê chegará no inverno. Mais do que isso, porém, não sei dizer. — Óin parecia desolado. — Lamento, Thorin. Eu deveria ser capaz de fazer uma leitura mais clara, mas... acho que a idade finalmente me pegou.

— Bobagem, Óin — tranquilizou o rei. — Se estiver certo, e o pequeno só chegar no próximo inverno, temos muito tempo. Certamente haverá tempo para consultar novamente os presságios, quando as estrelas forem mais favoráveis.

Óin respondeu, sem convicção:

— É. Talvez. Nada me daria mais satisfação do que lhe dar bons presságios sobre seu herdeiro.

Thorin sorriu para ele:

— Você dará, Óin, pois certamente a próxima leitura será mais clara. Mas até lá, é melhor deixarmos isso entre nós. Não faz sentido preocupar Anna à toa.

— Claro, claro. — Óin acrescentou. — Pelos exames, Anna está muito bem, e o pequenino também.

Thorin sorriu:

— Sim, ela está, não é mesmo? E está muito animada também.

Óin garantiu:

— Eu nunca a vi tão feliz. Ou você.

Confiante, o rei disse:

— Vai correr tudo bem, você verá.

Thorin sorriu para Óin, que lhe sorriu de volta. Mas se qualquer um dos dois preocupou-se pelas previsões do futuro, preferiu guardar para si.

Palavras em Khuzdul:

ghivasha = tesouro

ukurduh = meu coração

khazâd = anões, povo anão

âzyungâl = amada

khebabhin = forjada, alma gêmea


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