The Slytherin escrita por Ravena


Capítulo 36
As duas escolas bruxas




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/547140/chapter/36

POV Olívia 

Passei o resto das férias pensativa. Quem tinha me salvado? Por quê? Pelo pouco que recordo, poucas pessoas estavam no local além dos Comensais da Morte, que foram acusados pelo tumulto. Claro que qualquer pessoa com o mínimo de caráter teria salvado uma que se encontrava na minha situação, mas ainda assim, ela sacrificara a própria vida me tirando daquele lugar.

A única pista que tenho a respeito de meu salvador é seu colar, que está no meu pescoço desde o acidente. Não quero roubar nem nada, Deus me livre, só quero me sentir mais segura com ele por perto. E é uma obrigação ir atrás de mim para pegar o pertence de volta. 

Me sinto a própria princesa da Disney. 

O resto das férias fora movimentado. Toda a precaução em manter-nos seguros nos deixou na casa dos Weasley o tempo todo. Eles inclusive alugaram um carro só para nos deixar em Hogwarts. 

Claro que essa atenção toda era por causa do Harry, mas não foi nada ruim ser tratada como uma princesa. De novo. 

No final das contas, chegamos em Hogwarts sem nenhum acidente. A viagem no Expresso foi bastante tranquila e Hermione Granger e sua turminha do mal nem nos incomodou. Falando no Diabo, ela reuniu todos os amigos que tinha e os voltou contra Draco. Não que eu esteja com pena dele nem nada, mas isso foi cruel demais. 

Assim que chegamos em Hogwarts, recebemos a notícia de que seria realizado uma espécie de torneio ou sei lá. Não me importo muito com essas coisas então nem me preocupei em saber o assunto. Aparentemente, alunos de outras duas escolas bruxas iriam vir à Hogwarts. O que me importava era como estudaríamos com tantas distrações, pelo amor de Merlim.

Pov Hermione

Eu não poderia estar mais ansiosa por uma coisa como essa. 

Primeiramente, queria deixar claríssimo que menina nenhuma daquela escola francesa iria me superar em quesitos de beleza, então não me preocupava nem um pouco com elas.

Segundo, os bonitões da Bulgária viriam para Hogwarts, trazendo seus músculos definidos e aqueles cabelos sedosos lindos e escuros. Chegou a minha hora de brilhar. E o melhor de tudo, Vitor Krum passaria um tempão em Hogwarts. 

Eu já deixei bem claro que não quero nenhum tipo de relacionamento amoroso com ninguém. Estou muito preocupada com meu próprio futuro para começar a correr atrás de outras pessoas agora. Mas, seria legal ao menos ficar perto de um menino tão charmoso e famoso quanto Vitor Krum. 

Eu sempre quis ser famosa e não tem maneira melhor e mais fácil para conseguir isso do que casando com um jogador de Quadribol. Vão por mim, eu pesquisei. 

Seria a mulher mais cobiçada e invejada do mundo bruxo, sem dizer que deixaria meus rivais em um passado tão distante que apodreceriam igual a madeira velha. 

Quando a hora de descer para o jantar ( e receber os nossos ilustres convidados) chegou, eu já estava pronta para atacar. Tinha colocado um vestido absurdamente bonito e estava com uma maquiagem muito linda. Leia fez para mim, claro. Até parece que eu vou fazer a minha própria maquiagem.

Estava entrando no Salão Principal quando vi Draco sentado na mesa da Sonserina, isolado em um canto remoto. Bem feito, quem mandou me trair daquele jeito. Ainda tive que ouvir os idiotas das outras casas comentando que eu era uma mentirosa. 

Já me chamaram de coisa pior, claro. Precisam fazer muito mais para me atingir.  

Mas me importava com a minha reputação e teria que fazer alguma coisa para recuperá-la. Tipo de coisa que o melhor apanhador da atualidade iria me ajudar. 

Não preciso nem comentar que demorou vários décadas para os alunos entrarem, certo? Já me cansei de Hogwarts e suas burocracias desnecessárias. Quando eles realmente entraram, parece que a temperatura do Salão Principal abaixou em torno de 10 graus. 

Primeiro, as entojadas francesas entraram e deixaram os meninos babando. Não vamos nem comentar essa parte porque acho que não tem uma importância muito grande. Esses garotos de Hogwarts, assim como todo os outros, são extremamente idiotas. 

Depois, a situação no Salão se inverteu. Os garotos búlgaros chegaram fazendo um show quente. Literalmente. Acenderam umas tochas e tudo, e quase fizeram as garotas do Salão desmaiarem. Vitor Krum estava na frente do bando, ao lado de um cara seboso e feio que presumi ser o diretor da escola. Nós temos um velho gagá e eles tem um ex-presidiário. Justo. 

Mais enrolação por parte de Dumbledore e depois, finalmente, o grande finale: O Cálice de Fogo. Uma peça rústica de um barro mal-feito que, aparentemente, escolheria os três representantes de cada escola. A competição seria composta por algumas provas e seria bem perigosa, aparentemente. Pouco me importa, na verdade. Nunca faria uma coisa dessas de qualquer jeito. 

Depois que Dumbledore esclareceu que os competidores deveriam ter, no mínimo, 17 anos, o ânimo do salão despencou. Pelo visto esse pessoal de Hogwarts quer mesmo morrer. 

Já planejava como iria me aproximar de Krum quando nosso diretor querido dispensou todos os alunos para os dormitórios. Louvado seja Dumbledore por fazer pelo menos uma coisa direito. Sai muito calma do Salão, na esperança de que Vitor pelo menos me visse. Quando todos os alunos de Hogwarts saíram, seguidos pelos franceses, dei meia-volta e "voltei" para o Salão fingindo que tinha esquecido alguma coisa, só para dar de frente com o bonitão. 

Claro que essa minha tentativa de ser uma donzela indefesa foi totalmente arruinada por Draco Malfoy. Ele me puxou para ao lado das portas e se virou, bloqueando a minha visão. 

—Hermione, me desculpa...

—Ai, meu Deus. Será que você não se toca, garoto? Me deixe em paz, tá me atrapalhando aqui.

—Mas e queria que você escutasse...

—MAS EU NÃO QUERO ESCUTAR. SAI DA MINHA FRENTE

Antes que eu realmente pudesse me mexer, vi um vulto enorme passando atrás de Draco. Não precisa ser um gênio para descobrir que era Vitor Krum saindo do Salão em direção ao seus aposentos. 

Me enchi de raiva. Se não fosse por Draco, eu teria conseguido conversar com Krum. Como eu odiava aquele menino! Com todas as minhas forças, e agora era definitivo.

—SERÁ QUE VOCÊ NÃO CONSEGUE NÃO ESTRAGAR TUDO? NÃO ACREDITO QUE ME PREJUDICOU MAIS UMA VEZ. EU NÃO CONSIGO EXPRESSAR O QUANTO EU TE ODEIO E NÃO QUERO NUNCA MAIS OLHAR PARA VOCÊ, SEU RATO IMUNDO. 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Slytherin" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.