The Slytherin escrita por Ravena


Capítulo 26
Dementadores


Notas iniciais do capítulo

A Maiara não foi expulsa de Hogwarts porque o ministro anulou o caso



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Pov Hermione

Olha, eu sei que Deus mandou amar o próximo, mas sinceramente. Eu amaria a Gray se ela estivesse dentro de uma lata de lixo em Bangladesh. Ela é completamente selvagem. Ela me bateu no rosto! Deixou até uma marca roxa. 

Claro que, depois de um dia no spa, eu me recuperei e meu rosto ficou impecável como sempre. E sinceramente, foi muito bom eu ter passado um dia só para me cuidar no salão de beleza.

Se estou com raiva? Na verdade, não mesmo. Ela me ajudou a conseguir uma coisa que eu queria e o melhor, ela foi expulsa de casa. Não sei o que aconteceu, óbvio, já que estava desmaiada, mas sei que quando acordei ela já havia partido há muito. 

E o melhor de tudo: ela quase foi expulsa de Hogwarts por usar magia fora da escola. Claro que ela foi absolvida por causa do ratinho Potter, mas agora os dois estão com a reputação suja no Ministério e eles não podem sair nem um dedinho da linha.

Esperando ansiosamente para isso acontecer. 

E,do jeito que aqueles dois imprestáveis são, acho que não vão durar muito.

Fiquei com pena de minha tia Lídia. Ela era um máximo! Amei ela quando nós conversamos melhor assim que a selvagem foi embora e ela é muito legal, mas vai se encrencar bonito com a casa. Parece que a mãe da Maiara deu a casa para a menina, e não para minha tia, e agora que aquela fugiu, essa vai se encrencar bonito.

Minha mãe deu todo o apoio que minha tia precisava e acho que, se eles realmente forem expulsos de casa, Leia vai poder ficar na minha casa! Vai ser realmente maravilhoso e eu não vejo a hora. Mas eu tenho certeza que Maiara vai perder a casa para minha tia, que até acionou seus advogados. Nas férias de inverno, será feito um julgamento e eles disputarão pela casa. Duvido que Gray consegue vencer.

— Então a Maiara foi embora da sua casa? - perguntou Blásio

Esqueci de falar que estávamos no Expresso, já indo para a escola. Estava com a minha trupe, a melhor de toda Hogwarts. Estamos sempre na boca do povo e até os populares mais velhos são nossos amigos. O que posso dizer? Eles estão passando o bastão. 

Dove nem estava mais perto de nós. Depois de nos trocar por um lufano que nem liga para ela, nunca mais conversou com a gente, mesmo sendo do meu dormitório. Fiquei sabendo que Cedric estava tão apaixonado pela Holt que nem se importava com Dove. Acho que ela nem está na mesma cabine que ele, mas nem me importo com isso. 

—Sim - respondeu Leia - Ela armou o maior escândalo com a minha mãe e depois foi embora. 

—Mas isso já é passado - eu disse - Ficaram sabendo que no ano que vêm vai ter a copa mundial de Quadribol?

Novamente eu estava falando sobre uma coisa que eu considero totalmente inútil, mas tinha que mudar de assunto. Acho que a ideia de perder a casa é muito dolorosa para Leia, eu mesma surtaria se fosse ela. Não posso nem pensar em perder todas as minhas maquiagens. 

—Sim - disse Draco - Papai já comprou até as entradas. Um dos melhores lugares.

—Ah, a minha mãe também comentou sobre isso. Meu irmão está louco para ir - disse Miranda

—Mi, você não tinha uma irmã? - perguntou Leia

—Eu tenho um irmão e uma irmã, cada um mais chato que o outro. - disse Miranda

—Em falar em irmão - eu disse - Ficaram sabendo que a irmã da Daphne Greengrass foi para a Grifinória?

—Quem? - perguntou Blásio - A Astória?

—Ela mesma - disse Miranda

—Deve ser uma desgraça - eu disse - A família inteira foi da Sonserina e só ela que não.

Eu realmente ficaria muito mal se fosse para a Grifinória. Não aguentaria a vergonha e fugiria de casa.

— Eu até achava ela bonita - disse Blásio

De repente, tudo ficou muito frio. O trem parou de andar e a temperatura da cabine caiu muito depressa.

—Está muito frio, não acham? - eu perguntei

—Aqui - Draco disse - Toma o meu casaco.

Ele me entregou o casaco que estava usando. Senti uma sensação estranha, como se alguma coisa estivesse sendo sugada de mim. Depois de 2 minutos, a temperatura voltou ao normal e o trem voltou a andar normalmente.

— Que estranho,não acham? - disse Leia

—Deve ter sido um problema no trem - disse Blásio

—Mas por que a temperatura caiu tanto? - perguntou Miranda

Não que isso tenha sido um problema para mim, já que estava bem quentinha dentro de um casaco chiquérrimo, mas também fiquei incomodada a respeito disso.

—Deve ser que o trem tem um aquecedor interno - disse Blásio - Que só funciona quando está ligado.

Depois de 30 minutos, Theodoro Nott aparece na nossa cabine:

—Vocês sabem o que aconteceu? - ele perguntou. Estava muito feliz, como se seu pai tivesse ganhado na loteria. 

—O quê? - perguntou Leia

—Parece que entrou um dementador na cabine do Potter - disse Nott - Por isso que o trem parou de andar.

Dementador? Impossível. Aquelas criaturas repugnantes ficam apenas em Azkaban, nunca saem de férias. 

—Dementador!? - disse Leia - Tipo os guardas de Azkaban?

—Exatamente - disse Nott

—Que estranho ver dementadores tão longe de Azkaban - eu disse

— É por causa de Sirius Black - disse Draco - Aquele cara que fugiu.

Sirius Black era um maníaco que havia sido levado injustamente para Azkaban, enquanto um Comensal da Morte de respeito tinha feito um ótimo trabalho explodindo trouxas. Sirius agora estava solto por aí e eu não dava a mínima. 

— O Potter desmaiou - disse Nott - Parece que o dementador chegou muito perto dele e ele começou a gritar * e, posteriormente, desmaiou.

Nós começamos a rir. Claro que isso ia acontecer. Baby Potter é muito delicado.

Pov Olívia

A viagem de trem tinha sido horrível. Um dementador entrou na nossa cabine! Eu pensei que nunca mais iria conseguir ser feliz de novo, mesmo com um livro maravilhoso em cima do colo. Harry desmaiou, Gina ficou paralisada, e Maia... ela começou a chorar. Muito. Levava as mãos à garganta, como se quisesse se enforcar de verdade. Graças a Deus que Lupin estava lá para salvar o dia. Expulsou os dementadores e nos acalmou. 

Graças a Deus teremos um professor de Defesa Contra Artes das Trevas decente esse ano. 

Depois que chegamos em Hogwarts, o Dino se aproximou da gente:

— Lívia, a professora Minerva esta te chamando na sala dela.

—Obrigada, Dino

—E você também, Harry - ele disse

Aí meu Deus, o que será eu que fiz para Minerva me chamar assim, tão rápido? Eu devo ter feito alguma coisa grave, pois se chamaram o Harry não pode ser coisa boa.

—Obrigado, Dino.

Ele foi embora e eu me virei para Rony e Maia. Os dois faziam uma cara que sugeria que nós estávamos encrencados e que a Minerva iria acabar com a gente. 

—Vão para o salão principal, nós já vamos para lá. 

 —É claro que vamos. Estou morrendo de fome, oras- disse Rony.

—A gente vai comer pra vocês, fiquem tranquilos. Boa sorte com a Megera McGonagall. Certeza que vem coisa ruim por aí.

—Não fale assim dela. Ela até gosta de você! Diga, Maia, qual professor você gosta?

—Nenhum. Todos me dão dever de casa!

—Vamos, eu não quero deixar a professora Minerva esperando - eu disse puxando Harry .

Nós dois fomos em direção a sala dela, que ficava no sétimo andar. Subir aquelas escada todas me deixavam literalmente exausta. Quando chegamos lá, Minerva nos pediu para sentar nas duas cadeiras que estavam de frente para a sua mesa.

—Querem alguma coisa?- ela perguntou - A viagem demora muito e provavelmente vocês não comeram muito. 

Seria bom então liberar a gente, já que só nos chamou para perguntar se queríamos algo.

—Não, obrigada professora - eu disse para ela . Eu ainda estava cheia do chocolate que o Lupin havia nos dado.

—Então, vamos direto ao assunto - disse a professora Minerva se virando para Harry - O professor Lupin mandou na frente uma coruja para avisar que você tinha passado mal no trem, Potter.

Antes que Harry pudesse responder, a porta se abriu e Madame Pomfrey, a enfermeira, entrou com um ar eficiente.

—Eu estou bem - disse Harry - Não preciso de nada ...

—Então foi você? - exclamou Madame Pomfrey , ignorando o comentário de Harry e se curvando para examiná-lo mais de perto - Suponho que tenha feito alguma coisa perigosa.

— Foi um dementador, Papoula - disse Minerva

Papoula soltou um muxoxo de desaprovação:

—Postar dementadores em volta da escola - murmurou, afastando os cabelos de Harry e sentindo a temperatura da testa dele - O menino não vai ser o último a desmaiar. É, está úmido de suor. Eles são terríveis e o efeito que produzem nas pessoas que já são delicadas...

—Eu não sou delicado - disse Harry

—Claro que não - disse Papoula distraída, agora tomando o seu pulso

—Do que ele precisa? - perguntou Minerva - Repouso? Quem sabe não fosse bom passar a noite na ala-hospitalar?

— Eu estou ótimo! - disse Harry, levantando-se em um salto

—Bem, ele devia, no mínimo, tomar um chocolate - disse Papoula

—Nós já comemos - eu disse - O professor Lupin deu para todos nós, inclusive para o Harry.

—Deu, foi? - exclamou a bruxa enfermeira em tom de aprovação - Finalmente conseguimos um professor de Defesas Contra as Artes das Trevas que sabe o que faz!

—Você tem certeza que está se sentindo bem, Potter? - perguntou Minerva

—Estou - disse Harry

—Então espere lá fora enquanto eu dou uma palavrinha com a senhorita Holt sobre sua programação para o ano letivo, depois podemos descer para a festa.

Harry saiu da sala junto com Papoula e eu e Minerva ficamos na sala.

—Bem, como a senhorita deve saber, no final do segundo ano, nós entregamos uma lista com as matérias complementares que vocês alunos querem fazer a partir do terceiro ano - disse a professora Minerva - E eu percebi que a senhorita assinalou todas as matérias.

—Eu queria experimentar todas. São tão fascinantes - eu disse

—Entendo - disse Minerva - Mas algumas colidem nos horários.

—Eu pretendo assistir uma em um dia e faltar a mesma no próximo dia, assim conseguirei assistir as aulas - eu disse

Era realmente arriscado e muito cansativo, mas acho que valeria o esforço. Maia tinha reclamado horrores sobre o horário e me chamou de louca e tudo mais.

—Mas a senhorita reprovará por causa das faltas - disse Minerva

—Então eu devo desistir de algumas? - eu perguntei

—Não - ela disse com um sorriso. Ela se levantou de sua cadeira e foi até um armário. De lá, tirou uma pequena caixa:

Ela se sentou novamente em sua cadeira e abriu a caixa. Era um lindo colar que havia uma lupa nele. 

—Isso é um vira-tempo? - eu perguntei

Eram realmente peças extremamente valiosas, e muito muito difícil de usar. Fiquei muito fascinada.

—Sim - disse a professora, sorrindo - Era meu. Minha mãe havia me dado pela mesma razão que eu estou dando a você: eu também assinalei todas as opções no meu terceiro ano.

—Eu não posso aceitar - eu disse me levantando, sorrindo. Ela sempre tinha sido a minha professora favorita.

—Claro que pode - disse ela - Considere isso um presente.

Ela se levantou e colocou o vira-tempo na minha mão.

—Obrigada, professora - eu disse

—Mas tenha cuidado - alertou a professora - Você não pode ser vista por ninguém. Coisas horríveis acontecem com as pessoas que mexem com o tempo.

—Ok.

Mal podia acreditar que Minerva tinha sido tão legal e gentil comigo. Eu sempre gostei dela, assim como gosto de todos os professores. Mas, o que ela estava fazendo por mim era inacreditável e incrível. Agradeci e prometi conseguir notas excelentes em todas as matérias. Dei um abraço muito apertado nela, que a deixou muito desconfortável, mas valia a intenção.

Nós saímos da sala e encontramos Harry no corredor e depois, nós três fomos para o Salão Principal.

Quando chegamos lá , o diretor Dumbledore havia acabado de fazer o seu típico discurso de começo de ano e a comida apareceu na mesa. Nós sentamos na frente de Rony e Maia, que estavam devorando um porco inteiro.

—Vocês demoraram - disse Rony

Depois que acabamos de comer a comida, nós fomos para o salão comunal da Grifinória, mas, infelizmente, nós demos de cara com um grupo da Sonserina.

—Olhem só quem estão aqui - disse Draco Malfoy - O nosso ''trio fantástico '' e uma sangue-ruim.

Malfoy olhou para mim com desprezo e eu percebi que Rony estava ficando vermelho de raiva.

—Deixe ela em paz - disse Rony, mas Malfoy o ignorou completamente e se virou para Harry.

—Então Potter, é verdade que você desmaiou no trem? - disse Malfoy com sarcasmo e um idiota da Sonserina fingiu desmaio.

—Não é da sua conta - disse Harry

—Não quer falar, baby Potter? - disse Malfoy

—Para que que você quer saber, Malfoy? - Maia disse com um ar de afronta- Vai postar na pagina do fã-clube do Harry?

—Ah, Gray - disse uma voz atrás do Draco - Por que você fugiu da casa da minha tia?

Hermione Granger surgiu de trás do Malfoy.

—Querida, depois que eu dei um belo tabefe na cara, acho que você deveria ter agradecido de eu ter ido embora. Não precisaria perder mais dinheiro com procedimento estético.

—Mas tirando isso - ela disse, ignorando  - Eu quero que na semana que vem você lave as minhas roupas, faça o meu dever de casa, lustre os meus sapatos e arrume o meu quarto, além do que você é uma simples empregada.

 Senti Maia ficando tensa ao meu lado. Nossa que raiva! Ainda bem que não havia ninguém por perto. Todas as pessoas que estavam no salão já tinham ido para os seus dormitórios, assim, só nós ficamos. Maia pegou a varinha e colocou em sua cara. 


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Notas finais do capítulo

* O Harry não começou a gritar , mas os rumores dizem que ele gritou ( acabei de inventar )