Cronicas de prata escrita por contadora de estorias


Capítulo 22
Encontros arranjados nunca dão certo...


Notas iniciais do capítulo

Como prometido...



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–Está na hora de levantar! Karu!

–O que está havendo? Hoje é sábado mama, não tem necessidade de me levantar cedo se não vou trabalhar... –Karu aparenta estar sonolenta.

–Eu sei querida, entretanto você tem que acordar cedo para poder se preparar. –A mãe de Karu estava sorridente e a sua volta um intenso brilho.

–Preparar pra que? –A menina-rã estava confusa.

–Ora, para o seu encontro.

–Que encontro?

–Aquele que eu arrumei para você...

–VOCÊ O QUEEEE? –Karu grita alto o suficiente para que as pessoas da rua parassem para olhar em direção a casa dela.

...

–Eu ainda não posso acreditar no que você fez... –Karu se enchia de arroz.

–Você quer o que Karu? Que eu deixe você encalhada? –A mãe de Karu arrumava um belo yukata verde claro.

–Eu não estou encalhada! –Ralhou Karu pegando mais arroz. –Eu estou me preparando para fisgar meu insetinho... –Karu corou.

–Quem é esse? –A mãe de Karu olhou para ela surpresa.

–Vou apresentá-lo... –Karu vai abaixando o tom de voz. -... Um dia.

Depois de arrumada Karu e sua mãe saem para o local do encontro, mas no caminho elas encontram Okita e Hijikata terminando de prender alguns arruaceiros.

–Ah, Karu-san o que está fazendo por aqui? –Hijikata fala acenando para a jovem que tentava não ser reconhecida pela dupla.

–Olá... –Karu responde com desanimo. –Vou passear com minha mãe. –Ela aponta pra senhora que caminha ao seu lado.

–Essa é sua mãe...? –Hijikata parece um pouco incrédulo.

–Aposto que esta pensando como é possível. –Karu batia o pé, já acostumada com a situação. –Seja franco.

–Não é que... –Hijikata parecia envergonhado.

–Hijikata-san... –Okita aparece apontando uma bazuca para o colega, mas a abaixa ao ver Karu. -O que a menina verde faz aqui? Espionando-me de novo?

–Errado! –Karu fica constrangida.

–Ela esta passeando com a mãe adotiva dela. –Hijikata fala para Okita.

–Quem que te falou isso?

–Você me disse para ser franco.

–Isso é franco demais! –Karu grita.

–Claro que não é mãe adotiva Hijikata, olha a cara de sapo dela. –Sougo fala tranquilamente.

–Quem tem cara de sapo! –A mãe de Karu fica furiosa.

–Vamos mama, não dê atenção a eles. –Karu puxa a mãe e dá as costas.

–Ei, Karu eu estive pensando em você. –Ao ouvir essas palavras de Okita Karu dá um salto na direção dele gritando “Sougo-sama”.

Sua mãe quando vê a cena dá um cascudo tão forte em Karu que ela afunda no chão, depois a “doce senhora” leva a filha arrastada para o local do encontro.

Na porta do restaurante a mãe de Karu levanta a moça ainda nocauteada e começa a lhe dar conselhos sobre o que não fazer, depois ela ajuda a jovem a arrumar as roupas e a empurra pra dentro do restaurante.

Quando ela entra avista o trio yorozuya servindo algumas mesas em trajes de garçons. “Isso vai ser complicado” pensou Karu.

Ela vai em direção a uma mesa e se senta e começa a suspirar ate Gintoki aparecer:

–Olá mocinha, deseja algo?

–Arroz. –Ela bate com a cara na mesa.

–Pedido anotado, vou trazer em alguns minutos. –Gintoki estava tão formal que nem parecia ele.

Logo em seguida um homem de óculos, magrelo e com a aparência desmazelada entra no restaurante e começa a olhar em volta.

–Que não seja ele, não seja ele... –Karu sussurrou e cruzou os dedos, mas pareceu não funcionar, pois o homem olhou para ela, sorriu e foi em direção a sua mesa. –Mereço...

–Você é Karu? –O homem falou apontando para ela.

–Infelizmente e quem é você?

–Sou Assisten... Que dizer amigo do homem que devia se encontrar com você hoje porem ele teve um compromisso urgente e não pode sair então vim lhe avisar e também pedir desculpas no lugar dele. –Ele se curvou.

–Então você não é o cara que deveria se encontrar comigo? –Ela se levantou animada.

–Não...

–Que bom! –Ela pulou de felicidade. –Hum quer dizer, que pena que seu amigo não pode vir... –Ela fez um gesto com as mãos.

–Ele me disse também para te entregar esse pequeno baú e não abri-lo ate terem se passado cinco minutos depois da minha saída.

–Ãn, por acaso ele é uma criança? –Ela fez careta, mas pegou o baú. –Anda vai logo para eu poder abrir esse treco... Quer dizer, muito obrigado... E diga a ele que agradeço o presente.

–Sim, eu direi... Ate breve. –Ele acenou e foi saindo.

–Ate... –Assim que o homem saiu, ela abriu o baú. –O que é isso?

...

Os yorozuyas finalmente terminaram o expediente naquele restaurante, Kagura estava sentada na pia comendo o resto do curry que havia em um panelão, Shinpachi estava esparramado em uma cadeira com os olhos fechados escutando música pelo fone de ouvido e Gintoki entra na cozinha acompanhado pela dona do restaurante.

—Que bom que conseguiram trabalhar sem destruir meu restaurante... —Ela estava com uma cara de quem não conseguia acreditar.

—Como se isso fosse algo impossível... —Gintoki limpava o ouvido.

—De qualquer maneira podem ir... —Ela fez um gesto com a mão eles foram saindo pela porta da cozinha.

Ao saírem ate a frente do restaurante eles se depararam com Karu paralisada olhando dentro de um pequeno baú.

—O que aconteceu? —Shinpachi se aproximou.

—Talvez dentro dessa caixa tivesse um espelho e quando ela se viu ficou assim. —Kagura sorria, mas Karu não esboçou reação.

—Ei, o que foi? —Gintoki acena bem na frente dos olhos de Karu que continua parada. —Será que o relógio universal quebrou de novo?

—Não pode ser! –Karu finalmente se mexe assustando o trio.


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