Corações Problemáticos escrita por Yure
Notas iniciais do capítulo
Boa Leitura!!!!
Leiam as notas finais!!!
Nós já havíamos andado cerca de dez minutos em total silencio, sem nem ao menos uma palavra, o que não era normal entre nós dois. O silencio já estava me deixando desconfortável.
–- Karen – A chamei e ela agiu como se estivesse acordado de um transe.
–- Ah, sim, o que foi? – Ela afrouxava a mão que segurava o skate para em seguida aperta-la novamente – Eu disse que queria falar com você não é? Bem, eu não sei bem como dizer isso, mas ultimamente eu estou me sentindo estranhamente estranha. E acho que parte disso é por sua causa.
–- Você está gravida?
Ela tropeçou e cambaleou com o susto que levou, seu skate escorregou de sua mão e quase derrubou um velhinho que vinha caminhando contra o nosso caminho.
–- Você enlouqueceu Nash?
–- Bem, eu acho que seria um pouco difícil, já que eu não via você há mais de um ano.
–- Você é idiota ou o que? – Ela reclamou e me arrancou uma risada do rosto – Isso não é engraçado.
–- Ah qual é, o que aconteceu com o seu senso de humor?
–- Não sei, acho que ficou naquele restaurante – Disse emburrada.
–- Ah... Certo. Então vamos lá busca-lo.
Agora ela soltou um sorriso, eu soltei também, por um momento esqueci de tudo que ia falar ou fazer, somente aproveitava o momento. Parecia que eu ainda sinto algo por ela, que ainda não se apagou por completo, mas que eu tinha que apagar por completo.
–- O que foi? – Perguntou ela – Porque está me olhando assim?
–- Não sei... – Respondi simplesmente – É mesmo, eu tenho que te levar para casa.
Nós seguimos para a casa dela e mais uma vez não conseguimos conversar sobreo tal assunto tão importante, já estava começando a achar que ele não era tão importante assim.
Entretanto, percebi que estava perto da casa da minha mãe, então mesmo já a noite resolvi fazer uma visita inesperada a ela, já que o ainda não haveria aula nos dias seguintes. A visita por fim foi mesmo inesperada, para minha mãe.
Já na porta de casa escutei ela dando risadas e conversando com alguém. Entrei fazendo barulho propositalmente, e ela levou um susto. A encontrei a mesa conversando descontraidamente com uma mulher.
Elas pareciam ter quase a mesma idade. A mulher tinha cabelos pretos curtos até a altura do ombro, seus olhos eram verdes.
–- Ah! Daivid! – Foi o susto de minha mãe. Que assim como a outra era uma mulher de cabelos pretos como os meus, e olhos verdes, que eu queria ter herdado dela, mas acabei com os pretos de meu pai.
–- Oi mãe. Oi tia – Disse com um sorriso.
–- Ei, está fazendo o que aqui a essa hora? Não era pra você estar na escola? – Esse foi o “oi” da minha mãe.
–- É, bem eu estava andando por aqui, e as aulas ainda não retornaram então resolvi passar aqui. Tia, tudo bem com você?
–- Nossa você parece tão adulto – Concluiu minha tia – Sua prima está ai, no seu quarto, mais precisamente. Aposto que ela está com saudades.
Só para constar, eu e minha tia não nos dávamos muito bem. Então resolvi deixar as duas e ir falar com a minha prima, aquela já mencionada antes, que estava comigo quando eu estava no shopping e conheci Karen.
A garota, minha prima, era uma menina, mais velha que eu, assim como sua mãe ela tinha cabelos pretos longos, desgrenhados, e grandes olhos verdes, parece que eu sou o único que não herdou olhos verdes. Assim, como eu ela também usa óculos de grau, estilo “aviador” e passava maquiagem preta ao redor dos olhos na tentativa de fazer papel de garota rebelde. Em meu quarto, ela estava deitada em minha cama, jogando um Nintendo DS despreocupadamente.
–- Ei, está fazendo o que na minha cama? – Perguntei – Jogando meu Nintendo...
Ela desviou os olhos do videogame portátil apenas tempo o suficiente para decifrar quem era que estava falando.
–- Ta fazendo o que aqui, você não estuda não? – Então um barulho denunciou o fim do jogo e da sua diversão com meu videogame, ela murmurou alguma coisa e soltou o console na mesa de cabeceira ao lado da minha cama.
Meu quarto era um lugar bem compacto, caberiam nele apenas duas camas de solteiro meu guarda roupa e uma mesa de cabeceira entre as camas. No caso eu usava apenas uma cama, deixando um espaço livre onde a bagagem da minha prima estava presente.
–- Eu estudo sim, apenas quando tem aula – Me joguei na cama ao seu lado. Não minha cama não era espaçosa para duas pessoas – Aconteceu algo? É bem raro sua mãe vir nos visitar.
–- Não, bem, nossa casa está em reforma, então sua mãe deixou que nós ficássemos aqui por uns tempos. E como você não está morando aqui, eu reclamei o seu quarto, e seu videogame. Espero que não se importe, bem, se você se importar também não mudaria nada. Então se caso você for passar a noite aqui hoje, vai ter que se acomodar... no chão – Disse com um sorriso zombeteiro.
–- Tudo bem eu fico no chão. Mas... Vou ficar com o videogame. Acho que essa cama é pequena demais para duas pessoas.
–- E daí, você sempre foi grudado em mim e eu nunca me importei com isso, até agora. Atualmente seria estranho você estar grudado em mim, aposto que você sabe o porquê.
–- Porque agora você está fazendo o papel de uma jovem rebelde que não gosta de contato físico exagerado?
–- Não! Não é nada disso, é porque agora nós estamos... bem... Nós não somos mais crianças agora então acho que...
–- Lilian... não estou te entendendo -- Me fiz de idiota, de proposito, e estava me segurando para não dar risada.
Quando ela notou que meu objetivo era apenas tirar sarro dela, levei uma cotovelada. Então começamos a ver álbuns de fotos antigas, dar risadas e falar sobre relacionamentos. Ainda dividindo a mesma cama. Só foi um pouquinho complicado folear as paginas do álbum, já que não conseguíamos nos mexer muito bem.
–- E o Erick? – Perguntei a ela.
–- Bem... – Sua expressão deixava claro que ela não queria falar sobre isso, ou talvez algo de muito sério aconteceu – O Erick... Eu não sei sobre o Erick porque não estamos mais juntos.
–- O que aconteceu?
–- Não quero falar sobre isso – Disse por fim – Mas deixando isso de lado, e você? Já conseguiu alguém que te fez se esquecer da Karen?
–- No momento, posso dizer que gosto de alguém, mas não posso dizer que eu esqueci completamente a Karen. Eu ainda, bem...
–- No fundo você ainda sente algo por ela. Foi assim com o meu primeiro namorado, sabe, primeiro amor e tals, mas somente o primeiro. Os outros já não foi a mesma coisa, é o que eles dizer certo? O primeiro amor a gente nunca esquece.
–- É, deve ser isso mesmo...
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
As garotas de Daivid (incluindo Anthony/ ou Antony como era no começo... Brinks kkkk) Então galera, esse foi mais um capitulo de apresentação da prima de Daivid e também está aberto a sugestões. Tem algo que vcs querem ver na fic?? Adoro sugestoes. Entao bjs e até ++