Corações Problemáticos escrita por Yure


Capítulo 23
Prima


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!!!!
Leiam as notas finais!!!



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Nós já havíamos andado cerca de dez minutos em total silencio, sem nem ao menos uma palavra, o que não era normal entre nós dois. O silencio já estava me deixando desconfortável.

–- Karen – A chamei e ela agiu como se estivesse acordado de um transe.

–- Ah, sim, o que foi? – Ela afrouxava a mão que segurava o skate para em seguida aperta-la novamente – Eu disse que queria falar com você não é? Bem, eu não sei bem como dizer isso, mas ultimamente eu estou me sentindo estranhamente estranha. E acho que parte disso é por sua causa.

–- Você está gravida?

Ela tropeçou e cambaleou com o susto que levou, seu skate escorregou de sua mão e quase derrubou um velhinho que vinha caminhando contra o nosso caminho.

–- Você enlouqueceu Nash?

–- Bem, eu acho que seria um pouco difícil, já que eu não via você há mais de um ano.

–- Você é idiota ou o que? – Ela reclamou e me arrancou uma risada do rosto – Isso não é engraçado.

–- Ah qual é, o que aconteceu com o seu senso de humor?

–- Não sei, acho que ficou naquele restaurante – Disse emburrada.

–- Ah... Certo. Então vamos lá busca-lo.

Agora ela soltou um sorriso, eu soltei também, por um momento esqueci de tudo que ia falar ou fazer, somente aproveitava o momento. Parecia que eu ainda sinto algo por ela, que ainda não se apagou por completo, mas que eu tinha que apagar por completo.

–- O que foi? – Perguntou ela – Porque está me olhando assim?

–- Não sei... – Respondi simplesmente – É mesmo, eu tenho que te levar para casa.

Nós seguimos para a casa dela e mais uma vez não conseguimos conversar sobreo tal assunto tão importante, já estava começando a achar que ele não era tão importante assim.

Entretanto, percebi que estava perto da casa da minha mãe, então mesmo já a noite resolvi fazer uma visita inesperada a ela, já que o ainda não haveria aula nos dias seguintes. A visita por fim foi mesmo inesperada, para minha mãe.

Já na porta de casa escutei ela dando risadas e conversando com alguém. Entrei fazendo barulho propositalmente, e ela levou um susto. A encontrei a mesa conversando descontraidamente com uma mulher.

Elas pareciam ter quase a mesma idade. A mulher tinha cabelos pretos curtos até a altura do ombro, seus olhos eram verdes.

–- Ah! Daivid! – Foi o susto de minha mãe. Que assim como a outra era uma mulher de cabelos pretos como os meus, e olhos verdes, que eu queria ter herdado dela, mas acabei com os pretos de meu pai.

–- Oi mãe. Oi tia – Disse com um sorriso.

–- Ei, está fazendo o que aqui a essa hora? Não era pra você estar na escola? – Esse foi o “oi” da minha mãe.

–- É, bem eu estava andando por aqui, e as aulas ainda não retornaram então resolvi passar aqui. Tia, tudo bem com você?

–- Nossa você parece tão adulto – Concluiu minha tia – Sua prima está ai, no seu quarto, mais precisamente. Aposto que ela está com saudades.

Só para constar, eu e minha tia não nos dávamos muito bem. Então resolvi deixar as duas e ir falar com a minha prima, aquela já mencionada antes, que estava comigo quando eu estava no shopping e conheci Karen.

A garota, minha prima, era uma menina, mais velha que eu, assim como sua mãe ela tinha cabelos pretos longos, desgrenhados, e grandes olhos verdes, parece que eu sou o único que não herdou olhos verdes. Assim, como eu ela também usa óculos de grau, estilo “aviador” e passava maquiagem preta ao redor dos olhos na tentativa de fazer papel de garota rebelde. Em meu quarto, ela estava deitada em minha cama, jogando um Nintendo DS despreocupadamente.

–- Ei, está fazendo o que na minha cama? – Perguntei – Jogando meu Nintendo...

Ela desviou os olhos do videogame portátil apenas tempo o suficiente para decifrar quem era que estava falando.

–- Ta fazendo o que aqui, você não estuda não? – Então um barulho denunciou o fim do jogo e da sua diversão com meu videogame, ela murmurou alguma coisa e soltou o console na mesa de cabeceira ao lado da minha cama.

Meu quarto era um lugar bem compacto, caberiam nele apenas duas camas de solteiro meu guarda roupa e uma mesa de cabeceira entre as camas. No caso eu usava apenas uma cama, deixando um espaço livre onde a bagagem da minha prima estava presente.

–- Eu estudo sim, apenas quando tem aula – Me joguei na cama ao seu lado. Não minha cama não era espaçosa para duas pessoas – Aconteceu algo? É bem raro sua mãe vir nos visitar.

–- Não, bem, nossa casa está em reforma, então sua mãe deixou que nós ficássemos aqui por uns tempos. E como você não está morando aqui, eu reclamei o seu quarto, e seu videogame. Espero que não se importe, bem, se você se importar também não mudaria nada. Então se caso você for passar a noite aqui hoje, vai ter que se acomodar... no chão – Disse com um sorriso zombeteiro.

–- Tudo bem eu fico no chão. Mas... Vou ficar com o videogame. Acho que essa cama é pequena demais para duas pessoas.

–- E daí, você sempre foi grudado em mim e eu nunca me importei com isso, até agora. Atualmente seria estranho você estar grudado em mim, aposto que você sabe o porquê.

–- Porque agora você está fazendo o papel de uma jovem rebelde que não gosta de contato físico exagerado?

–- Não! Não é nada disso, é porque agora nós estamos... bem... Nós não somos mais crianças agora então acho que...

–- Lilian... não estou te entendendo -- Me fiz de idiota, de proposito, e estava me segurando para não dar risada.

Quando ela notou que meu objetivo era apenas tirar sarro dela, levei uma cotovelada. Então começamos a ver álbuns de fotos antigas, dar risadas e falar sobre relacionamentos. Ainda dividindo a mesma cama. Só foi um pouquinho complicado folear as paginas do álbum, já que não conseguíamos nos mexer muito bem.

–- E o Erick? – Perguntei a ela.

–- Bem... – Sua expressão deixava claro que ela não queria falar sobre isso, ou talvez algo de muito sério aconteceu – O Erick... Eu não sei sobre o Erick porque não estamos mais juntos.

–- O que aconteceu?

–- Não quero falar sobre isso – Disse por fim – Mas deixando isso de lado, e você? Já conseguiu alguém que te fez se esquecer da Karen?

–- No momento, posso dizer que gosto de alguém, mas não posso dizer que eu esqueci completamente a Karen. Eu ainda, bem...

–- No fundo você ainda sente algo por ela. Foi assim com o meu primeiro namorado, sabe, primeiro amor e tals, mas somente o primeiro. Os outros já não foi a mesma coisa, é o que eles dizer certo? O primeiro amor a gente nunca esquece.

–- É, deve ser isso mesmo...


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Notas finais do capítulo

As garotas de Daivid (incluindo Anthony/ ou Antony como era no começo... Brinks kkkk) Então galera, esse foi mais um capitulo de apresentação da prima de Daivid e também está aberto a sugestões. Tem algo que vcs querem ver na fic?? Adoro sugestoes. Entao bjs e até ++



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