Stuck in a Hidden world escrita por Quiet little reader


Capítulo 6
Little coffee and too much alcohol


Notas iniciais do capítulo

Hey, olha quem está fora do prazo novamente. Sinto muito, leitores, mas muitas coisas acontecem e impedem que um novo capítulo seja postado a cada quinze dias como constava nos planos iniciais. Por isso eu estou alterando as informações e deixando sem um prazo definido. O previsto é que se mantenha essa faixa de 40 a 45 dias, mas eu vou tentar postar sempre o mais rápido possível. Só não quero deixá-los muito tempo com expectativas e nem confundir os novos leitores.
Por falar em novos leitores, sejam muito bem-vindas Lia Jackson Eaton Malfoy Smith e Snow Queen, que favoritaram a história, e também Snow que começou a acompanhar pelo sistema do Nyah!
Quero agradecer á Jade ( Mamys diva, confeiteira e poderosa), Dreamy girl (Isa), Lara ( Minha Gêmea Genial), Gabs ( Lala querida), Nara Lynch ( Tay, minha princesa) e Suicidal ( Mandy, a Xará da nossa Hacker) pelos comentários incríveis no capitulo anterior.
Tay, você achou que eu ia me esquecer do que você fez? Não, senhora! Muito obrigada pela sua recomendação maravilhosa, princesa. Este capítulo é totalmente dedicado a você e eu espero que goste.
Aproveitando o espaço eu vou deixar o mu 'Muito Obrigada' à Jade e Lara que sempre perguntam e cobram a postagem. Em homenagem a vocês fiz um capítulo maior, pois sei que gostam.
Enfim, eu confesso que o começo não está muito empolgante, há uma grande narração, algumas explicações e eu realmente achei que esse seria o capítulo mais chato escrito até o momento. No entanto, ele começou a deslanchar e gostei muito do caminho que ele tomou. Eu espero que vocês também gostem e que o tamanho compense a demora.
Boa leitura *-*



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Mandy estava muito sonolenta. Após a reunião com Christopher a tarde, ela passou a noite toda escrevendo o bendito relatório que deveria ser entregue até o fim da manhã. Mas como era geniosa Mandy faria isso logo cedo, o primeiro compromisso do loiro seria receber as 45 folhas que ela tinha feito questão de fazer.

Sem muito ânimo, mas determinada a jogar na cara do chefe infantil e do coordenador implicante que seria capaz de cumprir tal tarefa antes mesmo do prazo, Mandy se arrastou para fora da cama e se dirigiu ao banheiro. Os 57 centímetros foram percorridos em poucos segundos. Como era uma funcionária que não tinha contato direto com o Sawyer ela não se hospedava na cede dele. Qualquer um que coletasse informações e entregasse diretamente ficava junto com o mafioso para que não houvesse risco de ser seguido ou levar algum visitante indesejado até a cede.

Christopher morava em seu escritório. Não necessariamente naquela salinha em que ela estivera no dia anterior, mas na mansão em que a luxuosa sala se encontrava. Por mais que uma movimentação para um escritório fosse um pouco mais adequada por mudar a localização de um dos caras mais procurados dos Estados Unidos, a permanência em uma cede secreta era ainda melhor. O loiro teria para onde se mudar caso fosse encontrado, toda uma escolta e uma variedade de rotas programadas, mas habitava uma mansão imponente em um local isolado.

Já Mandy morava em um dos alojamentos feitos especialmente para funcionários que não tivessem onde ficar. Christopher estava sempre a busca de bons aliados e, portanto, pessoas de todo o mundo se mudavam para servi-lo. Afim, de ter controle dos que tinham mudado de localização geográfica para atendê-lo, da equipe que enfrentava diversas tarefas sem ter endereço fixo os apartamentos do prédio confortavam também aqueles que tinham traído chefes anteriores e ajudado o Rapaz. Assim, esses que passaram informações de outros criminosos estavam seguros e abrigados ao mesmo tempo em que estavam afastados do Sawyer para que o que aconteceu com a pessoa anterior não lhe acontecesse, não haveria como ser traído por esses já que os mesmos não tinham informação, função e nem mesmo noção de como Christopher era.

O apartamento de Mandy, ficava no penúltimo dos 14 andares, cada um com uma senha no elevador. Quanto mais alto fosse o seu posto na rede de trabalho afastado mais perto da cobertura você ficava. Sendo assim, os traidores se encontravam no primeiro e segundo andares, mas não tinham acesso ao outros. Mandy e os 'detetives' particulares tinham acesso a somente o seu andar.

Após tomar o seu banho, a jovem vestiu uma roupa simples e atlética para que não interferisse no seu treino, que de acordo com o que Rayland tinha lhe falado quando foi avisar para não se esquecer do relatório, começava no mesmo dia. Amarrou o cabelo em um rabo de cavalo alto e firme enquanto caminhava pelo quarto.

O lugar era bem pequeno e simples, nada sofisticado. O quarto media 2.5x 1,75m com um banheiro tão pequeno que não valia a pena medir. Embora estivesse uma andar abaixo do que seria cobertura, não havia cozinha, nem sala. O lugar era apenas um local para que se tivesse onde dormir e fazer as devidas higienes, era isso o que Christopher oferecia e propunha.

Mandy olha no relógio e consta que já os ponteiros marcavam 05:24 da manhã. Tinha dormido por meia hora, já que trabalhou no relatório que deveria ser feito à mão sem rasuras ou uso de corretivo até às 04:30. Já fazia mais de vinte minutos que estava de pé, e os seus esforços com o corretivo para esconder as olheiras tinham falhado. Ela não queira aparecer para entregar os papéis em péssimo estado e deixar que os notassem de que tinha se empenhado muito para fazer o seu 'dever' antes do prazo. Ela queria parecer competente naturalmente.

Desanimada, a hacker tranca o seu apartamento e se dirigi até o elevador pelo corredor vazio. Não estava tudo quieto por conta do horário e sim porque ela era a única da 'categoria' naquele andar. Bryan tinha um pequeno apartamento que sua avó deixara e o detetive particular estava sempre fora investigando alguém.

Foram passos lentos que a conduziram até o Kia Sportage1 preto que a levaria para a cede em que Christopher receberia o relatório. A manhã estava fresca e úmida, quase fria o suficiente para que Mandy voltasse ao seu apartamento e trocasse de roupa por uma mais pesada e quente.

Victor2 estava encostado na porta do carro fumando um cigarro. A postura relaxada e os cabelos castanhos arrepiados lhe davam um ar sereno. O terno azul e a barba bem feita lhe davam um ar confiável. Mandy nunca havia conversado muito com o homem de trinta e quatro anos, mas acreditava que o mesmo era uma boa pessoa. Seus olhos entre os tons esverdeado e cor de mel transmitiam uma compreensão e humildade convincentes.

— Bom dia - Disse o motorista de pele bronzeada com um sorriso singelo no rosto - Pronta para irmos?

O mesmo apagava o cigarro que fora jogado na calçada quando a morena se pronunciou e chamou sua atenção.

— Na verdade, eu vou precisar passar em uma cafeteria. - Respondeu Mandy um pouco tímida, ela tinha feito com que Victor estivesse na portaria às 05:30 da manhã e ainda o estava convidando a extrapolar sua rota programada. Embora soubesse que ele poderia facilmente dizer que não a levaria a nenhum lugar que não fosse a mansão de Christopher, a jovem precisava tomar um pouco de café e a necessidade conduziu a sua fala.

Silenciosamente, Victor, deu a volta no carro e ao abrir a porta perguntou:

— Alguma em específico? - Disse de modo reconfortante.

— Conhece a Omelette & Waffle Café? - Perguntou ao homem apoiado na porta entreaberta do carro que apenas meneou lentamente a cabeça em sinal de negação. - Fica na 580 Forest Ave, Plymouth, MI 481703

Ao ouvir o endereço o moreno apenas assentiu e entrou no carro. Mandy se aproximou e sentou ao lado da janela traseira com a pasta verde claro em seu colo. O som estava ligado e não tocava nenhuma música no momento, o que se transmitia era um programa interativo da rádio. A situação em que o trânsito se encontrava era descrita quando o silêncio foi inesperadamente quebrado.

— Está fechada - Informou o homem sentado no banco do motorista.

— Como? - Queixou- se Mandy abrindo a porta do carro e lançando-se ao sereno. Ela não queria acreditar na placa pendurada na porta a sua frente. Precisava de café, tinha que despertar e estar atenta às orientações que receberia em seu treino. Tinha que conseguir raciocinar para se livrar dos trocadilhos e armadilhas de Rayland.

— Que tentar passar em alguma outra? - Gritou Victor por entre o vidro aberto da janela do banco do passageiro ao seu lado.

— Conhece alguma que esteja aberta a esta hora? - Rebateu enquanto se virava em direção ao veículo a tempo de ver o balanço da cabeça do condutor em negação - Foi o que eu imaginei - disse suspirando e entrando novamente no Kia que estava a sua disposição.

Durante todo o trajeto não houve muito no que se pensar, a não ser o que a mídia quisesse que se pensasse. As notícias na rádio mostravam o conflito e o quanto as pessoas vêm acabando com o planeta e com elas mesmas. ' Devemos ser mais pacíficos', ' Devemos economizar água', ' Temos direito a liberdade de expressão' tudo implantado por meio dos comentários dos radialistas.

Já cansada de tanta manipulação na sua mente, no seu trabalho e na sua vida. Mandy se volta para a visão do lado de fora da janela e começa a analisar por conta própria. Detroit já não era mais a mesma, de grande polo automobilístico e potencial econômico passou a uma cidade fantasma com mais de 78 mil imóveis vazios, grandes galpões e perfeita para hospedar o maior mafioso dos Estados Unidos.

Não se procura grandes líderes em locais acabados, e sim, em grandes centros. No entanto Detroit era perfeita até na localização geográfica. Situada entre aos lagos ST. Clair e Erie e próxima ao Canadá a cidade favorecia um escape rápido.

" O mesmo soldado, sou eu, eu e eu mesmo

Por aí, filmando minha biografia, e autobiografia"

Os versos liberados pelos alto- falantes do carro chamaram a atenção de Mandy e despejaram o peso da realidade sobre os seus ombros. Ela era apenas uma peça, uma peça no lugar errado desempenhando a função certa para o dono do tabuleiro. O título da música era correto com a real situação da Cidade, Detroit estava Contra Todos porque o Christopher estava contra todos.

E no fim das contas era com ela com quem podia contar. Era cada um por si e todos pelo Sawyer. Isso não lhe pareceu justo.

Eram aproximadamente 06:30 da manhã quando chegou ao seu destino. Estava certa de que seria o primeiro compromisso do Loiro. A mansão estava silenciosa e movimentada. Seguranças faziam a ronda, empregados cuidavam do jardim, da piscina e dos cômodos. Tudo sendo organizado e verificado. No meio desse tumulto programado avistou Rayland conversando animadamente com um segurança alto e sério.

— Banker! - Chamou ainda um pouco distante. O homem baixo se virou e lhe encarou com um incômodo visível na sua expressão. - Quero falar com o Christopher.

— Tem horário marcado? - Perguntou cínico. A única reação da Mandy foi revirar os olhos e negar com a cabeça enquanto se preparava para o conturbado diálogo que se iniciava. - Então, eu verei o que posso fazer por você. Acho que ele só tem vaga para semana que vem.

— Por favor, Rayland - Suplicou Mandy, a mesma estava exausta e não queria se desgastar com o careca que estava surpreso pelo seu modo de pedir. - Eu preciso entregar o relatório.

— Ah, isso você pode me entregar agora mesmo - Disse estendendo a mão em direção a pasta que a morena tinha em baixo do braço.

— Não! - Sobressaltou-se Mandy ao mesmo tempo em que afastava a pasta do homem. Não deixaria que ele tirasse o prazer de jogar na cara do Christopher que podia cumprir suas exigências e ainda fazer mais do que o estipulado. - Vou entregar pessoalmente.

— Se você quer assim, vai ter quer esperar- Rayland sabia que não conseguiria fazer com que a sua subordinada cedesse e abrisse mão de falar com o seu patrão. Então, no mínimo a faria se arrepender disso. - Ele vai te atender no final da manhã, foi esse o prazo estipulado, não foi?

— O quê? - Ela não acreditava que ele a faria esperar por horas sem nada para fazer. - Ele me deu até o fim da manhã. Posso entregar antes, posso entregar em qualquer momento antes que a manhã acabe- Ela não podia acreditar no que estava ouvindo. Era absurdo! - Não vai querer atrasar o senhor Saywer, vai? Eu te garanto que ele não vai gostar de saber que você prendeu as informações que ele solicitou - Desafiou a fim de ganhar vantagem e sair vencedora.

— De qualquer maneira você vai ter que esperar. Christopher não está em seu escritório e não começou a atender ninguém. - Argumentou irritado

— Quantas pessoas têm na minha frente- Perguntou desconfiada. Se ninguém havia sido atendido ainda, isso significada que haveria mais pessoas esperando.

— Ninguém - Falou com desdém e começando a se afastar da garota que ele não suportava.

— E que horas ele começará a atender? - Questionou enquanto apertava o passo para acompanhar o seu coordenador.

— Não sei, não tenho a menor ideia- Disse enquanto começava a se virar de modo que encarasse Mandy e seguisse o caminho de costas- Ele é Christopher Sawyer, faz os próprios horários.

— Tá' e ele não tem nenhum padrão? Não é possível que seja tão desorganizado - Pontuou Mandy enquanto seguia Rayland, já de costas para ela, até dentro da casa.

— Desorganizado? - Debochou o Banker achando muita graça no que fora dito - Ele só é bem independente. - Disse dando um ar sarcástico ao termo independente- Mas ás 07: 30 ele costuma aparecer no escritório.

— Tudo bem, de qualquer forma sou a primeira da fila. Avise para ele quando for ao escritório. - Pediu enquanto adentrava o Hall.

— Você mesma pode fazer isso - Disse parando e se virando para Mandy - Aquele é o escritório dele - Apontou para a porta que ela tinha aberto no meio de uma reunião no dia anterior - E ele está lá em cima - Indicou a escada central ao local em que estavam, mas a esquerda do escritório. - Você espera ali - Mostrou um dos sofás que estavam no Hall - Quando ele passar por aqui em direção ao escritório você pode falar que está com o relatório antes mesmo dele entrar. Você não seria convidada mesmo - Desdenhou - O que vai fazer necessita apenas que ele estenda a mão - terminou subindo a escada.

Sem ter muitas opções, sem se decretar derrotada, mas com uma quantidade de paciência pouca, a moça se dirigiu ao sofá de couro branco e se sentou para esperar. O ambiente era muito bonito, mas a sensação de frieza era forte no lugar. Mandy não sabia ao certo se era devido aos mármores e pedras usados na finalização da casa ou se era devido aos tipos de pessoas ali presentes.

Enquanto esperava por Christopher viu vários homens vestidos em tons escuros, sociais e fortemente armados circularem pelo local e ao redor da casa. Havia também mulheres com trajes uniformizados que molhavam as plantas, varriam o chão e espanavam os móveis. No entanto, duas moças bem jovens desceram as escadas descabeladas, e de roupas justas e curtas. Uma delas com os saltos em uma das mãos e lápis de olho levemente borrado. A mesma parecia um tanto quando apreensiva.

A segunda, bem mais alta e ruiva, dava passos firmes calçada dos enormes saltos. Com uma postura digna de uma bailaria, se dirigiu a porta e lançou um olhar frio, mas que exalava seu orgulho de missão cumprida para Mandy.

O Hall4 era luxuoso, e, no entanto, estava tedioso. As paredes sustentavam apenas um quadro que não foi capaz de prender a atenção de Mandy por mais de 5 minutos. As paredes cobertas por uma tinta que ela só conse me guia associar a algo entre um amarelo queimado perolizado e a cor ' Trem da Serra' junto com a iluminação bem distribuída, porém sem intensidade, a deixavam sonolenta.

Ela definitivamente queria ter tomado aquele café. Cair no sono no meio de uma sala a qual passavam muitas pessoas que não perderiam a oportunidade de tirar uma foto em um momento de sonolência acompanhado de uma boca aberta e chantageá-la em troca de algo, ou até mesmo usar contra ela afirmando que estava dormindo em serviço não lhe parecia uma boa opção. Perder a passagem do seu chefe também não lhe agradava.

Já agoniada, Mandy retira seu IPod e coloca seus fones. A bateria não estava muito acima dos 34%, mas deveria aguentar até a chegada do Loiro. Ele não deveria demorar a descer. Entre a passagem de uma música a outra, justamente durante aquele silêncio em que se cria a expectativa de qual será a próxima faixa a ser tocada, Christopher surge nas escadas.

Os cabelos do rapaz estavam completamente bagunçados e sua camisa de botões não estava abotoada. Enquanto ele descia os degraus cambaleante o amassado de sua roupa ficava ainda mais evidente.

Em um movimento rápido, Mandy, começa a guardar o dispositivo em seu bolso. Um relance lhe revela que já passavam das 10:30 da manhã. A constatação fez uma raiva começar a aflorar por todo o seu sistema nervoso.

Apressada, e determinada a não perder mais nenhum minuto do seu dia, do seu precioso tempo, a morena se levanta caminha até o homem que pisava no último degrau descalço.

— Ei, eu preciso de um café bem forte - Pronunciou assim que avistou a moça a sua frente. Ele não a tinha reconhecido e havia tocando em algo muito, mas muito, delicado para ela naquele momento. Café.

— Você só pode estar de brincadeira - Bradou incrédula.

— Ei, Olha o tom! - Esbravejou Christopher levando as mãos até as têmporas.

Foi neste momento que Mandy se deu conta da vermelhidão dos olhos do Rapaz, e percebeu a realidade. Ele estava bêbado, ou mínimo, com uma ressaca enorme. Depois dela ter passado a noite em claro, ele não tinha tido a responsabilidade de honrar os seus compromissos e chegar no horário devido. Ele não estava nem conseguindo ouvi-la sem achar que ela estava gritando, muito menos receber e analisar o relatório.

— Olha o tom?!? - Repetiu ainda sem acreditar no que ouvia - Olha o respeito! Está pensando que eu sou quem? - Disse aumentado o volume de sua voz e deixando toda a raiva ser liberada.

— Ora, que insolente! - Respondeu o Sawyer liberando um hálito forte de bebida - Você é quem cuida de me servir. Deveria me trazer um café e não fazer esse escândalo. - Repreendeu enquanto saía do último degrau em que estivera desde que havia se pronunciado pela primeira vez - Cumpra a sua obrigação e deixe de rebeldia!

— Não! - Exclamou a moça - Eu não tenho que lhe servir café nenhum! Eu só tenho que lhe entregar um relatório - Falou enquanto balançava a pasta com os papéis em frente ao homem - Minha Obrigação eu cumpro. Você que tem sido irresponsável! Isso são horas?!? Esse é o estado em que lida com as coisas?!?

Mandy já tinha se libertado de qualquer censura. Estava despejando toda a sua indignação e já começava a chamar atenção. Alguém sem dúvida estava pronto para intervir, mas parecia esperar a liberação de Christopher que começava a cair em si.

Aos poucos o mafioso tinha entendido quem era aquela que gritava com ele. Embora, a raiva pelo que ela falava e a dor de cabeça dificultassem o raciocínio em poucos segundos tudo já havia sido processado de modo falho em sua mente.

— Eu?!? Eu estou dentro do meu prazo! - Falou rispidamente - Você que está precipitada.

Essa tinha sido a gota D'Água. Era difícil acreditar que todo o esforço havia sido em vão. Nenhum sacrifício ali seria reconhecido. Em um impulso, Mandy pegou a pasta e jogou em cima do rapaz.

— Aqui estão as 45 páginas - Falou enquanto o loiro recebia a entrega para que mesma não caísse no chão. O susto havia sido grande o suficiente para fazê-lo recuar e tropeçar no degrau atrás dele.

O desequilíbrio e o tombo levaram menos de um segundo. Ele realmente estava afetado pela bebida e com os reflexos alterados. Antes mesmo que Mandy conseguisse voltar a si, Rayland aparece do corredor à esquerda e corre até o chefe que estava sentado, ainda na posição da queda, no chão.

— Christopher! - Chamou o moreno enquanto se agachava - Você está bem?

O fiel funcionário e coordenador parecia realmente preocupado. A Hacker apenas deu alguns passos próximos ao local, em um círculo pequeno, tentando acreditar na fragilidade daquele que mandava, desmandava e condenava milhares de vidas.

Ao terminar a sua volta, a moça conseguiu visualizar a loiro dar um salto e se colocar em pé desviando do homem que o ajudava e avançando em sua direção. Os punhos do loiro tremiam e estavam cerrados, ele arrancaria uma explicação, daria um castigo, mas foi interrompido pelo Banker que se posicionou a sua frente e o conteve com um esforço válido devido à incapacidade da coordenação motora do que era contido.

Rayland segurava firmemente aquele que era maior que ele. Seu olhar sobre o chefe era doloroso e continha compaixão. Estava claro que ver Christopher naquele estado o preocupava.

— Se acalme! O que houve aqui? - Perguntou atraindo o olhar raivoso que era lançando para Mandy em sua direção.

— Essa louca! - Acusou apontado para a funcionária que apenas observava tudo ainda com a adrenalina forte em seu sistema - Mantenha longe de mim! Você é o coordenador dela, a controle - Ordenou enquanto seu estado era averiguado.

Já ciente de que não existiam ferimentos graves em seu chefe, Rayland se vira em direção a Mandy e lhe lança um olhar furioso. Aproveitando-se da movimentação do homem baixo, o Sawyer tenta se desvencilhar e chegar até a morena, mas novamente é impedido.

— Deixe-me passar! Tenho que cuidar disso - Diz enquanto continua seus esforços para se livra do bloqueio humano.

— Não, Christopher, está na minha vez - Disse olhando firmemente para a morena a sua frente - Já está na hora do primeiro treino, não está? - Disse com um sorriso um tanto sapeca ao canto da boca.


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Notas finais do capítulo

1- Link da imagem do carro preto no qual Victor busca Mandy: http://img.estadao.com.br/wp/jornal-do-carro/files/2011/11/Kia-sportage-1.jpg

2- Eu já havia citado Victor duas vezes antes, "The mission - Final" e em "Plugging", então achei que ele merecia uma descrição. Quando busquei alguém com as características me deparei com o ator do link que vou colocar ao final deste tópico. O que vocês imaginaram se parece com esse? http://img11.hostingpics.net/pics/76671520120115cobz03144jpg.jpg

3- Esse endereço realmente existe e de acordo com o site em que o achei, a cafeteria fica a aproximadamente 30 minutos de Detroit. Mais informações sobre o Lugar no link :http://www.yelp.com/biz/omelette-and-waffle-cafe-plymouth

4- Eu fiz a descrição do Hall antes de procurar a imagem e a que melhor se encaixou foi essa. Imaginem que após os sofás que aparecem, ao lado direito, exista o escritório do Christopher. http://www.luxoreng.com.br/images/obras/sky-towers/sky-towers-home/hall-residencial.jpg

* Os versos que aparecem no capítulo são da música 'Detroit Vs. Everybody (Feat. Dej Loaf, Royce da 5'9", Big Sean, Danny Brown & Trick Trick)' Mais trechos devem aparacem em capítulos seguintes.

Obs: As informações sobre o estado da cidade foram retiradas de vários sites, dentre eles o mais significativo foi o seguinte: http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/vasto-mundo/falencia-de-detroit-a-maior-ate-hoje-de-uma-cidade-americana-culmina-processo-de-50-anos-de-esvaziamento-economico-e-populacional/


Algum erro no texto, crítica ou sugestão? Só avisando que não tive o tempo ideal para revisar. Por favor, comentem e sejam honestos. Gostaria muito de saber a opinião de vocês e o que esperam da história. Não tenham medo de criticar!
Beijokas e até a próxima postagem :*



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