Stuck in a Hidden world escrita por Quiet little reader


Capítulo 5
Plugging


Notas iniciais do capítulo

Olá! Eu sei que demorei muito dessa vez e que não tem desculpa nenhuma, foi corrido sim, mas eu estava com medo de não escrever um bom capítulo. Recebi minha primeira recomendação e queria fazer um ótimo capítulo. Quando chegou a segunda eu não podia mais procrastinar.
Gêmea e Mamys ( Lara e Jade) muito obrigada pelas recomendações, princesas. Eu amei as lindas palavras e dedico este capítulo à vocês que tanto me ajudam, apoiam e incentivam. Espero que gostem.
Gostaria de agradecer à Jade, Lara, Reader Secret (Bea), Dreamy girl (Isa), Empty Thoughts(Tah), Secret Feelings (Lary) e Nara Lynch (Tay) pelos lindíssimos comentários no capítulo anterior.
Quero agradecer também à Nara Lynch (Tay) e Ana luiza por terem começado a acompanhar a história pelo sistema do Nyah!. Não posso me esquecer também da Sophia Stephane (Sôh), Little Juliet (Sarinha), Jade, Robespierre (Zin) e Lara que favoritaram a história. Muito Obrigada!
Quero dar os meus parabéns atrasados para a Jade que fez aniversário no último dia doze. Minha princesa, eu só lhe desejo coisas boas. Muita saúde, paz, sucesso, felicidade, realizações e paciência para continuar lendo e dando ideias para SIAHW.
Ontem, outra querida fez aniversário. Parabéns Luah (Hard Feelings), minha princesa mais diva que a Cinderela, eu também só tenho votos bons para lhe fazer. Que as portas estejam sempre abertas e que você tenha saúde e sabedoria para agarrar as oportunidades.
Caso eu não volte a postar antes do ano novo, o que eu acho super hiper mega provável, já deixo os meus votos de um ano maravilhoso, repleto de conquistas e inspirações. Espero que todos os sonhos saiam do papel, que vocês tenham muita saúde, paz e alegrias.
Enfim, este capítulo será um pouco diferente. A pedido da Dreamy girl (Isa) eu não farei a narração impessoal. Ele será P.O.V Mandy. Confesso que não é tão fácil de se escrever, pois se revela a personalidade da personagem. Mas, imagino que um P.O.V Christopher seria muito mais complicado. Espero que gostem do resultado.
Enjoy *-*



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P.O.V Mandy

Eu estava chocada. Não por ter atrapalhado uma reunião que com toda certeza era super importante, mas por isso não ter incomodado ninguém. Sinceramente, o que me passou pela cabeça quando eu vi o homem próximo da porta e as caras sérias naquele ambiente foi: Fudeu! Pensei que estaria com um novo problema, e me tremi internamente porque não seria chamada atenção por Rayland, mas pelo próprio Christopher.

Eu já não estava confortável por estar prestes a ter uma "reunião" com o meu verdadeiro chefe e aquele pequeno incidente só tinha me deixado mais desconfiada. O que ele queria comigo? O que eu tinha feito de errado? Geralmente tudo era resolvido por meio do Rayland já que Christopher estava ocupado resolvendo assuntos mais importantes, tendo em vista que eu era uma empregada menor da qual eu duvidava que ele tivesse prestado um pouco de atenção antes dessa missão. Não que ele não soubesse o que se passava no que chamam de reino, na verdade, ele sempre sabia de tudo. Tinha milhares de relatórios a respeito, estava por trás dos recados de Rayland e de qualquer um. Ele simplesmente não se envolvia diretamente com quem não fosse da alta patente.

Adentrei o escritório que embora fosse bem iluminado era mais escuro que qualquer ambiente naquela casa. As estantes, a mesa, e os móveis tinham sido fabricados em uma madeira quase negra que se mantia bem conservada e brilhosa devido o verniz. Tentei parecer o mais confiante possível diante daquela figura intimidadora. Eu contava cada passo que dava no grande carpete a fim de não tropeçar em alguma dobra e cair. Ele apenas analisava cada movimento meu com uma expressão um pouco paciente.

Assim que alcancei a sua mesa me joguei na cadeira semicircular de acento vermelho fofo e suspirei aliviada. Eu tinha conseguido percorrer os três metros sem dar nenhum vexame. Eu estava indo bem. Christopher apenas me olhava com uma sobrancelha levemente arqueada e de uma forma um pouco incrédula. Nesse momento me toquei que talvez ninguém nunca tenha adentrado o seu escritório e se jogado tão informalmente assim na sua cadeira que não era lá muito confortável. Mas ele quem tinha me mandado entrar e sentar, não tinha? Eu não iria fazer cerimônias, tinha acabado de voltar de uma missão na qual eu poderia ter morrido. Eu merecia um descanso.

Aquela altura eu simplesmente não sabia o que fazer. O silêncio, e o olhar calmo e frio sobre mim estava desconfortável. Comecei a Olhar ao meu redor, mais precisamente para a estante a minha direita. Tentava ler os títulos que ela expunha, talvez sabendo o que ele lia poderia ter uma pista sobre como ele era. A grande maioria tinha uma capa rústica e símbolos dourados na lombar que fizeram com que eu não os identificasse. Alguns títulos como " Dívida de honra" e " A Firma" saltaram a minha visão. Pareciam deslocados dentre os outros imponentes que estavam na estante, mas não chamavam muita atenção. Sua diferença era completamente ofuscada pelo outros.

O tique- taque de um relógio começou a me irritar, mas eu não me lembrava de ter visto nenhum naquele cômodo. Passei os olhos mais uma vez pelo lugar. Tudo ali parecia exalar desprezo, era como se a arrogância também fizesse parte da personalidade dos móveis. Parei em um dos pulsos do loiro a minha frente. As suas mãos estavam sobre a mesa. A que carregava o relógio de ouro irritante por cima da outra. Era de lá que vinha o barulho.

— Preciso de um relatório - Christopher disse me assustando e dando um sorrisinho vitorioso. Ele estava gostando da situação, talvez eu não estivesse indo tão bem quanto pensava. Ele não tinha falado antes porque ele estava se divertindo. - Quero que me entregue até o início da manhã seguinte.

Ele afastou um pouco a sua grande cadeira e abriu uma gaveta em sua mesa. Retirou uma pasta simples. Na verdade, era uma capa, a abriu e checou alguns papéis ali dentro. A fechou e a Estendeu em minha direção.

— Aí tem algumas perguntas direcionadas que devem te ajudar quanto a construção do relatório. Preciso do máximo de detalhes que você puder descrever. Como foi uma missão rápida creio que vinte laudas devam explicar o que aconteceu lá.

Era isso? Ele tinha me chamado lá para pedir um relatório estúpido?

— Eu conheço o procedimento dos relatórios - Disse um pouco irritada. Ele não tinha nem perguntado se eu estava bem ou me cumprimentado - Não é necessário que sejam 20 laudas - Eu achava um exagero da parte dele. Ele queria que eu escrevesse 40 páginas de um dia para o outro. Era muita folga, mesmo.

Christopher me estudava e eu sabia disso. Seus olhos castanhos passeavam por mim como se estivessem fazendo uma leitura. Como se procurasse o meu ponto mais fraco para conseguir me dar um ataque fatal. Eu deveria Fazer o mesmo, não podia me expor e ficar vulnerável, mas seus olhos me prendiam. Os mesmo que me analisavam estavam me deixando hipnotizada e desconcertada. Eu tinha que desviar. Abaixei a cabeça e comecei a olhar os papéis em minhas mãos.

— Esse relatório é diferente do que os que você está acostumada. - Ele tornou a falar com um tom debochado, parecia estar explicando a coisa mais óbvia do mundo para um criança e isso me incomodava profundamente. - Foi uma missão externa, preciso de mais detalhes. As informações que você colocar aí vão ajudar na elaboração do próximo plano.

— Próximo plano ? - disse mais para mim do que para ele, então ele já tinha conseguido as informações que queria. - Qual o próximo plano?

— Preciso que você pegue a câmera de volta - Disse encostando-se à cadeira e assumido uma postura relaxada - Não posso correr o risco de ele a descobrir e ter um hacker que o leve até o meu computador. Sabe, os dois estão interligados, eu recebo as imagens instantaneamente - Terminou dando uma ar sínico de algo inacreditável.

Eu revirei os olhos. Dava para acreditar nesse cara? Ele era totalmente infantil.

— Você não sincronizou a câmera com um computador importante, sincronizou? - Usei o ar mais Irônico que eu já tinha conseguido na minha vida. Fiz parecer que ele estava me contando uma burrada enorme o que de certo modo não era totalmente mentira.

— Não, claro que não! - Rebateu debochado - Conectei com um computador novo, quase zerado. - Apontou para um MacBook jogando no canto do escritório, próximo a um criado ao pé da janela coberta pelas cortinas atrás dele- IP alterado pelo Bryan enquanto você estava indisponível.

Ele falou como se eu estivesse sido displicente e não tivesse cumprido a minha obrigação. Eu e Bryan cuidamos de ataques virtuais, rastreamentos e outras missões computacionais, éramos uma boa equipe. Se eu não alterei o IP do computador foi porque eu estava implantando a câmera a quilômetros de distância.

— Quando eu vou ter que ir buscar o equipamento? – Eu não era uma pessoa muito paciente e o jeito superior com que ele falava me dava nos nervos. Eu acabaria sendo rude com ele e me daria mal. Quantos menos tempo eu ficasse ali, melhor.

— Assim que eu tiver certeza de que ele está fazendo uma aliança com os mexicanos - Ele rodou a cadeira uns noventa graus, se levantou e caminhou até um aparador que continha algumas bebidas ao lado esquerdo da sala. Encheu o copo com uísque e enquanto colocava umas pequenas pedras de gelo se virou levemente para terminar o que estava falando - Não vamos querer cometer nenhuma injustiça, não é mesmo?

Era muito cinismo para uma pessoa só.

— Parece que você está muito certo de que ele está planejando essa aliança. - Falei enquanto ele colocava um copo com um pouco de bebida na minha frente. Seu perfume forte e agradável me descontou um pouco. Ele deu um sorriso de lado e voltou a se sentar.

— Ele deve estar, meus investigadores descobriram que ele procurou se informar sobre a língua espanhola. Aparentemente ele não prestou muita atenção nas aulas da escola e agora quer fazer um cursinho - Ele inclinou levemente a cabeça como se esperasse que eu concordasse com a sua lógica, mas aquilo parecia ser um argumento muito falho, quero dizer, Christopher deveria falar várias línguas. Quem está nesse mundo lida com muitas pessoas. Era comum serem poliglotas.

— Ele chegou a se matricular em algum? - Perguntei, ele parou o copo a caminho da boca por um milésimo de segundo. Algo quase imperceptível. Eu só notei porque estava vidrada nele e em cada uma das suas ações.

Christopher terminou de fazer o percurso com o corpo e parecia pensar se me responderia ou não enquanto bebia. Talvez eu já estivesse querendo saber demais, talvez aquele não tenha sido o argumento que o fazia pensar na aliança. Percebi que ele com certeza sabia muito mais e só estava me revelando o que lhe convinha ao mesmo tempo em que me fazia acreditar que era tudo o que ele tinha.

— Não, seria muito fácil rastreá-lo se o fizesse. Mesmo usando um nome falso é complicado que frequente sempre um mesmo lugar ou que alguém o viste para dar aulas. Isso chamaria a atenção - Ele disse casualmente. Fazia muito sentido o que o loiro falou - Provavelmente ele optou por um curso online, existem dezenas por aí. Preciso que rastreie o computador dele e descubra se ele tem acessado algum curso. Copie os arquivos que ele possuir e peça para Rayland me entregar.

Um peso surgiu no bolso da minha calça. O pen drive no qual eu tinha copiado os arquivos do computador de Derek estava nele e tinha sido esquecido. Pensei por um momento se valeria a pena entregá-lo, mas não me veio quase nada. A única coisa que eu pensei é que talvez, só talvez, eu mostre um trabalho acima das expectativas e isso seria bom. Eu queria analisar melhor as minhas opções, mas o olhar penetrante dele me deixava desconcertada.

Peguei o copo e dei um gole curto. A ardência da bebida machucava a minha garganta e a deixava seca. Seria ainda mais difícil falar agora. O celular dele sobre a mesa vibrava e me deixava um pouco tonta.

— Eu posso invadir o computador e verificar se ele tem feito aulas online - Eu tinha definitivamente me arrependido de ter tomado aquela bebida que ele havia me dado. Era muito forte e eu era muito fraca ao álcool. Sem dúvida nenhuma minhas chances de perder a linha e falar umas para ele tinham aumentado significativamente.

— Disso eu tenho certeza - Ele me olhava especulando o que eu queria dizer, mas convencido de que eu estava apenas desnorteada pela sua presença. Ele não sabia que eu ainda tinha o que falar, para ele a reunião tinha se encerrado. Ele já tinha me dado o recado e estava desinteressado. - Quantos computadores você já invadiu? Quatro por dia?

— Eu já tenho os arquivos - Soltei de uma vez. Eu não era lá um exemplo quando o assunto era dar notícias. Ele me encarou com os olhos semicerrados e apoiou os cotovelos na mesa. Christopher estava tentando procurar algo que lhe confirmasse que a informação era verdadeira.

— Os arquivos do do Campbell1 ? Já invadiu o computador dele? - Ele estava de certo modo impressionado, mas escondia isso com um sorriso sarcástico - A sala de embarques deveria estar bem entediante mesmo.

— Eu fiz isso dentro da cede do Derek - Falei e ele diminuiu drasticamente o sorriso- Depois que coloquei a câmera na posição certa, enquanto o equipamento ligava e o Victor2 chegava eu acessei o computador e copiei o que pude em um pen drive.

Levei a mão ao bolso traseiro da minha calça e puxei o pequeno dispositivo. Em um primeiro momento com a minha movimentação brusca, ele se sobressaltou um pouco e ficou alerta. Não duvido que ele pensou que eu fosse puxar uma arma ou algo parecido.

— Muito bem, preciso dos arquivos o quanto antes - Ele disse com uma expressão séria - Eles não devem estar criptografados nem nada, mas devem ter alguns ocultos. Vamos torcer para que você os tenha conseguido pegar e que o Bryan consiga desvendá-los rapidamente.

Ele estende a mão e entendo que ele quer que lhe entregue o que eu tinha em mãos. Coloco o pen drive em sua palma e ele me dá um leve sorriso. Logo em seguida ele pluga o mesmo no seu computador.

— Veremos o que temos aqui - Diz enquanto um antivírus escaneava os arquivos e protegia o computador. Ele aproveita e abre uma outra gaveta da sua mesa e retira um pen drive branco de lá e o pluga também - Vou fazer uma cópia para eu ir lendo o que puder enquanto Bryan trabalha no que você me trouxe.

Ele se vira para a tela e começa a mexer nos arquivos enquanto o computador ia fazendo a cópia do meu pen drive azul. Ele lia tudo muito concentrado e eu passei a observá-lo melhor. Sem os seus olhos castanhos chocolates me encarando eu consegui perceber o quanto ele era bonito.

Usava uma blusa de linho azul claro e um anel de prata desgastado que não combinava com o seu belo relógio de ouro. Os cabelos loiros e um pouco longos por estarem cuidadosamente bagunçados o dava um ar rebelde ao mesmo tempo que a sua movimentação e postura davam um ar respeitoso e responsável.

Seus olhos passavam rapidamente entre vários textos e gráficos. Sua prática e seu conhecimento do assunto o levavam a reparar exatamente no que era importante. Ele clica e abre a aba que mostrava 38% da cópia concluída.

— Quanto tempo você ficou lá ? - Ele me pergunta tirando-me do transe. Ele tinha estranhado a demora da cópia, geralmente levavam poucos segundos. Eu tinha tido tempo de copiar arquivos pesados.

— Ah, uns quinze minutos no máximo - Disse um pouco incerta.

— Como você entrou? - Fala voltando a se virar para mim - Ficar mais de 10 minutos dentro de um escritório sem ser pega deve ter precisado de uma boa estratégia.

— Eu liguei para ele - Falei simplesmente. Christopher arqueia novamente a sobrancelha não muito grossa - Eu não tinha treinamento para uma luta, então, me passei pelo mafioso mexicano e marquei um encontro. Quando ele e a equipe de guarda saíram eu entrei.

Ele dá um leve sorriso, estava satisfeito.

— Está vendo ? Ele não iria se não estivesse envolvido com a máfia mexicana - Fala enquanto volta a olhar para a tela do computador. Ele confere se a cópia tinha sido feita e retira o pen drive que eu tinha lhe entregado.

Depois de receber o dispositivo eu me levanto e começo e me dirigir a porta daquele escritório.

— Rayland vai começar os seus treinos - A voz dele faz com que eu me vire um pouco confusa - Você disse que não tem treinamento para lutas. Você vai precisar de um para pegar a minha câmera de volta ou você acha que o Campbell vai cair em outro trote?


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Notas finais do capítulo

1- Campbell é o sobrenome do Derek cujo escritório fora invadido pela Mandy no capítulo "The mission - Final". Eu não tinha mencionado antes *-*
2- Vitor é o motorista para o qual Mandy manda uma mensagem também em "The mission - Final". Ele foi citado somente uma vez, portanto, achei que vocês poderiam não se lembrar.

Ps.: Eu sei que o capítulo não está lá essas coisas, mas eu não poderia deixá-los esperando por mais tempo. Tentarei fazer o próximo melhor.

Algum erro no texto, crítica ou sugestão? Gostaram do P.O.V Mandy? Façam como a Dreamy girl e digam o que gostariam de ver na história. Por favor, comentem e sejam honestos. Gostaria muito de saber a opinião de vocês. Não tenham medo de criticar! Beijos e até a próxima.