R - Madriv - Alvorecer do verdadeiro poder escrita por RDA


Capítulo 4
Novo Começo


Notas iniciais do capítulo

Fala pessoal! Aqui é o RDA e depois de um bom tempo sem postar, trago a vocês este emocionante cap. de Madriv. O futuro do Território Rozer em jogo, o futuro de Madriv em jogo e não podia faltar o futuro e a vida do príncipe vermelho em jogo. Confiram a grande aventura do príncipe neste cap. vai valer cada minutinho.
Valeu e até!!



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Vermelion avista a entrada para o território Rozer, demarcada por um enorme arco de pedra consumido por quase todas as espécies de roseas. Os soldados estão exaustos, marcham sem parar há mais de um dia. A notícia do assassinato de Reinal já havia chegado, e todos deixavam transparecer a tristeza e angústia por ter perdido um grande rei, um grande amigo.

O capitão Vermilion Sinus foi chamado ao palácio vermelho para dar seu testemunho, junto com outros líderes do exército, já que o corpo de Reinal não pode ser recuperado. Quando Sinus chegou ao local, uma intensa discussão já estava acontecendo. Alguns conselheiros propuseram a soltura de Coleback e a sua imetiada inserção no poder.

– Precisamos de um membro da família real no poder, o povo precisa reconhecer o valor para respeitar, os soldados precisam de alguém com sangue nobre para seguir, mas o príncipe ainda não está preparado para comandar a nação mais poderosa de Madriv.

– Mas isso é um absurdo, Coleback é um assassino sem caráter algum, colocar ele no poder é decretar a desgraça de nosso povo. Protestou um conselheiro.

– Nosso povo cairá em desgraça se um maldito moleque de 15 anos assumir o comando, nenhum território nos respeitará, ninguém obedecerá mais as regras. Vamos espalhar a todos o restabelecimento de Coleback, torná-lo tão grande quanto Reinal.

– Absurdo! Absurdo! E absurdo! Vocês estão ficando loucos ou já estava tudo tramado? Não é possível que tenham esquecido como aquele homem é, e o que ele já fez neste território.

– Diante das circunstâncias atuais ele é a nossa melhor saída.

O conselheiro protestante permanecia em pé apoiando a palma das mãos sobre a mesa. Ele correu os olhos por todos os outros conselheiros presentes, e todos ficaram quietos exalando um clima de consentimento. - É o fim de nosso território. Disse se retirando.

– Muito bem. Pronunciou o conselheiro Jordi Midi, o vencedor da discussão. Vamos soltar Coleback, inserir informações de sua reabilitação interna e externamente. Reuniremos os líderes e influências de todas as vilas e nosso novo rei fará um grande discurso. Uma nova era para Rozer começará agora. Terminou com um pretensioso sorriso.

Inconscientemente todos elegeram Jordi como o líder, mas ninguém sabia ao certo como ele tinha ido parar no conselho do palácio vermelho. Ele não era velho e com uma longa barba e cabelos brancos, pelo contrário não aparentava ter mais de 35 anos, o cabelo em um tom vermelho escuro com um corte estilo militar bem aparado na laterais e levemente volumoso em cima. O rosto volumoso e quadrado com as feições bem marcadas, um nariz longo e achatado quase formando um triângulo. Uma barba rala, mas bem desenhada, e sobrancelhas finas protegendo os pequenos olhos castanhos. Alto e com um corpo forte igual ao de um guerreiro. Poucos repararam nas características físicas de Jordi, porque suas palavras também era fortes e marcantes.

Jordi se recostou em sua cadeira e notou a presença de um jovem trajado com uniforme militar observando todos atentamente. - O que desejas meu jovem? Perguntou Jordi olhando diretamente para ele.

– Meu nome é Vermilion Sinus, senhor. Fui convocado para prestar depoimento aos conselheiros. Disse com firmeza e convicção.

– Oh! Muito bem, se aproxime. Sente-se. Jordi ofereceu o lugar vago do conselheiro que se retirou. - Me diga o que aconteceu na ponte de Arcelor.

– Nosso rei recebeu uma mensagem dos comerciantes da zona de Arcelor, na carta informava que os Fayers haviam montado uma barreira de pedágio em uma área livre. A majestade então destacou dois grupamentos de guerreiros rank-b e convocou Cerberus e eu para liderarmos. Mas, tudo não passou de uma armadilha. Quando chegamos o próprio Saton estava lá e exigiu uma negociação pessoal com nosso rei. Assim que a majestade se aproximou foi golpeado pelo maldito. O príncipe se descontrolou e tentou ataca-lo, mas foi impedido pelo cão de guarda do Almotrip. Por fim antes que o feiticeiro acabasse com o príncipe também, Cerberus interviu e se sacrificou destruindo tudo com sua técnica do “Coração Valente”.

– Entendo, e onde...

– Senhor! Senhor! Um jovem mensageiro entrou correndo e aos berros.

– Mas que baderna é essa seu moleque? Jordi Midi se irritou, pois uma das coisas que mais odiava era ser interrompido.

– Me desculpe, mas eu estava falando com o Capitão Sinus.

– O que? Seu moleque inso...

– O príncipe Yzzer desapareceu! Disse olhando diretamente para Sinus e interrompendo mais uma vez Midi.

Sinus arregalou os olhos vermelhos com espanto. Midi virou as costas para a cena para que não pudessem ver sua reação, estreitou os olhos e abriu um sorriso de satisfação. Isso é melhor do que eu planejei.

Her, avise aos caçadores e aos líderes de grupamentos. A notícia vai correr rápido, mas precisamos ser mais. Vamos formar equipes de buscas por todo o território e montar um grupamento especial para refazer nosso trajeto. O que quer que tenha acontecido precisamos encontrar o príncipe. Ordenou Sinus ao jovem mensageiro. - Alguma ordem Sr. Conselheiro? Perguntou Sinus.

– Não, você está perfeito, continue com o bom trabalho. Disse Jordi se retirando do local ainda de costas.

Sinus não gostou de sua atitude e com as sobrancelhas franzidas observou o conselheiro se afastar.

A décima oitava hora do sol Lorem chegara, é o pico de sua aparição, tão forte que pode causar queimaduras instantâneas. Yzzer se aventura em meio a floresta vermelha, seu destino é o norte, por si próprio não saberia para que lado ir, mas Redmarine o está guiando. As palavras dos soldados não saem da sua mente. Ele está desapontado, decepcionado, não com os soldados, mas consigo mesmo. Lamenta para si mesmo não ter aprendido mais com seu pai, não ter passado mais tempo com ele. Essa é uma verdade universal, só percebemos o quanto uma pessoa é importante e especial quando a perdemos. Mas agora chega, chega de lamentações, minhas lamúrias não vão consertar nada e nem vão mudar o que está errado. Não sei se esse é o jeito certo mas, é o que eu vou fazer. Vou achar esse tal de Fenix.



Jordi Midi anda lentamente por um corredor estreito, cuja luz vem apenas da tocha que está em sua mão. O chão está escorregadio, o limo tomou conta de tudo. Seus passos são fortes e convictos, mais que isso são vitoriosos. No fim do corredor uma cela, trancada por uma porta com grades de aço vermelho.

– Então você conseguiu! Eu sabia que não me desapontaria. A voz rouca e mal intencionada ecoou pelo corredor.

– Nunca meu mestre. Chegou a sua hora, o seu momento. O trono é seu como no dia que lhe foi roubado.

– Madriv será minha!

Coleback é solto após 13 anos de exílio. Ele é absolvido de todos os crimes que cometeu e os arquivos são destruídos. Único irmão e mais velho que Reinal, herdeiro do trono na hierarquia dos Rozers, desde criança mostrava sinais de fraqueza no caráter e uma grande instabilidade emocional, isso e mais o fato de Reinal ter uma habilidade espantosa para se comunicar levou Maxz Red a nomear o casula como rei. Coleback entrou em colapso quando soube que seu irmão iria assumir o trono, pois era o que ele mais queria. Após assassinar metade do conselho vermelho e tentar matar seu irmão, Coleback foi preso nas câmaras no subsolo do palácio.

– Após todos esses anos esse território não mudou nada, Reinal sempre teve a mente pequena, para ele bastava uma vida simples e comida na mesa para que tudo estivesse bem. Mas eu quero mais, muito mais do que isso. Disse Coleback olhando para as vilas através da janela de seu novo e luxuoso quarto no palácio vermelho.

– Sim mestre, tudo sairá como planejado. Já coloquei meus olheiros por todo o território e em outros territórios também. Estou negociando informações com alguns espiões no território pretendido. Falou Midi com um ar convencido.

– Muito bom Midi, logo iniciaremos nosso plano e você terá o que tanto quer. Agora chame o barbeiro, tenho que me preparar para o discurso da cerimônia de coroação.



Alguns raios de sol passam pelas brechas nas folhas e queimam a pele do príncipe, mas ele segue seu caminho convicto. A vegetação é densa e forte, algumas plantas possuem longas e afiadas folhas que cortam a pele apenas com um toque. As árvores gigantes de tédro exalam um fragrância que entorpece os sentidos. Yzzer usa sua espada para abrir caminho, a lâmina longa de Redmarine emana uma vita de densum suave e fina cortando tudo que está no caminho apenas com um único movimento no ar. O príncipe está cansado e com sede, a água em seu cantil já se esgotara há algum tempo e suas pernas já estão pesando o dobro. O garoto retalha uma parede de cipós e se depara com uma clareira em meio a mata densa. Uma área em forma de triângulo, com uma vegetação rasteira em tom avermelhado, uma espécie de grama fina e áspera e pequenos espinhos. O lugar exala um odor refrescante que lembra muito a água pura e límpida de um rio. No outro lado da clareira Yzzer avista uma enorme flor de longas pétalas avermelhadas e úmidas, com um caule espesso de um verde escuro quase negro. O garoto fica receoso de entrar no lugar, um sentimento maior do que sua curiosidade, mas ao olhar mais atentamente vê que no núcleo da flor há uma vertente de água limpa e cristalina, ignorando todas as suas intuições ele adentra a clareira lentamente. Os pequenos espinhos do solo arranham a sua bota, o odor de água saciável fica cada vez mais intenso e por um momento Yzzer se esquece de tudo e visa apenas saciar sua sede. A flor é linda e cheirosa, as pétalas saem do centro em todas as direções igual uma estrela de oito pontas. No centro a água verte gelada e cristalina. Maravilhado o príncipe se curva colocando sua boca no centro da planta saciando sua sede. O primeiro gole desce pela garganta refrescando todo o corpo, mas aos poucos o gosto vai ficando estranho e salobro. Yzzer sente o corpo adormecer, tenta se jogar para trás, mas num rápido movimento as pétalas se fecham prendendo sua cabeça e pressionando-a contra a vertente. O volume de água se intensifica e o garoto começa a se afogar, o corpo quase não responde mais, vai perdendo os sentidos aos poucos. Em sua última tentativa, Yzzer concentra sua vita no braço direito e consegue desembainhar Redmarine, ele faz sua vita fluir pela espada e a movimenta contra o caule que é atorado ao meio. O príncipe cai com a planta ainda presa em sua cabeça, ele consegue se desprender das pétalas e tanta se levantar, mas seu corpo ainda não o obedece. No chão os espinhos que antes não incomodavam começam a inchar e crescer. Yzzer sente o chão tremer, ao olhar para o caule cortado, ele vê a planta jorrar sangue pelo corte. Mas que merda! Isso esta vivo. O pensamento correu em sua mente quando percebeu o que estava acontecendo.

O chão no meio da clareira começa a se abrir revelando um grande buraco, dentro três carreiras de dentes de puro cálcio se movimentam em círculos. Os espinhos no chão penetram nas pernas e mãos do garoto que ainda esta imóvel. As extremidades da clareira se erguem jogando tudo para dentro da grande boca. Yzzer está completamente preso aos espinhos, as extremidades se movimentam em ondas fazendo seu corpo ir em direção ao buraco. Ele olha para todos os lados procurando sua espada, redmarine esta prestes a ser engolida pela boca. O garoto reúne suas últimas forças, se desprende dos espinhos e salta em direção a sua espada, ele consegue agarrar Redmarine um instante antes de ser engolido.

Expansive Cháckra!

A energia vita de Yzzer explode empurrando uma cortina de energia em forma de esfera e destruindo tudo num raio de dez metros. O garoto cai desacordado na cratera onde uma vez era uma planta carnívora assassina.

Algo se aproxima, mas Yzzer continua desacordado.


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Notas finais do capítulo

Gostou, odiou, não leu? Me diga o porque agoraaaa!!
Valeuu! :)