Harry Potter e a Fênix Celestial escrita por Jessi Monteiro


Capítulo 4
Onze Vidas


Notas iniciais do capítulo

Bom eu tinha que colocar essa música que tem um sentido muito especial pra mim, espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/546838/chapter/4

Onze Vidas

Os dias na mansão começaram a passar. Era muito bom estar com seus amigos, mas nem isso impedia de ter dias bons e noites ruins.

A cada dia que passava ele percebia a ligação de Bella com seus amigos, e apenas ficava feliz por eles. Ela era realmente uma pessoa incrível e maravilhosa, mas tudo que ele não queria agora era se envolver com ela a ponto de se apaixonar e sofrer por amor. Seu aniversário foi comemorado com um jantar assim como o de Bella. Não quis nenhuma comemoração, pois não tinham muito que comemorar.

O Profeta Diário chegava sempre com cartilhas de proteção e mais notícias ruins que deixavam todos calados durante o café da manhã.

A notícia de um casal amigo dos Swift que haviam desaparecido deixou todos os cinco muito abalados até mesmo Melissa e Julius que ficaram em estado de choque e em casa durante todo o dia.

Ninguém falou nada durante o jantar. Nem Bella, nem Fred e Jorge que eram os que mais falavam na hora das refeições. Os Swift pareciam muito abalados com a notícia, no começo Harry não pensou que seria tão sério, todos os dias chegava uma nova lista com os nomes dos mortos e desaparecidos.

Após o jantar foram para a sala. O Sr. e a Sra. Weasley assistiam televisão enquanto os Swift estavam reunidos no sofá do canto, conversando. Harry, Rony e Mione não sabiam o que fazer, o clima estava péssimo entre os cinco até mesmo entre Roger e Rodrigo que conversavam preocupados com a situação.

Harry pegou o jornal em cima da mesinha de centro, assim que Melissa havia dado mais uma olhada nele, e começou a ler. O jornal era atual, do dia 10 de agosto. Uma grande foto de um casal centralizava no meio dos outros desaparecidos, com a legenda “Desaparecidos desde o dia 1° de agosto, Sr. e Sra. Levine”.

–Vamos ter que trazer Brian para morar com os tios. Mariana e Paulo iriam querer isso. Falou Julius.

–Do modo como você fala pai, parece que eles estão mortos. Falou Rodrigo batendo os dedos na mesinha de centro.

–Os comensais os pegaram. Paulo fez grandes coisas como auror e Mariana sabe muito sobre tudo, sempre foi uma mulher muito inteligente e é claro que Voldemort tem planos para eles.

–Temos que ajuda-los amor – falou Melissa – Conhecemos eles há muito tempo, os irmãos deles estão vindo morar aqui para nos ajudar. Dumbledore já arrumou uma vaga para Peter, pode arrumar para Brian.

Roger e Rodrigo fecharam a cara, como se não aprovassem muito a ideia. Já Bella que estava entre Harry e Rony, não disse e nem fez nada.

–Temos autorização para trazê-lo, somos os padrinhos dele e podemos interceder junto com Marcelo e Kamila para tira-lo de Durmstrang, eles são rígidos, mas não podem nos proibir. – falou Melissa – Bella, querida... Sabe que temos que ajuda-los...

– Meus padrinhos precisam ser encontrados, promete que vão acha-los? Perguntou Bella.

–Sabe que iremos querida. Mas não é isso que estou dizendo. Falou Melissa.

–Façam o que tiverem que fazer. Respondeu Bella desviando o olhar dos pais e brincando com uma fita amarrada no braço de Rony.

Harry trocou um olhar com Rony que pareceu não entender também. Se ele que era primo dela não sabia, imagina ele.

–Não gosto da ideia de Brian estar em Hogwarts. Falou Rodrigo se levantando.

–Não cabe a você decidir isso... Retrucou Bella.

–Então quebrem suas caras de novo, não vou mais me meter nesse assunto.

Rodrigo subiu as escadas e Roger pediu para Melissa o deixar falar com o irmão. Julius e a mulher começaram a decidir planos para procurar os amigos, riscando rotas e os possíveis lugares que teriam que procurar por informação.

Com a cabeça no ombro de Harry e segurando a mão de Rony, Bella ficou escutando os pais. Harry não entendeu muito, o que o casal falava, não fazia muito sentido para ele, mas ele tinha um sonho de um dia poder entender quando se tornasse um auror também.

–Bella, Bella, precisamos subir. Chamou acordando ela que já dormia o seu ombro.

Os dias voltaram a correr e Bella voltou a seu estado normal, apesar dela ainda estar abatida. Harry tentou se divertir mais com os amigos para tentar amenizar a dor da garota que mesmo não demostrando, sofria todas as vezes que chegava o jornal cedo.

Era muito fácil gostar de Bella. Ela se encaixava bem no grupo deles, era inteligente como Mione, engraçada e divertida como Rony e se parecia muito com ele, Harry, na sua forma de pensar. Todos os dias ele se levantava cedo para treinar com os Swift, durante as corridas conversavam sobre como andava as busca pelos Levine.

As tardes sempre faziam coisas diferentes. Voavam nos cavalos alados, banhavam na piscina, jogavam algum jogo diferente e quando Fred, Jorge e Gina chegavam jogavam quadribol e para sua surpresa Bella era uma ótima artilheira.

–Tem alguma coisa que você não é boa? Perguntou Rony chateado depois de Bella fazer um ponto nele.

A aproximação de Harry com Bella, o fez perceber que ela poderia ser sim só uma amiga. Mesmo tendo que partir em breve, ela poderia fazer parte da sua vida assim como Mione e Rony faziam.

Já Mione estava radiante nos últimos dias. Finalmente ela havia achado alguém para fazer companhia a ela que não era ele ou Rony, quando os quatro não estavam juntos em algum canto da casa as duas estavam na biblioteca rabiscando alguns papeis e lendo alguns livros em segredo.

Os sonhos ainda atormentava Harry todas as noites, os dias eram sempre divertidos, mas assim que fechava os olhos... Não tinha um dia que ele tinha sonhos com a floresta e a pessoa misteriosa que os acompanhava por aquele lugar tão estranho.

Pela primeira vez em muito tempo estava se sentindo finalmente em casa. Os Swift se tornaram especiais para ele como os Weasley eram, e todos os dias levantando cedo juntos para correrem e treinarem ajudava muito ele a tirar tudo de ruim que passava na sua mente, inclusive a falta de Sirius.

As cartas de Hogwarts chegaram um pouco atrasadas, no dia quinze, trazendo as notas dos N.O.M.s. Para sua surpresa tinha se saído muito bem, principalmente em D.C.A.T, que tinha tirado um ótimo e em Poções que tirou um excede as expectativas.

Não sabia se Snape iria aceita-lo, mas estava muito contente para se importar com ele. A confirmação como capitão também havia chegado, como tinha sobrado apenas ele e Kátia do time principal, ele tinha conquistado o título ainda no ano anterior.

Rony também estava contente com as notas dele, os dois tiraram a mesma nota em tudo, menos em D.C.A.T sendo que o amigo havia tirado um Excede as expectativas. Ele ainda estava chateado por Harry não ter contato a ele sobre ser o novo capitão, mas não ligou. Ele escondia do amigo muito mais que apenas ser o novo capitão da Grifinória.

As notas de Mione não foi surpresa para ninguém, a garota tirou Ótimo em tudo menos em D.C.A.T. Nem cabia em si de orgulho e passou quase uma hora no telefone com os pais que ainda estavam na viagem que ela tinha interrompido.

O dia parecia perfeito, se não fosse pela visita inesperada que Harry recebeu no final da tarde. Fudge chegou junto com o sr. Weasley, muito entusiasmado pela casa que os ruivos estavam morando agora.

O Ministro estava muito mais magro, assim como a Sra. Weasley, tinha grandes olheiras e seu sorriso parecia tão forçado quanto o dela.

–Pode nos acompanhar por um instante, Harry Potter. Chamou Fudge apertando a mão dele.

–Espere. – chamou Lupin entrando pelos portões da casa – Eu quero ficar ao lado de Harry nesse momento.

Ele acenou com a cabeça agradecendo Lupin. Já sabia o que aquilo significava, já fazia algum tempo que Sirius havia morrido, e era quase inevitável que isso acontecesse mesmo ele não querendo.

Harry, Lupin, Arthur Weasley e Fudge foram até uma sala mais privada no fim do corredor, onde ficava uma pequena sala informal para esses tipos de reuniões.

–Bom, acho que já sabe por que estou aqui Harry – falou Fudge – Eu sinto muito pelo que aconteceu com Sirius Black. Quero que saiba que ele já foi inocentado e é considerado um grande herói para a comunidade bruxa.

Harry não gostou de falar de Sirius, ainda mais Fudge falando daquela forma dele. Se tinha uma coisa que ele odiava era falsidade, e depois de passar tantos anos acusando Sirius e jogando a culpa de tudo que acontecia em cima do seu padrinho, ele falava como se sempre estivesse ao lado dele.

–Bom, Sirius deixou alguns bens dele em seu nome. O largo Grimmauld, três chaves do Gringotes e uma grande lista com os bens dele que estão escritos nesse pergaminho – falou Fudge – Pode ler se quiser e conferir, e em seguida rubrica aqui e aqui para mim.

Pegou o testamento sem muita vontade e começou a ler os bens que havia herdado. Não gostou de nada que estava ali, mas achou graça de Sirius ter colocado Biguço apenas como um hipogrifo, sendo que há algum tempo atrás o próprio Ministro queria executa-lo.

– O Hipogrifo, quero que fique para Hagrid – falou Harry ainda com um sorriso – As chaves dos pais de Sirius, insisto que fique para o Sr. Weasley. A da herança dos avós dele, para Lupin. A dele eu posso ficar com ela, não quero mexer no ouro lá dentro, mas ficarei com a chave.

–Não podemos aceitar Harry... Tentou argumentar Lupin.

–Eu também não posso aceitar as coisas de Sirius, mas infelizmente eu tenho – falou decidido – Acham que gosto de estar aqui, lendo o testamento da última pessoa que eu tinha como pai? Se não aceitarem, também não aceito.

Ele continuou firme, as lágrimas novamente querendo escorrer dos seus olhos enquanto ele as mandava para dentro.

–Tudo bem, vamos ficar com as chaves. Concordou o Sr. Weasley encarando Harry com um olhar que muito lembrava pena.

Afirmou com a cabeça e continuou rolando os olhos pelo papel, analisando os bens matérias que havia restado...

–Sirius tinha uma casa em Hogsmeade? Perguntou surpreso.

–Sim, ele tinha me pedido, e eu comprei no ano passado. Ele queria ficar mais perto de você em Hogwarts. Falou Lupin.

As palavras dele foram como um verdadeiro soco. A dor no peito aumentou de tamanho.

–Você pode ficar com ela também Remo...

Lupin não questionou, apenas concordou com a cabeça em silêncio. Harry sabia que ele também sofria com a perda do melhor amigo, era o último maroto que restou.

–Espera um minuto. Kreacher... Não quero esse elfo idiota. Gritou Harry jogando o testamento no chão.

–O que é isso Sr. Potter. Ele é apenas um elfo. Disse Fugde indignado.

Harry lançou um olhar venenoso para Fudge. Tudo que ele queria era ter a varinha agora em sua posse.

–Você não sabe de nada Ministro. Fica aí falando de Sirius como se ele fosse um herói, mas há alguns meses atrás estava jogando tudo nas costas dele – falou com ódio – Você não sabe o que é ter tudo nas costas...

–Harry acalme-se, por favor. Pediu o sr. Weasley também preocupado.

Mas tudo que ele não queria era se acalmar. Ele podia ter culpa na morte de Sirius, só que Kreacher também tinha uma grande parcela dessa culpa.

–Harry, você sabe por que precisamos de Kreacher. – falou Lupin com as mãos nos ombros dele, olhando em seus olhos – Eu vou te ajudar a resolver tudo isso depois.

Harry apenas balançou a cabeça. Suas mãos tremiam numa mistura de raiva e indignação que o consumia, mesmo com o pedido de Lupin ainda não parava de tremer.

Assinou os papeis e saiu da sala deixando Fudge conversando com o Sr. Weasley. Ficou parado no alto da escada apenas esperando que o Ministro saísse logo dali. Viu os seus amigos procurando por ele, mas não respondeu, não queria falar com ninguém agora a não ser Lupin.

Lupin subiu com ele até seu quarto e se sentou na cama de Rony o encarando como se ele tivesse feito algo muito errado.

–Sei o que você vai dizer – falou Harry sem encara-lo nos olhos – vai dizer que fui imaturo e que agi como uma criança pirracenta. Que devia ter me mostrado mais forte perto do Ministro já que todos estão falando que sou o escolhido para matar Voldemort, e que me mostrei fraco perto dele, eu não deveria mostrar a ele que sou um covarde.

Harry parou de falar ainda sem olhar para Lupin, não tinha coragem de encara-lo nos olhos e ver a culpa neles.

–Acho que está enganado Harry – falou Lupin com um tom tranquilo – Só o fato de você se levantar todos os dias, mesmo depois de tudo que acontece contigo. Faz de você a pessoa mais corajosa que conheço e tenho certeza que o Ministro pensa o mesmo.

As palavras dele, o surpreendeu novamente. Alguma coisa em Lupin o tranquilizava.

–Aquela noite que fomos ao Ministério – continuou Lupin – Você teve uma conversa com Dumbledore sobre a profecia... Ele não me contou nada, disse que saberia somente se fosse por você. E pelo que vejo não contou a seus amigos... Se você quiser falar comigo Harry, não contarei a ninguém. Pode confiar em mim, sou mais adulto que eles. Não farei nada que não queira que eu faça.

De uma forma estranha o mundo pesou nas suas costas. Sentiu-se como se precisasse falar com alguém...

–Naquela noite...

Contou tudo a Lupin. Desde o momento que saiu do Ministério até a profecia e os sonhos que andava tendo com uma floresta. Lupin o escutava sem dizer nada, apenas prestando atenção nas suas palavras.

Ele sentia como se tivesse tirando um grande peso nas suas costas. A emoção finalmente tomou conta dele ao falar de Sirius e por que odiava tanto Kreacher, quando acabou seu rosto já estava todo encharcado com as lágrimas que finalmente caíram.

– “Um não pode viver enquanto o outro continuar vivo. ‘’ – citou por último – No final eu terei que mata-lo ou ele me matará, como eu disse não tenho um futuro muito longo.

Lupin se sentou ao lado dele e colocou a mão em seu ombro de novo.

–Por isso que falo, Harry. Você é a pessoa mais corajosa que conheço. Mas você precisa falar com seus amigos, eles estiveram sempre ao seu lado e precisam saber o que acontece com você. Ninguém precisa carregar o mundo sozinho Harry.

–Eu vou dizer. Mas não agora, eles parecem estar felizes com a garota nova. Gostam dela e estão se divertindo, mesmo num verão tão cheio de coisas ruins acontecendo, eles estão conseguindo ficar felizes. Bella está fazendo muito bem a eles.

–Para você também, eu vejo. Falou Lupin sorrindo.

–Ela é legal.

Lupin olhou para ele e deu um sorriso estranho e malicioso. Em seguida conjurou um monte de coisas que apareceram no quarto em grandes caixas pretas. As caixas estavam cheias de heranças com o brasão dos Black.

–Enquanto a Kreacher, sei que tem motivos para odiá-lo. Mas ele é apenas um servo Harry – falou Lupin – Tem que conquista-lo, não podemos deixar ele solto por aí, ele sabe demais.

–Eu não posso conquista-lo, eu o odeio, ele me odeia... O sentimento que temos um pelo outro é esse.

–Mas precisa se esforçar. Faça alguma coisa que o agrade, Kreacher sempre foi bem tratado pelos antigos donos, mesmo sendo os Black... Mande-o para Hogwarts, não vai precisar atura-lo se não quiser, somente cuide para que tudo que ele escutou fique bem guardado.

Harry sentiu sua cabeça doer, não tinha muitas opções e ver aquelas coisas dos Black em sua frente estava lhe dando nos nervos. Verificou caixa por caixa e tudo que tinha eram utensílios, louças e joias que valiam muito dinheiro.

–Kreacher... Kreacher... Venha até aqui.

Os dois esperaram por alguns segundos, em seguida escutaram um estalo e viram o elfo, com o nariz e orelhas enormes.

–O menino metido ousa chamar Kreacher, amigo dos traidores de sangue e da sangue ruim...

–Cala a boca Kreacher. Não insulte meus amigos – falou Harry interrompendo o elfo que começou a se martirizar. – Quero que você vá trabalhar em Hogwarts junto com Dobby.

–Kreacher agora tem que obedecer o garoto insolente... Sussurrou o elfo se preparando para aparatar.

–Eu não quero que você fale com seus antigos donos, não conte mais nada a eles e evite-os de todas as formas. Não escreva, e não tenha nenhum tipo de contato com eles...

Kreacher ficou observando esperando alguma brecha que Harry fez questão de não deixar.

–Posso ir mestre? Falou Kreacher com desdém.

–Não, espera – falou com um pouco de incerteza – Eu quero que você fique com a herança que recebi dos Black, você faz parte dessa família a muito mais tempo do que eu.

Os olhos de Kreacher ficaram vidrados nele, e se encheram de lágrimas. O elfo correu e começou a futricar no meio das coisas e chorar falando dos seus metres, em seguida se jogou nos pés de Harry e começou a agradecê-lo sem parar.

Lupin ficou olhando satisfeito com a situação. Kreacher foi embora levando com ele todas as coisas dos Black.

Harry não estava se sentindo muito bem depois que Lupin foi embora. A tristeza voltou a tomar conta dele, mal conseguiu comer e seus amigos perceberam que ele não estava bem. Após o jantar subiu para o quarto mais cedo, não estava no clima para brincadeiras. Apenas deitou em sua cama e fechou os olhos com força.

Toc, toc ...

–Pode entrar. Falou tirando a coberta de cima da cabeça.

A porta do quarto se abriu e Mione e Rony entraram, pensou que mais uma pessoa ia entrar no quarto, mas os dois estavam sozinhos.

–Bella não veio com vocês? Perguntou desanimado.

–Não, ela acha que está se metendo muito – disse Rony fazendo uma careta – Não sei de onde ela tirou isso.

Harry deu de ombros, ainda desanimado, ajeitou seus óculos e fez um lembrete mental para falar com ela depois sobre isso.

–Está tudo bem com você, Harry? – Falou Mione doce – Pra mim você não me parece muito bem. Sei que não gosta de falar de Sirius, mas precisa Harry. Guardar não faz bem.

–Mione, eu não quero falar dele, tá bom? – disse ríspido – Será que ninguém entende isso? Falar dele para mim é como reviver sua morte. As pessoas não entendem que tudo que eu não quero é lembrar que ele morreu? Sempre que alguém diz o nome dele a saudade aperta e a culpa volta a tomar conta de mim. Não é fácil perder tudo que se tem Mione, primeiro meus pais e agora ele, que era o que eu tinha de mais parecido com um pai em toda minha vida e agora ele se foi. Toda a minha família sempre me deixa.

As lágrimas teimavam para sair, mas ele foi firme. Não quis encarar nenhum dos dois, nos últimos dias tinha aprendido a ser covarde a esse ponto.

–Nem toda sua família se foi Harry – falou Mione chorando – Você ainda tem a nós. Não se esqueça, somos sua família.

–Ela tem razão, cara – concordou Rony abraçando a garota – Somos muito mais que somente seus amigos.

–Eu sei, me desculpem...

–Não precisa se desculpar, eu sei que está sofrendo Harry, mas você sabe que não precisa sofrer sozinho.

As palavras de Mione e Rony aqueceram seu coração. Ele sabia que não estava sozinho, seu padrinho podia ter partido, mas Rony e Mione sempre estariam ao seu lado pro que der e vier.

Após a e leitura do testamento as férias demoraram a passar. Não estavam mais tão animados quanto antes e a casa estava sempre vazia até mesmo durante as noites. Melissa e Julius estavam fazendo uma viajem de trabalho em busca dos desaparecidos.

Roger assim como os pais quase nunca voltava para casa. Rodrigo finalmente tinha sido aprovado e começado a trabalhar no Ministério com um novo parceiro e só voltava para casa depois do jantar.

O Sr. Weasley estava trabalhando mais que nunca. Tinha sido promovido para trabalhar no Departamento de Controle aos Ataques Contra Trouxas, um departamento que havia sido criado para evitar que os trouxas fossem atacados ou que entrassem no meio das confusões do mundo mágico.

Harry havia conversado com Bella sobre ela não se afastar deles, mas a garota pareceu não escuta-lo. Passava os dias no Beco com os gêmeos e Gina, e só ficava com eles durante a noite no jantar. Ela não ia mais visita-los no quarto e quase nunca conversava com eles por muito tempo, sempre os deixando sozinhos.

Mas não era só ele que sentia falta da garota, Mione e Rony estavam sentindo falta dela também. Mione havia tentado falar com a ela, só que obteve resposta a mesma resposta que ele, Bella só falou que estava bem e que os três estavam precisando de um tempo para resolverem seus problemas.

–É oficial – falou Rony entediado – Não conseguimos mais nos divertir só nos três.

A Sra. Weasley comprou os materiais no Beco diagonal sem eles, apenas Bella e Gina foram com ela já que sempre ficavam por lá mesmo. Melissa e Julius voltaram apenas no dia 29 de agosto, sem nenhuma notícia boa.

–Viajamos por quase toda Grã Bretanha em busca de notícias e não encontramos nada – falou Julius após o jantar – Encontramos dois comensais torturando alguns trouxas e não passou disso.

–Nenhuma notícia dos Levine então. Disse sr. Weasley.

–Não – respondeu Melissa – Voltamos apenas para organizar o aniversário de Julius.

–Eu ainda acho que não temos motivos para comemorar. Falou Julius.

–Antes eu pensava a mesma coisa. Mas agora não, temos motivos sim. Estamos vivos e fortes, precisamos comemorar. Disse Melissa decidida.

As organizações da festa tomaram conta do tempo de todos. Harry passou dois dias ajudando Melissa e Bella a fazer a decoração sofisticada da festa, não era tão ruim pelo menos a garota ficava ao lado dele sem fugir.

Mione e Rony sempre ficavam juntos, e Harry não sabia se era espontâneo ou se somente queriam fazer Bella voltar a andar com eles com sua influência.

No final da tarde do último dia que passariam na mansão, a festa de aniversário de 42 anos de Julius Swift estava pronta. Harry demorou subir para se arrumar, mas Rony já estava praticamente pronto quando ele subiu.

–Quero esperar Mione lá fora para acompanha-la na festa. Falou animado enquanto penteava os cabelos.

–Pode ir descendo então, vou demorar um pouco aqui. Disse Harry entrando no banheiro.

O banho foi relaxante, os sonhos que tinha todas as noites estavam o deixado muito cansado. Na última noite tinham entrado em uma nova caverna, e não tinham encontrado nada novamente. Toda noite era assim, ele andava por uma floresta, mas nunca encontrava nada. Os sonhos eram tão reais que quando acordava estava todo suado e cansado como se tivesse realmente vivendo seus sonhos.

Vestiu a roupa que já estava separada em cima da cama pela Sra. Weasley. Olhou pela janela e viu que já estava cheio de gente lá embaixo, o Sr. Weasley ainda recebia os convidados para entrarem na mansão.

Do alto viu Mione e Rony andado muito perto um do outro, sua amiga estava muito bonita em um vestido laranja e com certeza Rony estaria muito pomposo ao lado dela. Estava com um pouco de medo de descer, a festa era muito sofisticada e tinha ali pessoas que ele nunca tinha visto na vida, além de pessoas importantes do universo rico dos Swift.

A sua procura finalmente acabou quando ele viu Bella. Ela estava fabulosa em um vestido azul curto e andava em direção contraria a festa e indo para dentro da mansão. Harry não pensou duas vezes, passou as mãos pelos cabelos e desceu as escadas correndo.

Não encontrou Bella na sala de estar nem na cozinha. Os irmãos dela disseram que não havia visto a garota. Sem dar muito na vista foi até a biblioteca, e finalmente a achou.

Ela estava ainda mais linda de perto, o vestido marcava bem a sua silhueta e era brilhante deixando suas lindas pernas do lado de fora. Mas ela estava um pouco estranha, segurava na barriga e respirava fundo, aparentava estar muito nervosa.

–Está tudo bem, Bella? Perguntou preocupado.

–A... Sim claro – falou a garota surpresa por vê-lo – Eu só estava matando o tempo aqui, lá fora está uma loucura.

Dava para ver que era mentira.

–Você está passando mal, me parece nervosa com alguma coisa?

–Não, não... Quer dizer um pouquinho.

A garota apertou a barriga novamente e fechou os olhos suspirando fundo.

–Quer que eu chame seus irmãos? Está passando mal Bella? Perguntou se aproximando dela.

–Não, só estou nervosa.

–Quer me contar? Perguntou Harry.

–Acho melhor não... Respondeu com os olhos fechados.

Aproximou-se dela e passou a mão nos braços gelado da garota.

–Acho que você está com dor de barriga e não quer me contar. Brincou Harry.

–Você não existe sabia Harry – falou Bella sorrindo e ficando mais linda – Posso te pedir um favor?

–Claro... Respondeu de imediato.

A garota saiu andando até a porta da biblioteca e olhou para o lado de fora. Depois se virou e ficou parada perto da porta.

–Posso ficar contigo hoje...

Harry se surpreendeu com o pedido e ficou sem reação.

–Não queria ficar sozinha. Completou a garota sem olhar para ele.

–É... É claro que pode – falou desnorteado – Mas está acontecendo alguma coisa?

–Só estou um pouco insegura. Posso te pedir outro favor? Falou a garota novamente.

–Pode...

–Não me deixa sozinha, por favor. Não me solta hoje.

Ficou ainda mais surpreso, segurou a mão dela e apertou firme.

–Não vou te soltar – falou Harry serenamente – Mas não tem motivo para ficar insegura, está muito linda.

–Valeu Harry, você é um ótimo amigo.

Os dois saíram da biblioteca juntos, não encontraram ninguém dentro da casa, todos estavam na festa. Os dois caminharam até Rony e Mione que olhavam para eles desconfiados.

–Seus irmãos estão te procurando Bella. Avisou Mione.

–O que vocês estavam fazendo sozinhos lá dentro? Perguntou Rony.

–Eu estava com um pouco de vergonha da festa e Bella me convenceu a sair. Falou Harry educado.

Bella o agradeceu com um sorriso amarelo, e ele retribuiu com um pequeno aperto em seu braço. Rodrigo e Roger assim que viram Bella veio em direção a eles.

–Estávamos te procurando – falou Rodrigo – Está tudo bem com você?

–Está sim. Respondeu Bella com um grande sorriso.

–Te procuramos e não conseguimos te achar. Disse Roger.

Roger olhou para Bella e viu que ela segurava o braço de Harry.

–Ela foi convencer Harry a sair – disse Rony – Ele estava com vergonha.

Roger sorriu para Harry e Rodrigo sussurrou um ‘’ valeu’’ para ele.

–Bom, vamos fazer uma social por aí – falou Roger olhando pra Tonks que estava falando com Moody – Você vai ficar bem com eles?

–Meninos, não estou doente. Brigou Bella com eles.

A festa estava muito boa, mas a atitude de Bella e dos irmãos dela era preocupante. Não foi difícil cumprir a promessa, gostava de ficar com ela e não foi nenhum sacrifício passar a noite com uma menina tão incrível.

–Vamos falar com meu pai... Falou Bella após cantarem os parabéns.

Entre eles e o pai de Bella havia uma grande caminhada, Neville e a avó dele os pararam para conversarem. A Sra. Longbottom custou liberar Bella, dizendo que ela era uma moça muito bonita e que seria uma ótima neta. Bella lidou bem com a situação, sendo muito educada com a mulher e deixando Neville menos envergonhado.

–Desculpa minha avó, Isabella. Pediu Neville envergonhado.

–Só Bella, por favor. E não se preocupe com isso. Falou sorrindo deixando Neville ainda mais sem graça.

Além deles, Luna e seu pai também haviam sido convidados, assim como Dino namorado de Gina, e Simas que veio junto do amigo.

Não tinha tantos colegas assim na festa além deles, mas antes de chegarem em Julius passaram pelos Chang e por Cho, que simplesmente virou a cara para ele quando passaram.

–Aquela é sua ex namorada? A tal Cho que você gosta desde a terceira série? Perguntou Bella.

–Gostava. Não gosto mais. Respondeu Harry.

–Meu Deus Harry, ela é linda – Disse Bella sorridente – Agora vejo porque se apaixonou por ela.

–Você também não é feia.

–Um elogio – riu Bella – Não me falou que gostava de asiáticas...

–Não começa Bella... Disse Harry a empurrando para o pai.

Julius deu um grande abraço na filha quando ela se aproximou dele, apresentando ela para todos os seus amigos que o elogiavam muito pelos filhos que Julius tinha. Era um homem de muita sorte, uma esposa bonita que arrancava suspiros por onde passava, dois filhos fortes e aurores, além de uma filha tão linda que parecia mais uma veela.

Depois das apresentações e elogios, ele segurou em seu braço de leve e a puxou mais para perto de Harry.

–Bella, os primos Levine estão aqui. Sei que não queria falar com eles, mas peço que reconsidere. – Falou Julius – Seus irmãos não foram muito educados e eles estão precisando de apoio.

Bella ficou calada por alguns instantes e apertou a mão de Harry com força.

–Eu vou falar com eles. Falou Bella.

Julius abraçou a filha e deu beijo em sua testa, depois apontou para uma mesa mais no canto onde duas pessoas estavam sentadas.

–Puxa está difícil acompanhar vocês hoje. Disse Rony dando um soco de leve no braço de Harry.

–Mione, Rony... Eu quero apresentar alguns amigos meus para vocês. Eles também vão entrar em Hogwarts. Disse Bella.

Os quatro andaram na direção da mesa e antes de chegarem lá foram interrompidos por dois grandes Swift.

–Vamos com vocês. Falou Rodrigo.

Bella deu de ombro. Quando chegaram à mesa finalmente eles conheceram os primos Levine.

–Bella, está tão linda – falou o rapaz moreno – Faz um tempo que não te vejo.

O garoto tinha os cabelos e os olhos escuros, não era muito alto, mas era muito bonito. Ele correu na direção dela e a abraçou, levantando-a do chão.

–Também é muito bom te ver. – disse Bella alegre – Meninos esse é Peter Levine.

Os três os cumprimentaram de longe com um aceno de cabeça, já Roger e Rodrigo apertaram a mão dele e deram tapinhas nas suas costas. Harry achou estranho, estavam tão receosos em cumprimenta-los e agora estavam abraçando ele calorosamente.

O outro menino, mesmo sendo difícil para Harry admitir era muito bonito, tinha os cabelos e os olhos claros e ficou olhando sem graça os Swift cumprimentando Peter. Bella se aproximou dele e ficaram se olhando por alguns longos segundos, ele diminuiu a distancia e a abraçou tirando ela do chão, assim como o outro. Nenhum dos dois disse nada, apenas se abraçaram e os olhos do menino se encheram de lágrimas, mas ele não chorou. Roger e Rodrigo pareceram não gostar muito do abraço deles.

–Faz algum tempinho que não te vejo, Bella. Falou o garoto encostando sua testa na dela e acariciando seu rosto com carinho.

–Se não me engano fez dois anos, ontem. Falou Bella com a mão em seu ombro.

–Me desc...

–Eu sinto muito pelos seus pais – interrompeu Bella descendo a mão do ombro para a mão dele – Meus pais estão fazendo tudo para encontra-los.

–Você sempre muito educada. Falou o garoto passando a mão livre no rosto dela.

Harry não estava gostando muito daquela conversa entre eles, era como se não tivesse mais ninguém ali.

–Também é bom te ver Brian. Falou Rodrigo ríspido.

Rodrigo e Roger apertaram a mão de dele sem o mesmo entusiasmo, fazendo os dois se afastarem.

–Meninos esse é Brian Levine. Apresentou Bella escondendo o nervosismo na voz.

Harry apertou a mão dele sem nenhum entusiasmo também assim como Rony, já Mione foi muito mais calorosa.

–Eu sinto muito pelos seus pais, Brian. – Falou Mione – Se precisar de qualquer coisa em Hogwarts pode contar com a gente, vocês três.

–Valeu Hermione. Agradeceu Peter.

Por educação os seis se sentaram na mesma mesa que os dois. Nem Roger, nem Rodrigo quiseram se levantar ou se afastar de lá e novamente isso foi muito suspeito.

Bella se sentou ao lado de Harry e segurou a mão dele com muita força, a mão dela suava e estava muito gelada, mas ela falava normalmente com os dois garotos. Vez ou outra passava a mão pelos cabelos jogando de um lado para o outro, e mesmo a conhecendo há pouco tempo dava para ver que ela estava nervosa sem deixar transparecer isso aos outros.

–Ele é seu namorado? Perguntou Brian vendo os dois de mãos dadas.

–É. Respondeu Rodrigo.

–Claro que não – discordou Bella olhando feio para o irmão – Harry é um grande amigo.

O clima voltou a ficar tenso na mesa.

–Meninos a festa está quase acabando – disse Melissa atrás deles – Está na hora de se apresentarem.

Bella revirou os olhos.

–Você prometeu que ia cantar pra ele - Falou Melissa – Faz dois anos que ele não vê vocês se apresentarem juntos de verdade. É um presente para seu pai.

–Vocês vão tocar? Perguntou Brian um pouco animado.

–Vocês tocam? Perguntou Harry para Bella surpreso.

–E muito – respondeu Brian antes dos outros – Nem me lembro da última vez que tocamos todos juntos.

–Eu me lembro. – falou Rodrigo ainda mais ríspido – Foi quando você ainda era bem-vindo.

–Rodrigo. Bravejou Melissa.

Brian ficou completamente sem graça e se calou na hora.

–Brian vai tocar com vocês, ele toca muito bem e vai representar os outros que não estão aqui. Disse Melissa.

–Não precisa madrinha. Falou o garoto sem graça.

–Eu insisto, seu padrinho vai adorar. Disse Melissa tão firme quanto Bella falava.

Melissa, Roger, Rodrigo e Brian foram para o palco improvisado com os instrumentos trouxas enquanto Bella ficou na mesa sentada com os três e Peter.

–Eu não sabia que você tocava? Falou Harry baixo para Bella.

–Não gosto mais de fazer isso assim. Disse Bella.

–Acho que vou ter que cumprir minha promessa aqui de baixo. Falou Harry dando apoio à amiga.

–Não estou muito confiante...

–Você vai se sair bem. Disse Mione.

Bella fez uma careta para amiga e subiu até o palco sem muita vontade. Harry ficou observando ela lá de baixo, desses dias que estiveram juntos na mansão hoje foi o dia que mais ficaram próximos.

–Hoje é o aniversário do meu pai, estou muito orgulhoso do senhor meu velho. Parabéns... Disse Roger se posicionando no teclado.

–Parabéns pai. Falou Rodrigo um pouco tímido na bateria.

–Parabéns padrinho, muitos anos de vida. Continuou Brian no baixo.

Bella jogou o cabelo antes de falar deixando ela ainda mais linda ao colocar o violão.

–Ela que vai cantar? – Perguntou Rony cutucando Harry – Ela falou que não ia mais cantar, e que a loja dos gêmeos foi uma exceção.

Harry só deu de ombros, até pouco tempo atrás ele nem sabia que ela tocava.

–Ela só não gosta mais disso. Respondeu Mione se virando para o palco.

–Bom, pai. Hoje é seu dia e eu só tenho a agradecer pela pessoa maravilhosa que você é. Essa canção eu mesmo escrevi, chama-se 11 vidas e é completamente sua... Feliz aniversário pai!

E na terceira baqueta, Bella fechou os olhos e os quatro começaram a tocar...

Onze Vidas

Me pareço tanto com você

Olhando dá pra ver

Seu rosto lembra o meu

Desde o primeiro aniversário

O primeiro passo

Sempre pronto pra me defender

Sempre que brigou comigo

Pra eu não correr perigo

Um herói pronto pra me salvar

E com você eu aprendi todas lições

Eu enfrentei os meus dragões

E só depois me deixou voar

Mas eu só quero lembrar

Que de 10 vidas, 11 eu te daria

Que foi vendo você

Que eu aprendi a lutar

Mas eu só quero lembrar

Antes que meu tempo acabe

Pra você não se esquecer

Que se Deus me desse uma chance de viver outra vez

Eu só queria se tivesse você

Pai

Eu sei o tempo é implacável

Afasta nossos corpos

Mas aproxima o coração

O seu nome sempre lembrado

Converso e falo de você sempre na oração

Pai

Foi muito chato crescer

Passei a não ter você contando histórias para eu dormir

Mesmo o mundo querendo me derrubar

Ao meu lado você sempre está

Pra me levantar quando eu cair

Mas eu só quero lembrar

Que de 10 vidas, 11 eu te daria

Que foi vendo você

Que eu aprendi a lutar

Mas eu só quero lembrar

Antes que meu tempo acabe

Pra você não se esquecer

Que se Deus me desse uma chance de viver outra vez

Mas eu só quero lembrar

Antes que meu tempo acabe

Pra você não se esquecer

Que se Deus me desse uma chance de viver outra vez

Eu só queria se tivesse você

Eu só queria se tivesse você

Eu só queria se tivesse você

"Pai, você diz que me criou para o mundo. Mas meu mundo é você" finalizou Bella com os olhos fechados e uma voz que ecoou pelos jardins.

A voz dela era incrível, os quatro eram incríveis. Mas Harry nunca havia escutado uma voz tão bonita na vida, nem no mundo bruxo nem nas rádios trouxas que Tia Petúnia escutava. Julius ficou emocionado com a homenagem dos filhos e do afilhado.

–Hoje eu só a tenho agradecer. Fui presenteado por ter os três filhos mais abençoados e talentosos que só me enchem de orgulho – Falou Julius alto – Agradeço a todos por sua presença, e aos meus filhos e meu afilhado pela apresentação maravilhosa, vocês são incríveis...

A festa acabou logo após os quatro tocarem e os agradecimentos de Julius. Como a maioria teria que embarcar os filhos no dia seguinte, à bagunça da festa sumiu muito mais rápido do que levaram para arrumar. Rony e Mione estavam numa missão, deixar os dois a sós, e estava funcionando.

–Mais alguma coisa que eu não sei sobre você senhorita Swift? Perguntou Harry a Bella.

–Sim, um monte. Mas isso eu te conto se ficarmos na mesma casa amanhã. Respondeu Bella com um sorriso triste e indo para seu quarto dormir.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Harry Potter e a Fênix Celestial" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.