Harry Potter e a Fênix Celestial escrita por Jessi Monteiro


Capítulo 2
A Família Swift


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo, espero que gostem



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A Família Swift

“ Os Swift são uma família bruxa tipicamente comum, a não ser pelo fato de serem considerados uma das famílias mais importantes do mundo bruxo. Sendo que praticamente todos os membros foram, são ou desejam ser aurores.

É composta por cinco membros, que foram embora para o Brasil há quase 15 anos. São os parentes mais ricos dos Weasley, que agora residiam com eles na mansão protegidos por um feitiço muito potente e antigo, Convindius.

O feitiço esconde a localização da casa e somente pode ser vista ou frequentada por aqueles que são convidados pelos chefes da família para entrar. Está situada atualmente perto do vilarejo de Ottery st. Catchpole.

Os Weasley estão morando com eles na mansão desde o dia dois de julho e Mione, amiga de Rony, a pouco mais de duas semanas se juntou a eles durante as férias de verão.

O Sr. Julius Swift é o chefe da família. Auror renomeado por seus feitos com sua esposa, trabalha atualmente no Departamento de Aurores há quase seis meses. É um homem extremamente inteligente. Tem os cabelos negros e os olhos claros e, decorrente aos treinos diários, conseguiu um corpo quase perfeito, deixando ele com a aparência de ser muito mais novo do que realmente é.

A Sra. Melissa Swift matriarca da família e a irmã caçula de Molly Weasley. Além de ser uma grande auror, Melissa, também é uma excelente medibruxa. Tem um brilhante currículo como auror e trabalha atualmente com o marido no Departamento de aurores da Grã Bretanha além de fazer alguns trabalhos voluntários no St. Mungus. É uma mulher muito bonita, com olhos claros e um longo cabelo ruivo herdados dos Prewett.

Roger Swift, 22 anos, é o filho mais velho dos Swift. Trabalha no Ministério como auror ao lado de Tonks. Assim como seus pais, conseguiu se formar na melhor escola de auror do mundo, Magic Auror, com duração apenas de dois anos, e um aprendizado maior do que todos os outros cursos dessa profissão. Tem os olhos azuis da mãe e os cabelos pretos do pai, sempre mantido em um corte curto levemente arrepiado.

Rodrigo Swift, 20 anos, é o filho do meio de Melissa e Julius (como gostam de ser chamados). Acabou de se formar auror e está realizando os testes para se tornar um auror para o Ministério Britânico. Teve muito êxito na melhor escola de auror e se formou com honras. É muito parecido com o irmão mais velho, tem os olhos azuis e o cabelo preto só que usa um corte mais comprido.

E finalmente Isabella Swift, 15 anos. Estudou e morou sua vida quase toda no Brasil e agora foi transferida para Hogwarts para cursar o sexto ano, assim como os pais e os dois irmãos tem o sonho e o desejo de se tornar uma auror. Sempre foi considerada uma menina muito bonita, desde pequena chamava a atenção por sua beleza quase surreal. É uma garota fora de série e incomum, com habilidades quase impossíveis e uma maneira diferente de lidar com as coisas.

E esses são os Swift uma família de bruxos incríveis, com um grande coração e que encantam aqueles que se dispõe em conhecê-los e a lutar contra as Artes das Trevas. ”

Assim que entrou pelo portão Harry novamente foi agarrado. Uma juba de cabelos castanhos o envolveu, o abraço de Mione quase o sufocou e ele mal conseguia entender o que ela dizia.

–Estava tão preocupada contigo, Harry. – Falou Mione o sufocando – Fiquei me sentindo péssima por estar aqui enquanto você estava na Rua dos Alfeneiros.

–Solte-o Mione, desse jeito vai mata-lo antes de ‘Você sabe quem’. – Disse Rony sorrindo – É bom de ver cara.

–Também é bom ver vocês. Respondeu Harry o abraçando.

Harry deu uma boa olhada no local. Era absolutamente lindo, tinha um jardim tão grande que se perdia de vista, bem longe perto da saída havia alguns aros de Quadribol, na frente da casa uma piscina enorme, e mais distante uma espécie de cercado.

–Esse lugar é incrível. Falou impressionado.

–Falei a mesma coisa quando entrei. Contou Mione.

Mas os pensamentos de Harry eram outros. Os Weasley não tinham condição de bancar uma casa daquelas, nunca foi segredo para ninguém que eles tinham problemas com a falta de dinheiro e de repente estavam morando com os parentes podres de rico, mesmo a Sra. Weasley não gostando muito de luxo.

A casa era fantástica, e as roupas que Rony usava também, não eram mais as mesmas surradas e velhas de terceira mão. Usava roupas novas e um tênis muito bonito e provavelmente caro. Enquanto ele analisava tudo, Rony e Mione conversavam animadamente sobre a casa e as pessoas que moravam ali sendo que ele não conseguiu escutar nenhuma palavra, tão absorto naquele lugar maravilhoso.

Assim que chegaram perto da porta, ela se abriu de uma vez para eles sem que sequer tocassem nela. Uma mulher muito bonita com cabelos ruivos e olhos azuis, usando um vestido florido e longo sorriu para eles.

–Muito prazer em lhe conhecer Harry, sou Melissa Swift. Falou a mulher ruiva

–Prazer, Sra. Swift. Falou Harry sem graça em ver uma mulher tão bonita em sua frente.

–Me chame de Melissa, por favor. Eu e meu marido preferimos ser chamados pelo primeiro nome. Quando me chamam de senhora penso que estou no serviço. Disse Melissa sorrindo.

–Desculpe-me sen... Quer dizer Melissa. Atrapalhou-se meio perdido.

Os três entraram na sala e antes de se sentar a Sra. Weasley veio correndo e o abraçou de uma vez.

–Ó Harry, finalmente você chegou, estava tão preocupada com você. – Falou a Sra. Weasley – Como você cresceu nessas semanas e está tão magrinho Harry querido... Seus tios nunca cuidam de você...

–Estou bem Sra. Weasley... Falou sem graça.

Harry deu uma boa olhada na Sra. Weasley que estava muito bem vestida com trajes bruxos de boa qualidade, mas mesmo bem vestida estava muito abatida. Tinha grandes olheiras e a aparência sofrida, devia ter emagrecido no mínimo uns 5 quilos.

–Essa é minha irmã Harry, – falou a Sra. Weasley sorridente – Minha irmã que eu não via há muito tempo.

As duas trocaram um olhar afetuoso como se abraçassem pelos olhos.

–O almoço já está pronto, Bella ainda não desceu? Perguntou a Sra. Weasley.

–Ainda não, ela foi se arrumar – respondeu Melissa – Mione você pode chamar minha caçula para Harry conhecê-la.

Mione sorriu e subiu as escadas correndo. Harry estava faminto, o cheiro da comida estava delicioso, e como não havia tomado café da manhã, sua barriga doía de tanta fome. Melissa e a Sra. Weasley foram para a cozinha arrumarem a mesa enquanto Rony resmungava sentado em uma grande poltrona.

–Bella, desce logo – berrou Rony mal humorado – Estou com fome...

Harry sorriu com o mau humor do amigo, algumas coisas nunca mudavam independente do tempo.

–Bella já desceu? Perguntou a Sra. Swift vindo da cozinha.

–O que você acha? Não podemos comer sem ela hoje? Perguntou Rony.

–Tenha modos Ronald Weasley, não foi essa a criação que te damos. Repreendeu a Sra. Weasley.

–Esse ai não tem jeito, tia...

Molly parou de falar quando a voz feminina o interrompeu. Harry virou a cabeça para a escada e seu coração pareceu falhar...

A menina mais bonita que ele já havia visto na vida descia as escadas ao lado de Mione. Tinha pensado que Melissa era a mulher mais linda que ele já viu, mas estava enganado. Aquela garota que descia as escadas era a mais bonita que um dia seus olhos tiveram o prazer de ver.

–Desculpa priminha, mas eu estou com fome... Defendeu-se Rony.

A garota sorriu fazendo seu coração disparar. Os olhos azuis dela encontraram os seus verdes, os cabelos tão negros da garota pendia até a sua fina cintura. Ela era tão linda que era quase impossível não repara-la. Vestia-se diferente das garotas que ele conhecia, usava uma blusa branca de renda e um short jeans azul curto que não era muito comum bruxas usarem.

–Harry essa é minha caçula, Isabella Swift. Apresentou Melissa.

–Prazer. Pode me chamar só de Bella, por favor. Disse a garota fazendo uma careta.

–Prazer Bella, sou Harry.

A garota o cumprimentou e foi para perto de Rony conversar alguma coisa com ele. Em seguida foi para cozinha com as outras mulheres e Mione.

–Cuidado viu cara. Já viu o tamanho do irmão mais velho dela e do pai, agora pensa no do meio? - falou Rony sorrindo – Ele é o mais ciumento...

–Cara, ela só pode ser veela.

–Não é não meu amigo. E só bonita mesmo.

Rony levou Harry até a sala de jantar para o almoço. A mesa era enorme cabia umas vinte pessoas e todos os seis sentaram próximos uns dos outros para comerem.

Para sorte de Harry, Bella se sentou ao seu lado. O cheiro da garota o fascinava, o seu apetite ao lado dela era mínimo agora.

Foi uma refeição silenciosa, de vez enquanto a Sra. Weasley fazia algumas perguntas sobre seus tios, mas não passava muito disso. Bella parecia estar tão envergonhada quanto ele já que mal falava, apenas comia e observava.

Após o almoço a Sra. Swift saiu para o trabalho e disse que voltava logo, ela tinha que apresentar um relatório ao Ministro sobre ele e estaria de volta na hora da jantar.

O começo da tarde foi meio preguiçosa, ficaram na área da frente conversando, Harry se sentou no chão ao lado de Bella enquanto Mione e Rony discutiam sobre as vantagens e desvantagens de serem monitores nesse penúltimo ano.

–Eles sempre fora assim? Perguntou Bella se divertindo com a situação.

–Desde os 11 anos. A cada ano fica pior. Respondeu Harry.

A briga dos dois já estava cansativa, Mione estava ganhando na discursão, mas Rony era persistente e não dava o braço a torcer por nada.

–Vamos dar uma voltinha? Perguntou Bella se levantando.

Harry confirmou com a cabeça e a seguiu, andaram em um silencio constrangedor até chegarem ao cercado que ele tinha visto quando chegou.

–É um aras, esses são nossos cavalos-alados – disse Bella abrindo a porta do celeiro próximo ao cercado – Vamos calçar as botas primeiro.

Bella calçou uma bota de montaria marrom e entregou uma preta com a etiqueta em nome de Rodrigo. Ele se sentiu estranho, nunca tinha calçado uma bota e ela estava meio grande no seu pé.

Nunca tinha nem chegado perto de um cavalo alado, eram lindos e pareciam cavalos normais. Havia cinco cavalos na parte maior do Aras, eram muito lindos e bem cuidados, nas outras divisórias tinha pelo menos mais uma dúzia espalhados, todos correndo livremente pelo enorme Aras que se perdia de vista.

–Como não vemos uma coisa tão grande quando estamos do lado de fora? – falou Harry analisando o lugar – Não vi nada quando estava voando, apenas mato e algumas arvores.

–É um feitiço antigo que protege a casa – respondeu Bella sorrindo enquanto acariciava um cavalo preto – Meu pai tirou do fundo do baú dos Swift há muito tempo. Meu próprio tataravó que inventou, o feitiço Convindius. Somente os chefes da casa podem convidar para entrar.

–Então é parecido com o Fidelius? Comparou Harry.

–Não tem muito haver, quando a gente analisa - explicou Bella – No Fidelius o fiel do segredo conta sobre o lugar e a pessoa pode entrar na casa ou vê-la quando quiser. Já o Convindius a pessoa te convida para entrar, mas se ela não quiser que você entre, veja ou se lembre do endereço após você sair, ela pode te proibir e você não consegue acha-la de jeito nenhum. O chefe é meu pai, mas como tio Arthur está morando com a gente, meu pai passou a liderança de chefe pra ele também.

–Isso é muito esperto. Falou Harry impressionado.

–Sim, mas dá um pouco de trabalho manter tudo em segredo –continuou Bella – Meus pais são aurores muito famosos, a vinda deles deu até no Profeta Diário quando descobriram que eles estavam trabalhando aqui...

–Acho que me lembro dessa notinha. Disse Harry.

–Pois é, temos que tomar muitas precauções para não darmos a localização da casa. Roger e meus pais não confiam muito no Ministério, eles têm quase certeza que Voldemort já colocou infiltrados para trabalhar lá então temos sempre que nos precavermos. – contou Bella – A minha varinha, a de Mione, Rony e Gina estão guardadas de forma que não podemos usar elas de maneira alguma por causa do rastreador. Provavelmente meu pai irá pegar a sua até o fim da noite e esconder no porão. Não usamos nenhuma chave de portal aqui por perto, por isso você foi para o monte, e não usamos rede de flúr também.

Harry pegou sua varinha e deu uma boa olhada, não gostava da ideia de ficar longe dela, mas sabia que era para terem maior proteção. Já tinha ouvido falar do rastreador, tinha sido descoberto no ano anterior por usar o Patrono e no segundo ano Dobby quase conseguiu fazer ele ser expulso de Hogwarts por fazer um feitiço de levitação com sua varinha.

–Vamos voar um pouco? – Perguntou Bella – Pode usar o do meu pai.

Ela apontou para um lindo cavalo alado branco que parecia saber que ele ia monta-lo. Como um pouco de cavalheirismo, carregou as celas e a ajudou colocar no cavalo preto dela. Montaram nos animais que voaram bem alto.

Adorou a sensação, era muito melhor do que os testrálios, além de serem mais graciosos no ar. Bella parecia galopar, voou para os aros de Quadribol e majestosamente atravessou por eles, feito que ele não conseguiria tão cedo usando cavalos.

Como ainda não tinham ido até lá, se impressionou com o tamanho do campo, era quase do tamanho do que havia na escola e ainda tinha uma pequena arquibancada bem alta para algumas pessoas assistirem. Realmente não conseguia acreditar que os Weasley, tão simples como são, pudessem ter parentes tão ricos como os Swift.

Não sabia em certo por quanto tempo voaram, era muito bom ter essa liberdade, sendo que havia ficado quase um mês preso na Rua dos Alfeneiros. Do alto viram Rony, Mione e Sra. Weasley os observando. Algumas pessoas entraram pelo portão e se juntaram aos três para olha-los voar nos cavalos alados.

–Vamos descer – gritou Bella – Já está bem tarde...

Harry confirmou com a cabeça e os dois desceram juntos para o Aras. Ele teve um pouco de dificuldade para fazer o animal pousar, mas até se saiu bem, desceu do cavalo rápido e quando Bella foi descer a ajudou.

Aquela garota era muito diferente, de alguma maneira ela fazia a barriga dele congelar quando ela falava ou sorria. Era tão delicada e bonita que até parecia ser de porcelana, que poderia cair e se machucar a qualquer momento.

–Você voa muito bem. Elogiou enquanto guardavam as coisas no celeiro.

–Obrigada – agradeceu com um sorriso – Eu sou artilheira, sempre joguei quadribol desde muito pequena.

–Ainda não te perguntei, você vai estudar em Hogwarts? Perguntou Harry.

–Sim... Sabemos da política da escola, de não aceitar alunos de outras escolas. Mas meu pai é amigo de Dumbledore e como viemos para ajuda-lo ele abriu uma exceção. Respondeu Bella.

Ela retirou a bota e calçou a sandália. Os dois saíram do celeiro, e Rony e Mione esperavam por eles desconfiados do lado de fora.

–Por que não me chamaram para voar? Perguntou Rony aparentemente magoado.

–Vocês estavam ocupados, nos ignorando. Respondeu Bella sorrindo.

–E o que estavam fazendo aí dentro sozinhos? Perguntou Rony com um sorriso malicioso.

–Rony, isto não é da sua conta. Brigou Mione.

–Liga não Mione, Rony quer bancar o engraçadinho para imitar Rodrigo. Ele virou o novo herói dele.

Bella empurrou o primo, pegou o boné dos Cannons e saiu correndo. Harry e Mione ficaram para trás rindo dos dois, enquanto eles corriam.

Ela parecia muito mais rápida que ele e só parou de correr quando chegou perto da piscina. Gina, Fred e Jorge que tinham chegado da loja olhavam para eles um pouco mais distante. Quando finalmente ele alcançou a garota, ela fingiu entregar o boné e quando ele foi pegar ela o empurrou na piscina de roupa e tudo.

–Não acredito que você fez isso. Disse Fred urrando de tanto rir.

Rony pareceu levar na esportiva, saiu da agua quando Harry e Mione finalmente tinham chegado perto deles e correu em direção a Bella para molha-la com um abraço.

–Seu babaca. Falou Bella se segurando para não rir.

–Temos o mesmo sangue priminha, o sangue Prewett não lembra. Falou Rony jogando ela dentro d’agua.

Depois disso foi festa. Fred e Jorge tiraram a roupa e pularam apenas de cueca na piscina enquanto Bella e Gina entraram de roupa e tudo. Harry ficou um pouco envergonhado no começo, mas entrou na agua sem camisa para se juntar aos outros. Como Mione se recusou a entrar na piscina, Rony a pegou no colo e pulou com ela nos braços molhando toda a roupa dela.

O fim da tarde parecia perfeito, o modo como se divertiam fez como se pela primeira vez naquele verão, ele tivesse uma lembrança feliz, um típico dia de verão ensolarado.

O jantar foi uma verdadeira reunião de família, na mesa havia 7 Weasley, 5 Swift além de Harry e Mione. O Sr. Swift havia pedido para ficar com a varinha dele e ele não recusou já que Bella lhe havia explicado o motivo. Harry se divertiu bastante, tinha conhecido seu novo quarto que dividiria com Rony até o fim do verão e alguns cômodos a mais da casa. Bom, pelo menos os quartos daquele lugar enorme...

No segundo andar ficava o quartos de Melissa e Julius, o do Sr. e a Sra. Weasley, e o de Gina. No terceiro andar o quarto de Fred e Jorge, o de Roger e o de Gui. E no quarto andar o dele e de Rony, o de Rodrigo e, para sua sorte, o de Bella que dormia no quarto em frente ao seu.

Quando o jantar terminou a sua curiosidade chegou ao topo. Tinha aguentando a tarde toda, mas agora queria saber o que realmente tinha acontecido com a Toca.

–Vamos dormir? Chamou impaciente.

–Mas agora? – falou Rony enquanto jogava snap explosivo com Rodrigo – Tem dó Mione...

Mione havia dado uma enorme cotovelada nele que chegou a estralar.

–Está bem vamos subir. – disse Rony acariciando a costela – Você vem Bella?

Despediram-se de todos e juntos subiram as escadas até o último andar. Harry ainda estava perdido na casa, só sabia em qual andar cada um dormia e mais nada. O quarto deles estava meio bagunçado, toalha em cima da cama, meias e cuecas no chão.

Os dois entraram correndo e foram catando tudo, enquanto as meninas riam. Bella se sentou na cama de Harry com as pernas cruzadas, e Mione na de Rony com muita vergonha.

–Bom, eu quero saber de tudo que aconteceu nesses últimos dias. Falou decidido.

–Bom...

Rony se aproximou mais de Mione e arranhou a garganta como se fosse narrar uma partida de quadribol.

–Meus tios já tinham voltado há alguns meses, mas estavam sigilosamente aqui – falou Rony – Minha mãe e meu pai já tinham vindo à mansão e jantado com eles, mas quando eu e Gina voltamos de Hogwarts e Bella e Rodrigo chegaram do Brasil, ela aproveitou para fazer um jantar para nós na Toca.

“Ela convidou Kingsley, Olho tonto, Lupin, Hagrid, Tonks e até mesmo os Lovegood. Foi um jantar muito bom, mas tanta gente que luta contra ‘Você sabe quem’ reunida é claro que não iriam deixar barato.

Além de sermos seus melhores amigos. Meus tios e Roger conseguiram prender muitos comensais espalhados pela Grã Bretanha nos últimos meses. Atacaram nossa casa do alto, ficamos meio perdidos com a confusão, mas revidamos.

Só que não foi suficiente, lançaram um feitiço das artes das trevas. Tudo pegou fogo, as arvores e a Toca. Mamãe conseguiu salvar o relógio maluco dela, mas foi só. Até mesmo o vampiro morreu no incêndio, nossas roupas, livros, moveis... Tudo que tínhamos se foi com a Toca. ”

–Eu sinto muito Rony – lamentou Harry – Nem sei o que dizer, lá era como se fosse minha segunda casa.

–Sei disso...

Rony abaixou a cabeça e ficou encarando seus dedos por alguns segundos.

–Usaram um feitiço muito poderoso. Não tem muito que fazer contra ele, Fogomaldito, destrói tudo por onde passa – explicou Mione – É impossível recuperar.

–Isso mesmo. Nem Dumbledore conseguiu, ele era a nossa última esperança. Respondeu Rony.

O silencio no quarto foi constrangedor, Harry estava sem palavras. A Toca era a sua segunda casa depois de Hogwarts e perde-la era como perder alguém muito importante na sua vida.

–A culpa é minha. Disse chateado.

–Não foi somente por causa de você, Harry. – Falou Bella quebrando o silencio – Eles fizeram isso para nos assustar também. Já te disse que meus pais são aurores famosos, são poucos que nos ligam aos Weasley e esses poucos são os comensais e os cabeças que trabalham no Ministério. Por isso achamos que têm infiltrados.

Harry ficou encarando ela, sem dizer nada, apenas prestando atenção no que ela dizia.

–Há quinze anos meus pais foram embora para o Brasil, já tinham se tornado aurores na melhor escola e já tinham nós três. Meus tios Prewett tinham sido mortos pelos comensais e meus pais estavam sendo ameaçados, eles nunca tiveram intenção de abandonar a luta. Só queriam nos deixar seguros de todos aqueles que ameaçavam a nossa segurança. – contou Bella – Não nos jugue covardes, eles tinham três crianças e eram considerados uma grande ameaça a Voldemort...

–Não acho que eram covardes. Falou Mione.

–Obrigada Mione, você é uma ótima amiga. – agradeceu Bella – Eles nos levaram para o Brasil e já estavam voltando quando tudo aconteceu e como Voldemort tinha sumido, acharam que era melhor ficarem por lá mesmo, não tínhamos mais motivos para voltar e tínhamos assuntos para resolver no Brasil.

‘’ Mas pense bem. Os comensais que hoje estão soltos, foram presos por eles também. É claro que iriam atacar as pessoas que nós mais amamos, e é claro que você também os ama. Mas não podemos nos culpar pela Toca ter sido destruída, estamos do lado certo, tanto os Weasley quanto todos aqueles que perderam suas casas e seus membros, todos assumimos esse risco. Você não pode se sentir culpado por algo que o outro escolhe. ”

Bella se calou e ficou olhando para Harry como se esperasse alguma coisa dele. No fundo ele sabia que ela estava certa, mas mesmo assim tinha sua parcela de culpa.

–Eu sinto muito – Falou Mione segurando na mão da amiga – Vocês e os Weasley são incríveis.

Harry ficou perdido em seus pensamentos, não sabia muito o que dizer, estava sem jeito em ser consolado por algo que ele tinha certeza que tinha quase 50 % de culpa. Ainda em seus pensamentos o cheiro de Bella o retirou da sua capsula.

Ela havia segurado em sua mão e olhado dentro dos seus olhos de um jeito tão meigo que o tirou da sua própria mente.

–Não precisa se sentir constrangido comigo. – Falou Bella com um pequeno sorriso – Se você quiser conversar a sós com seus amigos eu posso sair.

–Não... – Falou rápido demais e se sentiu envergonhado pela sua reação – Não precisa.

Rony começou a rir e Mione lançou um olhar engraçado para ele, o deixando ainda mais tímido com a situação. Para seu azar Bella soltou a sua mão e desviou os olhos dele.

Não tinha como não admira-la, ela parecia tão frágil e pequena ao seu lado que dava vontade de protegê-la de tudo e todos.

–Harry você sabia que Bella vai estudar no mesmo ano que a gente. Quem sabe ela vai para a Grifinória. Disse Mione.

–Sério? - Perguntou Harry contente. - Mas pensei que você tinha só 15 anos.

–E tenho. Respondeu Bella.

–Mas então você vai fazer o quinto. Corrigiu.

–Ela faz dezesseis amanhã Harry, dia 27. Disse Rony sorrindo.

Bella ficou envergonhada e ainda mais sem graça. O resto da noite foi muito divertido, conversaram sobre as histórias que tinham vivido em Hogwarts, o relacionamento breve de Harry e Cho, e Rony fez questão de falar sobre Vitor Krum para que Mione ficasse sem graça, mas Bella percebendo a intenção do primo reverteu o jogo.

–Então você e o Vitor Krum? – Falou Bella ajudando a nova amiga – Krum é um cara muito legal, o conheci uma vez passando uns dias na Bulgária, meu pai é amigo do dele e ficamos alguns dias na casa deles. Ele é incrível, melhor apanhador que já conheci, nos tornamos bons amigos. Acho que a inglesa que ele se referiu foi você.

Rony depois disso ficou calado, Mione lançou um olhar de muito obrigado para Bella e continuaram falando sobre cada pessoa que estudava no ano deles. Quando Rony voltou a falar elas já tinham ido para o quarto em frente do deles.

–Você acha que Mione ainda se corresponde com Krum? Perguntou baixinho.

–Sei lá, acho que não. Respondeu Harry com camaradagem.

Rony virou para o canto da cama enquanto Harry apenas pensava em Bella. Nunca tinha visto uma menina tão bonita na sua frente, não queria que ela saísse dali, queria ser o primeiro a desejar Feliz Aniversário a ela e conhecer mais sobre a vida daquela garota tão diferente.

Sua cabeça parecia estar girando sem parar. A Toca, a nova Família, que agora fazia parte da sua vida, e essa menina que conhecia há poucas horas, mas se sentia tão atraído por ela. Talvez ele estivesse apenas confuso com tudo isso, não estava mais loucamente apaixonado por Cho, sentia algo por ela é claro, havia gostado dela por muito tempo. Alguma coisa ainda estava ali, talvez apenas afinidade, ele não sabia.

Ele tinha muita bagagem para carregar. Tinha envolvido Rony e Mione por muito tempo e não queria envolver mais ninguém. Não tinha contado para eles a sua conversa com Dumbledore e isso o deixava sobrecarregado. Ele era uma pessoa marcada, tudo e todos que ele amava, acabava sendo destruído. A Toca e Sirius eram provas disso.

Não conhecia aquela menina tão bem, mas sentia que devia protegê-la.

Fechou os olhos pensando na impossibilidade dela um dia gostar dele, sem saber que a linda morena dos olhos azuis e cabelos negros, que dormia no quarto da frente também pensava nele.


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