Em Busca do Passado escrita por Franflan


Capítulo 14
Capitulo 12


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui de novo /
ai esta o capitulo novo de vocês, espero que gostem, pq eu acho q exagerei um pouco, talvez coloquei uma raiva maior do que devia, qualquer coisa gente por favor me digam... pq eu realmente acho q exagerei
Boa leitura
bjs



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Anny respirava rápido, seu coração estava mil e o folego curto.

–Você só pode estar brincando, papai!

–Porque querida? Endymion é um bom rapaz e seria bom ter uma aliança com o reino dele!

–Não...

Anny começou a dar pequenos passos para traz, mas logo seu corpo se chocou com outro, de uma pessoa mais alta e mais forte que ela.

–Filha o que foi?

–Eu... Eu não vou me casar com ele... não vou viver minha vida ao lado dessa... desse... desse protótipo de pessoa!

A pessoa as suas costas a segurou pelos braços e começou a força-la andar a frente. Mesmo com toda a sua relutância e a vontade incontrolável de chorar ela não conseguiu evitar ser arrastada.

–Pare com essa infantilidade Anny, eu já aceitei o pedido dele e você ira se casar com o príncipe Endymion!

Anny parou de lutar contra a pessoa que lhe segurava e encarou o pai furiosamente, seus olhos já descoloriam e tomava a tonalidade de um azul claro, a mesma tonalidade de uma agua marinha.

–Infantilidade? Você disse infantilidade? Eu não estou sendo infantil, eu só estou farta de seguir esse teatro, fingir algo que não sou eu pensei que eu conseguiria que conseguiria me manter firme, que apesar de me matar aos poucos eu iria conseguir ignorar a dor, mas quer saber, eu não consigo, não consigo esquecer que minha mãe esta desaparecida, não consigo esquecer a dor que sinto, não consigo me desprender daquilo que já vivi, diferente de você, papai, eu não consigo viver nesse fingimento, não consigo ser educada, gentil, delicada, isso nunca foi feito para mim, puxei mais da minha mãe do que você gostaria, e se você fazer uma aliança com esse dai, faça, mas não me envolva, cansei de ser a filhinha perfeita que ouve tudo calada, você e esse bando de falsos que vão para os confins do submundo, porque eu estou fora!

Todos encaravam a garota, boquiabertos, ninguém se atreveu a falar mais nada, ela se soltou já estava no meio do caminho quando seu pai se recuperou.

–Anny Rosalina Del’Voy você ira se casar com príncipe Endymion, querendo ou não!

Anny se virou para ele.

–Nem morta me caso com ele!

Anny se encontrava furiosa, eletricidade estática estalava a sua volta, ninguém conseguiria toca-la naquele momento.

–Sim você ira!

Uma voz grave ao fundo se fez presente em meio ao silencio sepulcral que a sala havia caído.

–Você não pode prometer a mao dela em casamente majestade!

O rei arregalou os olhos e encarou o homem que agora se fazia presente.

–Quem ousa refutar minha decisão?

–Príncipe Bernardo Kaldel de Le’Don, noivo de Anny!

Anny encarou o homem e a cor de seu rosto se perdeu.

–Impossível!

–Não é impossível, tanto que eu estou aqui, a mãe dela a prometeu ao meu pai a muitos anos atrás!

–Ela não tinha esse direito!

–Não só tinha como o fez então majestade, sua filha já esta compromissada!

Anny olhava para todos os presentes e finalmente rendeu-se a seus instintos, saiu em disparada do castelo, todos a seguiram, ela por sua vez assim que se viu livre das sufocantes paredes do castelo soltou um longo assobio e uma enorme égua negra apareceu relinchando.

–Vamos amiga, me leve para longe dessa loucura!

A égua relinchou feliz e saiu galopando o mais rápido que podia. Anny não pode ver que caminho seguia, seus olhos transbordavam lagrima, toda a pressão que sentira durante o tempo que permaneceu no castelo finalmente havia achado uma forma de escapar. Ela se sentia traída, perdida e profundamente magoada. A égua a levou para bem longe, passando por florestas, penhascos, montanhas e por fim chegou o um penhasco beira mar que possuía um velho chalé.

Anny desmontou da égua e sentou-se a beira do penhasco, seu rosto estava marcado pelas lagrimas, seus olhos vazios, sua vontade era de simplesmente se jogar dali, mas do que adiantaria se a queda não iria lhe matar. As lagrimas voltaram a cair, uma vontade de gritar começava a lhe tomar.

Nuvens escuras começavam a tomar os céus, raios e trovoes podiam ser vistos e ouvidos, uma tempestade se formava, porem a ruiva não se movia, pela primeira vez ela não se importava com aquilo, a tormenta dentro de si era pior do que a que se formava ao seu redor, enfim ela se pôs em pé e gritou, colocou tudo que estava entalado dentro de si para fora e finalmente a agua desabou do céu junto da revolta do oceano. Anny se voltou para o velho chalé, ele ainda estava conservado, apesar da aparência estar lhe lembrando de algo que sairá de uma estória de terror, ele ainda estava de pé e poderia muito bem abrigar alguém e pingando agua Anny entrou em seu lar depois de muitos anos afastada dele.

Enquanto andava pelo primeiro piso a marca de seus pés ficavam devido a quantidade de poeira e areia, os moveis da sala e da cozinha continuavam intactos apesar do tempo e da sujeira, ninguém havia encontrado ele durante os anos em que esteve afastada, logo ela subia a escada que dava para o segundo piso, ela foi direto para o primeiro quarto, mas nem olhou para qualquer objeto que o quarto possuía, apenas foi até a varando, onde a vista para o oceano era privilegiada, vendo o oceano revolto, as ondas batiam com violência na parede de pedra, parecia que quanto mais forte as ondas ficavam, mais a raiva da garota crescia e em uma nova explosão de dor fez ela gritar com mais força, forçando tudo o que sentia para fora, ela gritou ate se sentir fraca e seus joelhos já não suportarem seu peso e ela cair no chão de madeira, mas suas mãos ainda seguravam com força o parapeito, sua garganta ardia, seus olhos doíam e seu corpo já não tinha mais forças, por isso ela ficou ali, sentada olhando o horizonte e vendo o mar e a chuva se acalmarem.

Sua respiração se acalmava e seus olhos pesavam logo ela estava deitada no chão empoeirado dormindo tranquilamente, como se tudo o que tinha passado não passasse de um mero sonho.

Ela se sentiu ser levantada e deitada em um local macio, estava frio, mas logo parecia que sua pele queimaria com a temperatura alta, inconscientemente ela agarrou um pedaço de tecido e o puxou com força, ela sentia dor, mas não conseguia abrir seus olhos, com o passar do tempo seu corpo relaxou e novamente ela caiu na inconsciência, levada por lembranças esquecidas, lembranças de uma criança que brincava despreocupadamente perto do penhasco, que sentia que sua mãe lhe observava atentamente, d brincar em meio a flores e neve, com pequenos seres brilhantes e alguns que se pareciam apenas com gravetos ligados por folhagem e musgo, lembrava da época em que ainda era plenamente, quando deveria ter no mínimo três anos de idade, uma criança verdadeiramente feliz, mas seu sonho se torou um pesadelo quando em meio a uma tempestade a mae lhe pegou no colo, subiu em um cavalo e a levou para o castelo, ela ainda podia sentir as gotas de agua gelada batendo-lhe no rosto junto do ar gélido de uma noite de tempestade, o inverno estava se aproximando.

Anny abriu os olhos de repente e se viu deitada na cama de casal que em outrora era de sua mãe. Ela podia ouvir sons vindos do andar de baixo, mas de somente uma pessoa, mas no mínimo três, com o corpo dolorido ela conseguiu se levantar e lentamente caminhou até o andar abaixo, onde viu três homens disputando pela cozinha, uma cena um tanto cômica, devido que dois deles eram erguidos pelo colarinho pelo terceiro homem e expulso da cozinha.

–Gregory eu ainda mando em você!

–Não estamos no navio capitão e o senhor não sabe nem ao menos fritar um ovo, então deixe que eu cozinhe!

–E porque eu também estou sendo expulso?

–Porque eu não gosto de você!

Anny queria rir, mas também queria voltar para o quarto e voltar a chorar, mas aquilo de nada adiantaria a realidade hora ou outra voltaria a lhe bater e as lagrimas não poderiam impedir isso, com um suspiro resignado ela se fez presente.

–O que fazem aqui?

Tres pares de olhos se voltaram em sua direção.

–Você não deveria sair da cama princesa!

Anny olhou para o loiro e apenas bufou irritada.

–Você não me de ordens!

–Mas...

Anny lhe lançou um olhar que congelaria ate as chamas do inferno e assim fez com que ele se calasse.

–Anny ele esta certo, você não esta bem, deveria estar deitada!

Dessa vez ela encarou o moreno com o mesmo olhar congelante, porem com ele não surtiu o mesmo efeito, apenas o fez levantar uma sobrancelha.

–O que vocês fazem aqui?

Gregory enxugou as mãos em um guardanapo que levava acima do ombro.

–Ficamos preocupados com a senhorita e o mais rápido que conseguimos seguimos sua trilha, apesar dos resmungos, brigas e contrariedade conseguimos chegar aqui e o kallel lhe encontrou desacordada no chão da varanda e lhe deitou na cama, enquanto você delirava de febre nós limpamos um pouco a casa e eu já os estava expulsado da cozinha para poder cozinhar em paz!

Anny olhou para os outros dois.

–Porque só um dos três sabe responder uma simples pergunta?

Ela levantou a mao quando o loiro tentou falar.

–Sinceramente, deixe pra lá, não quero saber, só quero que vocês dois vao embora, o Greg pode ficar porque é bom cozinheiro, do resto quero ficar sozinha!

Sem esperar por resposta ela deu-lhes as costas e voltou para o quarto, mas este logo é invadido por dois opostos.

–Não vamos embora!

–Não iremos deixar você sozinha!

Exasperada ela sentou-se na cama.

–Porque não? Já fizeram isso tantas vezes, porque não agora? Só porque é o que eu quero?

–Nós nunca...

–Sim, vocês me deixaram sozinha e ainda em momentos em que eu mais precisava, agora que eu não preciso vocês querem se fazer presente? Faz favor, eu quero ficar sozinha, não quero vocês aqui, é tão difícil assim de entender?

Kallel saiu e bateu a porta do quarto, porem Nathan se manteve firme.

–Você esta doente, não irei lhe deixar sozinha!

Anny levantou-se e se pôs a milímetros do rapaz.

–Estou doente a um longo tempo e estive sempre sozinha então porque justo agora você não quer me deixar só?

Os olhos da garota se transformavam em duas fendas e o rosto do rapaz ficava cada vez mais pálido.

–N.. nu... nunca lhe deixei sozinha!

Anny agora apenas sussurrava, sua raiva não lhe permitia gritar.

–Desde o dia em que cheguei ao palácio estive sozinha, abandonada, uma intrusa em meio a um conto e fadas, você se fez presente para apenas me manter mais afastada de todos, você acha mesmo que não conhecia seus planos? Acredita mesmo que eu não vi ou ouvi o que você fez com o Bernardo? Mas sabe o porque de eu não ter feito nada?

Nathan a encarava atônito e Anny apenas continuou, sem esperar uma resposta.

–Porque eu não me importava, afinal sempre que eu tinha um vislumbre do sol alguém vinha e o retirava de mim, primeiro alguém tirou minha mãe de mim, depois um garotinho mimado retirou o único amigo que eu havia conseguido fazer, e quando eu encontro novamente a liberdade, vejo novamente o sol sou arrastada para minha prisão de luxo, o único lugar do mundo em que me mata sem ninguém perceber, mas agora chega, se vou ficar sozinha, prefiro que seja em um local em que eu esteja em paz e esse lugar nunca vai ser com você por perto!

–Anny você não sabe do que esta falando!

–Não sei? Nathan você pode não conhecer sua mãe ou aos seus irmãos, mas eu posso lhe garantir que de uma forma torta você é igualzinho a eles, uma criatura asquerosa que pensa que o mundo deve girar ao seu redor, agora se não quiser ter mais verdades esfregadas na sua cara sugiro que volte para a barra da saia da minha irmã, porque ela será a única que vai conseguir lhe engolir, afinal ela teve muita experiência com a minha madrasta!

Nathan tinha as duas mãos fechadas em punhos, seu rosto demonstrava o quão furioso estava.

–Você ira se arrepender Anny!

–Nunca me arrependerei de dizer a verdade Nathaniel, se a verdade é dura demais para você sugiro que não ande ao meu lado, pois serei seu pior pesadelo!

Um sorriso forçado se formou no rosto do loiro.

–Sua madrasta esta certa, você é igualzinha sua mãe, não passa de uma vadia!

Anny sorriu, mas seus olhos transbordavam fúria.

–Só uma coisinha pra você cãozinho da rainha, minha mãe não é uma vadia a sua alteza deve ter se confundido, afinal a vadia nessa estória é ela, disso você deve saber bem, afina deve dormir com ela também!

Antes de cometer uma loucura o loiro saiu transtornado do quarto e Anny se jogou na cama totalmente sem forças para mais nada, um enjoou se apossou do corpo dela e uma tontura lhe impediu de correr para o banheiro, ela simplesmente fechou os olhos e deixou-se ser embalada pelo sono.


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