Vencedores de Panem escrita por Daniel Vitor


Capítulo 4
Capítulo IV – Rebelde




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Capítulo IV – Rebelde

“Os andares são dispostos de acordo com os distritos, então ficamos no quarto andar” informa Hanna.

No elevador lembro-me de como foi ser aplaudida por milhares de pessoas, o sentimento de ser o centro das atenções, todos os outros tributos devem ter ficado com inveja de nós.

Quando as portas do elevador se abrem para o nosso andar Jason fala algo parecido com “Ai meu Deus”, “Bem crianças, aqui vocês ficam até os Jogos” diz Hanna. O andar é enorme, as janelas vão do teto ao chão, o sofá azul em forma de meia lua e a televisão é quase metade da parede, a sala de jantar parece que tem sempre comida a mesa.

“Por favor, você pode para de nos chamar de crianças, já temos 15 anos” fala Jason, parece que Hanna não gostou de ser corrigida, mas balança a cabeça em concordância. “Vão trocar de roupas e depois voltem aqui que Luis quer falar com vocês” avisa Hanna.

O meu quarto fica ao lado do Jason, este supera o do trem, a cama é branca sob cortinas, há uma televisão, cômodas verdes claras, e umas poltronas com um designe exótico, ando no quarto para ver melhor os detalhes, em cima da cama há um controle grande, aperto vários botões, a televisão liga, as janelas do quarto mudam a vista, primeiro para um mar e depois para uma montanha, a luz central e dos abajures começam a mudar para diversas cores e tonalidades, abro o guarda-roupa e vejo um vidro embaçado do meu tamanho, depois de alguns segundos percebo que o vidro é uma tela de computador, ligo e aparecem diversos botões, como, camisas, calças, shorts, cabelos, blusas, vestidos, entre outros, aperto vestidos e uma seleção de vestidos aparece, escolho um azul ciano e outra porta do guarda-roupa se abre com meu vestido pendura nela. Visto-me e vou para a sala.

Quando chego já estão todos acomodados, “Bem você já pode começar a falar Luis” diz Hanna.

“Uma coisa que vocês não fizeram, foi perguntar como sobreviver” Não tinha pensado nisso antes, será que tinha algo mais importante do que minha sobrevivência, “Então tá, como achamos água?” pergunta Jason.

“O chão estará úmido e haverá animais por perto” explica Luis, “Como dormimos?” pergunto.

“Procurem algo alto para se esconder e não façam fogueiras, mas o mais importante de tudo é que quando o gongo soar não vão para a cornucópia”

“Mas como vamos pegar armas e suprimentos?” Pergunta Jason, “Simples, matem alguém mais tarde”. “Temos que fazer aliados?” pergunto.

“Bom fica por gosto de vocês, mas se forem fazer arrumem aliados fortes, indico Distrito 1 e 2.”

***

Estou com aproximadamente 10 anos e como o Vitorioso do ano passado foi do Distrito 4 podemos assistir aos Jogos em casa, "Os Jogos são horríveis, 23 adolescentes morrem e um sai vivo, que tamanha idiotice da Capital fazer isso" meu pai faz uma cara de serio e briga comigo "Não fale mal da Capital, foram os Distritos que causaram isso, eles que fizeram guerra", minha irmã me arrasta para longe do meu pai, que estava fora de si, ela me coloca em sua cama "O que está acontecendo, por quê o pai está desse jeito? " pergunto.

"Não posso te explicar tudo agora, mas há uns anos atrás o papai foi levado para e Capital e mexeram em sua cabeça". Beet e eu ficamos encolhidas na cama ouvindo meus pais brigarem, “Você foi sequestrado”, “Os Jogos são cruéis”.

Acordo com as roupas e lençóis suados, nunca sei que posição tomar contra o governo, meu pai sempre me falou bem dele, mas quando vejo as coisas que eles fazem um ódio cresce em mim.

“Mags abra a porta” Jason sussurra, levanto-me e coloco um robe preto que está pendurado na porta do quarto e abro.

“Venha comigo” Jason fala e me empurra até o elevador, “Jason aonde vamos?” pergunto.

“13º andar” ele responde, as portas dos elevadores se abrem e entramos. “Depois que todos foram dormir sai para vasculhar o prédio e achei algo interessante”, o 13º andar é o terraço, “Você me tirou do quarto para me mostrar o terraço?” Pergunto. Quando chegamos ao terraço Jason caminha até a borda e me chama para segui ló.

“Não o terraço, mas sim algo que nos ajudará” diz Jason, quando chego olho para baixo e vejo 2 caçambas de lixos. “Vamos pular e fugir daqui”.

“Jason você está ficando louco, vamos pular de 12 andares e cair em caçambas, fugir de a pé para o Distrito 4” falo ironicamente.

“Mags essa é a nossa chance de nos livrarmos dos Jogos” diz Jason, “Jason isso não vai funcionar” sinto pena dele por pensar numa ideia tão estúpida assim. Afasto-me e vou para o elevador, quando olho para trás ele está pulando para fora do terraço, corro na direção da borda e vejo algo vindo à minha direção, não consigo correr e sou forçada para o chão.

“Mags levanta” Jason estende a mão a agarro e uso para levantar. “Jason o que aconteceu?” Ainda estou um pouco atordoada pela batida no chão. “Eu pulei e bati em algo que me jogou de volta” Jason explica, “Vamos embora logo antes que algo aconteça” digo.

As portas do elevador se abrem e 2 pacificadores saem, “Mas o que está acontecendo aqui, as luzes de segurança do prédio dispararam” um dos pacificadores vai até Jason, levanta a mão e desce no rosto dele, o som da mão do pacificador em Jason foi horrível, “O que vocês queriam fazer?” grita o outro pacificador.

“Estávamos sentados na borda e Jason caiu” digo.

Os pacificadores nos agarram pelos braços e nos levam ao elevador, tivemos que parar em todos os andares até o quarto, pois todos estavam descendo até o primeiro andar, fiquei apavorada com os olhares de reprovação das acompanhantes e expressões de confusão dos tributos ao nos ver, quando chegamos ao quarto andar Luis e Hanna estão nos esperando com as piores expressões que posso imaginar.

“O que vocês estavam pensando?” grita Hanna, “Vocês sabem os problemas que nós ganhamos” diz Luis, ele me olha com uma expressão de pena.

“Hanna, Mags não teve nada a ver com isso, eu a arrastei para isso, diga a eles, por favor” implora Jason, “O que eles farão com nós” pergunto.

“Não sabemos, mas temos que temer o pior” diz Hanna, “Agora vão para cama” acrescenta.

Jason e eu ficamos cara a cara ao lado de nossos quartos, “Bem, boa noite” digo e me viro para entrar.

“Me desculpe, foi minha culpa” sua expressão exprime tristeza, eu não consigo o culpar, mesmo sendo ele que causou isso. “Eu não te culpo” entro no quarto e sinto sua mãe encostar em meu ombro.

“Você sabe o que eles farão”.

“Ele nos punirão, sim eu sei”.

“Mags não se iluda, eles irão punir nossos parentes” É mentira, a Capital nunca iria machucar meus pais, ela não fará isso. Retiro sua mão do meu ombro e fecho a porta.


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