A testemunha- HIATUS escrita por Zia Jackson


Capítulo 31
Recuperação


Notas iniciais do capítulo

Então, tenho algumas coisas para falar:
— Eu não estava muito inspirada :(
— Desculpem a demora
— Tive que fazer o tempo passar, pois não conheço muita coisa da rotina de um hospital e nem como proceder com seus machucados.
— Espero que gostem.
— Agradecimentos: Duda e Bia, as únicas a comentarem.
—Dividi esse cap em dois POV's.



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Algum tempo depois...

Estacionamos em frente de casa. Tento não olhar para o outro lado da rua, para minha prisão mental, porém não consigo.

A casa está normal, exceto pelas tiras de madeira que prendem a janela. Uma faixa de interdição está rodeando o jardim, alertando que aquilo é o local de um crime.

Uma sensação de medo me invade, não só pelo fato de voltar para perto do local, mas também pelo fato de ele não ter sido preso. Os policiais estavam dando o seu melhor, mas por enquanto o monstro continuava saltitando pelo mundo , provavelmente torturando criancinhas.

– Lisa, está tudo bem? - Indaga minha mãe.

– Sim- Minto.

Diego abre a porta do carro da polícia para que eu possa descer,é realmente estranho o modo como ele anda agindo: Sempre zelando por mim.

Desço e me apoio nas muletas. Não sinto dor, os remédios que me dão são muito fortes para que isso aconteça.

Diego me conduz até a sala de estar, que virou uma espécie de quarto: Um colchão jogado no chão, roupas empilhadas, travesseiros e cobertas ocupando o sofá. Tudo aquilo era para mim.

Com a ajuda de meu irmão, sento-me no sofá.

– Precisa de alguma coisa? - Indaga - água? Comida? Quer que a mãe te ajude no banho?

– Não, não por enquanto. Só quero ficar sozinha um pouco.

Ele assente com a cabeça e sai do cômodo.

Afundo a cabeça no travesseiro. Não sinto vontade de chorar, mas sim de fugir de tudo, de não ser mais eu.

– Trouxe uns remédios - Fala meu pai.

Tento me sentar, mas uma onda de dor percorre meu corpo.

– Não faça esforço. - Ele me adverte - Deixe que eu te arrumo.

Larga o remédio sob a poltrona, depois me senta e o pega novamente. Tomo os comprimidos.

Fico parada, encarando a parede,um vazio tomando conta de mim.

– Lisa? - Meu pai indaga- Tem certeza de que está bem?

– Hã? Ah, está

– Não parecia. Ficou encarando a parede com a boca aberta.

– Fiquei?

– É. Acho que precisa dormir um pouco.

Olho para a janela, daqui dá para ver a casa de Dafne e Igor. Aponto para ela.

– O que aconteceu com eles?

– Eles?

– Os irmãos.

– Mudaram de casa, Igor e Dafne se sentem mal por tudo isso, mas ela foi uma peça fundamental nas investigações.

Ele se levanta, fechando a cortina. Depois dá um beijo em minha testa e me deixa sozinha no local.

É quando as lembranças começam a me atormentar.

* * *

Clara

Chego em casa gritando

– Lisa voltou! - Grito - Ela voltou!

– O que? - Indaga Ian, a voz meio sonolenta.

Agarro seu ombro, depois repito o que tinha dito.

– Você a viu ? Ela está bem?

– O porteiro me falou.

Ele abre um sorriso enorme.

Diana desce as escadas.

– Que gritaria é essa?

– Lisa está de volta.

– Que bom. Agora me ajudem a limpar a casa.

– Mas a gente tem que ir visitá-lá. - Falo

– Ah, Clara, como pode ser tão inconveniente? Ela precisa se recuperar, imagine só como está seu psicológico.

– Mas eu...

– Mas nada, deixe a menina descansar.

Ela estava certa.

Decepcionada, subo as escadas e vou para o meu quarto. Coloco os fones no ouvido e fico ouvindo as melhores canções dos Beatles.

Mais tarde...

Já é noite agora, onze horas e quinze minutos, para ser exata. Fiquei o dia todo tentando me controlar e não ir à casa de Lisa, mas preciso pelo menos passar lá na frente, ver se está tudo bem.

Saio do quarto na ponta dos pés, desço as escadas e abro a porta lentamente. Ela range um pouco, mas ninguém parece escutar.

Na rua está tudo escuro, não fossem os postes de iluminação eu não conseguiria ver sequer meus pés. Desde que Lisa sumiu está assim: Pessoas com medo, trancadas em suas casas assim que o sol cede seu lugar para a lua, como se fosse um tipo de toque de recolher. O condomínio não era mais tão seguro assim.

Alcanço a rua de Lisa, as luzes de sua casa estão apagadas, mas alguém varreu as folhas do lado de fora.

Ela realmente estava de volta.

Já estava dando as costas para a casa quando escuto gritos. Agudos, altos, aterrorizantes. A luz da sala de acende, seguida por mais gritos. Alguém agarra meu ombro e tampa a minha boca. Me debato, tentando afastar a pessoa de mim.

– Calma, sou só eu. - É a voz de Ian - O que faz aqui?

Ele me larga.

– Vim ver uma coisa. Você ouviu aqueles gritos?

Ele concorda com a cabeça.

– Parece que ela pegou um trauma.

Fico triste por Lisa. Resolvemos voltar para casa, amanhã é um longo dia.


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Notas finais do capítulo

Comecei uma nova fic,se pudessem dar uma força... Namoro por Aluguel, capítulo 1 | Nyah! Fanfiction - http://m.fanfiction.com.br/historia/595989/Namoro_por_Aluguel/capitulo/1/



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