Regina estava preparada para apoiar sua loira pois sabia que depois de ouvir o que tinha a dizer Emma precisaria, ela contou como foi desesperada até a casa de Branca, lágrimas escorriam pelo rosto da morena ao lembrar que poderia ter perdido Emma, contou como passou por cima de seu orgulho, para pedir que a mãe de sua amada a ajudasse, ela tentou enrolar a próxima parte o máximo que pode, colocou suas emoções na mesa, mas ela sabia que Emma era esperta e que cedo ou trade perceberia que ela a estava tentando enrolar.

–Ok Regina eu sei, já entendi que foi muito difícil para você fazer o que fez, eu sei que custou todo o que tinha em si fazer isso, e que o fez por mim, é por isso que eu te amo por pensar em mim antes de si, mas eu sei que você está me escondendo algo, então por favor, me diga, diga a verdade, não sou de cristal não quebrarei, a vida já me bateu demais e eu sobrevivi , e estava sozinha imagina agora que eu tenho a você e ao Henry, por favor me conte tudo.-Disse a loira convicta, e com um sorriso terno nos lábios encorajando a morena a seguir em frente.

–Ok, quando eu cheguei lá eu estava disposta a tudo, eu pensei que ela me ajudaria pois mesmo não gostando de mim, ela é sua mãe, e te amar é algo que deveria ser natural para ela, eu disse que precisava do sangue dela pra te salvar, e ela me impôs uma condição...

–Condição! Ela impôs uma condição para salvar a minha vida?-Brandou a loira, não com raiva mais decepcionada pela atitude da mãe.

–Sim ela impôs ela...

–Qual condição foi essa?-Perguntou a loira quando percebeu que a morena parecia exitar em dizer o que era.

–Ela pediu qu7e eu me afastasse de você, que só assim ela doaria o sangue dela.-A morena disse baixo, com a voz cansada.

–Ela pediu o que, eu não acreditou que ela jogou com a minha vida assim, você disse a ela que eu podia morrer?-A loira perguntou na esperança de sua sua mãe ter dito aquilo apenas, por não saber a gravidade real da situação.

–Disse e ela parecia que estava disposta a conviver com isso, olha Emma ela acha que eu vou te ferir por isso...

–Por favor não a defenda, sei que só está fazendo isso para que eu sofra menos ao descobrir o monstro que minha mãe é, sei que sente tanto ódio e desprezo por ela quanto eu estou sentindo agora, não acredito que ela barganhou com a minha vida.

–Meu amor eu sei o quanto deve estar doendo...

–Não você não sabe, sua mãe te amava, ela nem tinha um coração mas lutou por você, mesmo sem um coração ela conseguia nutrir sentimentos bons por você, poderia não ser o bastante, mas ela jamais deixaria que você morresse se ela pudesse impedir.-A loira estava sem chão as lágrimas rolavam por sua face, Regina vendo o estado da loira a abraçou forte, e deixou que ela chorasse aqueles sentimentos ruins que estavam dentro dela naquele momento.

–Eles não me amam, nunca vão me amar, meus pais adotivos me abandonaram, meus pais biológicos me viraram as costas única e simplesmente por que quero ser feliz ao lado de quem eu escolhi, eu menti não posso suportar isso, não se eu continuar sendo eu mesma, não essa Emma idiota que acredita no amor, no perdão.-As palavras da loira eram firmes e cheias de sentimento.

Regina que mantinha a loira em seus Braços sentiu algo diferente na loira, ela olhou para cima para ver, uma Emma transtornada, parecia que estava perdendo o controle de sua magia mas era diferente das outras vezes, ela não sentiu aquela magia protetora e acolhedora que emanava da loira, esta vez ela sentiu algo escuro e sombrio, Regina levantou seu olhar para que seus olhos alcançassem os da loira, e as orbes outrora verdes claras agora estavam escuras, um verde mais denso, Regina precisava controlar aquilo, porém não sabia como, como impedir que sua loira se corrompesse, e não sabia também como aquilo podia estar acontecendo pois, a essência de Emma era o amor a magia dela era Branca por natureza, nunca viu nada como aquilo antes, sem saber mais o que fazer a morena se concentrou em abraçar a loira para que assim ela se sentisse mais amada.

Henry não podia acreditar no que havia acabado de ouvir, ele sabia o que sua avó pensava sobre o amor de suas mãe mais nunca pensou que ela chegaria tão longe, ele saiu em busca de algo para beber, ele tinha que pensar em uma forma de ajudar sua mãe.

O menino estava correndo pelos corredores pois queria beber logo sua água para voltar e ajudar sua mãe, ele estava com tanta pressa que não notou que alguém vinha em sua direção até que esbarrou na pessoa, Henry parou e olhou para frente, a sua frente estava David o ex rei ainda estava de pé ao contrário do garoto que havia caído com o impacto.

–Sai de perto de mim não quero falar com vocês.-Disse o garoto estava furioso com a atitude da avó, e quando viu o avô pensou que ela estaria por perto afinal aos dois estavam sempre juntos.

–Henry eu vim ver a sua mãe, a Emma como ela está?-perguntou O ex rei realmente havia ficado preocupado ao ouvir que a filha estava no hospital.

–viva apesar de vocês.-O menino respondeu ríspido.

–O que Henry? O que você quer dizer com o “apesar de nós.”

–Não finja que não sabe, quer saber até ela tem um limite, ela é boa mas espero que ela nunca perdoe vocês por isso pois eu sei que eu não vou.-O garoto estava descontrolado, já falava aos berros chamando a atenção de todos para os dois.

–Henry eu realmente não sei do que está falando surgiu algo estranho na floresta , as pessoas estavam reclamando e eu fui averiguar, fiquei na floresta a noite todo depois daquela discussão que tivemos na sorveteria.-Respondeu o homem realmente confuso, ele de fato não sabia o que estava havendo.

–Então você realmente não sabe.

–Olha Henry eu sei que toda essa situação da Emma com a Regina é estranha, sei que fiquei contra mas, ontem quando sua mãe defendeu a Regina eu vi algo, quando elas se levantavam uma pela a outra eu vi que aquilo era amor, sei que vai ser difícil, mais eu tive algum tempo na floresta sozinho e lá eu pude pensar, sei que vai ser duro de aceitar, mas não leve para o lado pessoal, apesar de ter todos os motivos do mundo para odiar a sua outra mãe , não é isso que faz com que eu não consiga aceitar que ela fique com Emma , Emma é minha princesinha, ninguém jamais será bom o bastante, mas aquilo que vi ontem, era aquilo que eu sempre sonhei para ela alguém que a amasse mais que a si mesmo como eu amo sua avó, pode demorar mas eu me acostumo com isso, foi isso que eu vim dizer, sei que sua avó aceitará...

–Vovô fico muito feliz que você tenha aceitado, ou quase, isso o que minhas mães tem, seu que isso será muito importante para a minha mãe ainda mais agora, mas quanto a minha vó ela não chegará perto da minha mãe nem agora nem nunca porque eu não vou deixar, não depois do que ela fez, não depois do que ela disse.

–Henry o que houve?

Henry viu sinceridade nos olhos do avô então, decidiu contar tudo o que tinha escutado da conversa de suas mães.

No quarto Emma ainda estava descontrolada, Regina tentava seu melhor para trazê-la de volta, porém, a loira não ouvia, só fazia chorar, seu aura estava cada vez mais escura, seus olhos cada vez mais sem vida, aquele era o pior medo de Regina se realizando bem diante de seus olhos pois Emma era sua luz, e ela estava vendo sua luz se apagando bem diante de seus olhos, sem poder fazer nada a respeito.

– Meu amor volta, volta pra mim Emma, você não é assim, reage.- A morena tentava chamar a atenção da loira.

– Não dá doí demais saber que eles não me querem, que não me amam.-Respondeu a loira entre soluços e lágrimas.

–Eu te quero e te amo Henry também te ama e nós, a sua família precisamos de você.-Regina tentava argumentar com a loira sem deixar transparecer seu medo.

–Por que? Regina porque eles não podem me amar por quer?-A loira continuava chorando sem parar.-O que tem de errado comigo?

–Nada meu anjo não há nada de errado contigo, agora por favor volta pra mim, olha olha nos meus olhos , eu sim te amo por favor não me deixe.

–Não consigo está ficando escuro, eu tento focar em outras coisas mas não posso, só vejo eles, eles não me querem.- A loira gritava e seu semblante era de pura dor.

Henry contou para David tudo que ouviu o ex rei estava transtornado, não podia acreditar que sua esposa havia feito e dito aquilo, ele sabia que havia dito a Emma coisas que a magoaram muito também , mas foi de boca para fora e cabeça quente, havia se arrependido de tudo o que havia dito, e rogava aos céus para que sua filha fosse capaz de perdoá-lo, jamais abriria mão de sua filha como havia dito, já a havia perdido vezes demais e não permitiria que isso acontecesse novamente, ele estava disposto a dizer isso para ela, não podia acreditar que sua esposa que a mulher que ele amava, estava disposta a abrir mão de sua filha, de deixá-la morrer por conta de uma escolha, tá certo que ele a principio não aceitou bem, mas quando ele viu que aquilo estava fazendo bem para Emma que a estava fazendo feliz, ele mudou de ideia, era essa sua função de pai mostrar para sua filha o caminho certo a seguir, e estar lá para ela quando ela caísse, ele jamais poria a vida de sua princesa em negociação pelo que quer que fosse, as novas informações assombravam a mente dele, junto a novos sentimentos, o medo de não conseguir o perdão da filha, o desespero por ter falhado com sua menina mais uma vez e a decepção para com Branca, foi no meio desse turbilhão de sentimentos que ele ouviu ao longe os gritos de sua menina, e a voz elevada e chorosa de uma Regina desesperada pedindo para que ela voltasse, sem pensar usa vezes David correu ao auxilio de sua princesa, Henry que estava bem do lado do avô dando um tempo para ele assimilar toda aquela história também correu ao encontro de suas mães.

O ex rei não estava muito longe do quarto por isso não demorou muito a chegar, quando entrou viu que sua filha estava envolta por uma espécie de magia, Regina estava abraçada a loira como se sua vida dependesse disso, a morena chorava junto da loira, que só fazia repetir “ Por que eles não me amam Regina? por que?” a morena , continuava jurando seu amor pela loira que permanecia naquele estava de quase transe, David olhou nos olhos da filha e viu que naqueles olhos não havia luz, o cor deles estava mais escura, não era a sua Emma ali.

–Emma sou eu seu Pai.- Disse o homem tentando chamar a atenção da loira.

–Não, não é, meu pai não me ama.-Disse a loira entre lágrimas .

–Não minha princesa sou eu e eu te amo, mais do que jamais pesei que poderia amar outro ser.-Tentou o ex rei mais uma vez trazer sua filha de volta.

–Não ela não me quer e você também não, você mesmo me disse isto, vocês disseram, eu tentei tentei ser boa, mas não importa o quanto eu tente nunca é o bastante nunca.- A loira levou as mãos até os ouvidos e fechou os olhos com força, quando fez isso, uma rajada de vento gelado invadiu o ambiente, os vidros em volta quebraram, meio que explodiram, David vendo que ali estava ficando perigoso, empurrou o neto que assistia tudo a seu lado, como estavam perto da porta não teve muito trabalho para t8irá-lo dali, quando o menino estava do lado de fora ele trancou o quarto, o menino bateu e gritou mas nada adiantou.

–Meu amor eu te amo, e nada que você faça será capaz de mudar isso, te amo mais que tudo na vida, eu seu o que sua mãe fez, o que ela disse mas eu não concordei com isso, estou aqui meu anjo estou do seu lado, te apoio no que você decidir serei seu pai, seu amigo ou seu irmão, serei o que você quiser que eu seja, não digo que morro de amores por Regina mas a aceito por que assim você decidiu, porque seu coração a escolheu, princesa volta, por favor volta o papai está aqui.-Disse o ex rei se aproximando.

–Papai está tão escuro.-Respondeu a loira retomando enfim o controle.

–Isso meu amor volta, estamos aqui eu seu pai está aqui meu anjo e ele te ama Emma, te ama muito.-Disse Regina emociona e olhando com gratidão para seu ex inimigo.

– Eu não posso não consigo, doí, doí muito.-Disse a loira.

Regina sabia que essa dor não era física bom, não em relação as feridas pois ela mesma estava segurando Emma a impedindo de se ferir, as feridas não haviam aberto, o que a loira estava relatando só podia ser uma coisa, magia.

–Consegue eu sei que consegue estamos aqui por você.-Disse David.

–Papai, Regina!!!- a loira gritou, era um grito de dor agudo, ela voltou a fechar os olhos e uma aura se espalhou pelo quarto, era uma aura negra com dourado, era como se alguma maldição tivesse sido quebrada.

Emma meio que congelou, seus olhos estavam arregalado, mas ao contrário de alguns minutos atrás, não estavam mais vedes escuros, um permanecia no tom escuro quase preto, enquanto o outro estava na coloração normal, um verde brilhante e cheio de vida, não houve tempo para assimilar tal mudança pois tudo aconteceu muito rápido, a loira não permaneceu muito tempo consciente pois desmaiou nos braços de sua amada , que a seguravam com força, David que a essa altura já estava muito próximo ajudou a colocá-la na cama deitada, já que antes ela estava sentada e foi chamar Whale.

Não demorou muito e o médico apareceu, e fez todos os testes possíveis e não deu nada, ele então saiu e foi ao encontro de David e Regina, que estavam com Henry do lado de fora desde que o médico entrou e os expulsou para poder cuidar de Emma, ambos muito preocupados com o bem estar da loira nem brigaram muito, apenas aguardaram, quando viram o médico eles correram para saber o que havia ocorrido.

–Temo dizer que não posso ajudá-los não achei nada de errado com Emma.

–como não Whale ela desmaiou em meus braços isso não é normal, tem de haver algo errado.-Disse Regina já alterada.

–Sim Regina eu disse que não achei nada errado, e não que não havia nada errado, porém, se assim houver não há mais nada que eu ossa fazer.-Disse Whale frustrado.

–Como assim? O que você quer dizer?- Perguntou David.

–O que tem de errado com a minha mãe?- Henry se levantou e perguntou após o avô não dando tempo do médico responder a primeira pergunta.

–Vejam bem, Emma é um ser mágico, seu físico está bem, suas feridas estão curando bem e muito rápido por sinal, é como se fosse mágica...

–Sim os seres mágicos curam mais rápido.- Respondeu Regina inconscientemente.

– o que eu quero dizer é que se houver algo de errado é com a magia dela e se for esse o caso não é comigo que devem falar, devem falar com o se...

–Gold.-Foi Regina quem respondeu cortando o médico.

Henry e David a olharam assustados pois quando Gold tinha de se envolver nas coisas geralmente eram coisas muito ruins, era geralmente onde os problemas começavam, numa certa loja de penhores.