A busca pelo Girassol. escrita por Mina Phantonhive


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Bom, aqui temos mais um casal, dessa vez yaoi! E temos o preludio da aventura de nossos garotos, sem falar de Kardia falando sobre quem está procurando. =]



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Os três cavaleiros arrumaram suas coisas, sim, porque Albáfica sabia onde era o campo de girassóis e estava curiosíssimo em saber quem era Seraphina e a mulher que Kardia estava interessado, sem falar que precisava de algumas dicas sobre o que fazer em relação a Agasha.

Estavam com as provisões prontas e adentraram a casa de Capricórnio e como por encanto, suprimiram o cosmo, mas nada poderia prepara-los pela cena que se desenrolava, o que fez Degel suspirar e realmente se considerar um intrometido.

“Sísifo, me largue! Isso é loucura, não podemos. Não devemos. Ambos somos homens.” El Cid gaguejava, seminu.

“Fala como se fosse a primeira vez que fizéssemos isso. Isso não impediu antes, agora Athena deu a sua bênção. Diga-me o motivo.”Sisifo beijava o pescoço do amante.

“Oras, você faltou partir Degel ao meio quando ele disse que queria uma vida mundana e agora está aqui? Explique-se.” El Cid se desvencilhou.

“Fiquei com inveja da coragem dele, oras. Espero que ele e Kardia se acertem.” Exacerbou-se o sagitariano

“Não é de Kardia que ele está falando, e isso não se aplica ao nosso caso. Era errado antes e é errado agora.” El Cid argumentou.

“Como sabe de quem ele está falando e como assim não se aplica? Quer dizer que pra gastar a emoção da batalha tudo bem nos enrolarmos nos lençóis e fazermos amor até desmaiar, mas para ficarmos juntos e aproveitar essa suposta vida que nos foi oferecida é errado? O que seria certo na sua opinião? Porque eu o amo como homem e como companheiro de armas e amigo e eu sei que sou correspondido. Amo o homem que é, amo seu corpo, amo sua persistência, seu foco, sua tenacidade, amo a sua coerência, embora ela não esteja presente neste exato momento, já que me expulsa. Que infernos homem, aceite de uma vez.”

O momento parecia tenso, tanto que os três cavaleiros se viram rubros e com a respiração controladíssima. Degel ficou impressionado com o reverberar de sua atitude, Kardia parecia que iria explodir de tanto rir e Albafica se via mais desorientado do que um cego em uma batalha, mas não Asmita no caso e ele quase se enveredou por uma linha de pensamento, mas focou-se no que estava acontecendo à sua frente e quase perdeu o que El Cid estava dizendo.

“É a primeira vez que o vejo tão alterado com algo que não diz respeito ao Santuário em absoluto. Eu estou ponderando porque você é desse jeito. Não aceita quando as coisas são fáceis. Tanto que até tentou argumentar com Athena quando era uma coisa que aparentemente você queria também. E eu nunca iria lhe recusar, sabe bem disso. Apesar de que você é o único homem que eu tocaria. Lembrei-me que eu ainda não tenho certeza que estou vivo, faça o favor de me mostrar.” El Cid disse se despindo sorridente.

Os três ficaram mais do que consternados e o aquariano não imaginava que Sisifo e El Cid tinham um romance, aquilo era um romance, mas quando os gemidos começaram, ele teve a real certeza e achou de bom tom sair correndo em disparada para a outra casa, que saberiam estar vazia, já que seu dono se encontrava muito ocupado no presente momento.

Quando chegaram na casa de Sagitário, Kardia explodiu em risadas por causa do rubor nas faces de seus companheiros, que o olharam com uma indignação tremenda no olhar.

“Oras, não me digam pra não rir. Não tem como. Olhem para vocês. São homens e estão com essa vergonha toda e sério mesmo que foram surpreendidos por isso? Albáfica eu até entendo, já que ele não interage muito com o pessoal, mas Dégel, é do lado da sua casa, que é isso homem?”

“Como você podia imaginar isso?” Degel falou debilmente.

“Oras, ali está a fidelidade a Athena em carne e osso e muita luxúria, meus caros. Nunca que colocariam outra mulher à frente dela, mas nenhuma lei fala nada sobre homens, certo?” Kardia respondeu logicamente.

“Como?” Albáfica questionou.

“Calma gente, não achem que terão que se relacionar com homens somente por causa da lei. Os dois se gostam porque sim. É a pessoa. El Cid teve uma namorada antes, uma tal de Mine, Mime, não me lembro bem e ele diz que Sísifo o lembra dela, então ele se apaixonou pela pessoa de Mine em Sísifo, algo assim. Eu prefiro mulheres, pra ser bem sincero, mas toda a forma de amor é justa, não acham?”

“Não é disso que estou falando. Não viu que Sísifo acha que nós dois somos um casal? E eu não tenho nada contra os homens se amarem, oras.”

“Sisifo é um Albafica também. Qualquer um que converse com você sabe que tinha algo inacabado em BlueGard, por favor. Até parece. Tanto que El Cid sabia que não era eu, ou por acaso não ouviu isso?”

“Podiam ter achado que era um homem, não?”

“Degel, e se acharem? Você sabe que Seraphina não é um homem, certo? Se ela é irmã de Unity, a não ser que ela seja como aquele espectro que Manigold enfrentou. Você sabe o nome Albafica?!”

O pisciano que já estava pensando em Agasha novamente e adicionando uns movimentos que tinha visto Sísifo fazer, voltou a si respondendo que o nome do espectro era Verônica.”

“Seraphina é um homem Degel?”

“Não.”

“Como tem tanta certeza?” Kardia instigou.

“Porque eu já a vi tomando banho uma vez.” Degel respondeu cobrindo o rosto com as mãos.

“OOOOOOOOOOOOH! Meu Zeus, que garoto danado você era Degel. Eu não acredito que fez isso.” Kardia fez troça.

“Mas..mas..ma..mas eu estava pra vir pra cá. Na verdade eu já era cavaleiro e foi logo depois da minha missão com meu mestre Krest e com Madame Garet, logo quando eu arrumei esses óculos. Foi sem querer.” Degel tentou se explicar.

“Descreva como foi, oras.”

“Como ousa pedir isso Kardia? Que espécie de homem você é?”

“Descreva logo Degel, sabe que estamos morrendo de curiosidade!” Albáfica exclamou.

O escorpião e o aquário olharam para o colega pisciano que ruborizou por pura conveniência e riram muito.

“Depois que a salvei e nos despedimos, ela me pediu para ficar com a mecha dela que a Madame tinha retirado, como uma lembrança dela e eu disse que não precisava. Ela ficou meio triste e eu não entendi o motivo, contudo me falou que precisava ir aos aposentos para pegar seus pertences. Me prontifiquei a acompanha-la e entrei na sala e ela começou a se despir e terminou no banheiro, mas até aquele momento, ela tinha pensando que eu me viraria para respeitá-la e a minha luxúria tomou o melhor de mim. Porque era o que eu sempre fazia, porém naquele dia, depois de tê-la em meus braços, achei que poderia olhar só um pouco. Fiquei com meus olhos cravados naquele corpo que era emoldurado pelos cabelos prateados, claro que eu a via de relance, certo? Ela não podia saber que eu era uma espécie de pervertido, mas eu a vi completamente e ela é a mulher mais perfeita do universo.” Degel ruborizou.

“Uau. Não esperava gelinho. Vamos encontrar essa mulher então.” Kardia cantarolou.

“Nada disso, antes de irmos, é a sua vez de dividir algumas coisas, meu caro escorpião.” Albafica disse.

“Como assim Albafica?”

“Oras, aparentemente você sabe tudo de todos e você? Também não tem uma mulher que quer encontrar?? Quem é ela? Como a conheceu? Verdade seja dita, eu ouvi tudo que você e Degel falavam na casa de Aquário.” Albáfica respondeu.

“Não sei do que está falando.” Kardia desconversou.

“Claro que sabe – Degel interveio – ficou falando de luxúria e ter uma mulher que nutre um interesse carnal. Claro que sabe e ficou esfregando na nossa cara a sua tão falada experiência. Conte-nos Kardia.

“Bom, ela é uma taverneira.” Kardia iniciou “ e eu a conheci quando fui em uma missão, antes de Sasha despertar como Athena.

“Se envolveu com uma estranha em uma missão?” Albafica perguntou.

“Oras, ela tirou uma presa do meu coração em chamas, não é todo dia que isso acontece.” Kardia completou maroto.

“Como assim?”

“Nessa missão, apareceu um sacerdote asteca que queria ser um deus e disse que precisava do meu coração para tal, mas na verdade, a deusa era Calvera, a encarnação de Quetzalcoatl e nós criamos uma conexão muito interessante. Ela é uma deusa mesmo. Em vários aspectos. Não teme a hierarquia dos deuses, é muito inteligente, divertida e tem um fôlego, meu amigo, que eu agradeço mil vezes por tê-la encontrado. E ela é muito interessante para uma mulher.

“Parece que há mais aí do que somente luxúria, Kardia.” Degel atentou-se. “ E você acha mulheres inferiores?”

“Do que está falando? É pura luxúria, nada mais além de luxúria. Por gentileza. Só estou com necessidade de sentir o calor de uma mulher. Será que é pedir muito? E não, não acho mulheres inferiores.”

“Tem certeza Kardia?” Albáfica perguntou

“Claro peixe.”

“Peixe?”

“Rosa piranha?”

“Prefiro peixe.”

“As mulheres são um enigma, peixinho. Não são inferiores, são diferentes e eu não sei explicar, oras.”

“Pra uma criatura que se gaba tanto de saber sobre o sexo feminino, está com um problema sério, inseto do rabo torto.” Albafica disse.

“Espera. Para tudo! Meu Zeus do céu, você fez uma piada? Fez uma brincadeira com outra pessoa? Tirou sarro de mim? Dégel, reze porque o mundo vai acabar e não vamos ver ninguém.” Kardia riu.

Enquanto o aquariano quase cedeu à tentação de fazer uma pequena prece, Albafica fez um beicinho, bufou e tentou distraí-los. “Então Kardia, diga-nos como a abordou. O que fez?”

“Humm..eu não realmente fiz nada além de ir lá falar com ela. Mesmo quando eu caçoava do trabalho, já que ela era realmente uma deusa e estava como uma taverneira e ela me enxotava, eu sabia que era com um carinho especial. Eu queria vê-la e queria que ela se lembrasse de mim. Queria vê-la nervosa somente por minha causa, despertar algum sentimento nela, nem que fosse para jogar copos em mim.” Kardia disse sorridente.

“Acredito que você tenha alguma espécie de masoquismo, Escorpião.” Albáfica concluiu.

“Eu só não quero se esquecido.”

“Narcisista?”

“Não. Notável, inesquecível, marcante. Só isso! É pedir demais?”

“Em um mundo onde os planetas se alinham praticamente conspirando por nossas vidas amorosas, não é não.”


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