Everything Is Changed escrita por Isa Pevensie Jackson


Capítulo 3
Você continua me deixando louco, Cambridge


Notas iniciais do capítulo

Olha o capítulo novo, genteee
Espero que estejam gostando da fic. Continuem acompanhando. Beijos.
Pov Pedro



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Acordei com uma puta dor de cabeça. Ressaca. Ontem a noite eu havia realmente exagerado na dose. Senti uma mão no meu peito e olhei pra garota que dormia ao meu lado. Qual era mesmo o nome dela?

Levantei-me e acordei-a. Ela olhou em volta, confusa, mas sorriu maliciosamente ao me ver. Tentou vir me abraçar e beijar, mas logo a impedi.

– Já chega. – falei, grosso – Pode ir embora agora.

– Então é isso? – ela questionou – Foi só uma transa?

– Foi. – respondi dando de ombros

Ela bufou e rapidamente se vestiu. Quando saiu, bateu a porta, o que fez Susana levantar e vir ver o que havia acontecido. Infelizmente, a garota esqueceu um dos sapatos na sala, que não passou despercebido pela minha irmã.

– Mais uma, Pedro? – ela perguntou, em tom de repreensão.

– Cuide da sua vida, Susana. – falei

– Pra que tudo isso? – ela perguntou de novo – Sabe que não vai esquecer a Estela assim, não é?

– E quem disse que é por ela? – retruquei – Não me importo com o que ela pensa.

– Ta bom. – disse Susana – E nossa mãe é virgem.

Fiquei quieto. Era óbvio que eu me importava com o que Estela pensava. Queria que ela sentisse ciúme. Porque eu sentia dela. Ainda mais quando eu vi aquele londrino idiota chegando aqui com um monte de malas.

– Você tem aula hoje? – perguntou Susana, pra quebrar o gelo

– Tenho. Daqui a pouco. – respondi – Desculpe por ser grosso, Su.

– Tudo bem. – ela disse – Só quero o seu bem, Pedro. E você não vai ficar bem se continuar com essas bebedeiras.

– Confia em mim. Não vai acontecer nada.

Em seguida voltei para o quarto e me arrumei pra ir pra faculdade, deixando Susana com uma expressão de desconfiança no rosto.

– ~-

– Eu to dizendo, Pedro – dizia Caroline – Eu não vou dar o braço a torcer com o Igor. Ele que venha me pedir desculpas, se ele quiser voltar.

– Você é que sabe. – falei dando de ombros.

Ela revirou os olhos e sentou no meio fio. Estávamos no estacionamento da faculdade, esperando as aulas começarem. Eu estava preocupado com a Carol, pois ela estava bem estranha desde que terminou com Igor.

Fui tirado dos meus pensamentos com um carro azul buzinando na minha frente. Acho que o motorista queria a vaga na qual estávamos parados. Dei lugar para o cara estacionar. Só então notei que conhecia aquele carro. Um porshe azul. Maldição.

Nem terminei meu pensamento e Estela saiu do carro. Bem diferente do que a que eu vi no prédio nos últimos dias. E mais parecida com a que eu namorei. Bonita, confiante e cheia de estilo. (Roupa Estela: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=137406705&.locale=pt-br ). Senti Caroline me cutucar. Estela me olhou e sorriu. Um belo sorriso, diga-se de passagem.

– Obrigada por ceder o espaço que na verdade seria meu. – ela comentou – Desculpe se incomodei.

O sarcasmo escorria de suas palavras. Estela continuava sorrindo de forma doce. Eu segurei a vontade de xingá-la. Ao invés disso, resolvi jogar da mesma maneira.

– Agradeço por não ter atropelado a gente. – falei – Porque, delicada do jeito que é, você com certeza o teria feito.

– É, é possível. – ela concordou, fazendo uma cara de pensativa – Ou não porque não valeria a confusão que eu teria depois.

Então ela passou por nós, indo em direção ao prédio. Não era novidade, mas todos a olhavam. Por mais que eu a odiasse, ela era definitivamente linda.

– Pedro, para de babar! – mandou Caroline, vendo minha expressão.

– Cala a boca, Carol. – resmunguei

– Ela é muito bonita. – ela comentou – E tem muito estilo. Não é de se admirar que ela chamou sua atenção.

– Sabe que falar isso não me ajuda, né?

– Sei. Mas ficar com garotas comuns em festas também não ajuda. – retrucou Carol

– É, mas pelo menos me distrai.

Caroline apenas suspirou e me puxou. Ela odiava esse meu lado cafajeste, mas ela sabia que eu jamais seria assim com ela. Caroline era minha melhor amiga. E eu a amava do mesmo modo que amava Susana. Elas, junto com minha mãe, eram as mulheres da minha vida.

Enquanto andávamos em direção as nossas salas, senti alguém me abraçar por trás. Nem precisava me virar para saber que era. Kelsey. Uma garota com quem eu havia ficado por uma semana, mas que achava que ainda tínhamos algo.

– Bom dia, gato. – ela disse, tentando soar sedutora – Que tal sairmos hoje pra comemorar o começo das aulas?

– Kelsey, pela milésima vez, nós não vamos mais sair juntos. – respondi, entediado – Procure outra pessoa, ok?

– Mas eu quero sair com você, Pedrinho. – ela choramingou

– Desculpa. Não vai rolar.

E saí. O menina chata. Grudenta. Me fazia lembrar a Daisy. O que será que teria acontecido se eu ainda estivesse com ela? Provavelmente, não estaria aqui babando novamente pela Cambridge enquanto ela seguia sua vida de maneira normal, como eu deveria ter feito.

E o pior era saber que parte da culpa era minha. Eu havia sido muito grosso com ela. E ela me odiava. Porém, seríamos obrigados a conviver, não só na faculdade, mas também em casa, porque com certeza ela e Susana iam sair juntas e tal.

Com esse pensamento nem um pouco positivo, segui para a minha primeira aula na faculdade, ainda pensando em como suportaria daqui pra frente.

– ~-

– Graças a Deus a aula acabou. – reclamou Carol – Não agüentava mais aquele professor machista metido a sabe tudo.

– Você esperava o que? – retruquei – Professores super bem-humorados? Isso é faculdade, Carol.

– Eu sei, mas...- ela interrompeu a fala focando o olhar na entrada da cantina

Direcionei meu olhar pra lá e mal pude acreditar no que vi. Estela e Igor entrando juntos. Conversando como melhores amigos. Boa Estela. Já começou fazendo merda.

– É uma otária mesmo. – falei, me referindo a Estela – Já tem que sair por ai dando em cima do primeiro que aparece. Relaxa, ele vai se tocar que você é melhor, Carol.

– O que? – Caroline se fez de desentendida – Não sei do que está falando.

– Deixa de ser mentirosa, Caroline. Sei que você se importa.

– É que ela é tão bonita! – ela falou, suspirando – Como eu posso competir com isso?

– Eu acho você mais bonita do que ela. – falei – E o Igor com certeza gosta é de você.

Caroline parou e pensou uns instantes. Depois me olhou, parecendo me analisar. Então arregalou os olhos de repente e sorriu.

– Você está com ciúme dela!

– O que? Está louca?

– Está sim. – ela falou, rindo em seguida – Ah, Pevensie, você não me engana. Está fuzilando o Igor com o olhar.

– Por causa de você. – me defendi

– Mentira. Você está doido de ciúmes da Estela. Admite logo, vai.

– Ok. Você ta certa. – falei abaixando a cabeça – Estou morrendo de ciúme dela. Ainda sinto algo por ela.

Nesse momento, ouvi uma risadinha e vi o assunto passar na frente da minha mesa. Droga. Agora ela ia com certeza me provocar ainda mais. Olhei com raiva para Caroline, que levantou os braços em sinal de rendição.

– Não vi que ela estava aqui perto.

– Tudo bem. – respondi – Eu não devia ter falado nada.

– Pense positivo. – Carol falou, animada – Talvez isso faça ela admitir que ainda gosta de você e vocês se acertem.

– Não quero me acertar com ela. – discordei – Quero esquecê-la.

– Boa sorte com isso. – ela desejou

Caroline mais uma vez tinha razão. Ia ser praticamente impossível esquecê-la vendo todos os dias. Mas o que mais eu ia fazer? Eu não podia arrancar as lembranças da minha mente. Muito menos impedir meu coração de disparar quando a vejo.

Estava tão concentrado em meus pensamentos, que nem percebi que Igor havia sentado na nossa mesa e começado a conversar com a Caroline. Olhei para Estela, que assistia a tudo com um sorriso. Quando viu que eu a encarava, sorriu mais ainda e piscou. Sem sarcasmo, sem ironia. Apenas um sorriso singelo e sincero. Por um momento, desejei ir até lá e acabar com a distância que nos separava. Mas não era tão simples.

Durante o tempo em que ficamos separados, uma barreira invisível havia crescido entre nós. Não éramos mais os mesmos de quando tínhamos 16 anos. Várias coisas mudaram. E eu não sabia até que ponto isso poderia ajudar. Ou atrapalhar.

A única coisa que eu tinha certeza naquela hora é que eu não a conhecia mais. Mas, um pensamento começava a ganhar força na minha mente. Não seria uma má idéia tentar conhecê-la. Quem sabe o destino não estava nos dando uma nova chance?

– Você continua me deixando louco, Cambridge.


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Notas finais do capítulo

E então?



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