Nobi, aquele que dominará o Japão! escrita por Kasu251


Capítulo 48
O Começo


Notas iniciais do capítulo

Depois de um mês sem postar... ESTOU DE VOLTA!!!!!!
Já nem vou pedir desculpas pelo atraso, isso está virando tradição (mas lamento mesmo o atraso)
Na verdade este capítulo é apenas metade do que eu pensei para ele, mas ia ficar demasiado grande e ia demorar ainda mais tempo, então tive de dividir, espero que gostem.



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20 anos atrás, todas as gangues Yakuza entraram numa guerra por territórios. Comparada aos tempos atuais, esta guerra era bem mais violenta, algumas cidades sofriam gravemente com os confrontos.

            Numa noite, num bairro de uma certa cidade, um homem de 20 e poucos anos corria agarrado ao ombro direito, havia sofrido um tiro. O mesmo tinha cabelo completamente branco e olhos dourados, vestia um terno branco e um chapéu italiano branco com listras negras.

            “Estes caras são duros.” Comentou o homem se escondendo num beco, respirando ofegantemente. “Acho que os despistei por agora. Não esperava que fossem tantos, vamos precisar de reforços.”

            “Quem é você?” Perguntou uma criança de aproximadamente 9 anos, o seu cabelo era grisalho e bagunçado e os seus olhos verdes, aparecendo de repente ao lado do homem.

            “Gyaaaah!” Gritou ele surpreso ao perceber a criança. “Ah, quero dizer, eu é que pergunto isso.”

            “Você é mais um Yakuza, não é?” Questionou o jovem sem mostrar muita emoção.

            “Isso mesmo, você devia ficar com medo e sair já daqui, moleque.” Respondeu o homem apressado. “Você quer levar com uma bala perdida? Isto virou um campo de guerra.”

            “O meu pai foi morto por um Yakuza, sabe?” Informou o garoto com um olhar frio.

            “O quê?” Indagou o homem estranhando a criança, foi então que sentiu o perigo se aproximando.

            Rapidamente retirou uma revolver de dentro do seu terno, baixou a cabeça da criança que encontrara e atirou. Atingindo a cabeça de um Yakuza inimigo que se aproximava com uma espada.

            “Não dá nem para descansar.” Comentou o homem de cabelo branco guardando de novo a sua revolver. “Você está bem?”

            “Você sem move bem, Nii-san.” Comentou o garoto se levantando e mantendo um olhar frio. “Graças a isso, o meu cliente morreu.”

“Hã? Do que você está falando?”  Questionou o homem arqueando a sobrancelha?

“Ele pediu-me para te distrair e fazer você baixar a guarda.” Respondeu o garoto se aproximando do corpo do Yakuza abatido.

“Malditos Jinnlóng! (N/a: Dragão Dourado em chinês)” Reclamou o albino revoltado. “Usando uma criança desse jeito. Então aquela história do seu pai ter sido morto por um Yakuza era uma mentira?”

“Não, era verdade.” Respondeu o grisalho retirando a carteira do corpo do Yakuza e contando as notas que nela estavam. “O meu pai estava precisando de dinheiro e acabou se metendo em negócios sujos, acabando por levar a família junto. A minha mãe abandonou-nos enquanto ele continuava se afundando, uma coisa levou a outra e ele acabou por ser morto pela Yakuza devido a algumas dívidas. É a vida, ele teve o que mereceu, então não preciso que tenha pena de mim.”

            “Isso é bem triste.” Comentou o homem com os olhos lacrimejando. “Parece até um protagonista de uma história trágica.”

            “Não chore pela minha história.” Reclamou a criança se virando para o Yakuza vivo. “Chorar não passa de um sinal fraqueza.”

            “Você é uma criança muito fria.” Suspirou o homem coçando a parte de trás da cabeça.

            “Que seja, deseje não virar alvo que um próximo cliente meu.” Falou o garoto guardando o dinheiro e indo embora. “Tchau.”

            “Não.” Respondeu o albino pegando no rapaz pelas suas roupas e colocando-o em cima do seu ombro como se fosse um saco de batatas. “Você vem comigo.”

            “Hã?” Indagou a criança com uma expressão incrédula que rapidamente passou a raivosa. “Me coloque no chão! O que pensa que está fazendo? Me largue! Eu vou chamar a policia!”

            “Crianças de hoje em dia são mesmo barulhentas.” Comentou o homem ignorando completamente os protestos da criança. “Acho que o caminho era por aqui…”

            “Já falei para me soltar, velhote!” Continuou o garoto a reclamar.

            “Ei! Eu ainda estou vivendo a minha primavera da juventude!”  Protestou o homem irritado. “Ainda sou jovem!”

            “Oh, isto atingiu ele.” Murmurou o garoto com um leve ar de surpresa.

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            “Yo, cheguei.” Cumprimentou o homem de cabelo branco entrando num prédio cheio de Yakuzas, ainda carregando a criança no seu ombro, logo após isso foi atingido por uma garrafa de vidro arremessada à sua cabeça.

            “É assim que cumprimentas depois de ficar desaparecido em batalha durante horas?!” Indagou uma bela mulher que jogara a garrafa, o seu cabelo era negro, preso num longo rabo de cavalo, usava uma camisa negra com a estampa da cabeça de um tigre branco rugindo, juntamente com um colete sem mangas aberto e calças jeans, a mesma estava chorando rios de lágrimas enquanto abanava fortemente o homem de cabelo branco. “Estávamos preocupados, Tasuku! E se tivesses morrido?”

            “Mais parece que me estão tentando matar agora.” Murmurou ele com os olhos em espiral e com a cabeça sangrando pela garrafa de antes. “Acalma-te um pouco, Mayuko.”

            “Como eu me posso acalmar quando você é uma bomba auto-destrutiva egoísta que sempre corre para a linha da frente?” Questionou ela abanando-o com mais força.

            “Ok, ok, já entendi, peço desculpa.” Falou Tasuku tentando não vomitar.

            “O que é isso no seu ombro.” Perguntou ela parando de o abanar.

            “Ah, levei um tiro.” Respondeu ele calmamente.

            “Não, no outro ombro.” Corrigiu Mayuko apontando para a criança que tinha adormecido no ombro do Yakuza.

            “Ah, é uma criança que encontrei por aí.” Respondeu Tasuku pousando a criança exausta num banco para que pudesse dormir.

            “Ah, entendi… Como assim?!” Questionou ela surpreendida. “Desde quando você é um sequestrador de crianças?”

            “Eu não o sequestrei. Só peguei nele contra a sua vontade e o trouxe comigo… Oh, realmente o sequestrei.” Percebeu Tasuku batendo com o punho levemente na palma da sua mão.

            “Não acredito nisto, este não é o Tasuku que conheci.” Murmurou Mayuko com lágrimas dramáticas se virando de costas para o albino. “O Oyabun vai ficar tão desapontado.”

            “Oi, espera aí, não o metas nisto!” Pediu Tasuku em pânico. “É um mal-entendido!”

            Então, Tasuku contou-lhe o que se passara.

            “Pobre criança, é uma história tão triste!” Comentou Mayuko novamente com um rio de lágrimas.

            “É, não é?” Concordou ele fechando o punho com convicção. “Sabendo disto, fui incapaz de deixá-lo sozinho!”

            “Mas o que vamos com ele?” Questionou ela preocupada.

            “Vamos cuidar dele, é claro.” Respondeu Tasuku colocando o seu braço esquerdo em volta de Mayuko. “Não podemos deixá-lo simplesmente à sua sorte numa guerra como esta.”

            “O quê? Uma criança nossa? Mas eu ainda sou nova para ter uma criança desta idade… Kya.” Murmurou Mayuko com as mãos no rosto e corando, incapaz de esconder a felicidade de escutar essas palavras do albino.

            “Você é gentil demais, General.” Comentou um dos Yakuzas começando a rir.

            “Onde já se viu um membro do alto escalão de uma família Yakuza fazendo caridade?” Gargalhou outro com uma caneca de vidro cheia de cerveja.

            “É por isso que é enganado tantas vezes.” Falou mais um, também bebendo.

            “Nossa, é assim que pareço para vocês?” Questionou o albino coçando a cabeça, enquanto ria juntamente com os seus subordinados. “Ei, espera aí, vocês já começaram a beber sem mim?”

            “Vocês são Yakuzas bem estranhos.” Comentou a criança de cabelo grisalho.

            “Oh, já acordaste.” Reparou Tasuku.

            “Claro, quem poderia dormir com todo este barulho?” Respondeu o rapaz com um olhar frio.

            “Você é mesmo frio para uma criança da sua idade.” Comentou Mayuko se aproximando dele. “Qual é o seu nome?”

            “Não sou obrigado a responder, velha.” Falou ele cruzando os braços.

            “Hum, entendo… Tasuku, vai buscar a minha espada.” Pediu ela com um sorriso gentil e uma sombra cobrindo a área dos olhos.

            “Oi, oi, calma, Mayuko!” Pediu Tasuku em pânico, agarrando nos braços dela. “Não precisas de medidas tão extremas para uma criança.”

            “Exatamente por ser uma criança precisa ser disciplinada! Eu não sou velha nenhuma! Eu só tenho 23 anos, ainda estou na minha primavera da juventude!” Reclamava ela tentando se soltar.

            “Eles se parecem bastante.” Pensou a criança com uma gota de suor atrás da cabeça.

            Enquanto segurava Mayuko, Tasuku gemeu de dor e agarrou-se ao seu ferimento no ombro esquerdo.

            “Temos de tratar do teu ferimento de bala.” Percebeu Mayuko indo buscar o equipamento de primeiros socorros.

            “Podes agradecer-me, garoto. Acabei de te safar.” Murmurou Tasuku discretamente, levantando o polegar positivamente.

            “Eu não pedi pela sua ajuda.” Respondeu o garoto secamente.

            “Melhor você começar a melhorar essa sua atitude.” Afirmou o albino cruzando os braços. “Caso contrário você não vai conseguir se enturmar.”

            “Mas eu não quero me enturmar, você me trouxe contra a minha vontade!” Reclamou o grisalho.

            “Pormenores, pormenores, quem se importa com eles?” Respondeu Tasuku descontraidamente.

            “Você tem a certeza que é um membro de alto escalão?” Questionou o rapaz com um olhar cético.

            “Podes tirar a roupa de cima.” Falou Mayuko para Tasuku, chegando com o equipamento.

            O albino obedeceu, retirando o seu casaco branco e a sua camisa negra, ficando de tronco nu. O seu corpo era tão bem treinado como o que um artista marcial bem experiente.

            “Tiveste sorte, a bala só passou de raspão.” Comentou Mayuko cuidando caridosamente. “Mas tem mais cuidado para a próxima.”

            “Sim, sim, não te preocupes. Eu não morrei deixando-te sozinha de jeito nenhum.” Respondeu Tasuku com um sorriso sincero.

            “P-por que é que sempre falas essas coisas repentinamente?” Questionou Mayuko envergonhada batendo levemente no ferimento logo após lhe ter colocado algumas bandagens.

            “Pô, isso doeu.” Comentou Tasuku num tom infantil.

            “O que se passa com estes dois? São tão melosos que sinto vontade de vomitar.” Murmurou a criança com um olhar entediado.

            “Estes dois são sempre assim.” Comentou um Yakuza se aproximando, a sua aparência era bem simples.

            “Isso não é verdade, Kotaro!” Negou Mayuko constrangida.

            “E qual é o problema disso?” Questionou Tasuku descontraidamente. “Fazemos porque podemos.”

            “Devias negar um pouco, Tasuku.” Reclamou ela ainda corada.

            “Por quê? É a verdade.” Respondeu ele colocando o seu braço em volta dela, enquanto ela simplesmente ficavam mais envergonhada.

            “Ahh. Vida de recém-casado deve ser um sonho mesmo.” Suspirou Kotaro. “O General adora fazer inveja a todos nós.”

            “Então eles são casados, coisa rara ver um casal durante uma guerra Yakuza.” Pensou o garoto.

            “Muito bem, vamos nos apresentar.” Falou Tasuku estendendo a sua mão para o rapaz. “O meu nome é Tasuku, esta é a minha linda esposa, Mayuko. Qual é o teu nome?”

            “Aff, já que vocês não vão parar de perguntar.” Suspirou ele. “O meu nome é Shi-… Shirokiba Katou! Pronto, falei.”

            “Shirokiba…” Murmurou Tasuku.

            “…Katou?” Murmurou Mayuko.

            Após uns segundos de silencio, os dois começaram a rir ruidosamente.

            “Mas que nome é esse? Parece saído de um mangá!” Gargalhou Tasuku até lhe saírem lágrimas dos olhos.

            “Parece que ele tem dois sobrenomes! É a primeira vez que vejo um nome assim!” Mayuko ainda se ria mais.

            “Por isso é que não gosto de dizer o meu nome…” Murmurou Shirokiba mostrando leves sinais de constrangimento. “E vocês não estão exagerando um pouco?”

            “Foi mal, foi mal, o nome apanhou-me de surpresa.” Tasuku se desculpou após se acalmar um pouco, enquanto Mayuko ainda ria. “Espero que nos demos bem daqui para a frente, Shiro.”

            “Não me lembro ter aceitado ficar com vocês e nem de termos intimidade suficiente para você me dar um apelido.” Respondeu Shirokiba friamente.

            “Lá estás outra vez com essa ati-” Reclamava Tasuku até que se ouviu o som de uma explosão vinda da porta, chamando a atenção de todos. “O quê?”

            Da porta do prédio saia agora uma pequena cortina de fumaça causada ela explosão e dela saíram vários homens, alguns de terno, outros com vestes chinesas, invadindo o local como se fossem um exercito profissional e armados.

            “General Tasuku! São a Jinnlóng, acharam a nossa base temporária!” Gritou um dos Yakuzas.

            “Como isso aconteceu?” Questionou Tasuku vestindo a sua camisa e pegando na sua arma.

            “Provavelmente foste seguido.” Respondeu Shirokiba num tom de acusação. “Foste muito descuidado.”

            “Isso agora não importa.” Falou Mayuko indo em direção à zona invadida. “Kotaro, a minha espada.”

            “Já a trouxe.” Respondeu o Yakuza atirando uma longa katana numa bainha completamente branca e com padrões de tigre albino no punho.

            “Obrigada.” Agradeceu ela pegando a espada. “Pessoal, deixem comigo!”

            “Viva! Já faz tempo desde que vimos a Anego lutando!” Festejaram os subordinados.

            “Parece que ela está com vontade de se exibir para o nosso novo membro.” Comentou Tasuku com um sorriso descontraído, guardando a sua arma.

            “Por que é que ficaram tão aliviados de repente?” Questionou Shirokiba confuso.

            “Apenas observa.” Respondeu o General confiantemente.

            “Ora, ora, o que é isto?” Comentou um homem que usava roupas chinesas tradicionais de coloração vermelha e tinha olhos puxados, observando apenas Mayuko na linha da frente segurando na sua espada na mão esquerda. “Enviaram apenas uma pessoa e ainda por cima uma mulher. Ficaram com todos os homens de baixa? Ou estão nos subestimando demasiado?”

            “Para enfrentar um exercito de ratos, um só tigre é mais que suficiente.” Respondeu Mayuko desembainhando lentamente a sua espada com a mão direita, a lâmina refletia belamente a luz, como se tratasse de uma jóia.

            “Sua...” Murmurou o homem cedendo à provocação. “Ataquem!”

            “Podem vir.” Falou ela com uma expressão completamente oposta à sua normal de gentileza e os seus olhos de cor âmbar agora se assemelhavam aos de uma fera selvagem sem um único sinal de piedade ou gentileza.

            Vários inimigos a atacaram, armados com espadas, facas e bous, porém, numa mera fração de segundos, 4 deles perderam as suas cabeças com um único movimento de Mayuko.

            “Eu nem a vi se mover.” Comentou um dos atacantes sobreviventes.

            “Ela é um monstro.” Murmurou outro deles que tivera a sua espada quebrada durante o ataque.

            “Vamos la, vamos lá.” Falou Mayuko balançando a sua espada e com um sorriso macabro. “Eu vou cortar toooodos vocês.”

            “I...Incrível.” Murmurou Shirokiba surpreso. “Ela é a mesma pessoa de antes?”

            “Quando a Mayuko está no campo de batalha, a sua verdadeira natureza vem à tona.” Comentou Tasuku orgulhosamente. “Ela é uma caçadora nata.”

            “Ela já supera alguns dos nossos 10 Generais, a nossa famosa Tigresa Dilaceradora, Toragami Mayuko.” Falou Kotaro como se fosse um comentador desportivo.

            “Acabe com eles, Anego!” Gritavam uns Yakuzas da White Tigers.

            “Sem problemas.” Respondeu Mayuko cortando qualquer um ao seu alcance.

            “Usem as armas de fogo.” Ordenou o homem de vermelho.

            Então os homens que carregavam diversas armas de fogo começaram a atirar na espadachim, no entanto, com uma mestria impecável, evitou vários tiros e ainda cortou algumas das balas sem problemas.

            “Essa é a minha garota!” Festejou Tasuku animado.

            “N-não digas coisas dessas no meio de um combate.” Pediu Mayuko com uma voz inocente enquanto cravava a sua espada em dois inimigos de uma vez, e corava de constrangimento, desviando o olhar. “Seu bobo.”

            “Tão fofa, não é?” Comentou Tasuku com um sorriso satisfeito.

            “Eu diria bizarro.” Comentou Shirokiba com uma gota de suor atrás da cabeça.

            “Sinceramente, nesta guerra estão aparecendo cada vez mais monstros.” Murmurou o homem de vermelho pegando sorrateiramente uma pequena arma das suas roupas e mirando nas costas de Mayuko enquanto ela estava focada em acabar com os seus homens. “Mas numa guerra, poder e habilidade não são tudo.”

            No momento que ele ia apertar o gatilho, uma bala atravessou-lhe a mão, fazendo-o gritar de dor.

            “Deixe-me lhe dizer uma coisa, covarde.” Falou Tasuku ainda com a sua revolver erguida, colocando o seu chapéu na cabeça, onde a sombra da aba lhe rodeava os olhos, que estavam tão afiados como uma lâmina, enquanto olhava de forma intimidadora para o homem de vermelho. “As costas da minha esposa nunca estarão desprotegidas.”

            “Que rápido.” Pensou Shirokiba impressionado. “Nem vi ele sacar a arma.”

            “Mu-san, temos de recuar.” Aconselhou um homem aproximando-se do vestido de vermelho, enquanto o mesmo encontrava-se agachado, agarrando fortemente a mão mutilada.

            “Não me digas o que fazer, maldito.” Reclamou Mu se levantando com um olhar de ódio. “Isto não vai ficar assim… Todos, hora de recuar, já!”

            Os homens obedeceram imediatamente, abandonaram o edifício rapidamente, assim como Mu, que se rodeara com alguns dos seus homens para lhe servirem de escudo para a sua fuga.

            “Tsc. Eles fugiram, não é todo o dia que vou com tudo, queria ter aproveitado mais.” Reclamou Mayuko embainhando a sua espada.

            “Mas foi um bom espectáculo.” Comentou Tasuku batendo palmas.

            “Por que é que os deixaram fugir?” Questionou Shirokiba intrigado. “Eles podem muito bem voltar.”

            “Que venham, enfrentaremos eles a qualquer altura.” Respondeu o Tasuku animadamente. “Além disso, enfrentar alguém que já perdeu a vontade de lutar é sem sentido.”

            “Vocês são mesmo Yakuzas?” Questionou o garoto. “Vocês parecem um bando de tolos e bêbados.”

            “Fale com mais respeito, rapaz.” Falou um Yakuza bem grande carregando uma caneca de cerveja. “Você está falando com o General da primeira divisão dos White Tigers, Toragami Tasuku.”

            “Eu não quero sa- White Tigers?” Questionou Shirokiba engolindo em seco. “A família White Tigers? Aquela que conquistou Tóquio em uma só noite com um único homem?”

            “Oh, você está falando do meu velho?” Riu Tasuku animadamente. “Ele estava bem animado nessa noite.”

            “Você é bem informado para a sua idade.” Comentou Mayuko com um sorriso gentil.

            “Só podem estar brincando.” Pensou Shirokiba suando frio. “Sério que eu me fui meter com um bando de monstros como este?”

            Numa guerra cruel, um encontro inesperado, uma criança fria, pessoas que desafiam a lógica, este é o começo da história do homem mais forte dos White Tigers.

—Fim de capítulo-

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—Omake-

~Noroi Talk~

Kazuo: Bem-vindos a mais um Noroi Talk! O quadro onde falamos sobre as misteriosas armas amaldiçoadas. Eu sou o vosso anfitrião, Izumo Kazuo. A convidada de hoje é a minha querida irmãzinha, Nikko-rin.

Nikko: Escusava uma apresentação assim. (Suspiro) Olá a todos, é um prazer estar aqui.

Kazuo: A arma de hoje será nem mais nem menos a arma do protagonista da obra, Onihime, a princesa Oni!

Nikko: É um nome bem interessante, parece tão delicado como bruto.

Kazuo: Há muito tempo, existia uma princesa com uma maldição. Essa maldição fazia com que as pessoas a vissem como um monstro, um Oni. Além disso, sempre que ela tentava tocar em alguém, acabava queimando essa pessoa. A princesa foi então isolada numa montanha gelada. Apenas uma pessoa que a amasse de verdade seria capaz de ver o seu verdadeiro belo rosto e de lhe tocar sem se queimar. Por isso a princesa passou os seus dias na montanha, esperando que o seu verdadeiro amado surgisse e a reconfortasse no frio da solidão que nem ela conseguia aquecer. É baseado nesse conto que surgiu o nome da arma. Para a arma, o seu portador é o seu amado e por isso não o queima.

Nikko: Nossa, isso é sério?

Kazuo: Não, acabei de inventar a história. Então, que tal? Ficou legal, nê?

Nikko: (Som de queda) Não engane os nossos leitores!!!

Kazuo: Bem, agora vamos falar sério. A Onihime é uma arma de modelo bélico, submodelo Kanabou. A sua primeira aparição foi no capítulo 1 e mostrou o seu Stage 2 no capítulo 21.

Nikko: Durou um bom tempo até revelar a sua verdadeira forma.

Kazuo: É verdade. E caso não lembrem, as armas amaldiçoadas tem 3 estágios. No Stage 1, a arma adota uma forma condizente à personalidade e gosto do portador, onde o seu poder é mais limitado. Este estágio é um bom mecanismo de disfarce para a sociedade. No Stage 2, a arma revela a sua verdadeira forma e liberta todo o seu potencial. Apenas quem foi completamente aceite pela sua arma pode usá-la neste estágio.

Nikko: E o Stage 3?

Kazuo; Isso fica para outra altura. Agora é hora de falar dos poderes da Onihime! Comparada a diversas armas amaldiçoadas, a Onihime é uma arma relativamente simples, o seu poder e temperatura variam com o estar de espírito do seu portador. Quanto maiores forem as emoções do portador, mais quente ficará e mais força bruta terá. No entanto pode entrar em estado de Overheat, como foi mostrado no capítulo anterior, nesse estado a arma começa a queimar o portador também, graças à sua regeneração o Nobi consegue utilizá-la nesse estado, no entanto seria perigoso demais para outra pessoa. Além dos seus poderes principais, que são calor e aumento de força, Onihime também é uma arma bem pesada no Stage 2, pesando quase 100 kilos, no entanto para o seu portador pesa tanto como uma pena, permitindo assim ser manejada com facilidade e mover-se livremente, o que combina com o estilo de combate do Nobi e permite movimentos surpreendentes durante o combate.

Nikko: É uma arma bem versátil, especialmente para alguém tão instintivo como o Nobi. Agora vamos entrevistar o portador atual da Onihime, Hirata Nobi. Nobi, tens algum comentário sobre a Onihime?

Nobi: Ah, já chegou a minha vez de falar? Bem, a Onihime é bem útil para cozinhar, é melhor que qualquer fogão e não gasta gás. Útil e económica.

Nikko: Espera aí. Utilizas a Onihime para cozinhar?

Nobi: Claro, não me ouviste dizer que é útil e económica? Por falar nisso, provem estas omeletes que preparei agora com a ajuda da Onihime enquanto vocês falavam.

Kazuo: Um prato preparado com uma arma amaldiçoada… Isso despertou o meu interesse! (Comendo) Isto está uma maravilha! Então esta é a culinária amaldiçoada!

Nikko: Não inventes nomes estranhos, Nii-san… Mas está mesmo no ponto.

Nobi: Hehe, não se podia esperar menos de quando eu e a Onihime formamos uma dupla.

Kazuo: Nikko, ele cozinha melhor que tu.

Nikko: Eu sei… Isso chega a ser frustrante.

Kazuo: Bem, é tudo por hoje, não percam o próximo Noroi Talk, estaremos esperando por vocês!


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Notas finais do capítulo

Bem, acabou por hoje, até à próxima
Já nem vou prometer não demorar...



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