Nobi, aquele que dominará o Japão! escrita por Kasu251


Capítulo 34
Cerimónia de Sakê


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, no dia 16 de Setembro de 2015, esta fic fez um ano de "serialização".
Mas não pude postar no dia porque o Nyah decidiu ficar de manutenção logo nesse dia, por isso só estou postando hoje, lamento muito
Estou muito feliz por ter chegado até aqui e posso assegurar que ainda está bem no começo
Muito obrigado àqueles que acompanharam desde o começo e àquelas que se juntaram pelo caminho, sou muito grato a vocês! Espero poder contar com o vosso apoio por muitos mais anos até que esta história chegue ao seu final!
O capítulo de hoje é um especial, por isso não terá muito conteúdo, mas mesmo assim a história continuará a avançar

Antes de tudo, queria mandar um grande agradecimento à leitora que fez esta magnifica capa de 1º aniversário, ela é a mesma que fez os desenhos do Namonai e da armadura do Koji, o que acharam?



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Omake

“Muito obrigado por terem nos acompanhado durante este ano!” Agradeceram todos os membros da Onigumi sentados de joelhos numa espécie de palco e com vestes tradicionais japonesas.

“Por que é que estamos começando o capítulo com o Omake?” Questionou Chiyo confusa. “Normalmente não fica para depois?”

“Para comemorarmos o primeiro aniversário da nossa história.” Respondeu Jin sorvendo levemente o seu chá verde.

“Nossa, já se passou um ano.” Suspirou Nikko com alguma nostalgia. “Muita coisa aconteceu.”

“Não vamos começar um capítulo de recapitulação.” Falou Goru sendo bem direto.

“Eu sei disso.” Respondeu Nikko ligeiramente irritada.

“Mesmo se tendo passado um ano, ainda só vamos no capítulo 34.” Observou Momoka ficando de pernas cruzadas e pegando num Pocky. “Normalmente, quando uma série semanal chega ao seu primeiro ano, já tem cerca de 50 capítulos.”

“Bem, o autor começou esta história bissemanalmente, intercalando com a sua outra história e também passou por alguns contratempos na altura dos exames.” Explicou Nikko com uma gota de suor atrás da cabeça.

“Ele não “pausou” essa outra história poucos capítulos depois de chegar ao seu primeiro aniversário?” Lembrou-se Koji massageando o próprio ombro.

“Quer dizer que isso pode acontecer conosco?” Questionou Chiyo receosa.

“…” Então um clima bem pesado invadiu o palco, seguido de um silêncio sufocante.

“Oi.” Murmurou Nobi batendo com o seu bastão no chão do palco, abrindo um buraco no mesmo, para chamar a atenção dos presentes. “Não fiquem discutindo coisas inúteis.”

“O Aniki parece estar bravo com alguma coisa.” Comentou Goru se escondendo atrás de Nikko.

“Mestre?” Questionou Jin estranhando o comportamento.

“Se passou um ano… Um ano inteiro...” Murmurou Nobi com a sombra da franja lhe cobrindo os olhos, até que o mesmo se levantou e gritou com todas as suas forças. “E ainda ninguém fez para mim um bolo-pudim de aniversário!”

“Um bolo-pudim de aniversário?” Inquiriu Nikko confusa. “Mas o que raio é isso?”

“Bolo. Pudim. Aniversário. O que está difícil de entender?” Questionou Momoka mastigando o seu Pocky.

“Sim, isso mesmo.” Concordou Nobi.

“Isso não esclareceu nada…” Suspirou Nikko com uma gota de suor atrás da cabeça. “E desde quando é que queres isso?”

“Nikko, acho que simplesmente não entendes os sonhos dos homens.” Respondeu o ruivo com um olhar brilhante e uma expressão séria.

“Eh?” Indagou ela ainda sem entender.

“Estou entendendo, Oyabun.” Falou Koji aproximando-se do mesmo. “Então basicamente quer que a Nikko-chan cubra o seu corpo nu com caramelo e natas, sendo a sua sobremesa de aniversário, hein? Estou tão orgulhoso.”

“O quê?” Questionou Nobi confuso, enquanto Chiyo dava um chute na cabeça do esverdeado.

“Não irei permitir que fale assim da Nee-san, seu lixo pervertido.” Falou a rosada com uma aura ameaçadora, enquanto ficava prensando a cabeça de Koji no chão com seu pé.

“A reacção está ficando cada vez mais rápida e violenta.” Comentou o pervertido enquanto o seu rosto era esborrachado pelo pé da Kunoichi, olhou então para cima, onde pode ver a calcinha que a mesma usava, murmurando. “Com um ursinho.”

Sem dizer mais uma palavra, o pé da rosada afundou ferozmente a cabeça de Koji no chão do palco.

“Isso que ele falou sabe bem?” Perguntou Nobi curioso para Nikko.

“Não me perguntes.” Pediu Nikko meio constrangida após ter imaginado sem querer o que Koji falara.

“Mas agora o que importa é que quero que alguém faça um bolo-pudim de aniversário!” Reclamou o ruivo voltando a estar mal humorado.

“Alguém que cozinhe um para ele se calar.” Pediu Momoka enquanto jogava videogame.

“Tudo bem.” Suspirou Nikko se levantando. “Eu vou tentar fa-”

“Acabei de fazer um.” Falou Jin com um avental azul com um desenho de pata de cachorro no peito, trazendo consigo um pudim do tamanho de um bolo de aniversário. “Espero que esteja do seu gosto, Mestre.”

“Quê?” Indagou Nikko ficando quase petrificada de choque de tal visão.

“O Jin-kun passou à frente da Nee-san.” Comentou Chiyo espantada.

“Quando é que fizeste isso?” Perguntou Nikko ainda surpreendida.

“Quando o Mestre falou dele, eu fui fazer, enquanto vocês falavam.” Respondeu Jin com uma expressão simples.

“Nem demos pela falta dele.” Comentou Koji desenterrando a sua cabeça. “Ele não tem muita presença mesmo.”

“Ele nem apareceu no último capítulo.” Observou Goru ao lado do pervertido.

“Eu não me importo com essas coisas, um guerreiro não deve procurar o reconhecimento.” Explicou Jin sentado num canto com uma aura depressiva à sua volta.

“Ele está claramente sensível ao assunto.” Pensaram Nikko, Chiyo, Koji e Goru.

“Obrigado, Jin!” Agradeceu Nobi animado, babando para o bolo-pudim que agora estava numa mesa. “Sabia que podia contar contigo!”

“Mestre…” Murmurou Jin melhorando o seu estado de ânimo. “Dei o meu melhor para o fazer!”

“Estranho…” Murmuraram Nikko, Chiyo, Koji e Goru em conjunto.

“Itadakimasu!” Gritou Nobi alegremente tirando um pouco com uma colher e comendo.

Então, o seu rosto começou a ter uma leve coloração azul, os seus olhos ficaram completamente brancos e caiu inconsciente, espumando pela boca.

“Mestre!” Gritou Jin surpreendido.

“Oi, o que te aconteceu?” Questionou Nikko pegando-o pelos ombros e começando a abaná-lo, porém sem qualquer reação do mesmo.

“O pulso dele está ficando cada vez mais baixo!” Comprovou Chiyo ficando alarmada. “Ele está em ponto crítico! Temos de fazer alguma coisa!”

“Foi culpa minha? A minha culinária é assim tão ruim?” Inquiriu Jin abalado.

“É impossível alguém ser tão ruim cozinhando.” Falou Koji também comendo uma colher do bolo-pudim. “Pessoal… Digam ao tio da banca que vende revistas pornô… Que eu sempre apreciei tudo o que fez por mim.”

Ditas as suas últimas palavras, Koji caiu inconsciente, espumando pela boca.

“Isto chega a ser assustador.” Comentou Nikko com uma gota de suor atrás da cabeça.

“Quem diria que ele tinha uma habilidade tão mortífera.” Comentou Goru encarando os dois corpos.

“Eu fiz algo imperdoável.” Falou Jin sentado de joelhos, apontando uma lâmina para a sua barriga. “Eu devo pagar pelos meus atos!”

“C-calma, calma!” Pediu Chiyo alarmada prendendo os braços do azulado. “Não sejas impulsivo, Jin-kun.”

“Chiyo-dono, me deixe! Eu preciso fazer ist-” O espadachim resistia, até que Nikko o calou, colocando na sua boca um colher com um pouco de bolo-pudim, fazendo-o perder a consciência e espumar da boca.

“Nee-san! Isso não foi um pouco extremo demais?” Gritou Chiyo alarmada. “O que vamos fazer se nenhum deles acordar?”

“B-bem, não consegui pensar em mais nada para o parar.” Respondeu Nikko com uma risada nervosa. “P-pelo menos não se matou, nê?”

“Acho que isto pode ter sido pior.” Comentou o Goru observando agora os três corpos sem reação. “Aniki, eu nunca o esquecerei. Continuarei o seu legado!”

“Barulhentos.” Murmurou Momoka enquanto jogava videogame e comia biscoitos. “Comecem logo o capítulo…”

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Tsumi, assim que saiu da estação, avistou Namonai encostado a um poste, com a aba da cartola lhe cobrindo metade do rosto, mostrando apenas o seu típico sorriso.

“Aqui tens.” Falou ela entregando-lhe o saco de papel que carregava consigo. “Afinal por que é que pediste para eu trazer esta arma amaldiçoada para cá?”

“Tsumi-chan, você é retardada?” Perguntou Namonai levantando a aba e pegando o saco.

“Hã?” Indagou Tsumi furiosa.

“Não é óbvio?” Questionou Namonai com um enorme sorriso e um olhar sombrio. “Eu vou cumprir um desejo.”

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Algumas horas depois, já passando do meio-dia, Koji e Chiyo haviam retornado à casa da mesma. Foi então que, ao chegarem ao jardim, se depararam com Nobi e Nikko sentados de joelhos, de olhos fechados, enquanto Jin, de pé, os observava com a sua Bokuto apoiada no ombro.

“O que está acontecendo aqui?” Perguntou Chiyo confusa.

“A garota e o Aniki estão treinando a meditação com a ajuda do Jin.” Explicou Goru sentado, bebendo o seu óleo quente.

“Por que o Oyabun também?” Questionou Koji curioso.

“Ele simplesmente achou divertido e se juntou.” Respondeu Momoka encostada a um pilar da casa.

“As minhas pernas não aguentam mais… Estou assim há horas…” Murmurava Nikko enquanto o seu corpo tremia.

“Sem descansos.” Reclamou Jin batendo com ligeira força na cabeça de Nikko com a sua Bokuto. “Você não tem qualquer senso de meditação. Devia aprender mais com o Mestre, neste tempo todo, ele ainda não se mexeu.”

Foi então que o mesmo começou a ressonar e todos ficaram-no encarando.

“Ele adormeceu…” Pensaram Nikko, Jin, Koji e Chiyo com uma gota de suor atrás da cabeça.

“Eu realmente não sirvo para isto.” Suspirou a loira com as mãos na cabeça e depois reparando no estado dos dois que acabavam de chegar. “O que vos aconteceu? E esse machucados?”

“Bem… Meio que fomos atacados num trem em movimento.” Explicou Koji como se não fosse nada demais.

“Sim, por um dos 10 generais da White Tigers.” Afirmou Chiyo firmemente.

“Não seriam 9 agora?” Questionou Koji pensativo.

“8, ainda teve aquele que o irmão da loirinha espancou.” Corrigiu Momoka apontando com o polegar para Nikko atrás de si.

“Verdade.” Murmuraram Koji e Chiyo abanando as cabeças afirmativamente.

“Oi, vocês não se estão afastando um pouco do que importa?” Inquiriu Nikko com uma gota de suor atrás da cabeça.

“Esses White Tigers já passaram dos limites.” Falou Nobi, já acordado, se levantando. “Atacaram o Jin, acabando com os remédios para a Hina. Incendiaram a casa da Nikko, que também era a nossa base, com a Momo lá. E agora… Atreveram-se a machucar os meus subordinados…”

“Nobi…” Murmurou Nikko meio surpresa pela reação do seu Oyabun normalmente relaxado.

“Então ele pode fazer uma expressão dessas.” Pensou Jin ficando com uma expressão séria.

“Finalmente chegou a hora.” Murmurou Momoka com um leve sorriso de canto. “A hora em que ele fica um Oyabun sério.”

“Jin.” Nobi chamou com uma voz firme. “Quanto tempo precisas para que o teu braço esquerdo esteja 100% recuperado?”

A fratura não parece ter sido muito grave, aparentemente a Tsukuyomi também aumenta a tua resistência.” O azulado se recordara do diagnostico de Chiyo. “Eu diria que em duas ou três semanas poderíamos retirar a tala.

“E-em uma semana já estarei pronto para voltar à ação.” Mentiu Jin, enquanto a rosada lhe olhava feio sem dizer uma palavra.

“Teimoso.” Pensava ela.

“Entendo. Nikko, achas que numa semana o teu treino será efectivo?” Questionou o ruivo se virando para ela.

“Tenho a certeza que numa semana estarei bem melhor nisto.” Respondeu ela cerrando o punho com determinação.

“Estes dias eles começaram a nos caçar… Está na hora da nossa resposta.” Nobi pegou no seu bastão e apontou para os céus, gritando com toda a sua força. “Eu, Hirata Nobi, Oyabun da Onigumi, declaro que a guerra contra aWhite Tigers começou! Dentro de exactamente uma semana, será a nossa vez!”

“Interessante.” Murmurou Koji com um sorriso misterioso.

“Isso aí, Aniki!” Gritou Goru comovido, chorando óleo. “Pode contar comigo!”

Enquanto todos demonstravam a sua animação, uma estranha abelha mecânica os observava.

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“Oh, parece que eles vão começar a sua investida direta contra nós.” Comentou uma mulher que usava um enorme chapéu amarelo com listras negras, observando uma bola de cristal de cor âmbar. “Dentro de uma semana.”

“Um bom trabalho como sempre, Shasiko-san.” Elogiou Hikaru atrás dela. “Essas informações serão úteis para proteger a Takara-hime.”

“Esse é o meu trabalho, não é?” Falou Shasiko, informante dos White Tigers e uma dos 10 generais. “Por falar nisso, as minhas abelhas já resgataram o Katsugawa, parece que ele falhou feio na missão de eliminar a garotinha.”

“Ele pode ser um pouco louco e impulsivo, mas é um dos nossos homens mais competentes.” Comentou Hikaru pensativo. “Aprendi que não devo subestimar essa Onigumi. Não voltarei a cometer o mesmo erro.”

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Enquanto isso, no café Kobushi, o capitão Saito Sindo do Exército Escarlate encontrava-se sentado ao balcão, bebendo um pouco, quando Kazuo se sentou ao seu lado.

“A mesma coisa que ele por favor.” Pediu o loiro se dirigindo para Bobby. “Não esperava te encontrar por aqui, Sin.”

“Nossa, encontrei alguém desagradável na minha hora de descanso.” Comentou Sindo pousando o seu copo.

Os dois ficaram em silêncio, sem se olharem por uns momentos, até que o capitão retirou das suas largas vestes uma faca e tentou perfurar Kazuo, que pegou no seu braço antes que isso acontecesse, impedindo o ataque imediato.

“Oh, a tua velocidade melhorou bastante.” Comentou Kazuo ainda contendo o braço do seu aparente conhecido.

“E os teus reflexos estão tão bons como sempre.” Reparou Sindo recuando o seu braço e bebendo um pouco mais do seu copo. “Já fazem alguns anos, Kazuo.”

“Digo o mesmo. Quem diria que ia encontrar o meu velho colega de classe aqui.” Falou o Izumo enquanto Bobby lhe entregava um copo. “Então, como tem sido a vida, desde que entraste no Exército Escarlate?”

“Bem, posso dizer que não tenho tempo nem para me entediar.” Comentou Sindo com um leve sorriso. “Há uns 3 meses fui transferido para esta área, tenho andado a investigar uns movimentos suspeitos da família White Tigers. Mas recentemente recebi a missão de procurar por um criminoso de Rank S que pode estar por cá.”

Rank S?” Questionou Kazuo arqueando a sobrancelha com um leve espanto.

“Sim… Classificado pelo próprio Major Kitsuhara.” Respondeu o capitão bebendo tudo o que tinha e pousando o copo no balcão. “Aparentemente, ele se chama Namonai.”

“Entendo, então foi o Kitsuhara-san que o classificou… Parece ser caso sério.” Murmurou o loiro pensativo e com um leve ar de preocupação. “Namonai… Que nome invulgar. Fiquei curioso sobre ele, tenho um mau pressentimento.”

“Que medo, os teus pressentimentos só dão em problemas.” Sindo riu enquanto batia nas costas no seu velho colega de classe. “Ei, Kazuo, por que é que recusaste o convite para entrar no Exército Escarlate?”

“Não tenho interesse em trabalhar para organização alguma. Quero ser livre e descobrir a verdade do meu próprio jeito. Além disso não gosto muito daqueles caras.” Explicou o Izumo bebendo um pouco. “Sin, tu também acreditas que ter armas amaldiçoadas te faz ser uma pessoa ruim?”

“Não sei… Acho que na verdade isso nem importa.” Respondeu o capitão encarando o seu copo vazio. “Eu apenas quero proteger a paz deste país e que o que aconteceu com a Mai-chan não se repita.”

“Entendo.” Murmurou Kazuo também encarando o seu copo.

“Ei, dá para vocês dois pararem de fazer clima de bar no meu café?” Pediu Bobby enquanto limpava um copo.

“Oh, desculpe, tio.” Os dois se desculparam em simultâneo.

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Nessa noite, num dos quartos da casa de Chiyo, Nobi, vestido com um kimono vermelho, estava sentado de pernas cruzadas, com Momoka sentada ao seu lado direito e Goru ao lado esquerdo, atrás de si estava um grande pano com o emblema da Onigumi, os restantes membros estavam sentados alinhadamente à sua frente. O quarto estava escuro, apenas iluminado pela luz lunar que passava pela janela e pelas 4 velas nos cantos do mesmo.

“O que é isto tudo?” Perguntou Chiyo observando em redor.

“Chegou a hora de fazermos uma cerimónia de sakê.” Respondeu Nobi despindo a manga direita do seu kimono, apontando depois para uma curta mesinha, onde uma garrafa e um copo de sakê estavam apoiados.

“Então estamos fazendo uma só agora?” Questionou Jin intrigado.

“Eh… O que é isso?” Indagou Chiyo confusa.

“Hum… Já li sobre isso.” Nikko se pronunciou. “Se bem me lembro, é uma tradição Yakuza em que os novos membros juram lealdade ao Oyabun através da troca de copos de sakê.”

“A Nee-san sabe tantas coisas.” Elogiou Chiyo admirada.

“Isso é algo básico que qualquer Yakuza precisa saber, idiota.” Comentou Koji descontraidamente.

“Quem estás chamando de idiota, idiota?” Perguntou Chiyo dando uma cotovelada no estômago do pervertido ao seu lado.

“Isso mesmo, a partir de agora vamos enfrentar directamente as 12 famílias.” Explicou Nobi colocando os braços no chão e se curvando até a sua cabeça tocar no mesmo. “Preciso que vocês me confiem as vossas vidas como Oyabun, por favor.”

“Idiota, uma cerimónia como esta nem seria preciso.” Suspirou Nikko com um leve sorriso. “Nem faz o teu tipo.”

“Você tem a nossa lealdade desde que nos juntamos.” Respondeu Jin cerrando o seu punho com convicção.

“Não entendo muito bem estas coisas, mas sei que o Nobi-san é de pura confiança.” Falou Chiyo decidida.

“Pessoal…” Murmurou Nobi com os olhos lacrimejando exageradamente. “Não podia pedir uma gangue melhor que vocês!”

“Pronto, pronto, agora recompõe-te.” Pediu Momoka suspirando, enquanto enchia o copo com sakê.

“A cerimónia, Aniki!” Recordou Goru. “Temos de a fazer!”

“Sim.” Concordou o ruivo enxugando as lágrimas com a manga esquerda do kimono. “Vamos começar então.”

Nobi pegou no copo e de um gole, bebeu todo o sakê daquele raso copo. Voltou a coloca-lo na mesa para que Momoka o enchesse de novo, então Nikko pegou no mesmo.

“Eu, Izumo Nikko, juro lealdade ao Oyabun da gangue Onigumi, Hirata Nobi.” Declarou ela bebendo o sakê e colocando o copo de novo na mesa para que Momoka o enchesse e Nobi bebesse de novo, passando para o seguinte.

“Eu, Inugawa Jin, juro lealdade ao grande Oyabun da gangue Onigumi, Hirata Nobi.” Jurou ele bebendo o sakê e colocando o copo novamente na mesa para continuar a sequência.

“E-eu, Mochizuki Chiyo, j-juro a minha lealdade a Hirata Nobi, Oyabun da Onigumi.” Falou ela meio atrapalhada na sua vez, devolvendo o copo após ter bebido. “Ah, também à Nee-san!”

“Eu, Sakurama Koji…” Falou ele encarando por uns segundos o copo de sakê e mostrando alguma hesitação, o que chamou levemente a atenção de Chiyo. “Juro lealdade ao Oyabun da Onigumi, Hirata Nobi.”

E assim, com uma aparente simples troca de copos de sakê, os 4 membros novatos na gangue Onigumi consolidaram os seus laços com o Oyabun. Aquele seria o começo de árduas batalhas que viriam pela frente, um juramento inquebrável presente no orgulho e vida de cada um. Foi naquela noite que a Onigumi se uniu com o único objetivo de dominar o Japão.

–Fim de capítulo-

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–Omake (parte 2)-

“A-ah… Bem… Muito obrigado pelo vosso apoio este ano!” Agradeceu Kohaku timidamente. “Namonai, você também não vai dizer algo sobre o aniversário desta história?”

“Oh, então já passou um ano.” Falou Namonai sentado num cadeirão de costas para onde Kohaku estava. “É que como só apareci em 8 capítulos, nem reparei.”

“Essa não… Será que ele está sentido por não ter aparecido muito?” Pensou Kohaku preocupado. “Não te preocupes, tenho a certeza que vais ter mais chances de aparecer, Namonai!”

“Kohaku, eu apareço quando quero.” Respondeu Namonai bebendo um pouco de chá.

“Afinal queres aparecer mais ou não?” Indagou Kohaku com uma gota de suor atrás da cabeça.

“Apenas me importo com o que é interessante. Qualquer história onde eu aparecer ficará mais interessante.” Respondeu Namonai se levantando do seu cadeirão e pegando na sua bengala, batendo com ela no chão. “Muitas coisas interessantes acontecerão neste próximo ano. Mal posso esperar. Melhor vocês não perderem também.”


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Notas finais do capítulo

É tudo por hoje, mais uma vez, muito obrigado pelo vosso apoio até aqui
Gostaria que comentassem qual é o vosso personagem favorito e qual cena ou capítulo gostaram mais neste ano
Se quiserem, falem também de qual Omake gostaram mais
Obrigado e até à próxima!



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