Simply Different escrita por Cacau


Capítulo 11
10° Capítulo - Festa do anjo


Notas iniciais do capítulo

Voltei e demorei mais de uma semana, então peço desculpas. Mas vou compensar vocês com um bom capítulo okay? E tentarei fazer o próximo logo para não deixar vocês esperando por muito tempo.
Então, eu queria agradecer à Ice Girl que favoritou a fic. Obrigado mesmo gata, isso é muito importante pra mim. Espero que esteja gostando.
Sendo assim eu gostaria de dedicar o capítulo há você Ice Girl em agradecimento e dedicar principalmente à RezenaEduarda que me ajudou com o título do cap. e me deu inspiração para fazê-lo.
Enfim, boa leitura amores!



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Dentro de quinze minutos, Bruno já estava em minha casa.

– Soph escuta! - pediu interrompendo o que eu falava. - Eu gostei da Dhully desde meus sete anos de idade e ela nunca nem percebeu. - ele suspirou. Seu olhar mostrava o quão magoado estava. - Já passaram dois anos cara e eu já havia me acostumado com a ideia de que talvez ela não voltasse pra cá.

– Aí ela apareceu de repente... - falei mais para mim do que para ele.

– Exato! Eu não estou dizendo que não sinto mais nada por ela e que não gostei de vê-lá, só que as coisas mudam. Eu mudei. E apesar do ciúmes exagerado da Carla, eu gosto dela. Você me entende?

Concordei com a cabeça e o abracei.

(...)

Passaram-se algumas semanas desde a minha conversa com o Bruno e finalmente parece que a convivência entre os meus melhores amigos está voltando ao normal. Tirando o fato de que Carla adorava aparecer e interromper qualquer indício de "clima" entre os dois, o que deixava Dhully furiosa e magoada.

Mas a baixinha sempre estava recebendo cantadas dos garotos do colégio, principalmente dos meninos do time se futebol e de basquete. Mas ela não estava lá dando muita atenção para isso.

Eu estava me aproximando cada vez mais de Harry e o Arthur passava por mim nos corredores do colégio uma ou duas vezes na manhã e apenas me comprimentava com um sorriso. E que sorriso.

Eu já havia terminado o livro e fiquei completamente apaixonada por ele. Mas eu tinha que devolvê-lo ao Arthur, o problema era que sempre que o via, esquecia de tudo, principalmente de devolver à ele.

(...)

Era uma sexta-feira, por volta da uma hora da tarde. Escuto meu celular tocar e na tela marcava o nome da minha melhor amiga.

– Oi nanica! - comprimentei divertida.

– Oi Soph! Dá pra parar com esses apelidos? - ela pede chateada e a ouço bufar.

– Tá! - digo em meio aos risos. - O que você quer?

– Nós vamos sair esta noite! - fala animada. - E eu não estou pedindo Soph, estou mandando! Você vai comigo querendo ou não! - avisou e desligou o telefonema na minha cara antes mesmo de me dar tempo de começar a reclamar. Bufei.

Uns quinze minutos depois, enviei uma mensagem à baixinha.

" Posso pelo menos saber aonde vamos? Para me vestir "adequadamente"? "

Em menos de dois minutos recebo uma resposta.

" Relaxa! Chego aí as sete para nos arrumar e levo a sua roupa. Beijo. "

Essa ruiva não tem jeito mesmo! - pensei alto.

– Quem filha? - minha mãe perguntou entrando dentro de casa com algumas sacolas na mão.

– A Dhully! Ela disse que vai passar aqui em casa as sete pra gente se arrumar porque vamos sair. - disse pegando algumas sacolas de sua mão e levando-as até a bancada na cozinha.

– E aonde vão? - minha mãe perguntou fazendo o mesmo que eu.

– Ta aí uma boa pergunta! Ela não me contou esse "pequeno" detalhe. - respondi irritada, fazendo aspas com os dedos.

– Essa menina! - minha mão disse balançando a cabeça enquanto ria.

– Qual é mãe! Não tem graça. - reclamei bufando.

– Tem sim! - minha mãe disse em meio aos risos. - Já olhou para a sua cara quando está irritada? - disse me zoando literalmente.

Essa minha mãe as vezes parece uma adolescente! Lancei a ela um olhar bravo e ela logo parou de rir.

– Vou dormir um pouco, quando a Dhully aparecer aí manda ela subir. - falei para ela que assentiu e então subi para o meu quarto. Me joguei na cama e apaguei.

– Acorda Sophia! - uma voz de taquara rachada berrou e eu sabia quem era.

Acordei e sai dá cama num pulo, o que me deixou tonta fazendo-me sentar na cama novamente.

– Porra Dhully! Precisa gritar? - reclamei furiosa. - Eu pretendo continuar ouvindo pelo menos até os oitenta anos caramba!

– Para de drama Soph! - ela disse rindo. - Vem cá. Trouxe uma roupa linda para você. - disse indo em direção à uma cômoda do meu quarto onde tinha uma bolsa desconhecida por mim.

Continuei sentada na cama. Ela tirou um peça de roupa e um sapato de dentro da bolsa e virou-se para mim. Ao ver que eu ainda estava no mesmo lugar me olhou do tipo "Você é preguiçosa demais." Dei de ombros.

Ela estendeu ao meu lado na cama um belo vestido vermelho com saia evasê e renda na parte das costas. Era um vestido fofo e delicado apesar da cor que dava um ar sensual a peça, acompanhado de um sapatenis feminino preto sem cadarços. Eu havia simplesmente amado aquele look apesar de não fazer exatamente o meu estilo. A baixinha havia voltado para Los Angeles conhecendo ainda mais sobre moda pelo jeito.

– Vá tomar um banho e se vista Soph. - disse tirando-me dos meus pensamentos.

– Espera aí Dhu! Aonde a gente vai afinal? - ela ignorou minha pergunta. - Pelo amor de Deus! Qual o problema em me contar? - indaguei já chateada.

– Ai Soph! Vamos na festa que vai ter na casa daquele seu amigo... Qual o nome dele mesmo? - perguntou pensativa e a primeira pessoa que veio em minha cabeça foi o nerd. - Ah! O Arthur! - ela disse mais para si do que para mim.

Porquê eu não pensei nele? É claro que o nerd é que não estaria dando uma festa!

"Aquele seu amigo."

A ruiva atenta como era havia notado que sempre que Arthur passava pela gente, me comprimentava com um sorriso de leve.

Graças a sua insistência, contei a ela sobre a forma inusitada como nos conhecemos, que foi por conta do acidente - do qual ela nem sabia, já que antes dela voltar para cá nós não nos falávamos à alguns meses. Não me perguntem o porquê. - e também contei da forma como ele encarou John quando o mesmo estava zoando Harry, o que fez a baixinha adorá-lo sem nem mesmo o conhecer. E consequentemente disse que havia ido falar com ele após sua atitude e talvez, só talvez, eu já não o odiasse tanto por conta do acidente.

" Ele é um gato. Aquele corpo sarado e aqueles olhos negros, meu Deus Soph! ", a baixinha havia dito suspirando de amores por ele, o que por um momento pareceu me deixar incomodada.

– Sophia! - Dhully berrou enquanto passava a mão na frente do meu rosto, interrompendo meus pensamentos. - Vai toma banho logo! - ordenou me entregando a roupa e apontando para a porta do quarto.

Levantei da cama com a roupa em minhas mãos e fui até o banheiro. Tomei um banho demorado, me vesti e sequei meus cabelos, voltando para o quarto.

Dhully vestia uma blusa curta e solta de um azul escuro com detalhes pretos e um shorts de cintura alta também preto acompanhados de um belo salto alto.

A baixinha resolveu ousar esta noite. - pensei.

Seus cabelos vermelho alaranjados - ruivo natural, sendo mais direta - estavam com as pontas repicadas que chegava na altura do ombro, soltos e lisos como sempre. Os seus olhos da cor do mar estavam novamente bem delineados como no dia em que voltou para cá e por conta dos seus lábios estarem levemente rosados que eram sua cor natural, provavelmente havia passado somente um batom cor de boca.

– Uau! - falamos juntas e soltamos uma risadinha.

– Vem cá amiga. - a baixinha pediu apontando para uma poltrona preta que eu tinha em um canto do meu quarto. - Deixa eu te maquiar.

Em mais ou menos vinte minutos, não sei ao certo, minha melhor amiga havia terminado de me maquiar e arrumado meu cabelo.

Meus olhos estavam bem contornados de preto pelo lápis de olho e delineador e meus cílios bem volumosos graças a uma quantidade considerável de máscara de cílios. Minhas bochechas assim como as da minha amiga estavam levemente rosadas por blush dando-nos uma aparência mais saudável e meus lábios estavam bem contornados por um lápis de boca rosa e um batom do mesmo tom de cor deu a impressão de que meus lábios estavam ainda mais carnudos do que normalmente.

Meu cabelo longo e castanho escuro estava prendido em um rabo de cavalo alto e bem feito, deixando as pontas onduladas, como sempre foram. Eu realmente não sei como, mas apesar do meu cabelo estar simplesmente preso em um rabo de cavalo, não estava com uma cara de "não tive tempo para fazer algo melhor." porque ele estava muito bem preso, dando de alguma forma um ar sofisticado.

Dhully e suas mágicas.

As vezes eu acho que minha amiga é algum tipo de bruxa ou sei lá. Ela vive fazendo coisas que me parecem impossíveis.

Ok talvez eu esteja exagerando um pouco. Mas nem tanto.

– Vamos? - a baixinha - não tão baixa agora graças ao salto alto - perguntou, enquanto se admirava no espelho enorme que eu tinha em uma das paredes do meu quarto.

– Se eu disser que não estou muito afim vou poder ficar em casa? - pedi já imaginando a resposta.

– Claro que não! - ela respondeu e riu, o que me rir também.

– Ok. Então vamos! - falei tentando parecer animada com um sorriso forçado no rosto, e indo em direção à porta do quarto.

– Soph espera. - minha melhor amiga pediu.

Me virei em sua direção e ela continuava no mesmo lugar.

– O que foi? - indaguei confusa já que toda a sua animação por conta da festa parecia ter sumido de repente.

– Você acha que esta roupa está mesmo boa? - perguntou apontando para si. - Será que o Bruno vai me achar bonita Soph?

– Dhully ele tá namorando! - a repreendi.

– Eu sei amiga. Mas a namoradinha piriguete dele está viajando. - seus olhos pareceram brilhar por um instante ao me contar isso. - Eu só, sei lá. - falou por fim, direcionando seu olhar ao chão.

Há chamei para perto de mim em um movimento com as mãos e ela o fez, me abraçando forte.

Como eu senti falta dessa nanica nesses últimos dois anos. E eu também sei o quanto o Bruno também sentiu. Pena ele ter ficado tão idiota e burro de repente.

– Ele não é o único cara no mundo baixinha. - disse soltando-a do abraço. Ela deu um sorriso triste. - Agora vamos!

Minha mãe estava na cozinha, depositei um beijo em sua testa e avisei que já estávamos indo. Minha amiga abraçou-a e então saímos de casa.

Fomos de taxi - já que talvez poderíamos não estar cientes o suficiente para voltarmos para casa dirigindo - até a casa do Arthur seguindo as coordenadas que sei lá quem havia passado para minha amiga. Demoramos quase trinta minutos graças ao trânsito congestionado de Los Angeles.

A casa era grande para um adolescente de dezoito anos que morava sozinho, mas também era muito aconchegante e bem mobiliada e que por sinal estava cheia de gente.

Eu e minha melhor amiga estávamos tomando uma bebida qualquer escoradas em uma bancada que separava a sala da cozinha, quando Bruno aparece meio sem jeito.

Várias pessoas dançavam animadas na enorme sala de estar da casa. Enquanto meus melhores amigos se encaravam em silêncio. Aquilo já estava me irritando, então lancei um olhar furioso para Bruno que logo acordou pra vida e resolveu tomar uma atitude.

– Dança comigo? - meu melhor amigo perguntou estendendo a mão para a ruiva, enquanto ela encarava com seus olhos azuis esverdeados os castanhos dele.

Ela sorriu e aceitou a sua mão. No exato momento em que os dois se instalaram entre as pessoas que dançavam, uma música lenta começou a tocar.

Novamente eles se encararam por alguns segundos e eu tinha certeza de que as bochechas dos dois estavam rubras. Bruno repentinamente pôs seus braços em torno da cintura da baixinha e logo ela aconchegou sua cabeça no peitoral dele, começando assim uma dança lenta conforme a música.

Eu permaneci ali sozinha admirando meus amigos dançando quando vejo alguém se aproximando de mim. O moreno que eu até então ainda não havia visto, se escorou na bancada e ficou parado ao meu lado sem dizer nada.

– Oi Soph. - ele finalmente disse quebrando o silêncio que se instalava entre nós dois.

E então pela primeira vez desde que ele parou ao meu lado, eu virei meu rosto em sua direção o analisando por inteiro.

Ele vestia uma calça jeans preta e uma camisa também jeans só que de uma lavagem clara azulada. Ah e os all star surrados.

– Oi Arthur. - comprimento-o olhando diretamente em seus olhos negros. Rapidamente meu olhar passou para seus lábios que emboçavam um sorriso torto. Ele passou uma das mãos pelo cabelo bagunçando-os, e eu admito, seu cabelo desgrenhado o deixava incrivelmente sexy.

Ficamos nos encarando por algum tempo. Segundos ou minutos. Eu não fazia ideia.

Só consegui desviar meus olhos dos seus quando Dhully e Bruno se aproximaram de nós.

– Soph, eu não quero incomodar... só... - a baixinha começou a falar meio incerta.

– Nós vamos dar uma volta... - Bruno continuou o que ela estava tentando dizer.

– Tudo bem. - disse dando-lhes um sorriso.

Os dois sorriram tímidos para mim e rapidamente desapareceram do meu campo de visão.

Novamente um silêncio incômodo se instalou entre Arthur e eu, até uma garota que aparentava estar completamente bêbada começou a dar em cima dele enquando o mesmo tentava segurá-la para que não caísse. Mas então ela o beijou. E eu sai dalí o mais rapidamente possível, indo em direção aos fundos da casa.

Tinha um lindo e bem cuidado jardim alí com um estreito carreiro ao meio dando passagem para chegar até uma piscina. Não tinha ninguém lá, estavam todos na casa mas para ter certeza de que ninguém chegaria por trás de mim e me empurraria dentro da piscina novamente, tirei os sapatos e me sentei no outro lado da piscina de frente para o jardim e para a casa, pondo meus pés e uma parte das minhas pernas dentro da piscina.

Fiquei uns dez minutos alí em silêncio, apenas balançando as pernas na água. Dhully e Bruno provavelmente se acertaram, pelo menos por essa noite, e devem estar se entendendo em algum cômodo vazio do segundo andar da casa do Arthur. Espero que não briguem.

Arthur.

Mas porque eu fiquei tão chateada ao vê-lo sendo beijado por aquela garota? Nós mal éramos amigos.

Fiquei olhando para lua, era uma mania que eu tinha de tentar esquecer os problemas. Mas Arthur ter sido beijado era um problema para mim? Não. Com certeza não. Eu não estou nem aí para ele. É só mais um garoto idiota que por sinal me atropelou.

A noite estava tão bonita. A lua estava grande e redonda, noite de lua cheia.

Mas ai eu ouvi passos na grama, e ao olhar em direção ao jardim, lá estava ele. Eu podia vê-lo graças a luz fraca que a lua refletia na água da piscina.

E ele era ainda mais bonito sob a luz da lua.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Mereço reviews?
Um beijo.



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