Tears Rose- Hiatus escrita por Alice Prince


Capítulo 10
Pode confiar em mim?


Notas iniciais do capítulo

Geeeeeente!!!
Olha quem tomou vergonha na cara e voltou aqui depois de tanto tempo. Sério, eu acabei me desprendendo um pouco da fanfic, vou lhes contar o que aconteceu.
Primeiro quero dizer que não vou contar aquela historinha que vocês estão cansadas de ouvir (ler), foram minhas aulas e tal.
Não. Eu estive mesmo afastada por que estava planejando mais sobre a fic, assim como fiz em outra história minha, pode se considerar um abandono, mas com a melhor das intenções.
Outra coisa que apenas poucos sabem, foi que esses dias que se passaram foram complicados, estive enfrentando a quase separação dos meus pais, mas no fim eles notaram a merda que iam fazer e tudo voltou ao normal. E eu como filha estava surtando por que não queria isso, é claro.
Mas como sempre, eu tratei de trazer um capítulo grandinho, gente, foram quase 4 mil palavras nesse *0*
Espero que me perdoem pela demora.
Boa leitura!



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Elijah tinha o olhar vago, fixado no horizonte que se estendia através da grande janela da mansão dos Mikaelson. Deixou com que um suspiro escapasse de sua garganta, a ideia de que, de alguma forma, as Dickens soubessem algo sobre a vida de Rose rondava a mente do original. Elijah já se sentia extremamente mal por omitir sua verdadeira natureza, e agora estava deixando Rose perto das bruxas mais poderosas que ele conhecia.

— O nobre Elijah Mikaelson esta deixando com que uma simples humana o atordoe. Por que esta cara, esta revendo seus sentimentos por ela, irmão? — questionou Klaus que acabara de adentrar a sala em que Elijah se encontrava, o híbrido possuía o típico sorriso sarcástico estampado em sua face, em mãos o indispensável copo de uísque.

Elijah virou-se para observar o irmão, e permaneceu em silencio por um tempo, as palavras de Niklaus ecoando por sua cabeça durante aquele momento. Apenas o som dos goles que o loiro dava em seu uísque quebrava o silencio no cômodo.

— Me admira que não esteja gastando seu tempo no Quarter, conspirando contra as Dickens, e você, secretamente, conspirando contra Marcel, Niklaus— respondeu o original com ironia, aquela que era tão conhecia entre os dois há tanto tempo.

— Você deveria estar ao meu lado, conspirando comigo, por que somos uma família, Elijah. Seu tempo esta sendo jogado no lixo quando passa as noites com aquela garota, enquanto você vive uma vida de mentiras eu planejo. Quero retomar New Orleans, e é o que farei com ou sem a sua ajuda— revidou Klaus começando a deixar clara sua impaciência perante o relacionamento do irmão.

— Quero que saiba que não pretendo abandonar o que estou começando a construir com Rose apenas para satisfazer as suas necessidades. Acredito que o tempo de começar a se importar comigo chegou, eu passei quase toda a minha vida tentando consertar seus erros, irmão, a hora de conserta-los você mesmo chegou, não estrague tudo— declarou o original andando a passos lentos até a saída da sala que agora tinha uma atmosfera pesada, quando passou por Klaus Elijah pode ver a ira em seus olhos diante as suas palavras.

— Devo admitir que admiro tal ato de sua parte, e quero que fique sabendo que, por hora, tratarei de ficar de fora de qualquer coisa que envolva sua Rose...— começou o loiro assim que o irmão estava prestes a sumir pela porta do grande cômodo— Porem, se qualquer nova informação sobre o interesse das bruxas nela surgir, tomarei minhas providencias diante disso, e que fique claro que uma vez que minha decisão esteja tomada nem mesmo você poderá me impedir.

Com as palavras de seu irmão Elijah ficou sem reação, e Klaus foi quem saiu pela porta que levava ao hall de entrada da casa.

O original sentiu o telefone vibrar dentro do bolso de seu terno, e assim que o retirou do de seu bolso um sorriso se formou em sua face ao ver o nome na tela do aparelho.

— Senhorita Campbell— disse ele ao atender, pode ouvi-la sorrir do outro lado da linha—Em que posso ajuda-la?

Então, meu turno acabou, e eu não sei se consigo ficar mais nenhum segundo longe de você, que tal jantarmos em algum lugar? — comunicou Rose com a voz divertida, Elijah pode perceber que ela estava na rua, pois podia ouvir o vento e o som de passos.

Há pelo menos seis dias inteiros os dois apenas se comunicaram pelo telefone, Rose andava ocupada demais.

Elijah usou esses longos dias para castigar sua mente com todos os pensamentos ruins sobre o que estaria por vir se ele continuasse investindo em seu relacionamento com Rose, mas em todo o fim de tarde, quando a morena ligava para deseja-lo uma boa noite e expressar o quanto sentia sua falta tais pensamentos se desfaziam como folhas secas e eram levados para longe.

— Encontro você no mesmo restaurante de sempre, daqui vinte e cinco minutos— respondeu ele indo em direção as escadas com intuito de subir até seu quarto e trocar de terno. Rose concordou e apenas fez o pedido de que ele fosse o mais breve possível, e ele não seria tolo de não atender a tal pedido, afinal, ficar longe da morena estava começando a deixa-lo impaciente.

Assim que estava pronto para partir Elijah procurou pelo irmão na grande casa, mas pelo que parecia ele havia seguido as palavras dele e se retirara para o Quarter para proclamar seu desgosto em relação as Dickens, e seu mau humor apenas aumentaria no dia seguinte, quando ele voltasse de uma noite onde vira como Marcel era um líder forte.

Quando chegou a rua onde residia o restaurante em que ele e Rose costumavam se encontrar— o mesmo do qual acabaram se revendo um mês após a primeira vez que se conheceram no baile—, o conforto e a calmaria do lugar alegrava aos dois, e isso anulava o fato de que o pequeno estabelecimento era de aparência totalmente rústica.

Rose encontrava-se sentada em um banco que havia em frente ao pequeno local, distraída com um pequeno livro em mãos a morena parecia cansada, seus cabelos castanhos estavam presos e Rose possuía uma bolsa ao seu lado, e seu jaleco branco encontrava-se pousado em seu colo.

Elijah caminhou até a garota e sentou-se ao seu lado com calma, ela o olhou e curvou seus lábios em um belo sorriso, o original pode ver um brilho nos orbes castanhas de Rose, ela fechou o livro e o pôs dentro de sua bolsa, os dois permaneciam em silêncio.

Ele agarrou a mão da morena assim que esta terminou de guarda-lo, seus olhos conversavam entre si com olhares profundos vindo dos dois que se aproximaram um pouco mais.

— Senti sua falta, Elijah— a doce voz de Rose quebrou o silêncio, acalorando o coração do homem.

Depois de certo tempo os dois levantaram e trataram de adentrar no restaurante, sentaram-se na mesa de costume e aguardaram por seu pedido, Elijah olhava para Rose de uma maneira que deixaria qualquer outra pessoa sem graça, mas ela apenas retribuía, seus olhos recaíram sobre o pescoço da morena, onde um belo colar prateado em forma de lua crescente brilhava com a luz do local.

— Ou você esta olhando descaradamente para os meus peitos, ou para o colar. Seja qual for acho melhor você parar, a garçonete esta nos observando, Elijah— comunicou Rose com o tom de voz divertido, Elijah desviou sua atenção da joia, e voltou a olhar para os olhos de Rose.

— É um belo colar— disse ele, de certa forma o original sentia que já havia visto um colar que se igualava ao de Rose, apenas não conseguia lembrar quando, e quem era a dona de tal objeto.

— Alyssa me deu ele há algum tempo, o estranho é que senti uma enorme vontade de usa-lo de uns dias para cá, eu amo a lua... — Rose dizia enquanto passava os dedos pelo colar lentamente, como se aquele fosse um objeto de adoração, ou alguma coisa parecida.

Durante algum tempo eles apenas conversaram sobre os acontecimentos que se sucederam durante aqueles dias, onde, na vida de Elijah, pouca coisa havia acontecido, ele não poderia revelar para a morena que passara as tardes ouvindo da boca de seu irmão mais novo o quanto ele desprezava as Dickens e as varias formas que ele poderia mata-las, uma de cada vez, e que todas elas provocariam dor, muita dor antes da real morte.

O passado dos Mikaelson com as Dickens nunca fora uma coisa agradável, e agora estava longe de ser, mas os anos em que as bruxas estiveram afastadas poderia ser chamado de um período de paz, pois não se ouvira falar de tal família por muito tempo. Apenas agora, por algum motivo que os dois irmãos ainda desconheciam, elas haviam voltado, e pelo visto pretendiam ficar por um bom tempo.

Elijah sentia que aquilo não acabaria bem, afinal a ultima vez que Dickens e Mikaelsons se encontraram pessoas inocentes morreram, é claro que Niklaus não se importava com tal fato, mas Elijah tinha dentro de si uma pequena chama de humanidade que ele temeu por varias vezes que se apagaria.

Essa chama agora começara a crescer, e ele associava isso com a morena que se encontrava á sua frente, cada ação dela que ele observava, mesmo que pequena e singela, o fazia sentir-se mais humano.

Assim que a comida lhes foi servida Rose nem ao menos esperou por algum convite ou sequer olhou direito para Elijah, ele sabia que esse era o jeito da garota, e isso o alegrava, espontânea e sem a cordialidade de tantas com que ele já esteve e sabia que ela deveria mesmo estar faminta, ele reconhecia que a morena era bem aplicada naquilo que acreditava, e mesmo ela negando seu cansaço ele conseguia reconhecer que ela estava esgotada.

— Teve algum avanço com seu trabalho no hospital? —ele indagou assim que a garota diminuirá o ritmo com que comia e voltara a olha-lo, ela tomou um pequeno gole de sua bebida antes de responder.

— Tenho uma paciente, tecnicamente, os médicos cuidam de seu tratamento, e de coisas mais graves, eu virei um tipo de enfermeira particular de uma garotinha, Mia—enquanto falava Elijah podia observar o brilho nos olhos castanhos da garota, deixando aparente que aquilo realmente era o que lhe fazia feliz— Os pais querem o melhor atendimento que ela possa receber, pois ela tem um câncer em estado terminal, e tem apenas alguns meses de vida. Os médicos tentam apenas prolongar um pouco mais...

Naquele momento o brilho dos olhos de Rose se transformou em pequenas lágrimas que logo começaram a percorrer por sua pele pálida. Elijah pôs sua mão sobre a dela para deixa-la ciente de que ele estava lá com ela.

Haviam doenças de todos os tipos no mundo, muitas que não poderiam desaparecer, mas que as pessoas poderiam conviver, para o original aquilo era triste, durante toda sua vida ele vira pessoas e mais pessoas morrendo de doenças horríveis sem nunca sequer imaginar a dor que os pobres coitados sentiam e agora, diante de Rose, que chorava por alguém que mal conhecia ele pensou que o mundo era injusto com muitos e generoso com apenas muito poucos.

Elijah nunca tivera nada que o colocasse em um leito de morte. E apesar de isso ser algo considerado generoso por muitos ele não se sentia presenteado pelo universo, mas sim amaldiçoado, a uma vida de obscuridade, sede de sangue e mortes que ele carregaria em sua consciência para sempre.

— Há coisas na vida que não podemos evitar, Rose, e há pessoas menos afortunadas que outras, infelizmente essas são as mais puras, enquanto um ser desprezível continua vivendo com boa saúde. Tem apenas uma coisa que se pode dizer das pobres pessoas que tiveram a má sorte de encontrar um destino ruim; elas vieram para deixar boas lições, e cabe a nós que ficaremos aqui passar essas boas lições para o resto.

Por um momento Rose apenas observou Elijah, refletindo sobre as palavras que o original havia dito, ela estava dedicando sua vida a ajudar os menos afortunados, pessoas sem sorte, e levar as lições que elas deixavam era uma das melhores coisas que ela poderia fazer.

— Às vezes eu penso que estamos indo rápido demais com as coisas, mas você esta sempre me surpreendendo, Elijah— aquela fora resposta dela diante das palavras dele, as lágrimas ainda caiam de seus belos olhos, porem agora um sorriso embelezava sua face.

...

Rose e Elijah andavam pelas ruas de New Orleans, o jantar fora algo relaxante para os dois, para a garota ela podia se ver longe da correria que se instalava no hospital, já para o original ele se via longe das paranoias do irmão era recompensador, e ainda por cima estar com Rose.

Conversavam sobre assuntos aleatórios que iam e vinham do nada, certas vezes o silencio era recebido de bom grado e eles apenas apreciavam a beleza que aquela noite proporcionava, a lua que estava rodeada de estrelas despejava sua luz sobre a cidade, tornando a noite a mais agradável que aquela semana viu.

— Um eclipse se aproxima— falou Rose em tom baixo enquanto andava com os olhos presos na lua como se ela a hipnotizasse de uma forma tentadora— Deveríamos assisti-lo, é uma coisa romântica— completou ela erguendo uma das sobrancelhas para o homem que a imitou— Você pode se declarar para mim quando a lua e o sol estiverem unidos como um só, é o que um casal normal faria.

Logo após sua declaração Rose encarou a expressão que se formava no rosto de Elijah, e alguns segundos depois começou a sorrir de uma forma descontraída e ele sem se conter teve que acompanha-la, era maravilhoso vê-la daquela forma, os acontecimentos que vinham ocorrendo eram tão bons que de certa forma pareciam irreais.

Uma jovem como ela, com toda uma vida de realizações pela frente, envolvida com um homem como ele, com segredos guardados a sete chaves, tão fundo que nem mesmo ele se atrevia a destranca-los.

— Você mais do que qualquer outra sabe que não seremos algo considerado normal, não até que você continue fazendo parte disso— caçoou ele ainda rindo, a morena parou de andar e seu rosto adotou uma expressão séria.

— Elijah Mikaelson acabou de zombar da minha cara, eu pensei que não viveria para ver isso. Esta ouvindo isso? São os anjos cantando em um belo coral, um audível “aleluia” — Rose debochou do bom humor do original, para ela era raro aquele momento, por isso ela trataria de guarda-lo muito bem em sua memória.

...

Os olhos escuros de Marcel analisavam cada pequeno detalhe do Quarter, o vento gélido da noite passeava por entre a antiga estrutura de modo livre, New Orleans ainda estava acordada, pois as musicas ainda podiam ser ouvidas vindas de todos os lados, era apenas o final de um dia normal, feliz e agitado, para os humanos é claro, Marcel teve que ouvir os longos discursos de Klaus, suas desavenças com bruxas, lobos e híbridos.

Aquilo fez o vampiro pensar consigo mesmo, era mais fácil contar quantas pessoas não estavam a fim de matar Niklaus do que contar quantas queriam ter a honra de poder fazer tal coisa, ele estava em uma discussão interna, de que lado Marcel se encontrava?

Naquele momento, com Klaus quieto com um copo de uísque em uma das mãos debruçado sobre a varanda apenas observando tudo ao seu lado ele se considerava no pequeno grupo de “amigos” do híbrido original, mas naquele dia mais cedo ele trocaria de lado sem pestanejar.

Passos puderam ser ouvidos vindos de não muito longe, ecoavam solitários por entre as paredes frias do Quarter, e pela sua suavidade podia se constatar que se tratava de uma figura feminina.

— Então esse é o marco do controle de New Orleans? — uma voz disse enquanto os passos ainda eram audíveis, os dois homens se viraram para a direção de onde vinha a voz e se depararam com Theodora parada em frente a porta que levava a pequena varanda onde se encontravam— Devo admitir que esperava um pouco mais do que um lugar velho e antigo como esse.

— Como dizem, velhos costumes nunca mudam— entoou Marcel, logo seus lábios se curvaram dando forma a um sorriso que poderia ser interpretado como, divertido com um leve toque de ironia.

— Veja que coincidência, falávamos de você e de sua família á alguns minutos e, por acaso, você decide dar o ar de sua graça para completar essa noite maravilhosa— saudou Klaus com seu habitual tom sarcástico.

— Niklaus, dentre todos os Mikaelson, saiba que você é o que eu mais desprezo, pois sua atitude me irrita inteiramente— informou ela juntando as mãos em frente ao corpo e erguendo uma de suas sobrancelhas ao ver o desprezo presente na face do original ao ouvir suas palavras— mas, para sua incrível sorte, hoje meu objetivo não tem nada haver com você, e sim com quem realmente controla as coisas aqui em New Orleans. Marcellus, poderíamos conversar?

O loiro bufou, ligeiramente irritado com a audácia da bruxa a sua frente. Havia dezenas de coisas que ele odiava, coisas que o tiravam do sério por muito pouco, quase no topo de sua lista se encontravam as bruxas, ainda mais quando se tratava das Dickens, pois elas não eram como as outras, nenhuma bruxa normal vive tanto quanto aquelas. Era isso que o irritava.

— Eu creio que não seja nada de meu interesse, Theodora, não quero ouvir sua voz se vangloriando por estar de volta a cidade, poupe-me de tal perda de tempo— articulou Marcel dando alguns passos em direção a porta. Ao dizer essas palavras Theodora não teve reação alguma, como se esperasse que tal coisa acontecesse, ela apenas ampliou o sorriso em sua face.

— Deixe-me lembra-lo de um passado que não é muito distante, Marcellus— proferiu ela dando mais alguns passos, ficando logo a uma distancia mínima do vampiro, levou lentamente a mão esquerda para o rosto dele que não recuou com o ato dela— Deixe-me leva-lo ao dia em que você conquistou uma divida eterna comigo...

De olhos fechados a bruxa citou algumas palavras em uma língua desconhecida.

De repente todo o cenário em volta de Marcel havia sumido dando lugar a uma campina cercada por arvores altas, um vento forte balançava seus galhos com violência, uma tempestade estava se aproximando a cada minuto.

Marcel se recordou daquele momento, olhou para si mesmo e se viu vestido com roupas de época, mas logo teve a atenção desviada para um grito vindo da floresta que o cercava. Ele correu como se lembrava de ter feito antes, por alguns minutos ele apenas ouvia gritos cortando o vento, como um agouro de morte. Então ele achou o local de onde vinha tal lamento, uma linda mulher com vestimentas pretas estava agachada ao chão com um corpo inerte em seus braços, lágrimas lavavam o belo rosto dela. Ele a conhecia.

Aquela era Theodora, mas estava diferente do que ela era no presente, aquela bruxa atirada no chão com o corpo de um homem em seus braços estava destruída, e ele sabia por que.

O amor nos destrói. Ele faz com que tudo que ele toque vire ruínas e cinzas.

Theodora!a inconfundível voz de Klaus foi ouvida por entre as arvores.

Então ele lembrou-se de tudo, o híbrido estava caçando a jovem bruxa que na época havia se apaixonado perdidamente por um jovem rapaz da cidade, e Niklaus prometeu destruir tudo que um dia alguma das Dickens apreciasse, já que não podia feri-las fisicamente ele as feria de uma forma mais profunda, pois um coração despedaçado tem o poder de derrubar até o mais forte.

Theodora não era tão forte naquela época e ele não entendia o por que, já que sua mãe e irmã permaneciam tão forte quanto no atual presente.

Marcel viu que o homem nos braços dela por mais que aparentasse já ter sido acolhido pela morte apenas estava agonizando de dor, pois ele pode notar que uma adaga lhe perfurara o peito.

Naquele momento o vampiro repetiu o que havia feito no passado, andou até a pobre mulher de coração quebrado e fez uma coisa que nunca realmente soube se fora o certo... Ele a ajudou a fugir, dando-lhe uma saída para que seu amado não partisse. Ele lhe ofereceu a imortalidade...

Então tudo voltou para a realidade, Theodora cessou o toque no rosto do vampiro e se afastou um pouco, Klaus permanecera todo o tempo escorado no parapeito da varanda com uma notável expressão de tédio na face.

— E agora, me permite apenas alguns minutos de seu precioso tempo? — indagou ela olhando fundo nos olhos dele.

Sem pronunciar nenhuma palavra sequer Marcel andou em direção à porta passando pela mesma, Theodora apenas sorriu mais uma vez para Klaus e o seguiu em silencio. O híbrido bufou mais uma vez descontente com a situação, a curiosidade por descobrir o que fora mostrado a Marcel começara a lhe corroer mais rápido do que imaginou.

...

Elijah dirigia concentrado no caminho enquanto Rose olhava pela janela as ruas de New Orleans, estavam indo em direção á casa do original, segundo ele já estava mais do que na hora da garota conhece-la, ele tinha quase certeza de que seu irmão não voltaria naquela noite, e queria poder passar um tempo com Rose em um local em que ele se sentisse familiarizado.

A ideia de estar colocando Rose cada vez mais perto do perigo ainda martelava em sua mente, mas ele a protegeria, já estava envolvido demais para desistir agora.

O telefone da garota tocou por algumas vezes antes de ela conseguir acha-lo, ela era distraída ele sabia disso, mas parecia que estava em outro mundo quanto mais a noite se intensificava.

— Thomas? Por que esta me ligando a essa hora, aconteceu alguma coisa? — a garota disse rapidamente, Elijah reconheceu o nome, era o irmão de Rose, ele não deveria, mas mesmo assim tratou de se concentrar para ouvir do que se tratava.

Não, calma sua paranoica. Agora eu nem posso ligar depois da meia noite que tem que ter acontecido alguma tragédia, credo— falou a voz do outro lado da linha— Pensei que tinha esquecido que tem um irmão.

— Mas eu falei com você não tem nem dois dias— defendeu-se Rose se endireitando no banco do carro.

Não isso foi a duas semanas, o que há com você, o trabalho esta te sugando tanto que ficou sem noção de tempo é? Ha espera, você já é assim eu esqueci— disse o garoto rindo e a morena bufou, mas não deixou de rir, Elijah apreciou a relação dos dois— Eu queria apenas te dizer que a temporada de férias do meio do ano esta chegando e, eu andei juntando uma grana para visita-la por que se depender de você eu apodreço nessa cidade.

— Lembre que eu estou me esforçando por nós dois, então não enche. Fico muito feliz de saber que vai vir, mas juro que se trouxer uma garota junto não vou hospedar vocês, minha casa não é uma creche— ela riu de uma forma um pouco nervosa.

Elijah então desviou sua atenção para a estrada, não queria invadir a intimidade dela mais do que já tinha feito. Assim que ela desligou tratou de contar a ele tudo, o original podia sentir a felicidade na voz dela.

Eles já estavam chegando à mansão dos Mikaelson e Rose parou de falar assim que avistou a enorme casa, o rosto adotou um tom rubro pela primeira vez.

— Nossa!— exclamou, foi a única palavra que ela achou para dizer quando saiu do carro e pode apreciar a beleza da casa de Elijah, a garota sentiu-se envergonhada por ele ser um homem realmente de classe. Mais uma vez a duvida ressurgiu em sua mente; o que ele estava fazendo com uma garota como ela?


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Notas finais do capítulo

Então foi isso, eu espero que gostem e que estejam curiosas para saber como o Thomas é, digo para vocês que talvez tenham que apenas imagina-lo, pois desde que criei a fanfic não acho nenhum ator que possa interpreta-lo :c
Mas, tirando isso já estou cheia de ideias para o próximo capítulo.
Querem em estrangular pela demora, me esfaquear sei lá... Façam que eu ajudo rsrsrs
Beijossss